GDF lança primeira unidade do Na Hora exclusiva para empresas
A Secretaria de Justiça e Cidadania inaugura, na próxima quinta-feira (18), às 10h, uma novidade importante para quem empreende no Distrito Federal: a primeira unidade do Na Hora totalmente dedicada ao atendimento empresarial. Instalado no terceiro andar do Venâncio Shopping, no Setor Comercial Sul, o Na Hora Empresarial nasce com mais de 500 m² e a missão de transformar a experiência do empreendedor ao reunir, em um só espaço, serviços essenciais para abrir, regularizar e expandir negócios — tudo sem fila e sem necessidade de agendamento. O novo posto foi estruturado para concentrar, em um único local, demandas que antes exigiam deslocamentos a diversos órgãos e longos trâmites burocráticos. A expectativa é de mais de 500 atendimentos diários, o que também deve desafogar as demais sete unidades fixas do programa. A proposta é clara: agilizar processos, reduzir burocracias e oferecer previsibilidade ao setor produtivo. Serviços estratégicos reunidos em um só lugar O Na Hora Empresarial abrigará órgãos fundamentais para todas as etapas do ciclo de vida de uma empresa. Entre eles, o DF Legal, responsável por licenças de funcionamento, regularização de atividades econômicas e atualização cadastral — processos que ganham mais agilidade ao serem realizados presencialmente e sem agendamento. A expectativa é de mais de 500 atendimentos diários, o que também deve desafogar as demais sete unidades fixas do programa. A proposta é clara: agilizar processos, reduzir burocracias e oferecer previsibilidade ao setor produtivo | Fotos: Jhonatan Vieira/Ascom Sejus A Vigilância Sanitária (Divisa/SES-DF), indispensável para negócios ligados a alimentos, saúde, estética e manipulação de produtos, também terá atendimento no local, oferecendo emissão e renovação de licenças sanitárias, além de orientação técnica para adequação de estabelecimentos. Outro parceiro estratégico é a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF), que fornecerá consultas de viabilidade urbanística, informações de zoneamento e uso do solo, além de autorizações para instalação e ampliação de empreendimentos — serviços essenciais para quem planeja abrir ou expandir estruturas no DF. A unidade contará ainda com um atendimento de grande impacto para o ambiente empresarial: a Polícia Federal, que será responsável, entre outros serviços, por demandas ligadas à emissão de passaportes. A presença do órgão no espaço representa um ganho significativo de conveniência e segurança para empresários que dependem desse documento para viagens, missões comerciais e atividades internacionais. Atendimento integrado e ganho de produtividade Na Hora Empresarial também reunirá serviços da Caesb, Neoenergia, Instituto Brasília Ambiental, Junta Comercial do DF (JCDF) e outros parceiros, compondo um ambiente robusto e totalmente integrado Além desses quatro pilares, o Na Hora Empresarial também reunirá serviços da Caesb, Neoenergia, Instituto Brasília Ambiental, Junta Comercial do DF (JCDF) e outros parceiros, compondo um ambiente robusto e totalmente integrado. A proposta é que processos que antes levavam dias — e, em alguns casos, semanas — possam ser concluídos em poucas horas, refletindo diretamente na produtividade, na competitividade e no planejamento das empresas.[LEIA_TAMBEM] Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, idealizadora da nova unidade, o Na Hora Empresarial marca um avanço na relação do Estado com quem movimenta a economia do Distrito Federal. “O empreendedor precisa de suporte ágil, transparente e eficiente. Esta unidade foi pensada para facilitar a vida de quem gera emprego e renda, reduzindo entraves e colocando o poder público mais próximo das necessidades reais do setor produtivo. É uma entrega que reforça nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e com a melhoria dos serviços públicos”, afirma. Com essa entrega, o Distrito Federal passa a contar com oito unidades fixas do programa Na Hora, todas coordenadas pela Sejus-DF. O Na Hora Empresarial chega para complementar essa rede com um olhar exclusivo para o setor produtivo, fortalecendo políticas públicas que incentivam o empreendedorismo, dinamizam a economia e aproximam o governo da população. *Com informações da Sejus-DF
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Proposta do GDF é aprovada e orçamento para 2026 será de R$ 74,4 bilhões
Os deputados distritais aprovaram, na última sessão legislativa de 2025, realizada na quarta-feira (10), a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026. O texto fixa as receitas e despesas do Governo do Distrito Federal (GDF) para o próximo ano, no valor total de R$ 74,4 bilhões. Desse montante, R$ 45,9 bilhões virão do Tesouro Distrital e R$ 28,4 bilhões são originários do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). O orçamento aprovado cresceu 11,71% em relação ao montante projetado para 2025, que foi de R$ 66,6 bilhões. O texto segue para sanção do governador Ibaneis Rocha. De acordo com a proposta — que recebeu mais de 500 emendas —, as despesas com pessoal e encargos sociais somam cerca de R$ 46,5 bilhões. Já as despesas correntes alcançam R$ 20,5 bilhões, enquanto os investimentos ficam em R$ 1,9 bilhão, representando 2,67% do total. Em relação aos recursos do fundo constitucional, a distribuição se concentrou em três áreas. A Segurança Pública receberá R$ 15,4 bilhões, enquanto a Saúde contará com R$ 7,89 bilhões e a Educação terá R$ 5,1 bilhões. O orçamento aprovado também traz estimativas de crescimento na arrecadação tributária, com destaque para o ICMS, ISS e imposto de renda. *Com informações da Secretaria de Economia
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GDF firma acordo para fortalecer políticas de qualidade de vida no trabalho durante encontro regional
A Secretaria de Economia (Seec-DF), por meio da Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali), assinou Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) durante a Jornada Regional de Qualidade de Vida no Trabalho, realizada nessa quarta-feira (10), na Academia de Bombeiros Militar do Distrito Federal. A parceria inaugura um novo ciclo de fortalecimento institucional e posiciona o DF como referência nacional na promoção do bem-estar no serviço público. “O acordo consolida a integração de conhecimentos, amplia práticas de QVT e fortalece ações de desenvolvimento dos servidores, além de expandir a agenda de qualidade de vida para toda a administração pública”, explica o secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior. Segundo ele, a longa trajetória nacional da ABQV na promoção de saúde e inovação em gestão de pessoas trará ao GDF expertise estratégica para qualificar iniciativas já em andamento e apoiar novos projetos. “Para a gestão, o acordo representa a consolidação de uma política pública que coloca o servidor no centro das transformações institucionais”, completa. A assinatura foi feita durante um evento que reuniu especialistas, gestores e servidores em torno de debates sobre saúde mental, transformações do trabalho e experiências exitosas em qualidade de vida no trabalho. Promovida pela Seec-DF, a programação encheu o auditório do espaço José Nilton Matos e contou com a parceria do Sindjus, Egov, CBMDF, CEB, Caesb e BRB. A Sequali assinou Acordo de Cooperação Técnica com a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), nessa quarta (10); parceria posiciona o DF como referência nacional na promoção do bem-estar no serviço público | Foto: Divulgação/Seec-DF Palestras Ao longo do dia, palestrantes convidados abordaram desafios contemporâneos do mundo laboral e reforçaram a urgência de políticas que valorizem o bem-estar no setor público. A diretora da ABQV, Sâmia Simurro, abriu as discussões destacando competências essenciais para profissionais de QVT diante das mudanças tecnológicas. Na sequência, a diretora de Mercado e Expansão da ABQV, Ana Carolina Peuker, alertou para os riscos psicossociais e reforçou a responsabilidade das instituições na proteção da saúde mental. [LEIA_TAMBEM]Já a especialista em psicologia positiva Adriana Faria convidou o público a refletir sobre propósito e felicidade profissional, lembrando que muitos servidores “carregam desafios invisíveis”. Por fim, a servidora Marcia Duarte, da Seec-DF, apresentou avanços do programa de QVT do DF, defendendo que “cuidar do servidor é cuidar da entrega pública”. Painéis com representantes do GDF e de corporações militares trouxeram experiências reais de implementação de QVT, mostrando resultados concretos em diferentes ambientes institucionais. O encerramento ficou por conta do idealizador da campanha Janeiro Branco, Leonardo Abrahão, que relembrou a trajetória do movimento e reforçou a importância de conversas honestas sobre saúde emocional. *Com informações da Secretaria de Economia (Seec-DF)
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Pesquisa do DF investe em novos protocolos de eletroestimulação para reduzir fadiga muscular
Em busca de protocolos mais seguros, eficientes e compatíveis com o funcionamento fisiológico do sistema neuromuscular, o professor João Luiz Quagliotti Durigan, da Universidade de Brasília (UnB) — especialista em neurofisiologia do movimento e reconhecido no 4º Prêmio FAPDF de CT&I, onde conquistou o terceiro lugar na categoria Pesquisador Destaque – Ciências da Vida — desenvolveu um estudo aprofundado sobre como diferentes tipos de corrente e larguras de pulso influenciam o recrutamento muscular e os mecanismos centrais e periféricos de fadiga. A pesquisa foi viabilizada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). João Luiz Durigan, da UnB, foi premiado pela FAPDF pelo estudo: “Precisávamos entender se equipamentos comuns poderiam oferecer os mesmos benefícios neurofisiológicos com mais conforto” | Fotos: Marck Castro/FAPDF O aperfeiçoamento dos protocolos de estimulação elétrica neuromuscular (EENM) é um dos desafios centrais da reabilitação fisioterapêutica. Embora amplamente utilizada para ganho de força, preservação muscular e recuperação funcional, a técnica ainda enfrenta obstáculos importantes, especialmente relacionados à fadiga precoce e ao desconforto do paciente. “A literatura sugeria que os pulsos largos poderiam favorecer o recrutamento via medula espinhal, produzindo menos fadiga, mas quase todos os estudos anteriores testavam apenas correntes monofásicas, que são desconfortáveis e pouco usadas na clínica” João Luiz Durigan, professor e pesquisador A proposta surgiu de lacunas identificadas pela própria equipe coordenada por Durigan em uma revisão sistemática liderada pelo laboratório, que classificou a qualidade da evidência disponível como “muito baixa”. Para produzir dados conclusivos, a UnB desenhou um ensaio clínico rigoroso, comparando correntes monofásicas e bifásicas aplicadas com pulsos curtos e pulsos largos. “A literatura sugeria que os pulsos largos poderiam favorecer o recrutamento via medula espinhal, produzindo menos fadiga, mas quase todos os estudos anteriores testavam apenas correntes monofásicas, que são desconfortáveis e pouco usadas na clínica”, explica o professor. “Precisávamos entender se equipamentos comuns poderiam oferecer os mesmos benefícios neurofisiológicos com mais conforto.” Na eletroestimulação, pulso significa o tempo de duração de cada estímulo elétrico enviado ao nervo ou ao músculo. Pulsos curtos (de microssegundos) ativam diretamente os axônios motores — extensões dos neurônios que funcionam como fios condutores, levando o comando da medula espinhal até o músculo — gerando força rápida, porém acompanhada de maior fadiga. Já os pulsos largos, que duram entre 1 e 2 milissegundos, conseguem recrutar fibras sensoriais que desencadeiam o reflexo medular, produzindo contrações mais fisiológicas, distribuídas e resistentes à fadiga. Novas formas de eletroestimulação O ponto de partida da pesquisa foi o reconhecimento de que a EENM convencional, que utiliza pulsos curtos, recruta fibras musculares de maneira pouco fisiológica. No funcionamento natural do corpo, o sistema nervoso segue o princípio de Henneman, recrutando primeiro fibras menores e resistentes à fadiga antes das fibras maiores e mais fatigáveis. Mas na estimulação elétrica tradicional isso não acontece: os pulsos curtos ativam diretamente axônios motores, produzindo contrações intensas, porém rapidamente fatigantes. Eletrodos de posicionamento manipulados em paciente no hospital A literatura indicava que pulsos largos poderiam ativar fibras sensoriais do tipo Ia (responsáveis por detectar o alongamento do músculo e iniciar o reflexo medular), acionando o Reflexo-H, que passa pela medula espinhal antes de retornar ao músculo. Esse caminho gera um padrão de recrutamento mais próximo do fisiológico, reduzindo a fadiga. “Entender a diferença entre via periférica e via central era crucial”, afirma o pesquisador. “O que queríamos descobrir era: qual combinação de corrente e largura de pulso oferece mais força, menos fadiga e maior conforto? E isso vale para reabilitação ortopédica, neurológica, esportiva e geriátrica.” Análise da fadiga muscular A equipe adotou um delineamento cruzado e randomizado, no qual cada participante é comparado consigo mesmo. Esse tipo de desenho elimina variações individuais como limiar de dor, impedância da pele ou diferenças fisiológicas, elevando a precisão dos resultados. Os participantes não sabiam qual corrente estavam recebendo, o que evita influências subjetivas no desempenho e na percepção de desconforto. A combinação metodológica foi um dos pontos fortes do estudo. Ao mesmo tempo, foram registrados: Reflexo-H, que indica ativação pela via central; Onda-M, que reflete ativação direta do músculo (via periférica); EMG (eletromiografia), que revela a atividade elétrica muscular; Torque evocado, que mede a força provocada pela corrente elétrica; CVIM, avaliada antes e depois da estimulação, para medir perda de força; Sensação de desconforto, registrada por escala analógica. O conjunto forma um quadro claro: o Reflexo-H mostra o quanto o sistema nervoso central está engajado; a Onda-M revela a contribuição periférica; o torque e a CVIM mostram o impacto funcional; e a EMG indica o comportamento elétrico do músculo durante a fadiga. “Queríamos um mapa completo da fadiga”, complementa o professor. “Não basta saber se o músculo cansa. É preciso saber onde ele cansa — no nervo, no músculo ou na medula — porque cada origem exige uma estratégia diferente de tratamento.” Para garantir reprodutibilidade, o estudo padronizou posicionamento dos eletrodos, temperatura, horário do dia e incluiu um protocolo de familiarização para que o desconforto inicial não contaminasse os resultados. O que os resultados podem mudar [LEIA_TAMBEM]Os achados mostraram que o local de aplicação e a largura do pulso determinam padrões distintos de ativação muscular. Quando aplicada no tronco nervoso, a corrente de pulso largo gerou maior ativação pela via central, evidenciada pelo aumento do Reflexo-H e menor queda de torque ao longo do esforço. Isso indica menor fadiga e um recrutamento mais natural. Já a aplicação no ventre muscular provocou maior ativação direta e mais torque inicial, mas com fadiga mais acentuada — um comportamento esperado, já que a ativação periférica exige maior custo metabólico. Outra descoberta importante foi que as correntes bifásicas, mais comuns e confortáveis, produziram resultados equivalentes — e em alguns casos superiores — aos das correntes monofásicas. Isso é relevante porque equipamentos bifásicos são mais acessíveis na clínica e melhor tolerados pelos pacientes. O coordenador da pesquisa afirma: “Nossos resultados mostram que a eletroestimulação pode ser personalizada. Se o objetivo é ganho de força, o ventre muscular funciona melhor. Se a meta é resistência, funcionalidade ou menor fadiga, a estimulação via nervo é superior. Isso muda protocolos e decisões clínicas no dia a dia”. As implicações são amplas: pacientes ortopédicos, idosos, indivíduos pós-AVC, pessoas com lesão medular e atletas podem se beneficiar de protocolos mais eficientes, seguros e confortáveis. Próximos passos A infraestrutura necessária para registrar Reflexo-H, Onda-M, EMG e torque com precisão exige equipamentos de alto padrão como sistemas PowerLab, sensores específicos e estimuladores calibrados. Segundo a equipe, o apoio da FAPDF foi essencial para a aquisição desses materiais, permitindo montar um laboratório de referência na área. Para o presidente da Fundação, Leonardo Reisman, investimentos como esse demonstram a importância da ciência aplicada. “Quando fomentamos estudos que unem rigor científico, inovação e impacto social, fortalecemos a reabilitação, formamos especialistas e elevamos o padrão da pesquisa feita no Distrito Federal”, enfatiza. “É ciência que retorna à sociedade em forma de cuidado e qualidade de vida”.
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