DF tem 50 locais de imunização neste sábado (29)
Quem estiver com alguma vacina atrasada tem a chance de ficar em dia neste sábado (29). A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) terá 50 locais de atendimento. A lista completa com endereços e horários está disponível no site da pasta. Um destaque é o Carro da Vacina, que vai percorrer o Núcleo Rural Boa Esperança, em Ceilândia, das 9h às 17h. No mesmo horário, também haverá atendimento no Supermercado Amigão, no Incra 9. Do outro lado do DF, a Administração Regional de São Sebastião terá uma equipe das 8h às 12h. Em todos os locais, recomenda-se levar um documento de identificação válido com foto e a caderneta de imunização | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Unidades básicas de saúde localizadas no Plano Piloto, Cruzeiro, Sobradinho II, Itapoã, Paranoá, Santa Maria, Gama, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Sol Nascente e Brazlândia também irão ofertar vacinas. Em todos os locais, recomenda-se levar um documento de identificação válido com foto e a caderneta de imunização. Em caso de perda, será preciso procurar a sala onde tomou as vacinas e tentar resgatar o histórico. Se não for possível, a pessoa será imunizada de acordo com as doses preconizadas para cada faixa etária, anotadas em um novo cartão. A ausência da caderneta de vacinação não é um impeditivo para se imunizar. Ressalta-se, contudo, que o cartão comprova a situação vacinal do indivíduo, devendo ser guardado junto aos demais documentos pessoais. Não haverá vacinação no domingo (30). Na segunda-feira (1º), mais de 100 salas de vacina voltam ao atendimento normal, a partir das 7h. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Cães-guia do Corpo de Bombeiros buscam famílias para nova fase do projeto
Para ampliar a proteção, a segurança e a autonomia de pessoas cegas ou com baixa visão, o projeto de cães-guia do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) avança rapidamente. A expectativa é que, a partir de 2027, a corporação entregue cerca de 20 animais por ano. Para alcançar essa meta, o CBMDF reforça o convite a famílias interessadas em acolher e ajudar no desenvolvimento dos filhotes, que precisam passar por uma etapa essencial antes do treinamento técnico: a socialização. Em outubro, o CBMDF recebeu três novos moradores: os filhotes da cadela Mila, que sobreviveram a um parto difícil. Com pouco mais de um mês de vida, eles crescem dia após dia no canil da corporação, que passou por uma reforma completa para oferecer estrutura adequada ao projeto. Os espaços foram reorganizados para garantir conforto, higiene e estímulos aos animais, de modo a assegurar, desde cedo, condições favoráveis ao desenvolvimento e à futura preparação para o treinamento especializado. A expectativa é que, a partir de 2027, a corporação entregue cerca de 20 animais por ano | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Normalmente, os filhotes deixam o canil aos 90 dias de vida e passam de dez meses a um ano em convivência com essas famílias. Essa etapa é indispensável: se o animal fosse criado apenas dentro do canil, teria dificuldade de lidar com ambientes externos e estímulos cotidianos. “A convivência familiar, com movimento, diferentes pessoas, ruídos, rotinas e pequenos desafios, prepara o filhote para o mundo real de forma natural e saudável”, explica o coordenador do projeto, major João Gilberto Silva Cavalcanti. Ele compara cães de trabalho como farejadores ou cães de busca, que podem viver mais restritos ao ambiente operacional. “No caso do cão-guia, a experiência familiar é essencial porque o tipo de trabalho exige sensibilidade, adaptação e convivência plena com humanos", conta. Atualmente, há dez cães em socialização: sete pastores-alemães, um golden retriever e um labrador. O acordo com as famílias voluntárias prevê continuidade: após devolverem o cão ao final do período de socialização, elas podem receber outro filhote, o que cria um ciclo permanente de apoio ao projeto. Uma das inovações da iniciativa é o uso do pastor-alemão, raça pouco adotada como cão-guia no Brasil, onde predominam labradores e goldens. Em outros países, porém, pastores já atuam com sucesso, e Brasília passa a incorporar essa abordagem. Os critérios para selecionar as famílias socializadoras começam pela adequação do ambiente, explica a psicóloga voluntária do projeto, Fernanda Debattisti. O ideal é que os tutores morem em uma casa, mas apartamentos não são descartados. O essencial, afirma, é que exista espaço suficiente para que o cão possa se desenvolver com conforto e segurança. “No caso do cão-guia, a experiência familiar é essencial porque o tipo de trabalho exige sensibilidade, adaptação e convivência plena com humanos" Major João Gilberto Silva Cavalcanti, coordenador do projeto Outro ponto fundamental é o tempo disponível. A família precisa incorporar o filhote à rotina diariamente: realizar caminhadas, cuidar da alimentação e da saúde e levá-lo a diversos ambientes, como ônibus, metrô, local de trabalho, faculdade e espaços de lazer. “A gente não quer apenas o acolhimento. Queremos o tempo da família dedicado ao cachorro”, reforça Fernanda. Por isso, perfis com horários flexíveis e rotina variada são os mais compatíveis com o processo de socialização. Não é necessário ter experiência prévia com cães. Segundo a psicóloga, famílias que já possuem outros animais também são consideradas, desde que a casa ofereça condições adequadas de higiene, segurança e conforto. Ela explica que o vínculo afetivo, inevitável durante quase um ano de convivência, é trabalhado desde o início. No processo de cadastro, a família já é informada de que a socialização é temporária, com duração média de dez meses. “É claro que ela vai se apegar, e isso não é ruim. Para nós, é benéfico. Esse envolvimento faz parte do desenvolvimento do cão”, afirma. Os custos principais não ficam a cargo da família. O projeto fornece ração mensal, acompanhamento veterinário e suporte técnico dos treinadores. Eventuais despesas, como brinquedos ou acessórios, são opcionais e ficam a critério do tutor. Do outro lado Do outro lado da história, há também quem aguarde com ansiedade a oportunidade de receber um cão-guia ou de dar continuidade ao acompanhamento, já que, para pessoas com deficiência visual, esses animais representam muito mais do que apoio. Eles funcionam como uma verdadeira extensão dos olhos. O analista de qualidade de uma instituição financeira, Esio Cleber de Oliveira Júnior, de 28 anos, se inscreveu no programa em 2014 e só foi contemplado em 2021, após sete anos de espera. Em novembro daquele ano, recebeu Baré, o cão-guia com quem está até hoje. Para Esio, a importância do projeto é imensa, pois se trata de uma das iniciativas mais relevantes para pessoas com deficiência visual, porque o cão-guia transforma diretamente a mobilidade e a autonomia no dia a dia. Ele explica que, mesmo tendo boa orientação e mobilidade, enfrenta obstáculos constantes pela falta de acessibilidade nas cidades. “Hoje eu ando em um lugar e amanhã, no mesmo lugar, pode ter um buraco. O cão-guia me dá segurança.” O projeto fornece ração mensal, acompanhamento veterinário e suporte técnico dos treinadores Além da locomoção, Esio destaca um segundo benefício: a aproximação social. A bengala, diz ele, faz com que as pessoas enxerguem primeiro a deficiência e só depois a pessoa. Com o cão-guia, a dinâmica muda: o cachorro desperta curiosidade, acolhe e facilita a interação e promove inclusão de forma natural. “A gente fala que é a inclusão através do cão-guia”, afirma. Ele comenta, inclusive, que Baré se tornou mais conhecido do que ele próprio no trabalho, e que isso fortalece vínculos e derruba barreiras. Ao final, o analista reforça a relevância do projeto do CBMDF, não apenas para a própria vida, mas para todas as pessoas que aguardam essa oportunidade. “Hoje, com a reestruturação do canil e a expansão da iniciativa, o tempo de espera tende a cair”, destaca. “A tendência é que alguém que se inscreva agora consiga um cão em seis meses ou um ano”, diz. E faz um apelo pela continuidade: seu cão um dia vai se aposentar, e ele voltará à fila de reposição. “Esse projeto é fundamental para que eu tenha, no futuro, a continuidade do meu cão-guia.” Treinamento Primeiro, o filhote vai para a família socializadora. Depois de cerca de um ano, retorna ao canil para iniciar o treinamento técnico. A primeira etapa é de obediência, realizada dentro dos boxes, para que o cão aprenda, por exemplo, a não sair sem comando mesmo com a porta aberta. Há uma sequência de etapas rigorosas até chegar ao treinamento no corredor e, mais tarde, nas ruas. Primeiro, o filhote vai para a família socializadora; depois de cerca de um ano, retorna ao canil para iniciar o treinamento técnico O compromisso do CBMDF é entregar cães de excelência, nunca apenas “bons”. Um cão mal treinado representa risco direto para a vida do usuário. E, para ampliar o projeto, a corporação vai iniciar, em fevereiro do próximo ano, um curso próprio de formação de treinadores. Serão 10 alunos, seis militares e quatro civis. O curso terá duração de dois anos e cinco módulos, que abrangem desde a seleção dos filhotes até o acompanhamento familiar e o treinamento avançado. A intenção é capacitar novos profissionais, ampliar a equipe e atender à demanda crescente. Ampliação Dentro desse escopo, o projeto ampliou o alcance e passou a incluir ações com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas cívico-militares administradas pelo CBMDF. A partir do próximo ano, os cães começarão a atuar nas salas de recursos dessas unidades, em parceria com a Secretaria de Educação (SEE-DF). A função dos animais, nesse contexto, é promover tranquilidade e facilitar a interação social. O major relata que essa ideia surgiu quando atuava como diretor disciplinar de uma escola do Lago Norte e testemunhou de perto a discriminação sofrida por crianças neurodivergentes. Diante da convivência diária, percebeu que muitos alunos com TEA têm dificuldade de interação: alguns evitam toque, outros não falam, outros apresentam comportamentos mais agressivos. Assim, os cães atuarão como mediadores afetivos. Ele explica que as escolas já estão adaptando as salas de recursos.
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Concurso Sabor de Escola anuncia finalistas e cardápio natalino para alunos da rede pública
Está chegando a grande final do Sabor de Escola. Nesta semana, oito merendeiros foram escolhidos como finalistas, com as melhores receitas da competição. Os cozinheiros das Coordenações Regionais de Ensino (CREs) de Santa Maria, Planaltina, Paranoá, Taguatinga, Guará, Núcleo Bandeirante, Ceilândia e São Sebastião garantiram a sonhada vaga para a final do concurso, que acontecerá no dia 15 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Um dos finalistas da competição, Joedson dos Santos, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Cerâmica São Paulo, em São Sebastião, sorria com os olhos diante da conquista. Com um prato praiano, composto por filé de tilápia grelhado ao molho de moqueca, servido com arroz molhado ao leite de coco, o merendeiro comemorou: “Estou feliz demais! Mais uma vez passei em outra fase. Glória a Deus! Estou forte e preparado para a próxima", celebrou. Com torcida organizada, o CEF Cerâmica São Paulo levou alegria e até instrumentos de percussão para apoiar o “tio Joedson”. A estudante Ramila Macedo, 12 anos, comemorou animada. “Estava torcendo muito para ele ganhar e, com fé em Deus, ele ganhou. Gosto muito da comida dele! Amo o arroz com carne moída e a canjica, que é maravilhosa e tem o toque especial dele", disse. Um dos finalistas, Joedson dos Santos, apresentou a receita de filé de tilápia ao molho de moqueca | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Destaque Com o maior número de inscritos no Sabor de Escola desta edição, Ceilândia classificou a finalista Marli Pereira, da Escola Classe (EC) 15 de Ceilândia. Ela apresentou o prato Joia Assada, composto por peixe ao molho, assado no forno, gratinado com queijo e batata, acompanhado de arroz branco e salada tropical. Com 15 anos dedicados à merenda escolar, Marli se emocionou com a vitória. “Estou muito feliz, com uma expectativa enorme para a final. Deus já nos abençoou e vai continuar abençoando. É um misto de emoção o que eu sinto, como se fosse a coroação desses 15 anos como merendeira! Fazer o que a gente ama e poder ser reconhecida pelo Sabor de Escola é bom demais.” O coordenador da CRE Ceilândia, Vinícius Bürgel, se alegrou ao ver a regional bem representada por Marli. “Eu já sabia que nós íamos chegar à final. A gente acompanha as merendeiras de perto, nossa Unidade de Alimentação e Nutrição Escolar (Uniae) é muito presente. Recebemos semanalmente fotos dos pratos. É fantástico o que elas fazem. Uma finalista é pouco pra gente. Ceilândia está de parabéns!”, declarou. Premiações Os oito finalistas já são vencedores, com prêmios que vão de R$ 4 mil a R$ 15 mil. As três escolas finalistas também serão contempladas com reformas e novos utensílios para modernizar suas cozinhas. Os merendeiros serão presenteados com o dólmã (jaleco de chef) oficial personalizado do concurso, troféu exclusivo de finalista, certificado especial, participação em vídeo institucional e minidocumentário, inserção da receita no livro oficial da edição, voucher gastronômico, homenagem estudantil, participação em eventos oficiais da SEEDF e parceiros, além de uma placa comemorativa para a unidade escolar finalista. Cardápio natalino escolar Na penúltima etapa, realizada na Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), também foi anunciada a novidade da Secretaria de Educação do Distrito Federal para este final de ano: o cardápio natalino para todos os estudantes da rede pública. Uma ceia especial será oferecida aos alunos para marcar o fim do ano com carinho e sabor. Oito merendeiros foram selecionados para a grande final da competição no próximo dia 15 No concurso, estão classificados os semifinalistas: Karlene Pereira Moreira, da Escola Cora Coralina, no Paranoá. Receita: Quibe de abóbora com creme de inhame; Mislene Máximo dos Santos Rodrigues, do CEF Cerâmicos Reunidos Dom Bosco, em Planaltina. Receita: Chilli Escola; Joedson dos Santos, do CEF Cerâmica São Paulo, em São Sebastião. Receita: Filé de tilápia grelhada ao molho de moqueca; Cristiane Nogueira de Oliveira, do CEF 201 de Santa Maria. Receita: Filé de peixe com purê de inhame e molho verde; Andreia Medeiros Verde Lima, do CEF Metropolitana, no Núcleo Bandeirante. Receita: Arroz carreteiro cremoso com lombo suíno e legumes salteados; Maria Cristina de Carvalho Ferreira, da EC 08 do Guará II. Receita: Tropeiro Kids; Francisca Nunes Alecrim, do CEF 12 de Taguatinga. Receita: Canjica de frango; Marli Pereira Bueno de Souza, da EC 15 de Ceilândia. Receita: Joia Assada. *Com informações da Secretaria de Educação
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Sistema mecanizado já retirou mais de 248 mil toneladas de resíduos de bocas de lobo e galerias pluviais no DF
O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém um esforço contínuo para evitar alagamentos e enxurradas nas regiões administrativas, com o objetivo de preservar a infraestrutura urbana e o bem-estar da população. A principal estratégia é a limpeza e desobstrução das bocas de lobo e redes pluviais, essenciais para captação e escoamento da água da chuva. O serviço é executado de modo mecanizado por meio da empresa Consórcio GNN Drenagem, contratada pela Companhia Urbana da Nova Capital (Novacap), com investimento de R$ 57 milhões. Desde janeiro de 2024, quando o contrato de duração de cinco anos entrou em vigência, foram retiradas mais de 248 mil toneladas de resíduos das galerias. As ações alcançaram aproximadamente 1.656 km de redes e ramais, além de 21.785 bocas de lobo e 11.304 poços de visita. O trabalho é feito com caminhões-pipa adaptados, que fazem sucção e hidrojateamento dos materiais, e robôs de vídeo-inspeção, que permitem mapear e diagnosticar cada galeria. Na ação, caminhões-pipa adaptados fazem sucção e hidrojateamento dos materiais | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Nossa equipe chega ao local, retira a tampa da boca de lobo e começa a sugar toda a sujeira que tiver. Dependendo da situação, usamos o hidrojateamento para amolecer o material e conseguirmos acessar a rede, que é o principal local que precisa ser limpo”, explica a engenheira de operação do Consórcio GNN Drenagem, Murielle Mota. “O nosso trabalho é contínuo: no período de seca, trabalhamos de forma preventiva, e no período de chuva, focamos nas áreas com mais índices de alagamento. O benefício é, sem dúvida, evitar alagamentos, que traz prejuízo material, mas também prejudica a saúde pública.” Atualmente, estão disponíveis 18 caminhões, que trabalham conforme um cronograma estabelecido pela Novacap para atender demandas registradas por ouvidoria e pontos mapeados pelos técnicos em todas as regiões administrativas. Na sexta-feira (28), uma das equipes foi direcionada para a QNM 8 de Ceilândia, com o objetivo de desobstruir uma boca de lobo entupida. Aparecida Alves Brito chegou a encontrar baratas e escorpiões em casa O serviço foi solicitado por uma familiar da dona de casa Aparecida Alves Brito, 54 anos. Ela conta que o excesso de resíduos no local estava causando alagamentos na rua, além de contribuir com o aparecimento de baratas e escorpiões na residência. “A boca de lobo fica bem em frente à minha casa e estava vindo muito mau cheiro para cá, além dos bichos. Outro dia mesmo encontramos um escorpião na sala. Essa limpeza traz muitos benefícios, graças a Deus, só tenho a agradecer ao GDF”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]Moradora da mesma rua, a aposentada Vicentina Antunes da Silva, 78, ressaltou a importância da comunidade em cuidar da limpeza da rua, para evitar novos entupimentos da boca de lobo. “Quando a gente joga lixo na rua, a água (da chuva) carrega tudo para os bueiros e vira aquele ‘Deus nos acolhe’. Fica tudo cheio de lixo”, enfatizou. “É muito bom que estejam limpando. Fica bem melhor para nós.” Registre seu pedido A limpeza e desobstrução de bocas de lobo e redes pluviais podem ser solicitadas via ouvidoria, no site do Participa DF, ou nas administrações regionais. A população pode requerer diversos serviços, como poda de árvores, recapeamento, recolhimento de inservíveis, bem como registrar elogios, reclamações e questionamentos.
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Chuvas intensas e calor acendem alerta para o combate ao mosquito da dengue no DF
Com a chegada da temporada de chuvas ao Distrito Federal, o alerta contra o mosquito Aedes aegypti volta a soar. O clima inconstante, marcado por calor intenso e pancadas de chuva, cria o ambiente ideal para a proliferação do inseto transmissor de arboviroses como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. É o momento ideal para que a população redobre os cuidados e elimine criadouros domésticos, principal foco de reprodução do vetor. Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF), até a 47ª semana epidemiológica de 2025, foram notificados 23,4 mil casos suspeitos de dengue no Distrito Federal, dos quais 11,4 mil foram classificados como prováveis. Apesar da redução de mais de 93% nos registros em comparação com o mesmo período do ano passado, o risco de nova alta é real com o retorno das chuvas. “O mosquito se aproveita de pequenas quantidades de água parada para se reproduzir. Por isso, é fundamental manter caixas d’água vedadas, calhas limpas e vasos sem acúmulo de água. Um simples descuido pode colocar toda uma vizinhança em risco”, alerta Thaynnara Pires, farmacêutica e epidemiologista de campo do Hospital de Base. O clima inconstante, marcado por calor intenso e pancadas de chuva, cria o ambiente ideal para a proliferação do mosquito da dengue | Fotos: Divulgação/IgesDF Ambiente doméstico é o principal foco De acordo com o Ministério da Saúde, oito em cada dez criadouros do Aedes aegypti estão dentro das residências, em locais como pratos de vasos de plantas, pneus, garrafas, ralos, calhas entupidas e caixas-d’água abertas. O publicitário Bruno Tavares, morador de Águas Claras, lembra que teve dengue em 2023, e o caso foi grave. Ele precisou ser internado, chegou a apresentar plaquetas muito baixas e a doença quase evoluiu para uma dengue hemorrágica. “Se eu não tivesse procurado atendimento rápido, poderia ter sido pior”, conta. Desde então, Bruno vive em estado de alerta. “Meu cuidado é redobrado, principalmente com a minha filha de apenas 2 anos. Passo repelente duas vezes ao dia, nela e em mim, todos os dias”, relata. Ele também se mantém atento ao ambiente onde vive: “Faço registros no condomínio sempre que percebo que o mato está alto e já acionei a vigilância sanitária algumas vezes. Em Águas Claras temos muitos problemas com obras abandonadas, então é preciso estar sempre vigilante”. O repelente pode ser uma das arnas contra dengue, já que o mosquito trasmissor da doença, muitas vezes, se prolifera na casa das pessoas Sintomas A dengue pode começar com sintomas parecidos com os de uma gripe: febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e atrás dos olhos. Mas há sinais que exigem atenção imediata, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos e tontura. Nesses casos, o paciente deve procurar imediatamente uma unidade de pronto atendimento (UPA) ou o hospital mais próximo. “A hidratação é essencial. O uso de medicamentos deve ser feito somente com orientação médica, pois alguns remédios podem agravar o quadro”, explica o infectologista do Hospital de Base, Tazio Vanni. [LEIA_TAMBEM]Medidas que fazem a diferença • Esvazie e lave com escova e sabão recipientes que acumulam água. • Tampe caixas-d’água e reservatórios. • Evite acúmulo de lixo e entulho em quintais e calçadas. • Limpe calhas e ralos regularmente. • Coloque areia nos pratos de plantas. • Use repelente e instale telas de proteção em janelas. Os wolbitos, mosquitos inoculados com a bactéria wolbachia, são aliados no combate à dengue Wolbitos: aliados tecnológicos no combate à dengue Com tecnologia inédita e produção própria de mosquitos com wolbachia, o Distrito Federal entra em uma nova fase no enfrentamento à dengue, reduzindo a circulação viral e ampliando as estratégias de proteção à população. Além das ações de conscientização, a SES-DF ampliou o uso de uma tecnologia inovadora no controle do Aedes aegypti: os wolbitos. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), consiste na liberação de mosquitos infectados com a bactéria wolbachia, que impede a transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya. A técnica não elimina o mosquito, mas o torna incapaz de transmitir as doenças, reduzindo de forma significativa a circulação viral. A wolbachia é uma bactéria presente naturalmente em muitos insetos e não oferece risco para humanos, animais ou para o meio ambiente. “É um método sustentável e seguro. Os wolbitos, mosquitos inoculados com wolbachia, se reproduzem com os da natureza e, ao longo do tempo, essa característica se espalha pela população local, reduzindo a circulação viral”, explica Thaynnara. A capital federal conta com uma biofábrica própria, inaugurada em setembro de 2025, capaz de produzir milhões de wolbitos por semana. As primeiras solturas estão ocorrendo em dez regiões administrativas, com expansão prevista para todo o território até 2026. “Os wolbitos são uma ferramenta complementar. Mas o combate à dengue continua dependendo do engajamento da população. O poder público faz a parte dele, e cada cidadão precisa fazer a sua”, reforça Thaynnara. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Luta contra o HIV: nesta segunda (1º), SCS oferece testagem rápida
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promove, nesta segunda-feira (1º), uma mobilização especial para o Dia Mundial de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês). A ação ocorrerá no Setor Comercial Sul, das 9h às 15h, com ponto de apoio nas dependências do coletivo Distrito Drag (Quadra 2, Edifício Jamel Cecílio). “É uma oportunidade de combater o estigma e o preconceito, que ainda afastam muitas pessoas de testes e tratamentos" Jaqueline Marques, responsável pelo Núcleo de Testagem e Aconselhamento Responsável pelo Núcleo de Testagem e Aconselhamento da SES-DF, Jaqueline Marques destaca a importância da data para a saúde pública: “É uma oportunidade de combater o estigma e o preconceito, que ainda afastam muitas pessoas de testes e tratamentos. Ao promover informação de qualidade, ampliamos as chances de aproximação do indivíduo a esses procedimentos." Ação de saúde Para esta segunda-feira, a secretaria mobilizou profissionais, gestores e população, a fim de fortalecer o trabalho intersetorial focado nos avanços científicos e sociais já alcançados. “Buscamos reafirmar que o enfrentamento do HIV/aids é um compromisso contínuo”, enfatiza Menezes. A iniciativa irá contar com a parceria de diversas instituições da sociedade civil e do meio acadêmico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde [LEIA_TAMBEM]A iniciativa irá contar com a parceria de diversas instituições da sociedade civil e do meio acadêmico, incluindo as organizações não governamentais Amigos da Vida, GPS Foundation, Instituto Ipês e coletivo Distrito Drag, além da Liga Acadêmica de Imunologia Clínica do Iesb e da Unidade de Testagem, Aconselhamento e Imunização (Utai) da SES-DF. Serviços ofertados: Testagem rápida para HIV; Aconselhamento pré e pós-teste; Distribuição de insumos de prevenção (preservativos, géis lubrificantes, autotestes e material informativo); Orientações sobre prevenção combinada; Registro e monitoramento do fluxo de atendimento; Divulgação dos serviços da rede pública de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Estudantes da rede pública vivem emoção inédita ao visitar Autódromo Internacional de Brasília
O Autódromo Internacional de Brasília recebeu, na tarde desta sexta-feira (28), o primeiro público após a reinauguração do complexo na última quinta-feira (27), depois de uma reforma estrutural promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Cerca de 300 estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 2 da Estrutural e da Escola Classe (EC) 25 de Ceilândia tiveram o privilégio de pisar, pela primeira vez, no complexo que ficou fechado por quase 12 anos. As crianças, com idade entre 10 e 12 anos, acompanharam os treinos da Stock Light e da Stock Car, competições que ocorrerão oficialmente no sábado (29) e no domingo (30) no local, além de participarem de atividades educativas. A visita teve como objetivo aproximar os jovens do automobilismo. As crianças, com idade entre 10 e 12 anos, acompanharam os treinos da Stock Light e da Stock Car, competições que ocorrerão oficialmente no sábado (29) e no domingo (30) no local, além de participarem de atividades educativas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Nós começamos a promover esse tipo de atividade este ano, na quarta etapa do campeonato, na cidade de Curvelo, em Minas Gerais. E, para a gente, foi um experimento que deu muito certo, porque além de social, é uma ação que promove autoestima e cidadania e também traz uma visão da criança muito além do que a gente vê. A gente vem hoje, faz o nosso trabalho, a corrida acontece, mas eles enxergam várias profissões, possibilidades e também sonhos. Tem crianças que chegam aqui e que são fãs de automobilismo, mas que nunca tiveram a possibilidade de antes vir no autódromo”, destacou a CEO do Instituto Stock, Camila Melo, acrescentando que, em Brasília, a ação atendeu ao dobro de crianças das cidades anteriores, graças a uma parceria com o Instituto BRB. "A gente vem hoje, faz o nosso trabalho, a corrida acontece, mas eles enxergam várias profissões, possibilidades e também sonhos. Tem crianças que chegam aqui e que são fãs de automobilismo, mas que nunca tiveram a possibilidade de antes vir no autódromo” Camila Melo, CEO do Instituto Stock Curiosidade, encantamento, emoção e euforia foram os sentimentos que marcaram a visita dos estudantes ao espaço. Para todos eles, tratou-se de um dia inédito, por ser a primeira vez que eles entraram no autódromo brasiliense e viram de perto carros de corrida. Os jovens tiveram a chance de conferir toda a estrutura renovada — com os 5.384 metros de pista com asfalto novo após a primeira etapa das obras — e montada para as corridas, com as arquibancadas e boxes temporários prontos para serem utilizados no fim de semana pelas equipes e pelo público — um total de 30 mil pessoas por dia. A programação começou às 14h. A primeira atividade foi promovida pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e abordou a segurança viária. “É uma oportunidade de passar a educação de trânsito em um lugar tão bacana e que as crianças estão tão estimuladas”, apontou Graziela Piloni, chefe de Campanha Educativa de Trânsito. “Como Detran, a gente acredita que, se educarmos bem os pequenos, eles vão levar isso para casa e, além disso, vão se tornar, quando maiores, cidadãos mais conscientes de um trânsito seguro.” Na sequência, as crianças acompanharam os treinos e tiveram a chance de conhecer alguns dos pilotos. E foi, nesse momento, que a empolgação tomou conta de vez do local. A gritaria tomou conta das arquibancadas. Muitos estavam impactados com o som dos motores e do cantar de pneus na pista e com a oportunidade de conhecer atletas reconhecidos nacionalmente. Ana Laura Ferreira, 11 anos, aproveitou para pegar cinco autógrafos em seu boné: “Estou achando maravilhoso. Nunca tinha vindo [a um autódromo], só tinha visto corrida na televisão. É muito bom estar aqui." “Estou achando maravilhoso. Nunca tinha vindo [a um autódromo], só tinha visto corrida na televisão. É muito bom estar aqui", disse Ana Laura Ferreira, de 11 anos Fã de automobilismo, Lucas Daniel Cruz, 10, também gostou de conhecer um autódromo. “É a primeira vez, e a gente consegue ver uma corrida tão legal como essa, os carros acelerando e dando a volta no autódromo todo. Me senti muito emocionado.” Já Eduardo Pires, 11 anos, ressaltou o aprendizado nas oficinas. “Estou achando muito bom aqui, a gente aprendeu muita coisa sobre o Detran, teve aula, apresentações”, relatou o pequeno, que disse ter achado o autódromo “muito bonito". Outro momento único para as crianças foi a chance de tirar fotos e pegar autógrafos com os pilotos. Os próprios corredores se emocionaram com a experiência. “Correr é um objetivo, mas a gente deixar nosso legado através de inspiração, de jornada, eu acho que é o mais importante”, definiu o piloto Allam Khodair, que aproveitou para celebrar a reabertura do autódromo: “Para mim, a emoção é um pouco maior, porque minha primeira vitória na Stock Car foi aqui, em 2009. Brasília é a capital do Brasil, aqui tem muita força de patrocinadores, tem o automobilismo na história, tem essa criançada aqui apaixonada e é uma praça maravilhosa. A pista é a maior que a gente tem no Brasil, um dos traçados mais interessantes do mundo, então é com grande felicidade que a gente recebe Brasília de novo." Corridas em Brasília "Brasília é a capital do Brasil, aqui tem muita força de patrocinadores, tem o automobilismo na história, tem essa criançada aqui apaixonada e é uma praça maravilhosa", destacou o piloto Allam Khodair No fim de semana, o público, que retirou os ingressos distribuídos pelo Banco de Brasília (BRB) e pela Vicar [organizadora do evento] previamente, poderá acompanhar gratuitamente a etapa principal da 11ª etapa da Stock Car e a 6ª etapa da Stock Light. No sábado (29), ocorrem os treinos oficiais e a corrida sprint da Stock Light e da Stock Car. Enquanto no domingo, ocorrem as corridas principais das duas categorias. No caso da Stock Light, a competição conhecerá o campeão e futuro piloto da Stock Car. Já a Stock Car, definirá na etapa de Brasília os pilotos que vão disputar o título da temporada em dezembro no Autódromo Internacional de Interlagos, em São Paulo. Reforma em etapas Com investimento de R$ 60 milhões, a primeira etapa da reforma teve como foco preparar e qualificar a pista para competições, fazendo as devidas adequações. A maior intervenção desta fase foi no asfalto. Completamente modificado, o pavimento passou a ser similar ao utilizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. São 20 centímetros de camada de gap graded, técnica que permite melhor aderência com o pneu, evita deformações permanentes e garante resistência de drenagem, além de ter durabilidade estimada de 20 anos.[LEIA_TAMBEM] A obra manteve o traçado original, considerado pioneiro e bastante elogiado, com algumas modificações para ampliar a capacidade de competições. Agora os 5.384 metros de extensão da pista podem se desdobrar em seis configurações distintas — sendo três traçados principais — para atender diferentes categorias de automobilismo e motociclismo nacionais e internacionais. Também foram criadas novas curvas, totalizando 16; uma chicane antes da reta final; e a curva principal recebeu inclinação de cinco graus. A reforma envolveu ainda uma ampla intervenção técnica para refazer a terraplanagem e a drenagem, além do paisagismo. Prevista para 2026, a segunda etapa contemplará a entrega definitiva dos boxes — um total de 40 —, do kartódromo, que passará a ser homologado para disputas, e do centro médico. Já a terceira fase inclui a instalação de novos empreendimentos dentro do complexo no chamado Racing Center, com lojas de carros e equipamentos esportivos, áreas de eventos e um Museu do Automobilismo.
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Com investimento de R$ 180 milhões, Drenar DF cumpre objetivo e reduz impacto das chuvas no início da Asa Norte
“Hoje o tempo fecha e ninguém corre para tirar o veículo da garagem. A preocupação acabou.” O relato de Gertrud Mathias, moradora da SQN 202 há quatro décadas, evidencia o impacto positivo da primeira etapa do Drenar DF, em operação desde março. O maior sistema de captação e escoamento de águas pluviais do Distrito Federal duplicou a capacidade de drenagem das primeiras quadras da Asa Norte, trazendo tranquilidade à população no período de chuva. A obra recebeu investimento de R$ 180 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF) e incluiu a construção de 7,7 km de tubulação, 291 bocas de lobo, mais de 100 poços de visita e uma bacia de detenção. Até esta semana, não houve registro de transtornos causados pela chuva, cumprindo o objetivo do sistema. “Antes, a água subia dois metros e meio dentro da garagem. Perdemos móveis, documentos e outras coisas guardadas nos armários, e mais de dez carros foram destruídos. Hoje estamos mais tranquilos, não tivemos nenhum problema até agora”, comenta Gertrud. Gertrud Mathias, moradora da SQN 202, elogia a eficiência do Drenar DF: "Hoje o tempo fecha e ninguém corre para tirar o veículo da garagem. A preocupação acabou" | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Segundo o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Hamilton Lourenço Filho, o sistema tem atuado como previsto e é monitorado constantemente pelo órgão, com vistorias durante e após as tempestades. “Tivemos chuvas fortes no último final de semana, que mostraram que o sistema está funcionando da forma como esperávamos, atendendo a população. A bacia encheu, não foi até o limite, e aos poucos começou a esvaziar”, afirma. O diretor-técnico complementa que a rede de tubulação foi projetada para suportar chuvas intensas e transportar grandes volumes de água até o ponto de escoamento. “Captamos água desde o Eixo Monumental até as quadras com finais 4 e 5 da Asa Norte”, esclarece. As galerias começam na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), seguindo em paralelo às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chegando à L4 Norte. A bacia de detenção do Drenar DF retém resíduos sólidos, como plásticos e até cadáveres de animais, evitando que sigam para o Lago Paranoá | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Comunidade aprova resultados Na comercial da 201/202, a chuva deixou de ser um problema. O barbeiro Juan Negreiros conta que, antes da entrega do Drenar DF, os clientes costumavam desmarcar os cortes de cabelo e barba quando chovia. “O cliente avisava que não vinha porque não conseguia ultrapassar as tesourinhas. Hoje chega, estaciona e é atendido”, afirma. “Foi uma obra acertada. Melhorou para o comércio e para quem mora perto”, conclui. Colega de trabalho de Juan, o barbeiro Leandro Oliveira conta que os comerciantes do prédio já improvisaram uma barricada para tentar evitar que a enxurrada invadisse o espaço. “Usamos madeira para segurar água e proteger as lojas”, relembra. Mas, segundo ele, a realidade no local mudou após o Drenar DF. “Faz tempo que não precisamos mais [instalar a barricada]”, comemora. “Antes dessa obra, já vi moto ser arrastada, contêiner descendo, [a rua] ficava intransitável. O cliente deixava de frequentar aqui. Depois do Drenar, veio chuva forte e não alagou. Para mim ficou 100%”. Estrutura A água da chuva é captada pelas novas bocas de lobo, segue pela tubulação até a bacia, onde passa pelo processo de decantação. A medida evita que resíduos sólidos, como plásticos e até cadáveres de animais, cheguem ao corpo hídrico. “Esse material que agora fica retido antes ia direto para o Lago Paranoá, sem ninguém ver. Agora, estamos adaptando os métodos para a limpeza da bacia, que tem dispositivos de entrada, grades, grelhas, de um modo que seja fácil de fazer”, explica Filho. [LEIA_TAMBEM]“A bacia está cumprindo o seu papel. As pessoas têm até reclamado da sujeira, mas é isso mesmo. A sujeira é para estar na bacia, não no Lago Paranoá. E sempre reforçamos o pedido para que a população evite jogar lixo, papel ou plástico no sistema de água pluvial, nas ruas, nas bocas de lobo”, enfatiza o diretor-técnico. Localizado no Parque Urbano Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte, o reservatório ocupa um terreno de 37 mil m² — equivalente a quatro campos de futebol tradicionais — e tem capacidade para reter até 96 mil m³ de água, suficiente para abastecer 40 piscinas olímpicas. Os protocolos de manutenção da bacia estão sendo aprimorados por técnicos da Terracap e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável pelos serviços. Os procedimentos relacionados à rede subterrânea já são executados com uso de caminhões de sucção e equipamentos específicos. O reservatório ocupa um terreno de 37 mil m² — equivalente a quatro campos de futebol tradicionais — e tem capacidade para reter até 96 mil m³ de água | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Novas etapas O programa Drenar DF terá outras etapas. A próxima fase vai beneficiar as quadras da altura da 4 até a altura da 14, e haverá uma terceira fase para atender até a altura da 16. Na entrega do primeiro trecho, o governador Ibaneis Rocha salientou a importância de resolver os problemas de alagamento e inundações da região. “Estamos na fase de atualização dos projetos para fazer a segunda parte do Drenar DF. É uma obra que eu não vou entregar no meu mandato, mas que precisa ser feita para resolver todo o problema da Asa Norte. Temos que pensar na cidade daqui 20 ou 30 anos, e é esse o trabalho que nós temos feito no Distrito Federal”, observou. O Drenar DF foi idealizado em 2008 e enfrentou anos de ajustes até ser executado em 2019. “Estou muito feliz, essa é a segunda maior obra do meu governo, coisa que ninguém acreditava; mas nós entregamos também o túnel de Taguatinga, que era uma promessa antiga dos políticos dessa cidade”, comemorou Ibaneis Rocha na mesma data. A Agência Brasília acompanhou o dia a dia das obras do Drenar DF. Confira aqui as reportagens.
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