Circuito de Ciências 2025 destaca protagonismo da EJA e participação inédita do sistema prisional
A Secretaria de Educação (SEEDF) realizou, na noite de terça-feira (25), a etapa final do Circuito de Ciências 2025. A cerimônia de premiação, no Auditório Neusa França, na sede da pasta, mobilizou escolas das 14 coordenações regionais de ensino (CREs) com projetos de iniciação científica e soluções inovadoras para desafios reais das comunidades escolares e da sociedade. O evento celebrou o protagonismo dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Neste ano, a temática central foi “Água para quê?”, e os estudantes apresentaram trabalhos que exploraram o recurso natural sob diferentes perspectivas, destacando sua importância para o planeta, para a regulação do clima e para o desenvolvimento das comunidades. Estudantes e educadores ocuparam o Auditório Neusa França, na noite de terça (25), para celebrar os projetos vencedores do Circuito de Ciências 2025 | Foto: Vinicius Gabriel/SEEDF Ciência inclusiva A participação inédita de estudantes do sistema prisional, representados pelo Centro Educacional (CED) 01 de Brasília, foi um dos destaques. Eles foram premiados por desenvolver um projeto sobre tratamento e melhoria da água dentro do presídio. A escola conquistou o 1º lugar na categoria E (2º segmento) e o 2º lugar na categoria F (3º segmento), mostrando que a educação científica pode superar barreiras físicas e sociais. A professora de matemática Luciana Braga, que representou os alunos na premiação, reforçou o papel democratizante do evento. “A educação transforma vidas, e é isso que buscamos fazer no sistema prisional. Trabalhamos com pessoas que vivem à margem da sociedade, e acreditamos que a educação pode chegar até lá e transformar a vida delas. O Circuito de Ciências democratizou o saber no momento em que a ciência entrou no presídio”, disse. [LEIA_TAMBEM]A educadora também reforçou a relevância social das iniciativas: “A maioria dos nossos alunos vêm de comunidades carentes do DF. Por isso, é fundamental ter uma alternativa simples e de baixo custo para o tratamento de água”. Impacto na comunidade O trabalho social também marcou o projeto vencedor da Categoria F (3º Segmento EJA). A estudante Ester Gouveia Pardim, de 18 anos, do Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de São Sebastião, integrou a equipe que desenvolveu um sistema de filtração caseira para garantir acesso a água potável. Para ela, o trabalho foi um exercício de empatia e aprendizado com a realidade. “Fizemos uma pesquisa de campo e conversamos com moradores que utilizam água de poços. Queríamos entender a rotina deles e saber se passavam mal por causa dessa água. Ter esse contato com a realidade da nossa comunidade foi muito impactante. Trouxemos amostras e, após o processo científico, ficamos felizes que nosso trabalho deu certo, mas tristes por confirmar que aquelas pessoas consumiam água contaminada”, relatou. Ester reforçou que o projeto oferece uma solução simples e econômica. “Em todas as nossas apresentações, mostramos o quanto nosso trabalho representa empatia”, finalizou a jovem cientista. A professora Luciana Braga recebeu uma premiação em nome dos estudantes do sistema prisional e ressaltou a importância de projetos de baixo custo para o tratamento da água Projetos premiados Categoria D – Primeiro segmento EJA · 1º lugar: Conta fácil: decifrando a conta de água e promovendo o consumo consciente (CEF 03 – Planaltina) · 2º lugar: Plantas medicinais e uso racional da água: sistema eletrônico de irrigação reprogramado para residências e hortas comunitárias (CED PAD-DF – Paranoá) · 3º lugar: Captação de águas da chuva para cultivo sustentável de horta orgânica e demais utilidades (CEF 113 – Recanto das Emas) Categoria E – Segundo segmento EJA · 1º lugar: Ciências e cidadania na EJA: filtro caseiro e Sodis [sistema de desinfecção de água] para melhoria da qualidade da água (CED 01 de Brasília) · 2º lugar: Microplásticos na água: um problema invisível (CEF 113 – Recanto das Emas) · 3º lugar: Alternativas para garantir acesso a recursos vitais (CEF 03 – Planaltina) Categoria F – Terceiro segmento EJA · 1º lugar: Filtração caseira: uma alternativa para o acesso à água potável em uma comunidade de São Sebastião – DF (CEM 01 – São Sebastião) · 2º lugar: Uma alternativa para o tratamento de água (CED 01 de Brasília) · 3º lugar: Profissões aquáticas e botânica (CEM 04 – Ceilândia). *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Definidas as datas para o pagamento do IPVA 2026
A Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF) definiu as datas de vencimento das parcelas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para o exercício de 2026. Por meio da Portaria Nº 923, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), foi estabelecida a semana de 23 a 27 de fevereiro para o pagamento da primeira parcela ou da parcela única, dependendo do dígito final da placa do veículo. As que têm final com 1 ou 2 pagam no dia 23 e assim sucessivamente. A impressão do boleto para pagamento já estará disponível em 1º de janeiro. O pagamento pode ser dividido em até seis parcelas iguais e sucessivas. “O valor de cada uma, porém, não pode ser inferior a R$ 50. E quando o valor do IPVA for inferior a R$ 100, o pagamento deverá ser feito em cota única”, esclarece Fabrício Bernardes, gerente do IPVA na Secretaria de Economia. Quem pagar à vista terá desconto de 10%. O GDF não mudou as alíquotas: 1% para veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg, caminhões-tratores, micro-ônibus, ônibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos; 2% para ciclomotores, motocicletas, motonetas, quadriciclos e triciclos; e 3% para automóveis, caminhonetes e utilitários. A variação de valores dos veículos se dá, portanto, em decorrência do mercado, por conta do ano e da marca do modelo, por exemplo. O contribuinte pode apresentar reclamação contra o lançamento, no prazo de 30 dias úteis, contados da publicação do Edital de Lançamento, diretamente no Portal de Serviços da Receita do Distrito Federal pelo seguinte caminho de acesso: Atendimento virtual; tipo de pessoa, assunto: IPVA; tipo de atendimento: efetuar reclamação contra o lançamento de IPVA. *Com informações da Seec-DF
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Hepatitis
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Novembro azul: Novacap reforça a importância de cuidar da saúde masculina
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Dia Nacional de Combate ao Câncer reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce
O câncer ainda é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Falar sobre a doença e agir cedo para tratá-la salva vidas. Nesta quinta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, é importante reforçar a importância de informar, conscientizar e incentivar o cuidado contínuo. Alinhado a esse propósito, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), em parceria com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), amplia o acesso ao atendimento especializado, fortalecendo a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento de diferentes tipos de câncer na rede pública. Josilene Batista, 48 anos, mais conhecida como Jojo, identificou um nódulo durante o autoexame em 2019 e não imaginava que se tratava de um câncer de mama. “Eu estava em casa deitada, e fui me tocando, me apalpando no peito. Aí eu senti um caroço que já estava quente e doendo”, relembra. Buscando atendimento em uma unidade básica de saúde (UBS) próxima de casa, entrou na fila para consulta ginecológica. Foi quando conheceu o trabalho da Rede Feminina de Combate ao Câncer e a Verinha, que à época era coordenadora da instituição. Verinha auxiliou Jojo no acesso ao exame para a detecção da doença. Graças à intervenção rápida, Jojo passou por cirurgia no mesmo ano. O câncer ainda estava em estágio inicial, permitindo tratamento completo, incluindo quimioterapia, com chances altas de cura. Desde então, a paciente segue recuperada e tornou-se voluntária da rede, sediada no Hospital de Base do DF (HBDF). “Eu nunca mais larguei. Aqui é a minha vida, eu respiro isso aqui”, conta, com orgulho. A prevenção continua sendo a maior arma contra o câncer | Fotos: Divulgação/IgesDF Casos como o de Jojo demonstram como o diagnóstico precoce pode elevar as chances de cura em até 90%, conforme dados do Ministério da Saúde. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 704 mil novos casos de câncer em 2025. Entre os tipos mais incidentes estão os tumores de mama (73 mil casos por ano), próstata (71 mil), cólon e reto (45 mil), pulmão (32 mil), estômago (21 mil) e colo do útero (17 mil). Somados aos tumores de pele não melanoma, cuja estimativa é de 483 mil diagnósticos anuais, o cenário reforça a importância de medidas contínuas de prevenção, diagnóstico precoce e acesso ao tratamento adequado. No Distrito Federal, os tipos mais frequentes de câncer acompanham a tendência nacional, com destaque para mama, próstata e colorretal, situações que comprovam a importância de manter os exames em dia e adotar hábitos de vida saudáveis. Câncer x estilo de vida Ainda de acordo com o INCA, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a fatores externos, como tabagismo, consumo de álcool, má alimentação, obesidade, exposição solar e sedentarismo. “Grande parte dos tumores poderia ser evitada com a redução de comportamentos de risco e o estímulo a práticas saudáveis. O cuidado começa na rotina: parar de fumar, reduzir o álcool, praticar atividades físicas e manter alimentação equilibrada são atitudes que salvam vidas”, explica Fabiana Comar, médica oncologista que atua no Hospital de Base. A oncologista destaca ainda que o avanço das políticas públicas tem ampliado o acesso da população a exames fundamentais. “A nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer reforça a importância da detecção precoce e trouxe mudanças significativas, como a ampliação da oferta de mamografia pelo SUS para mulheres a partir dos 40 anos, devido ao alto acometimento desse tipo de tumor no país”, pontua. Casos como o de Jojo demonstram como o diagnóstico precoce pode elevar as chances de cura em até 90%, conforme dados do Ministério da Saúde | Fotos: Divulgação/IgesDF Fabiana destaca também outra evolução importante como a substituição gradual do exame de Papanicolau pelo teste molecular de DNA-HPV em todo o território nacional. “O teste é mais sensível e permite identificar precocemente lesões que podem evoluir para o câncer do colo do útero, doença que ainda apresenta índices elevados no Brasil”, complementa. Outros fatores, como predisposição genética e idade, também influenciam, mas podem ser controlados com acompanhamento médico regular e exames de rastreamento.[LEIA_TAMBEM] Fatores de risco e formas de prevenção Segundo a médica oncologista, a prevenção continua sendo a maior arma contra o câncer. Confira as principais recomendações do INCA e do Ministério da Saúde: Não fumar e evitar locais com fumaça de cigarro; Manter o peso corporal adequado; Praticar atividades físicas regularmente; Evitar o consumo excessivo de álcool; Manter alimentação saudável, rica em frutas, verduras e legumes; Usar protetor solar e evitar o sol entre 10h e 16h; Vacinar-se contra HPV e hepatite B, doenças que podem causar câncer; Realizar exames preventivos: Papanicolau (ou teste de DNA-HPV, onde já está disponível), mamografia, colonoscopia e PSA, conforme orientação médica. *Com informações do IgesDF
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