O Governo do Distrito Federal (GDF) fará, na segunda-feira (25), às 9h, uma ação para acolher cerca de 30 pessoas instaladas em 11 barracas na QS 3 de Taguatinga, em uma área atrás de um mercado atacadista. Durante a operação serão oferecidos abrigo e acesso a programas e benefícios sociais. Também serão recolhidos os objetos e as estruturas montadas no local. O objetivo é assegurar os direitos fundamentais para que os cidadãos possam sair da situação de rua.
Ao longo desta semana, foi realizado um atendimento prévio no local para fazer um mapeamento do público a ser atendido na operação. “A maioria das pessoas são de outros estados. Eles chegam na quinta-feira e vão embora na segunda-feira após arrecadação de doações de alimentos e de dinheiro. Vamos conversar com essas pessoas e manter a vigilância no local para que a gente consiga atender todas, oferecendo passagens de volta para os seus estados ou se elas quiserem ficar, abrigo nos locais de acolhimento”, explica o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.
Não há remoção compulsória, cabe ao cidadão a escolha de ir para uma casa de acolhimento. Todos também têm direito de retirar os objetos recolhidos na ação posteriormente no galpão da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal).
Durante a ação. serão assegurados os direitos fundamentais para que os cidadãos possam sair da situação de rua | Foto: Lucio Bernardo Jr./ Agência Brasília
A força-tarefa reunirá as secretarias DF Legal, de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), de Saúde (SES-DF), de Educação (SEE-DF), de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Renda (Sedet-DF), de Segurança Pública (SSP-DF) e de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Novacap, a Codhab, o Detran-DF, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e o Conselho Tutelar.
Essa é a segunda atuação de abordagem do governo desde o desenvolvimento do plano de ações para a população em situação de rua montado por um Grupo de Trabalho (GT). A primeira ocorreu na Asa Sul, nas imediações do Centro Pop, quando foram acolhidas 24 pessoas. Após a realização da ação de Taguatinga, o governo fará uma suspensão temporária até a manifestação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A interrupção visa analisar e desenvolver as ações específicas da proposta.
“Vamos conversar com essas pessoas e manter a vigilância no local para que a gente consiga atender todas, oferecendo passagens de volta para os seus estados ou se elas quiserem ficar, abrigo nos locais de acolhimento”
Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil
Entenda
O Distrito Federal conta com 2.938 pessoas em situação de rua, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). Com foco em levar dignidade a esse público, o governo vem adotando uma série de medidas, entre elas a abordagem social e a construção de um plano de ações e de políticas públicas específicas. Para entender melhor o trabalho, confira abaixo as respostas às perguntas frequentes sobre o tema.
Qual é o objetivo das ações de abordagem social?
O objetivo da ação é o acolhimento. É dar condições para que as pessoas saiam da situação em que se encontram. O foco não é a desocupação de área pública. A desobstrução é consequência da ação. No momento em que a pessoa tem condição de sair da situação, ela sai do local onde está. A ação visa o acolhimento e a criação de oportunidades para as pessoas em situação de rua.
Qual é a competência de cada órgão nesse tipo de ação?
É uma ação integrada de vários órgãos. Foi criado um Grupo de Trabalho (GT) pelo Governo do Distrito Federal (GDF) que é coordenado pela Casa Civil. Todos os órgãos atuam de forma integrada antes e durante a ação. É feito um levantamento completo para que se possa ofertar os serviços públicos, ver o estado de saúde das pessoas e determinar o perfil das pessoas.