Com a chegada do verão, a alta temperatura e as chuvas da época podem ser fatores de influência na proliferação de pragas urbanas nas residências. Pernilongos, formigas, cupins e baratas se tornam mais ativos e propensos a aparecer nas áreas residenciais em busca de alimento. Para ajudar a população, a Agência Brasília separou algumas orientações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) que contribuem para a criação de um ambiente mais seguro e saudável nas comunidades.
Os chamados animais sinantrópicos, que são animais silvestres que se adaptaram a viver em ambientes urbanos e junto ao homem, podem gerar desconforto na população pelo fato de algumas espécies como mosquitos, pulgas, pombos, ratos e morcegos serem transmissores de doenças – enquanto outras, como escorpiões, formigas, abelhas, vespas e aranhas, possuem veneno e podem causar desde reações alérgicas até acidentes graves.

Manter quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos livres de materiais como folhas secas e entulho é importante, pois esses locais podem se tornar abrigos de espécies como escorpiões | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
De acordo com a bióloga da Gerência de Vigilância Ambiental de Vetores e Animais Peçonhentos e Ações de Campo, Vilma Ramos Feitosa, o principal ponto de ação para afastar os animais é dentro das residências, com uma inspeção sendo realizada. Os bichos costumam vir de um ambiente externo, como tubulações, ralos e esgoto, tendo preferência por lugares mais escuros. Os animais também podem fugir de alagamentos causados pelo entupimento de galerias, indo parar acidentalmente nas casas mais próximas.
Por isso, uma condição fundamental é criar uma barreira física para impedir a entrada dos insetos. “É uma solução menos tóxica que os produtos químicos, com medidas simples que precisam ser incorporadas para reduzir a possibilidade desses encontros indesejados. Mas, em situações de risco maior, a Saúde deve ser acionada”, alertou a profissional. A representante da Diretoria de Vigilância Ambiental também ressaltou que o setor faz o trabalho de mapear e intervir onde há descontrole dessas populações, recebendo denúncias para investigar de onde os animais estão vindo.
Entre as espécies que são mais incidentes nesta época do ano estão os mosquitos urbanos, além dos barbeiros, que aparecem com mais frequência no início das chuvas
Cuidados e proteção
Entre as espécies que são mais incidentes nesta época do ano estão os mosquitos urbanos, além dos barbeiros, que aparecem com mais frequência no início das chuvas. Para evitar que as residências se tornem um ambiente favorável a esses animais, há medidas preventivas como acondicionar o lixo de maneira adequada em sacos plásticos e dentro de latas bem fechadas e limpas, assim como manter fornos, armários, despensas, eletrodomésticos e outros locais de difícil acesso sempre limpos, eliminando restos alimentares e gordura acumulada. Além disso, açúcares e alimentos devem ser armazenados em potes bem vedados.