Um lugar onde o aluno é autor e protagonista da própria história. Na Escola Classe (EC) 803 do Recantos das Emas, os estudantes da educação infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental, entre 4 e 12 anos, são incentivados a gostar de ler ao escrever seus próprios livros. A iniciativa faz parte do projeto Era uma vez, criado em 2022 com o objetivo de fomentar a produção textual dos alunos com ajuda dos professores. Quarenta delas foram lançadas em outubro deste ano, durante a II Feira Literária – Um minuto mágico de histórias infantis. No total, o projeto já desenvolveu 51 obras literárias.
“É um projeto maravilhoso em que toda a escola se debruça com o propósito de mergulhar em um universo literário, onde o aluno tem total liberdade para escolher o enredo da história e os processos necessários para construção de um livro”, explica a professora da Educação Infantil Andréia Feitosa.
Quarenta livros foram lançados em outubro deste ano, durante a II Feira Literária – Um minuto mágico de histórias infantis | Fotos: André Amendoeira/SEE-DF
A concepção do projeto é realizada desde o primeiro dia de aula. O professor é o mediador de todo o processo, mas é o aluno o real protagonista na construção coletiva da história dos livros. A escola tem atualmente 960 alunos matriculados e todos eles participam do projeto, inclusive os que estão na alfabetização. “Fazemos atividades de leitura, iniciação do processo criativo das histórias com a escolha dos temas e criação dos personagens”, conta Andréia Feitosa.
A culminância do projeto é realizada no final do ano, por meio de uma feira literária com apresentação dos livros. Em 2023, o tema da feira foi Um minuto mágico de histórias infantis, com 40 livros lançados. Uma alegria só para os amigos Isaque Luna da Costa e Salatiel Silva dos Santos, ambos com 8 anos, que, junto à turma do 2º ano, apresentaram para a escola a história O Guardião da Natureza.
“O livro conta a história de um menino que mora em uma chácara. Um dia, ele viu fumaça saindo de perto do rio e chamou os bombeiros para apagar o fogo. Naquele dia, ele decidiu que seria o guardião da natureza”, conta Isaque Luna. O estudante percebeu que a história é semelhante à dele, que mora em área rural. “Achei parecida comigo porque moro perto da natureza, meus colegas de turma também moram próximo das árvores e a gente precisa preservar para que elas não se acabem”, completa.