A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), por meio da Escola de Assistência Jurídica da DPDF (Easjur/DPDF), reuniu 700 estudantes de diversas regiões administrativas do DF em aulão preparatório para o Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que atingiu a capacidade máxima. A conferência, intitulada A sustentabilidade das relações humanas a partir das políticas públicas: construindo uma cidadania ativa foi realizada nesta quinta-feira (27), em parceria com a Defensoria Pública da União (DPU) e outras instituições públicas e privadas.
O aulão preparatório, nesta quinta (27), contou com a apresentação de estratégicas e técnicas para o alcance da nota máxima da redação nas provas | Foto: Vinícius Feydit/DPDF
O aulão teve como foco as técnicas e as estratégias para a compreensão da dinâmica das provas discursivas das provas, nos termos da resolução nº 2/24 do Conselho Nacional de Educação (CNE), que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM). O encontro também marcou o lançamento do novo formato do projeto Conhecer Direito, instrumento de universalização da educação em direitos desenvolvido com a colaboração da DPU e de outras instituições.
“Aprendi muito sobre a Defensoria e também sobre a vida. Nós temos que nos sentir cidadãos e também reconhecer a cidadania do outro. É muito importante discutir essas questões sociais e saber que podemos aplicá-las também na redação das provas”
Nicole Alves Senna, estudante
O defensor público-geral substituto, Fabrício Rodrigues, destacou a relevância do aulão para a construção de uma nova ordem jurídica justa. “Não basta o litígio pelo litígio, mas é necessário dar preferência à solução extrajudicial dos conflitos, o que se fundamenta por meio da educação em direitos. Esse momento se concretiza por meio da construção da relação da Defensoria Pública com diversos parceiros e colaboradores. Ele foi reservado para que os estudantes possam despertar e para que o papel da instituição se concretize para além da judicialização, reduzindo os conflitos e tornando os alunos protagonistas de suas próprias vidas”, explicou.
Para o defensor público e diretor da Easjur, Evenin Ávila, o evento marca o Sistema de Justiça brasileiro, especialmente as defensorias públicas, que nasceram em 1988 para ressignificar o acesso à Justiça e dar voz à população. “Nós liberamos um edital que vai universalizar esse curso, para que todo cidadão brasileiro tenha condições de entender as regras, seus deveres e direitos e, com discernimento, tomar decisões de forma positiva, prevenindo conflitos. É um movimento de colaboração vivo, que conta com a participação de toda a sociedade e tem por objetivo trazer uma Justiça também viva, que previne sofrimentos e, principalmente, que desjudicializa o país mais judicializado do planeta”, concluiu.