Três pessoas foram presas no Distrito Federal nos últimos cinco dias suspeitas de provocar incêndios florestais na capital federal. A mais recente prisão ocorreu nesta quarta-feira (18) de forma preventiva durante a Operação Curupira, deflagrada pela Polícia Civil (PCDF). A ação faz parte de uma força-tarefa para identificar e punir pessoas envolvidas em queimadas.
Na ocasião, um homem de 50 anos foi detido acusado de atear fogo em um terreno no Lago Oeste que se alastrou para outras propriedades e para áreas de proteção ambiental. O fato aconteceu no dia 12 de agosto.

A prisão preventiva de um homem de 50 anos faz parte de uma força-tarefa para identificar e punir pessoas envolvidas em queimadas | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília
Segundo investigação da Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal (Cepema) da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), o homem disse que colocou fogo no terreno porque seria capaz de controlar. No entanto, as chamas se expandiram atingindo dez propriedades e duas áreas de proteção ambiental, que equivalem a aproximadamente 200 mil metros quadrados.
“Esse crime aconteceu no dia 12 de agosto. A partir daí, começamos as investigações. Ouvimos cerca de sete chacareiros da região e mais alguns brigadistas. Tomamos também o termo de depoimento do acusado. Após ter certeza da autoria e da materialidade do crime, ingressamos no Poder Judiciário com um pedido de prisão preventiva e busca e apreensão na casa do suspeito”, explicou o delegado João Maciel Claro, o coordenador da Cepema da PCDF.
João Maciel Clar0: ” Ouvimos cerca de sete chacareiros da região e mais alguns brigadistas. Tomamos também o termo de depoimento do acusado. Após ter certeza da autoria e da materialidade do crime, ingressamos no Poder Judiciário com um pedido de prisão preventiva e busca e apreensão na casa do suspeito”
O homem foi indiciado pelos crimes de incêndio e dano ambiental à vegetação nativa. A pena pode ser aumentada em um terço devido a destruição de patrimônio particular e ambiental, resultando numa reclusão de oito a 13 anos.
Além dos crimes ambientais, o homem teria ameaçado com o uso de facão os vizinhos e os brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que tentaram conter as chamas. Caso isso seja confirmado, ele pode responder ainda pelas ameaças.
