A assistência às pessoas com deficiência (PcDs) que vivem na capital federal será ampliada com o projeto Carreta da Inclusão, lançado nesta quarta-feira (10). A iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio das secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Pessoa com Deficiência (SEPD), tem o objetivo de facilitar o acesso dessa população a serviços públicos, com a entrega das carteiras de identificação, oferta de atendimentos jurídicos e sociais, suporte na busca de oportunidades de emprego e possibilidade de experiências tecnológicas inclusivas.

Os secretários da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos (C), e de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman (acima) durante a chegada da Carreta da Inclusão | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
“O programa visa atender as pessoas nas regiões administrativas para que a gente possa levar serviços da secretaria e de outras pastas que garantam às pessoas com deficiência os seus direitos, principalmente indo à cidade para facilitar o acesso”, defendeu o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos.
“Estamos trazendo a carteira física para facilitar para as pessoas que têm alguma deficiência oculta possam se identificar dentro dos programas do GDF”
Flávio Santos, secretário da Pessoa com Deficiência
O Guará foi escolhido para a estreia do projeto, que ainda circulará por outras cinco regiões. A carreta itinerante ficará na cidade até sexta-feira (12), no estacionamento do Cave, na QE 25. Por lá, serão distribuídas 514 carteiras de identificação da pessoa com deficiência e do autista em formato de crachá e com cordão e também poderão ser solicitadas novas emissões. Também serão oferecidas atividades acessíveis. Os atendimentos serão das 14h às 16h, nesta quarta, e das 10h às 16h, na quinta e na sexta-feira.
Serviços oferecidos
“Estamos trazendo a carteira física para facilitar para as pessoas que têm alguma deficiência oculta possam se identificar dentro dos programas do GDF”, resumiu o titular da SEPD. “Além de entregar as carteiras, nós também estaremos fazendo novas carteiras e oferecendo outros serviços, como de defensoria pública, de transporte, de empregabilidade e da área social.”
Sílvia Amélia Amaral (E), com o filho Filipe: “O autismo não está no rosto, então a carteira vai facilitar na hora de ir numa fila, a um banco ou qualquer tipo de atendimento”
A servidora pública Sílvia Amélia Amaral, 51, foi ao evento com o filho Filipe Lucas Amaral, 16, para fazer a retirada da Carteira Física da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), e lembrou que ter o serviço próximo de casa ajuda muito, tanto para ela quanto para as demais famílias.
“Um projeto desses que traz uma carreta até você é um alento, porque nem todo mundo consegue sair com os filhos”, disse. “O autismo não está no rosto, então [a carteira] vai facilitar na hora de ir numa fila, a um banco ou qualquer tipo de atendimento. É muito importante ter um cordão que identifique para que as pessoas não achem que estamos fraudando. Já que tem, é uma forma de irmos atrás dos nossos direitos.”
Games e atendimentos públicos
Um dos destaques é a arena gamer, com duas áreas onde os visitantes poderão experimentar jogos eletrônicos adaptados com tecnologia assistiva e free play. Além disso, o espaço permite a inscrição no projeto Gamifica-DF da Secti, que oferece cursos de capacitação gratuitos nas áreas de desenvolvimento de jogos, design e marketing.
Ainda durante o evento, os secretários da Pessoa com Deficiência e de Ciência, Tecnologia e Inovação assinaram uma portaria que estabelece diretrizes e competências para cooperação mútua entre as pastas visando desenvolvimento de soluções tecnológicas e inovadoras para pessoas com deficiência do DF.
“Temos essa visão da tecnologia como vetor de inclusão”
Leonardo Reisman, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação
