A Casa do Cantador, em Ceilândia, será palco de um encontro potente entre arte, economia solidária, resistência e protagonismo feminino neste sábado (18), a partir das 15h, com entrada gratuita. O Festival Operárias das Artes chega à 7ª edição reunindo artistas mulheres do Distrito Federal e de outras regiões do país, em um grande movimento de valorização da cultura popular feminina. Realizado pela Artecei Produções, com fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), o evento integra a 2ª edição do Programa Cultura Para Todos, iniciativa que valoriza e fortalece as expressões culturais populares no Distrito Federal.
Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, o Festival Operárias das Artes simboliza a força e a sensibilidade das mulheres que constroem, todos os dias, a cultura popular do nosso país. “A Casa do Cantador é o lugar ideal para essa celebração, que une arte, diversidade e protagonismo feminino. Apoiar iniciativas como essa é reafirmar o compromisso do Governo do Distrito Federal com uma cultura plural, viva e acessível a todos”, complementou Abrantes.
“Criamos o Operárias das Artes para garantir que as mulheres artistas tenham um espaço de reconhecimento e liberdade. O festival é um ato político e poético de resistência. Cada edição reafirma o direito das mulheres de ocupar os palcos e contar suas próprias histórias”, destaca Nanci Araújo, curadora e idealizadora do projeto.
A programação local é um retrato da pluralidade e da potência feminina no Distrito Federal. O festival abre com o Dois Timbres, projeto que une vozes femininas em uma fusão de samba, MPB e música regional. Em seguida, o Fuá da Paulinha traz o forró pé-de-serra com sotaque nordestino e alegria contagiante. Lene Matos apresenta um show autoral marcado pela poesia e pela força da percussão afro-brasileira, enquanto o coletivo Elas que Toquem transforma o palco em um manifesto sonoro de instrumentistas e cantoras de diversas vertentes.
O rap feminino chega com Dree-K, que representa a nova geração do hip-hop candango com letras de empoderamento e denúncia. Já o Fuzuê Candango mergulha nas tradições populares, com batuques e cantos de matriz afro, e o Grupo Afirmação encerra o bloco local com um espetáculo que combina música, teatro e ancestralidade em uma celebração da identidade negra e feminina.