Para formar estudantes e cidadãos conscientes e cheios de conhecimentos, é necessário um conjunto de elementos. Entre eles, o professor ocupa um papel central. Mas para que o educador exerça essa função com qualidade, é essencial que esteja constantemente atualizado, por meio de uma formação continuada que o capacite a enfrentar os desafios da educação contemporânea.
Neste domingo (10) o Distrito Federal celebra o Dia da Formação Continuada dos Profissionais da Educação, uma data que reforça o compromisso com a capacitação constante dos docentes. Na mesma data, a Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) completa 37 anos.
Criada em 1988, a Eape já ofereceu, apenas no primeiro semestre de 2025, 130 percursos formativos, 580 turmas e 21.700 vagas, com 12.522 educadores inscritos e 14 mil educadores sociais capacitados. As inscrições para os percursos formativos do segundo semestre de 2025 acabam hoje.
Referência
O Distrito Federal se destaca no Brasil por exigir formação superior de todos os seus professores, inclusive os temporários, e por oferecer um plano de carreira que valoriza a capacitação contínua. Esse cuidado coloca a rede pública do DF entre as mais qualificadas do país. A Eape é a responsável por planejar e executar essas formações, abrangendo não só os professores do magistério, mas também os servidores da assistência.
"Ao longo de mais de três décadas, a Eape tem formado e capacitado continuamente os educadores do Distrito Federal, oferecendo cursos que acompanham as transformações da sociedade e da própria educação. Entre os temas abordados estão a educação para a integridade (NaMoral), o combate à violência contra meninas e mulheres (Maria da Penha vai à Escola), os avanços tecnológicos e outros desafios contemporâneos. Essa atuação reforça o nosso compromisso em preparar os profissionais para lidar com questões complexas e promover uma educação mais inclusiva e eficaz", destaca Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DF.
Linair Moura Barros Martins, chefe da Eape, explica qual o diferencial de ter uma escola de formação dentro da própria rede de ensino: “Nossas formações são feitas por pares, por quem conhece o chão da escola e entende o território do DF. Isso faz toda a diferença, porque não é uma formação genérica, vinda de fora. Ela conversa com nossas necessidades, nossos desafios, nossos sonhos enquanto rede de ensino”.
Para Linair, a formação continuada é essencial para responder às novas demandas da sociedade — como o uso da inteligência artificial — e valorizar o educador. “É através dela que alcançamos a qualidade que buscamos na educação,” reforça.
Formações que transformam a escola
A Eape organiza suas ações em sete frentes: percurso, projeto Eape vai à Escola, afastamento remunerado para estudos, bolsa de estudos, pesquisa, estágio e revista Com Censo. No primeiro semestre, 19 oficinas atraíram 3 mil inscritos, mostrando a sede dos educadores por aprendizado. “Cada uma dessas ações é pensada para fortalecer o professor e, consequentemente, o aluno,” diz Linair.
No Núcleo de Formação Continuada dos Orientadores Educacionais, Gestão Educacional, Eixos Transversais e Carreira PPGE, Thaiane Ferreira lidera ações voltadas para letramento de gênero, letramento racial, equidade, inclusão e diversidade. “Nossas formações mudam as relações dentro da escola. Elas ajudam os professores a valorizarem as diferenças humanas, criando ambientes mais acolhedores e justos,” conta Thaiane.