O novo episódio do podcast Desvios, criado pelo Coletivo Transversos, será disponibilizado nas plataformas digitais nesta sexta-feira (25). Realizado com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), o projeto entrevista seis artistas urbanos que ocupam espaços públicos com murais, grafites e intervenções artísticas. A ideia é revelar os bastidores por trás das obras e comentar os desafios inerentes à produção. No novo episódio, o bate-papo é com o artista visual Pedro Sangeon, criador do personagem Gurulino.

Podcast realizado com apoio do FAC entrevista seis artistas urbanos que ocupam espaços públicos com murais, grafites e intervenções artísticas; novo episódio será lançado na sexta (25), com o artista visual Pedro Sangeon | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Outros dois nomes de Brasília também participam do podcast: Kamala Ramers, atriz e produtora da Andaime Cia de Teatro, que aborda a experiência urbana pelos olhos da arte cênica; e Luciana Lara, da Anti Status Quo Companhia de Dança, que traz a performance como reflexão. Todos os conteúdos contam com audiodescrição das obras artísticas e ambientação sonora, além de serem disponibilizados no Spotify e no YouTube de forma gratuita, e transmitidos em parceria com a Rádio Eixo.
“O podcast Desvios tem a função de deixar registrada a história das obras e dos artistas que nós admiramos e que estão trabalhando a arte urbana em diversos suportes e linguagens. Os artistas narram como é o trabalho deles na rua e como foi produzir algumas de suas obras, trazendo a discussão do pertencimento à cidade e do direito à cidade”, explica uma das fundadoras do Coletivo Transverso, Patrícia Del Rey.
Patrícia Del Rey: “O podcast Desvios tem a função de deixar registrada a história das obras e dos artistas que nós admiramos e que estão trabalhando a arte urbana em diversos suportes e linguagens”
No bate-papo, Sangeon conta a história de uma pintura que fez em uma fachada na altura da 706 Sul, em 2019, em parceria com o Transverso. O desenho é uma referência à imagem em que São Sebastião leva flechadas para morrer. “Naquela época, nós estávamos vivendo um momento no país em que a cultura estava sendo massacrada e os artistas não tinham perspectiva nenhuma. Então, trazer o personagem quebrando uma flecha e a frase ‘a arte nunca morre’ era um recado do ressurgimento que ia acontecer mais cedo ou mais tarde”, esclarece.

