O Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) passou a oferecer a shantala em casa, por meio de chamada de vídeo. A técnica combina o toque, a aplicação de óleo, a massagem e o alongamento suave do corpo do bebê, e é uma das Práticas Integrativas em Saúde (PIS) ofertadas na rede pública.

Miguel aproveita a shantala aplicada, em casa, pela mãe | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde
A ideia, segundo a terapeuta ocupacional do CrisDown, Roberta Vieira, é resguardar mamães e bebês nesse contexto da pandemia. “A ida ao hospital pode apresentar um risco para os bebês, então é importante que permaneçam em casa para se protegerem. Assim, foi pensada uma alternativa para atender as mães e os bebês de forma acolhedora e humanizada”, destaca.
A shantala já ocorria em grupos presenciais, antes da pandemia e, agora, foi retomada de forma virtual. Nesse primeiro momento, três mães participam do grupo montado pela terapeuta ocupacional e iniciado no dia 25 de junho. De acordo com Roberta, as sessões duram cerca de 40 minutos. “A primeira videochamada foi para ensinar a técnica, conversar com as mães sobre os benefícios da shantala, quando e como fazer, além das contraindicações. Elas também receberam um encarte ilustrativo com as informações”, relata.
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No segundo encontro, Roberta avalia como foram os dias posteriores, se as mães tiveram alguma dificuldade na aplicação da técnica e recorda os movimentos. “Inicialmente, espero que sejam quatro encontros semanais e, depois, passe para pelo menos um encontro mensal”, aponta. A terapeuta ocupacional reforça ainda a importância dos encontros para o compartilhamento de experiências entre as mães e o fortalecimento da rede de apoio.
Valdirene Viana Braz, de 41 anos, mãe do pequeno Miguel, de um ano e sete meses, revela estar feliz com o serviço. “O Miguelzinho está tendo um ótimo desenvolvimento. Só tenho a agradecer a equipe pela dedicação, carinho e a forma com que cuidam das nossas crianças”, comemora.
Além disso, a moradora de Planaltina diz estar mais tranquila por não ter que se deslocar até o Hran. “Eu ficava muito insegura por conta do ambiente hospitalar. Essa doença (covid-19) é muito perigosa, principalmente para os nossos bebês que têm imunidade muito baixa”, desabafa.
