Mulheres vítimas de violência física, doméstica e sexual podem encontrar acolhimento no Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor do Cerrado. O serviço é oferecido em um prédio anexo ao Hospital de Santa Maria, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), e atende, além de mulheres, crianças e adolescentes envolvidos nesses episódios.

Para ter acesso ao atendimento, basta procurar o Cepav; serviço é totalmente sigiloso | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Os pacientes são auxiliados por uma equipe multidisciplinar, formada por assistentes sociais, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogos. Entre maio de 2021 e fevereiro deste ano, foram registrados 4.973 atendimentos nessa unidade do Cepav.
O acesso ao acolhimento ocorre de forma espontânea, quando a vítima procura o serviço, e por encaminhamentos de outras instituições, como conselho tutelar, escolas, órgãos judiciais e unidades básicas de saúde (UBSs). No primeiro caso, é necessário apresentar documento de identificação e comprovante de residência. Não há restrição de idade para mulheres.
“O próprio hospital também encaminha o paciente para o nosso atendimento, ao perceber algum sinal de que aquela pessoa passou ou está inserida em um contexto de violência, e nós entramos em contato para marcar o acolhimento”, pontua o assistente social Caio Milhomem, integrante do Flor do Cerrado.
[Olho texto=”“Tentamos mostrar como a violência está presente nas relações cotidianas, que é uma questão da sociedade”” assinatura=”Caio Milhomem, assistente social ” esquerda_direita_centro=”direita”]
Recebida a demanda, a equipe de enfermagem é responsável por marcar o primeiro encontro com os pacientes e, na ocasião, recolher o máximo de informações sobre o caso e a situação de saúde. Além disso, são explicados detalhes do funcionamento do programa e há direcionamentos a outros serviços de saúde, caso seja necessário.
“Durante o primeiro contato, falamos sobre os tipos de violência que existem, porque, muitas vezes, as pessoas estão passando por algum tipo de situação violenta, mas não conseguem identificar”, afirma a enfermeira Márcia Lima. “Mostramos que não estamos aqui para investigar nada; é um serviço totalmente sigiloso.”
Acompanhamento
Orientação é para pedir ajuda e, em casos de violência, sempre denunciar | Arte: Agência Brasília
