A dona de casa Rute Vieira, 39, conhece bem os serviços da Secretaria de Saúde (SES-DF). Mãe de Isabella, 9, diagnosticada com transtorno de espectro autista (TEA), ela sabe explicar como funcionam as redes envolvidas no atendimento da filha, entre unidades da Atenção Primária e centros especializados. E elogia o tratamento recebido: “Faz toda a diferença quando o profissional é realmente capacitado”, afirma. Esse cuidado integrado ganha destaque no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado nesta quarta-feira (2).
Atendimento, bem como o acompanhamento, se dá conforme as necessidades apresentadas pelos pacientes | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
O autismo é um tema sob atenção de praticamente toda a Secretaria de Saúde, conforme detalhado na Linha de Cuidado da Saúde da Pessoa com TEA, em vigência desde 2023. Mesmo os profissionais não envolvidos diretamente no tema recebem qualificação sobre o assunto.
“O atendimento multiprofissional para esses casos é muito importante porque permite uma intervenção integral, abordando todos os aspectos e fatores envolvidos no quadro”
Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental
Isabella foi encaminhada para avaliação após um atendimento por conta do refluxo gástrico. Hoje, ela faz acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi) de Taguatinga, no Centro Especializado em Reabilitação (CER) II de Taguatinga, no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica (Compp) e na Unidade Básica de Saúde (UBS) 11 de Ceilândia – perto de onde mora.
Em cada um desses locais, há um atendimento específico, conforme as necessidades da Isabella e da sua mãe, que também conta com apoio da SES-DF tanto para a saúde física quanto mental. “O atendimento multiprofissional para esses casos é muito importante porque permite uma intervenção integral, abordando todos os aspectos e fatores envolvidos no quadro”, pontua a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer.
Porta de entrada
A principal porta de entrada é a rede de UBSs, onde os servidores podem identificar os sinais do transtorno e encaminhar a centros especializados, em caso de necessidade. As UBSs também fazem a orientação das famílias e o acompanhamento contínuo, além de lidarem com outras questões de saúde. “A maior parte das necessidades das pessoas com TEA pode e deve ser atendida nesse nível, garantindo um cuidado próximo da comunidade, reduzindo barreiras de acesso e promovendo melhor qualidade de vida”, explica a chefe da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde da SES-DF, Carolina César Ferreira.