Desta segunda-feira (1º) a 30 de setembro, o DF institui o vazio sanitário da soja. A medida é essencial para o controle da ferrugem-asiática, uma das doenças mais devastadoras para a cultura da soja. Essa iniciativa visa eliminar todas as plantas de soja durante esse período, interrompendo o ciclo de vida do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da doença.
Lavoura de soja é beneficiada com a técnica, importante para o combate de uma das doenças mais devastadoras dessa cultura | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
A ferrugem-asiática da soja é conhecida pela alta capacidade de reprodução e disseminação, podendo causar perdas de até 75% na produção. O fungo necessita de plantas vivas para sobreviver e se espalhar. Ao retirar as plantas do campo durante o vazio sanitário, há o impedimento para que o fungo encontre um hospedeiro, o que reduz drasticamente a presença dele no ambiente.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri) desempenha um papel importante na implementação e fiscalização do vazio sanitário. Durante o período em que essa técnica é aplicada, equipes da pasta fazem inspeções rigorosas nas propriedades para assegurar que as normas estão sendo cumpridas.
Em 2023, a Seagri-DF fiscalizou cerca de 656 propriedades de cultivo de soja, registrando ocorrências de plantas vivas em 17 delas. A maioria dos casos envolvia plantas voluntárias, enquanto apenas uma propriedade estava conduzindo o cultivo durante o vazio sanitário. As fiscalizações visam garantir a eliminação total das plantas de soja, por métodos mecânicos ou químicos, conforme estipulado na portaria nº 26 de 2018.