A delegação do Distrito Federal participou nesta terça-feira (11) da COP30 com um painel que trouxe à tona experiências exitosas em gestão territorial, sociobiodiversidade e economia verde. O encontro, realizado na Casa da Biodiversidade e Clima da Abema, reuniu gestores, especialistas e representantes de instituições para apresentar como a capital federal tem enfrentado os desafios das mudanças climáticas.
Sob a liderança do secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, e moderação do subsecretário Renato Santana, o painel revelou um conjunto de iniciativas que colocam o Distrito Federal na vanguarda das políticas ambientais brasileiras.
“O Distrito Federal tem mostrado ao Brasil e ao mundo que é possível aliar inovação, sustentabilidade e inclusão social em uma política ambiental consistente”, destacou a vice-governadora Celina Leão. “A COP é espaço de compromisso real com o planeta, e o DF está assumindo esse protagonismo com responsabilidade e resultados concretos”, completou.
O secretário Gutemberg Gomes abriu as apresentações destacando os avanços na modernização da gestão ambiental. “Estamos utilizando tecnologias de ponta e instrumentos integrados de planejamento para fortalecer nossa governança ambiental”, afirmou. As estratégias incluem políticas de prevenção de desastres, conservação do solo e projetos robustos de reflorestamento que já apresentam resultados concretos na recuperação de áreas degradadas.
Rogério Silva, servidor da Secretaria do Meio Ambiente, apresentou o Sistema de Informações Ambientais (Sisdia), uma plataforma que moderniza a gestão territorial no Distrito Federal. A ferramenta permite o planejamento sustentável e a tomada de decisões baseada em dados, integrando informações sobre uso e ocupação do solo com estratégias de redução de vulnerabilidades climáticas. “Não se trata apenas de normas, mas de uma visão integrada que considera os impactos climáticos em cada decisão sobre o território”, explicou.
Cristiano Cunha, representante da rede Brasil Mais Meio Ambiente Integrado e Seguro, em parceria com a Polícia Federal, apresentou uma plataforma intuitiva de monitoramento em tempo real para combate ao desmatamento e ao crime organizado ambiental. A ferramenta gera dados estratégicos que fortalecem a fiscalização e a proteção dos biomas brasileiros.
Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental, destacou conquistas expressivas na proteção ambiental do DF. A capital conta com 82 unidades de conservação, incluindo a estratégica Águas Emendadas, nascente com duas vertentes que funciona como unidade de proteção integral. Com mais de 90% de área protegida, o território abriga a rica fauna e flora do Cerrado, incluindo abelhas nativas sem ferrão, que são objeto de estudos do instituto.
Não temos racionamento de água na área urbana do DF, a área queimada foi reduzida em mais de 60%, foram contratados 150 brigadistas e implantadas estações de qualidade do ar. Entre as inovações, destaca-se a criação do Hfaus, Hospital da Fauna Silvestre, e o programa Parque Educador, que leva estudantes às unidades de conservação com professores cedidos pela Secretaria de Educação, promovendo a conscientização ambiental por meio das crianças. O Brasília Ambiental também anunciou a licença para a Usina de Hidrogênio Verde, posicionando o DF na vanguarda das energias renováveis.