O impacto da carteira de identificação da pessoa com deficiência e do autista é evidente no cotidiano de muitas famílias. Para Dominique Marie do Nascimento, mãe de Jonatã Vilanova Oliveira, de 10 anos, o documento tem facilitado atividades cotidianas desafiadoras para pessoas com autismo. “Ele tem dificuldade com a espera, então, com a carteirinha, situações estressantes se tornaram mais rápidas e, consequentemente, mais leves”, compartilhou Dominique.
Agilidade na locomoção ao estacionar ou tomar um transporte público; educação inclusiva e acesso a atividades de lazer são alguns dos exemplos de mais facilidade para a família do menino. “A gente passeia muito com ele. A carteirinha ajuda as pessoas a reconhecerem rapidamente o diagnóstico de Jonatã e a se mostrarem mais empáticas e cuidadosas”, destaca.
Agilidade na emissão
Com um investimento superior a R$ 100 mil, o Governo do Distrito Federal (GDF) emitiu, em 2024, 18,5 mil carteiras de identificação para pessoas com deficiência e do autista | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
A emissão da carteirinha do filho da servidora pública foi rápida e sem burocracias. “Na verdade o que mais demorou foi o diagnóstico. Procuramos vários especialistas para saber o que causava as dificuldades na fala e no aprendizado dele”, relata a mãe. O caminho foi longo. Demorou cerca de quatro anos até o resultado de autismo moderado. “Assim que recebi o relatório, entrei com o pedido da carteirinha e consegui rapidamente”, conta Dominique.
Com um investimento superior a R$ 100 mil, o Governo do Distrito Federal (GDF) emitiu, em 2024, 18,5 mil carteiras de identificação para pessoas com deficiência e do autista, acompanhadas de cordões e porta-crachás, visando garantir o acesso a direitos e serviços. Até o momento, cerca de 10 mil documentos já foram entregues, e as demais emissões estão programadas para 2025.
A emissão é gratuita e pode ser feita de forma virtual pelo site da Secretaria da Pessoa com Deficiência ou presencialmente no Centro de Atendimento da Pessoa com Deficiência, localizado na Estação de Metrô da 112 Sul. Para obter o documento, é necessário realizar o Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcd), com documentos atualizados como RG, CPF, laudo médico, foto 3×4, comprovante de residência e cadastro no site gov.br.
Flávio Pereira dos Santos: “A secretaria vem trabalhando muito em prol das pessoas com deficiência para que elas tenham acesso a políticas públicas efetivas de acessibilidade, inclusão e serviços”
De acordo com o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos, o banco de dados da secretaria já registra mais de 31 mil CadPcd. “A secretaria vem trabalhando muito em prol das pessoas com deficiência para que elas tenham acesso a políticas públicas efetivas de acessibilidade, inclusão e serviços. A pasta, inclusive, é um importante instrumento de informação de como chegar a esse serviço, programas que são oferecidos pelo GDF para que as pessoas adentrem”, afirma o secretário.