Em 12 de agosto de 1968, o Distrito Federal certificou a fundação da Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), em Planaltina. Com área aproximada a 10 mil hectares, o espaço abriga a única união de duas grandes bacias da América Latina: a Tocantins/Araguaia e a Platina, em uma vereda de 6 km de extensão. Neste sábado (12), 55 anos depois, a unidade de conservação (UC) segue sendo uma das mais importantes para a preservação ambiental.
A comemoração do aniversário foi neste sábado (12), no Centro de Informação da Esecae, com debates e apresentações sobre a UC e a presença de autoridades governamentais. “Esse reconhecimento, que é confirmado e renovado hoje, demonstra que Águas Emendadas faz a conexão entre água, cultura e patrimônio, por meio da sua história para a construção da capital federal, da conservação e do abastecimento público e da diversidade biológica”, comentou o representante do Comitê Científico do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos Internacional), Sérgio Ribeiro.
“A Estação Ecológica Águas Emendadas é um fenômeno único no Brasil, talvez no mundo. Uma nascente que verte em dois lados opostos bem aqui, no nosso Cerrado”, avalia o presidente do Instituto Brasília Ambiental, órgão responsável pela unidade, Rôney Nemer. “Estamos muito felizes de comemorar esta data. Precisamos nos conscientizar da importância da preservação, principalmente nesta época de seca. É importante cuidar da fauna, da flora, das nascentes, enfim, do meio ambiente”, frisa.
Por se tratar de uma unidade de conservação de proteção integral, as visitas são restritas e apenas ocorrem de forma guiada | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental
As águas que brotam na Esecae correm para o Norte do país, formando a Bacia do Tocantins-Araguaia, e para o Sul, compondo a Bacia Platina. Com área de Cerrado praticamente intacta, a estação abriga fauna ameaçada de extinção, como anta, suçuarana, tamanduá, lobo-guará, entre outros, sendo de grande importância para a realização de estudos científicos.
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