O Distrito Federal tem mais de 2,1 milhões de pessoas assistidas pelas equipes de estratégia de Saúde da Família (eSF). Esses profissionais são responsáveis por fazer o acompanhamento integral das famílias, o que vai muito além da saúde. Somente em 2024, foram realizados 1,1 milhão de atendimentos individualizados.
Quando se fala em eSF, normalmente se pensa na equipe composta por médico, técnico em enfermagem e agente de saúde. Mas a estratégia é composta também por 632 equipes multidisciplinares, sendo 310 equipes de saúde bucal, 23 equipes de atenção primária prisional, 11 equipes de complementares psicossocial, sete equipes de consultório na rua.
Arte: Agência Brasília
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, afirma que apesar da adesão do DF à eSF ter acontecido em 2017, 23 anos após a criação do programa, em 1994, “foi um divisor de águas para o cuidado da população do Distrito Federal”.
“É o principal cuidado, porque é ali que a gente faz prevenção, diagnóstico, acompanhamento e, o mais importante de tudo, criamos vínculo com a população”, destaca a secretária. “Não há nada mais valoroso e importante do que você entrar na casa de uma família e poder cuidar dela – da água que ela bebe até verificar se a fossa é úmida ou seca, se tem drenagem ou não, se tem gestante ou não, se tem pessoas que precisam de alguma coisa”, destaca Lucilene.
Bom atendimento
Olinda Petry elogia o trabalho das equipes da eSF: “O atendimento é muito bom. Estou bem atendida e bem cuidada”
Moradora do Núcleo Rural Córrego da Onça, Olinda Petry, de 89 anos, é uma das pessoas que recebem esse atendimento, específico para a necessidade de cada usuário. Ela tem dificuldade de locomoção e se sente bem amparada pela equipe que a acompanha.
Além de acompanhamento médico, ela faz três sessões semanais de fisioterapia, o que tem ajudado a melhorar as dores que sente nas pernas, e também recebeu a vacina da gripe. Tudo sem precisar sair de casa.
“O atendimento é muito bom. Estou bem atendida e bem cuidada. A fisioterapia está ajudando com as dores que sinto. Também tomei a vacina e nem doeu”, garante.
A médica da família Fabiana Soares Fonseca, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Santa Maria, costuma fazer duas visitas por semana, fora os atendimentos realizados na própria unidade. Apaixonada pelo que faz, Fabiana define a estratégia de acompanhamento como “medicina de verdade” e afirma que, para exercer a função, é “preciso saber trabalhar em equipe”.
Fabiana Soares Fonseca: “Olhamos para a pessoa de modo integral e sem julgamentos”
“A gente avalia muito além da doença. Olhamos para a pessoa de modo integral e sem julgamentos. Você conhece a comunidade e consegue identificar muitas das causas que levam a problemas de saúde”, conta a médica. “Muitas vezes identificamos que a família está passando necessidade e acionamos a assistente social”.
