24/11/2025 às 16h53 - Atualizado em 25/11/2025 às 00h48

Estudantes do curso de enfermagem da Escs apresentam projetos de intervenção

Mostra de Enfermagem dos Projetos de Intervenção (Mepi) foi realizada no campus da escola, em Samambaia

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Agência Brasília* | Edição: Paulo Soares

O campus de Samambaia da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) recebeu, na última semana, a Mostra de Enfermagem dos Projetos de Intervenção (Mepi), realizada por estudantes do curso. O evento foi prestigiado pelas diretoras da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e da Escs, além de profissionais e docentes da escola, que fizeram a avaliação dos trabalhos.

Realizada anualmente com o objetivo de estimular o pensamento crítico, o trabalho em equipe e a integração com a comunidade, a mostra de projetos também qualifica a formação do futuro enfermeiro e torna o processo de ensino mais completo e significativo. Esse formato foi pensado como um espaço de integração entre ensino, serviço e comunidade, permitindo que os estudantes apresentem os resultados das intervenções desenvolvidas ao longo da prática em saúde.

A mostra de projetos também qualifica a formação do futuro enfermeiro e torna o processo de ensino mais completo e significativo | Foto: Divulgação/Fepecs

A gerente de educação em saúde da Escs, Patrícia Archanjo Lopes, explica que “o projeto de intervenção realizado durante o curso de graduação em enfermagem é importante porque fortalece o aprendizado prático dos estudantes e aproxima a formação acadêmica da realidade dos serviços em saúde”. Segundo a docente, “a proposta surgiu da necessidade de valorizar os trabalhos realizados no território, compartilhar experiências, promover troca de saberes entre turmas e fortalecer a formação prática”.

Escolha de temas e apresentação

Os temas escolhidos pelos estudantes refletem demandas reais identificadas durante a vivência prática. Normalmente, eles fazem o levantamento situacional no campo, identificam problemas prioritários e, a partir disso, se debruçam sobre o assunto. Patrícia conta que “a equipe docente atua orientando, ajudando a delimitar o foco, garantindo coerência metodológica e alinhando o projeto às necessidades do serviço”. Ela garante que “há liberdade para a escolha do tema, mas sempre com acompanhamento e direcionamento técnico-pedagógico”.

Engajados no projeto, os estudantes aplicam o Arco de Maguerez, seguindo todas as suas etapas: observação da realidade (problema), pontos-chave, teorização, hipótese de solução, aplicação à realidade (prática). Após a primeira etapa, que é justamente de observação da realidade, os estudantes identificam quais são as necessidades reais da equipe e da população atendida. A partir dessa análise, eles definem qual será o foco do projeto de intervenção, o que torna o trabalho mais significativo, tendo em vista que os estudantes conseguem perceber que suas ações têm propósito e respondem a demandas concretas de serviço.

A fase de apresentação dos trabalhos foi realizada nos cenários de prática para a equipe e comunidade, e posteriormente, nas salas do campus de Samambaia, preparadas para receber docentes, profissionais e convidados. Os trabalhos foram avaliados seguindo aspectos como domínio conceitual consistente, objetividade e clareza, qualidade da apresentação, ética e respeito, e utilização do tema da apresentação, que teve o prazo máximo de 15 minutos. De acordo com Patrícia, “o evento permite que os docentes avaliem o desenvolvimento dos alunos, a pertinência das ações e o impacto gerado nos contextos em que atuaram”.

 

*Com informações da Fepecs