Ação coordenada pelos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e de Referência de Assistência Social (Cras) de Planaltina, com apoio de outros órgãos do Governo do Distrito Federal (Administração Regional de Planaltina, Polícias Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Novacap, o DF Legal), retirou cerca de 20 m³ de entulho de uma casa na manhã desta quarta-feira (16). Uma senhora de 82 anos e o filho dela, com idade estimada em 50 anos, moravam no local. Há mais um filho dela, porém, sem paradeiro conhecido.
A casa onde eles moravam apresentava um cenário desolador, com todo tipo de lixo, repleto de excrementos e alimentos estragados na geladeira. De armário a sacos com lixo, cerca de 20 m³ de entulho foi recolhido durante a operação. Calcula-se que de 2 e 3 toneladas de sujeira encheram dois caminhões.

O lixo acumulado propiciava diversos tipos de vetores de doenças, como o mosquito da dengue | Foto: Sedes/Divulgação
Vizinho e conhecido da família, o aposentado João Figueiredo está nas proximidades há 12 anos. “Era uma situação degradante. Ela (a idosa) não tem condições de se manter por causa da idade avançada e o filho não conversa com ninguém”, relata o morador. “Se estivessem com fome, a gente providenciava a alimentação. Se adoecessem, a gente levava ao hospital. Por isso resolvemos acionar o Creas e o Cras para darem o suporte e fazerem a intervenção devida”, complementa.
De acordo com a gerente do Creas local, Marília Moreira, a situação é conhecida na região e uma ação parecida ocorreu há cerca de dois anos, mas a família voltou a acumular entulho, o que trouxe diversos tipos de vetores de doenças como, além dos citados, o mosquito da dengue. “Hoje é um trabalho de intenso de limpeza. Amanhã, uma profissional de saúde vem para verificar o quadro geral dos dois. Além das condições físicas, o laudo médico deve relatar possíveis quadros relacionados a transtornos psicológicos”, destaca a especialista.
[Olho texto=”“Estamos em busca de parentes também para que possam fazer a gestão desses recursos. Caso não seja possível, vamos acionar as instâncias judiciárias para que seja nomeado um curador”” assinatura=” Alessandro Marques, gerente do Cras” esquerda_direita_centro=”direita”]
