31/07/2025 às 17h53 - Atualizado em 31/07/2025 às 17h53

Fórum alinha estratégias de combate a hepatites virais

Com foco no diagnóstico, terceira edição do evento ressaltou a importância da união entre áreas que atuam no enfrentamento às doenças

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Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

Profissionais da Secretaria de Saúde do DF (SESDF) e do Ministério da Saúde participaram, na quarta-feira (30), do 3º Fórum de Eliminação das Hepatites Virais do Distrito Federal. O evento teve como tema “Diagnóstico em Foco” e discutiu a importância de se realizar o diagnóstico precoce das hepatites e de ampliar a oferta de testes rápidos nas unidades de saúde.

“Além de ser um evento técnico científico, essa é uma oportunidade para fazermos o monitoramento dos indicadores relacionados às hepatites nas regiões de saúde. Então, ele acaba sendo dividido em dois momentos: um mais teórico e outro com mais interação e participação das regiões de saúde”, explicou a gerente substituta da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães. 

Daniela Magalhães: "O diagnóstico é uma peça fundamental para o enfrentamento à doença porque se eu conhecer quem são as pessoas que estão adoecidas ou que estão realmente infectadas, conseguimos tratar" | Foto: Matheus Oliveira/ Agência Saúde-DF

O objetivo do encontro foi capacitar os profissionais de saúde que estão envolvidos diretamente no atendimento e monitoramento dessas doenças, atuando em áreas como atenção primária, especializada e vigilância epidemiológica, para que eles possam interpretar corretamente os marcadores sorológicos. 

Debate 

Durante o fórum, houve troca de experiências sobre práticas eficazes de monitoramento, que contribuem para a melhoria do diagnóstico, acompanhamento e tratamento das hepatites B e C na rede pública de saúde.

“O tema deste ano é o diagnóstico porque a gente só vai conseguir eliminar [a doença] se a gente tiver uma qualidade nessa área, se eu conhecer quem são as pessoas que estão adoecidas ou que estão realmente infectadas para que a gente possa tratar. Então o diagnóstico é uma peça fundamental”, ressaltou Daniela Magalhães.  

Além da capacitação dos profissionais de saúde que atuam no combate às hepatites, o Fórum também promoveu a troca de experiências sobre as estratégias aplicadas para eliminar essas doenças no Distrito Federal

 Prevenção e tratamento

As hepatites virais B, C e D são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado e, na maioria dos casos, não apresentam sintomas e, muitas vezes, são diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado.

No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágio estão relacionadas ao contato sexual, em relações sem preservativo, e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas. 

A principal forma de prevenção é a vacinação, para a hepatite B, e a utilização de preservativos. Ainda não existe vacina para a hepatite C, mas os medicamentos disponíveis no SUS permitem a cura, na grande maioria dos casos. 

Os testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede de saúde pública do DF. O exame é obrigatório para todas as gestantes no 1º trimestre de gestação ou quando iniciar o pré-natal.

*Com informações da Secretaria de Saúde