Os furtos de cabos e atos de vandalismo a postes de iluminação pública comprometem a integridade da rede elétrica da capital e aumentam significativamente os riscos de choques elétricos para a população. Somente ano passado, a Companhia Energética de Brasília (CEB Ipes) contabilizou o furto de mais de 89 km de cabos – um prejuízo estimado em R$ 1,8 milhão aos cofres públicos. Até março deste ano, segundo a empresa, outros 9 km de fiações foram furtados, implicando um gasto adicional de R$ 200 mil para reposição dos materiais.
Hoje, a região administrativa líder em incidência de casos é o Plano Piloto. Foram 270 ocorrências registradas na localidade ao longo do ano passado e outras 50 apenas nos três primeiros meses de 2024. Em seguida, está Sobradinho, com 70 episódios em 2023 e sete neste ano.
Além do prejuízo aos cofres públicos, os ataques à infraestrutura elétrica de iluminação pública da capital representam uma ameaça direta à segurança dos cidadãos | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília
O presidente da CEB Ipes, Edison Garcia, adverte que, além do prejuízo aos cofres públicos, os ataques à infraestrutura elétrica de iluminação pública da capital representam uma ameaça direta à segurança dos cidadãos. “Os criminosos quebram as portas de acesso para manutenção e cortam a fiação. Com o vandalismo, os fios ficam expostos e podem encostar na estrutura de metal, eletrificando o poste”, explica.
Cuidado redobrado
Segundo o tenente Mauro Coimbra, do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), os atendimentos a vítimas de choques elétricos fazem parte da rotina da corporação. “Especialmente em época de chuva, é muito comum atuarmos nesse tipo de ocorrência”, detalha.
O bombeiro afirma que os casos mais graves envolvem situações em que a vítima não consegue se desprender da fonte da descarga elétrica. “O choque pode levar a uma contração muscular. Nessas situações, o ideal é não interferir, pois o risco de receber esse mesmo choque elétrico é imediato”, enfatiza, acrescentando que é preciso acionar o socorro do CBMDF pelo telefone 193.