Com 17 escolas técnicas em funcionamento e a inauguração de mais uma unidade prevista para o Paranoá, a educação profissional e tecnológica na capital federal ganhou fôlego nos últimos anos. Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem investido na formação acadêmica de jovens, adultos e idosos para atender as necessidades do mercado de trabalho e aumentar os índices de empregabilidade da cidade.

Escolas técnicas possibilitam a estudantes de todas as coordenações regionais de ensino o acesso gratuito a aulas de temáticas diversas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Nos últimos cinco anos, o Distrito Federal ganhou duas novas escolas técnicas – uma em Brazlândia e outra em Santa Maria – que se juntaram às 15 unidades já existentes. As instituições de ensino estão espalhadas por dez regiões administrativas do DF, e, em breve, a 18ª chegará ao Paranoá. Por meio da qualificação que tem como foco a empregabilidade, as escolas técnicas são a porta de entrada para quem precisa de capacitação para ocupar uma vaga de emprego.
“A educação profissional é muito importante porque permite que o estudante tenha um maior conhecimento do mundo do trabalho, conheça os vários eixos de atuação, e possibilita que ele já saia do seu ensino médio com o pé no mercado de trabalho, com mais habilidade, conhecimento e prática profissional, podendo assim expandir a sua área de atuação”, defende a diretora de Educação Profissional da Secretaria de Educação (SEEDF), Joelma Bomfim.
A expansão da oferta de capacitação em educação profissional foi possível graças à implantação do Novo Ensino Médio, em 2022. Por meio das escolas técnicas, estudantes de todas as coordenações regionais de ensino, tanto da rede pública quanto da privada, têm acesso a aulas de diversas temáticas totalmente gratuitas.
Pesquisa e estudo de mercado
5,5 mil
Número de vagas previstas para abertura em 2025
A partir de audiências públicas e análises de mercado, os cursos das escolas técnicas são planejados para atender as demandas locais e potencializar a empregabilidade dos alunos. De acordo com o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mais de 86% de todos os empregos de carteira assinada em Brasília vêm dos setores de serviços e de comércio.
Diante desse cenário, a previsão é que novos cursos focados para essas áreas sejam incluídos no cronograma de capacitação das escolas técnicas. “Atualmente, são disponibilizados cerca de 120 cursos de qualificação e técnicos em diversas áreas de atuação”, anuncia Joelma. “Para 2025, a previsão é abrir aproximadamente 5,5 mil novas vagas, com foco em serviços, porque Brasília tem crescido bastante nesse setor de gastronomia, restaurantes e hotelaria. Então, vamos preparar esses estudantes para atuarem também nesse eixo”.
Todas as unidades de ensino técnico seguem cursos de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) do Ministério da Educação (MEC), com opções de 800, 1 mil ou 1,2 mil horas de duração e validade para todo o território nacional. As 17 unidades de ensino desta natureza no DF somam aproximadamente 15 mil alunos matriculados. Um deles é o estudante Gabriel Pedro do Nascimento, de 19 anos.
Gabriel Pedro do Nascimento estuda desenvolvimento de sistemas em uma escola técnica: “Na faculdade, eu aprendo a teoria; aqui, consigo ver como de fato funciona tudo”
Matriculado em desenvolvimento de sistemas, o jovem revela que a capacitação na escola técnica reforça o aprendizado que tem no curso de graduação: “Eu faço engenharia de software, e o que mais gosto daqui é que os professores são mais práticos. Na faculdade, eu aprendo a teoria; aqui, consigo ver como de fato funciona tudo”.
