O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) está implementando um novo procedimento para tratamento de acidente vascular cerebral isquêmico (AVC). Trata-se da terapia trombolítica, também conhecida como trombólise, aplicação de uma medicação na veia, que serve para dissolver coágulos no cérebro. A medicação é usada desde 1995, tendo perfil de segurança bem conhecido. Vale destacar que a alteplase, como é chamada a técnica, é capaz de agir apenas no AVC isquêmico.
O neurologista do HRSM, João Fellipe Santos Tatsch, explica que, se o paciente conseguir chegar ao hospital até 4h30 depois do momento em que os sintomas do AVC começaram, a alteplase é capaz de reduzir ou mesmo de reverter as sequelas.
A técnica chamada alteplase é capaz de reduzir e até mesmo reverter as sequelas de um AVC isquêmico | Fotos: Divulgação/ IgesDF
“Como em muitas ocasiões o paciente leva muito tempo para se deslocar até o hospital, a janela de oportunidade para aplicar a medicação é muito curta, de modo que temos 1 hora ou menos para executar todo o processo a contar do momento em que o paciente põe os pés no hospital. Isso exige treinamento e agilidade de toda a equipe, desde os recepcionistas até os médicos plantonistas”, explica o neurologista.
Segundo Tatsch, apesar de muito eficiente, o procedimento de trombólise pode ser muito perigoso se aplicado de maneira errada. Por isso, a implementação em larga escala é difícil. Atualmente, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) é a única unidade de saúde pública no DF que fornece o serviço.
A capacidade do HRSM de fazer trombólise nos pacientes deve aumentar, mas depende de fatores como reformas estruturais e contratação de pessoal