A equipe do Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica – Cepav Flor do Cerrado, localizado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), promoveu, na quarta-feira (30), uma conversa sobre transexualidade.
O encontro teve como objetivo sensibilizar a equipe para questões que envolvem a população LGBTQIAP+, incentivando empatia e respeito às diferenças. A atividade foi conduzida pela publicitária Ludymilla Santiago, que destacou os desafios enfrentados por pessoas trans.
"Ter estudado e me formado é um privilégio. Muitas das minhas, da população da qual faço parte, não têm essa chance"
Ludymilla Santiago, publicitária
“Ter estudado e me formado é um privilégio. Muitas das minhas, da população da qual faço parte, não têm essa chance. A prostituição acaba sendo a única alternativa para garantir o básico: moradia, alimentação, vestuário”, relata.
A publicitária também chamou atenção para o impacto do abandono familiar, uma realidade comum para pessoas trans. “Vivenciar a marginalização significa enfrentar múltiplas formas de exclusão e violência. Precisamos compreender esses contextos e reconhecer que ainda são negadas oportunidades básicas a essa parcela da população”, reforça.
Para o chefe do Cepav Flor do Cerrado, Ronaldo Lima Coutinho, esse tipo de ação representa mais do que espaços de fala. “Ao acolher e dar voz a um grupo historicamente marginalizado, o centro reforça seu compromisso com a justiça social, os direitos humanos e o atendimento em sua diversidade. Uma roda de conversa com uma mulher trans não é apenas um encontro, é uma ferramenta poderosa de transformação social, empoderamento individual e aprimoramento institucional”, destaca.
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