O programa Guardião Rural, do Batalhão de Policiamento Rural (BP Rural) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), alcançou a marca de 1.310 propriedades assistidas em 21 regiões administrativas. A iniciativa visa garantir o acesso dos moradores e produtores rurais ao policiamento, por meio de comunicação direta com as equipes e do georreferenciamento das propriedades, para facilitar e agilizar o atendimento de ocorrências.

Em palestra de sensibilização, os militares explicam a moradores de áreas rurais os detalhes do trabalho e organizam visitas às propriedades interessadas | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília
Criado em 2018, o Guardião Rural é dividido em três companhias – Leste, Oeste e Sul – e coordena mais de 98% das fronteiras do DF com outras unidades da Federação. “Patrulhamos tanto estradas vicinais, que são aquelas não pavimentadas, e as rodovias interestaduais”, explica o terceiro-sargento Elan Nunes. Em relação ao território do DF, o programa assiste 67,5% dos 5.760 km² mapeados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para fazer parte do programa, a propriedade não pode estar vazia, deve ser produtiva, ter uma destinação rural e possuir, no mínimo, dois hectares, além da documentação do terreno
Para participar, o cidadão deve procurar a associação de moradores ou o conselho comunitário de segurança da região. Um representante precisa entrar em contato com o programa e agendar a palestra de sensibilização, momento em que os militares explicam os detalhes do trabalho e organizam visitas às propriedades interessadas.
No encontro, os policiais fazem o georreferenciamento da propriedade para definição de rotas para chegar ao local, e coletam a documentação dos moradores, funcionários e propriedade. Também recolhem dados e fazem fotografias dos bens da propriedade, como animais de criação, automóveis, maquinários, bombas-d’água e insumos, entre outros itens. Todas as informações são inseridas no sistema.
O subtenente Márcio Monteiro explica que a visita serve para criação de vínculo com os moradores e orientação sobre cuidados com a segurança da residência. “Nós conversamos com as pessoas e explicamos como o programa funciona, para que saibam que, se precisarem, podem contar conosco e buscar nossa ajuda. Estamos de prontidão e sempre estamos de olho nos grupos”, afirma.

Os policiais fazem o georreferenciamento da propriedade para definição de rotas para chegar ao local
O mapeamento das propriedades permite que, caso seja necessária alguma intervenção policial, a equipe de plantão consiga encontrar o endereço o mais rápido possível. “A área rural em Brasília é muito extensa, então há localidades em que o acesso é muito difícil e que podem não ser encontradas por quem não conhece a região. As informações servem para que, caso aquela família precise de alguma coisa, o policial acionado consiga encontrar a residência”, afirma Monteiro.
Policiamento comunitário
Para fazer parte do programa, a propriedade não pode estar vazia, deve ser produtiva, ter uma destinação rural e possuir, no mínimo, dois hectares, além da documentação do terreno. Caso os critérios sejam alcançados, o local ganha uma placa de identificação, com números de emergência e um QR Code. Ao ser lido pelos policiais, o código oferece informações sobre a residência, como o cadastro do morador e os bens do local.
