Água, lúpulo, malte e levedura são, tradicionalmente, os ingredientes básicos utilizados no preparo de qualquer cerveja, bebida que, para grande parcela da população brasileira e mundial, é indispensável em qualquer momento de confraternização. No Distrito Federal, esse processo ganha uma dimensão especial com a história da Cervejaria Dona Maria, fundada pelo moçambicano Aninho Mucundramo Irachande.

Desde 2019, o GDF concedeu R$ 11,3 milhões em crédito para produtores rurais individuais, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília
Tudo começou de maneira despretensiosa em 2017, quando o empresário e também professor passou a produzir cerveja artesanal em sua propriedade no Núcleo Rural Córrego do Arrozal, às margens da BR-020, entre Sobradinho e Planaltina.
Para acessar a linha de crédito do Fundo de Desenvolvimento Rural é preciso ter um projeto, que pode ser elaborado com apoio da Emater-DF, e anexar documentos pessoais e certidões negativas
O objetivo inicial era reunir amigos para beber cerveja de qualidade. À época, a produção caseira se limitava a 20 litros. Hoje, com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), Aninho conta com uma produção profissional que chega a cerca de 7 mil litros por mês.
A ajuda veio ainda em 2019, por meio de crédito rural do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), voltado ao desenvolvimento da área rural do Distrito Federal. A iniciativa permite aumento da produção e da produtividade, da renda, da segurança alimentar e a permanência no espaço rural da capital. Os créditos disponibilizados contemplam projetos agropecuários diversificados, com a aquisição de máquinas, equipamentos e insumos.
Aninho ressalta que o suporte do GDF foi fundamental para conseguir estruturar o empreendimento rural, que teve um salto na produção em quatro anos de negócio, mostrando como o investimento rural pode transformar pequenas iniciativas em projetos sólidos e sustentáveis.
A partir de um crédito de R$ 200 mil, o empresário Aninho Mucundramo Irachande conseguiu garantir a produção da cerveja e a comercialização de 12 rótulos para Brasília, Goiás e São Paulo
“No segmento cervejeiro os equipamentos são muito caros e para você dar saltos de produção, de qualidade, alavancar o negócio, não pode ser com investimentos pequenos. Sem o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural talvez isso tivesse sido feito a passos lentos, os equipamentos teriam sido comprados mais demoradamente e talvez não chegássemos à escala que estamos hoje. O acesso ao crédito do fundo nos permitiu duas coisas: uma implantação mais rápida e o ganho de escala”, relata.
