A fase de cria na bovinocultura, que vai do nascimento até a desmama dos animais, é um dos períodos mais críticos dentro da propriedade leiteira. Para que os produtores possam ter sucesso nessa etapa, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) apresenta, durante a AgroBrasília 2024 – desta terça (21) a sábado (25) -, um modelo argentino de bezerreiro. Trata-se de uma instalação de baixo custo onde os animais ficam seguros e saudáveis até a desmama.
Novo sistema propõe, entre outras medidas, a separação dos bezerros por idade | Foto: Divulgação/Emater
“Queremos mostrar aos produtores um exemplo de instalação simples e que alia o cumprimento das exigências de ambiente e manejo dos animais”
Maximiliano Cardoso, coordenador do Programa de Ruminantes e Equídeos da Emater
Coordenador do Programa de Ruminantes e Equídeos da Emater, o zootecnista Maximiliano Cardoso reforça a importância de uma boa instalação e manejo para o sucesso da criação de bezerros leiteiros. “Um dos fatores relacionados com a alta taxa de mortalidade ou doenças em animais jovens deve-se ao uso de instalações inadequadas”, observa.
“Queremos mostrar aos produtores um exemplo de instalação simples e que alia o cumprimento das exigências de ambiente e manejo dos animais, fazendo com que consigam desmamar animais com 110 kg num período de 90 dias”, detalha o gestor.
Entre as vantagens desse sistema estão o controle individualizado do aleitamento, da água, do concentrado e do ganho de peso, bem como contato visual dos animais, separação dos bezerros por idade, controle de umidade do piso, boa ventilação, acesso à sombra e replicação em todos os tamanhos de criação. Além da instalação, será apresentada uma estratégia de aleitamento para o bom desenvolvimento dos bezerros.
Bezerreiro argentino
O sistema consiste em manter o animal contido e individualizado, mas permite a movimentação por meio de um arame fixo nas extremidades. A individualização possibilita estimar o consumo de leite, do concentrado e da água. A água é fornecida em uma extremidade do arame, enquanto o concentrado é administrado em outra e, com uma sombra no meio, o animal se movimenta.