As mulheres assistidas pelo Núcleo do Direito Delas participaram de uma oficina de papel machê, nesta quarta-feira (15), como forma de ressocialização e reintegração no mercado de trabalho. O evento, fruto de uma parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) com o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (Cmec), ocorreu em Samambaia e contou com a participação de 15 mulheres assistidas pelo núcleo.

Mulheres assistidas pelo Núcleo do Direito Delas participaram de oficina de papel machê; iniciativa promove capacitação para contribuir para a independência financeira | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
“O Governo do Distrito Federal está presente em todas as etapas desse ciclo, prevenindo, cuidando e denunciando. As parcerias que fazemos, como essa de hoje, buscam trazer autonomia financeira para essas mulheres. Estamos promovendo uma oficina de capacitação para que elas possam reconhecer a importância de ter essa liberdade e independência”, afirmou a secretária de Justiça de Cidadania, Marcela Passamani.
Ao todo, há oito núcleos do Direito Delas espalhados pelo Distrito Federal. No mês de abril, somente a unidade de Samambaia realizou 99 atendimentos psicológicos, 11 sociais e três jurídicos. Por lá, cerca de 70 pessoas em vulnerabilidade são acompanhadas pela equipe multidisciplinar.
A presidente do Cmec, Claudia Badra, participou do bate-papo que antecedeu a oficina de papel machê. Para ela, o objetivo da parceria é levar conhecimento para que as mulheres se tornem independentes. “Organizamos esses eventos para que a gente consiga repassar o lado empreendedor, com cursos, capacitações e créditos. Tudo o que fazemos é em cima da liberdade financeira para que entendam que sozinhas elas conseguem tudo o que quiserem”, afirmou.
Para a psicóloga do núcleo de Samambaia, Ângela Maracaípe, há diversas estratégias para acolher a mulher vítima de violência. “Nós temos atendimentos semanais. São seis sessões individuais e quatro em grupo. É importante que a gente faça essa escuta qualificada. O nosso papel é acolhê-las nesse momento de dor. Elas começam a perceber que a violência não é algo individual e, sim, social”, disse.

