Entre os dias 22 e 24 de novembro, mais de 15 mil pessoas visitaram o subsolo da Arena BRB Mané Garrincha para participar do Festival Internacional de Criatividade Pixel Show. Com 18 edições consagradas em São Paulo – e quatro em outras capitais, sendo duas em Porto Alegre, uma em Recife e uma em Salvador –, a 19ª ocorreu pela primeira vez na capital federal e foi sucesso de público, com palestras, workshops, exposições, negócios criativos e mais de uma centena de atrações gratuitas para todas as idades. O evento fez tanto sucesso que já tem data marcada para 2025: será entre 28 e 30 de novembro.
Mais de 15 mil pessoas visitaram o Festival Internacional de Arte, Criatividade e Inovação Pixel Show nesse último final de semana, na Arena BRB Mané Garrincha | Foto: Divulgação/Secti-DF
“Essa primeira edição do Pixel Show foi um grande sucesso na capital federal. A visita do público evidencia que a chegada do evento à cidade fortaleceu a criatividade e a inovação já existentes em Brasília. Estamos com as datas fechadas para o ano que vem. O público brasiliense poderá aproveitar mais uma edição do maior festival internacional de economia criativa do nosso continente”, comentou Tonico Novaes, sócio do Pixel Show.
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF) trouxe o Pixel Show à capital federal por ser o principal evento do ecossistema de economia criativa da América Latina. “O Distrito Federal tem mais de 130 mil pessoas envolvidas na indústria criativa, que vão de designers, a artistas e startups que desenvolvem games. Nós acreditamos que o Pixel Show é um evento diferente, já que não traz apenas exposições, mas, sim, experiências. Sem dúvida, o festival pode se tornar referência em economia criativa da nossa cidade”, afirmou o titular da pasta, Leonardo Reisman.
Especificamente sobre o mercado de games, o último estudo da Associação Brasileira de Games (Abragames), realizado em 2023, revela que o Brasil conta com 1.042 estúdios ativos. Desses, 17% operam há mais de 10 anos, enquanto 19% têm menos de dois anos de atividade. Além disso, 85% dos estúdios já fazem parte da economia formal.
O festival tangibiliza o quanto o hobby pode se transformar em profissão e se tornar a principal fonte de renda das pessoas. Um exemplo é o arquiteto Wilker Marcelino, 31 anos, sócio e proprietário da Virtual Arenas. Criada há dois anos com um investimento de R$ 50 mil, a empresa atingiu um faturamento de R$ 400 mil em 2024, sempre participando de eventos pelo Brasil.
“Depois que eu comecei a faculdade, parei de jogar. Com a pandemia, muitas obras em São Paulo foram paralisadas e precisei buscar uma renda extra. Foi quando descobri os jogos de realidade virtual, como o laser tag, onde os jogadores usam óculos de VR. Formei uma parceria com um estúdio vietnamita e trouxe essa tecnologia para o Brasil”, contou Marcelino.
Para o criador e organizador do evento, Simon Szacher, o objetivo de fomentar o cenário criativo de Brasília foi cumprido. “Celebramos a arte e a inovação com diversos expositores, designers e criadores de diversas áreas. Esperamos que a edição do ano que vem seja mais um sucesso de criatividade, inspiração e inovação para todo o público da capital”, concluiu.
Sucesso de público, o festival contou com palestras, workshops, exposições, negócios criativos e mais de uma centena de atrações gratuitas para todas as idades
Redes sociais
O engenheiro de software Orkut Buyukkökten, criador da rede social que leva seu nome e que deu início ao ambiente de relacionamento online que conhecemos hoje, foi um dos principais palestrantes deste domingo (24). Orkut falou sobre como a tecnologia e as redes sociais reformularam, negativamente, a essência da conexão entre os seres humanos – segundo dados da TIC Kids Online Brasil 2024, 83% das crianças e adolescentes brasileiros que usam internet têm contas em redes sociais.