A preocupação com a saúde mental dos estudantes cresceu depois da pandemia de covid-19. Durante o retorno à escola, muitos alunos apresentaram sintomas de adoecimento mental. O Distrito Federal conta com um programa voltado para o bem-estar e a conscientização da comunidade escolar sobre o assunto. A iniciativa é da Secretaria de Educação (SEEDF) em parceria com a Secretaria de Saúde (SES-DF).
Batizado de Programa de Saúde Mental dos Estudantes, o projeto conta com quatro diretrizes de desenvolvimento voltadas a estudantes desde o ensino infantil até a educação de jovens e adultos (EJA). A iniciativa mais antiga existe há cinco anos. Desde então, mais de dois mil estudantes foram atendidos. Nesta sexta-feira (14), uma cerimônia oficializou o programa atendendo a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares, instituída pela Lei nº 14.819 de 16 de janeiro de 2024.
A pandemia de covid-19 aumentou o número de jovens com necessidade de apoio para cuidar da saúde mental | Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação
Estudantes da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental são atendidos pela Ciranda do Coração, que trabalha as competências emocionais dos pequenos na sede do Espaço Saúde do Estudante, na Asa Sul, após encaminhamento das escolas. Os demais projetos ocorrem dentro de sala de aula a partir da demanda. São eles: Acolhendo Corações Jovens, destinado a jovens das séries finais do ensino fundamental e aos do ensino médio; Prevenção ao Uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar e Tabaco, para estudantes do ensino médio e da EJA; e Caminhos para uma Escola Promotora de Bem Viver, disponível para suporte de alunos em sofrimento.
“Hoje, além de lançar esses programas para toda a comunidade escolar, ofertamos uma parceria com a Saúde de um curso de capacitação para professores e profissionais da educação para que eles possam trabalhar essas temáticas dentro da escola”, explica a gerente de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEEDF, Larisse Cavalcante.
“Esse não é um trabalho isolado, mas a escola tem um papel importante como promotora de saúde”
Larisse Cavalcante, gerente de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante
Para a gerente, os programas são uma oportunidade que a rede tem de repensar a questão da saúde mental. “Depois da pandemia percebemos o aumento do adoecimento dos nossos estudantes e vimos que, quanto mais eles conversam e têm oportunidade de falar sobre esses temas, mais eles constroem caminhos de promoção de saúde. Esse não é um trabalho isolado, mas a escola tem um papel importante como promotora de saúde”, complementa.