Cerca de 100 agricultores do Distrito Federal reuniram-se na Casa do Cerrado para um evento organizado pela Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), em parceria com a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), nesta quarta-feira (21).
O bate-papo Semear: Lições para um futuro sustentável foi um entre os vários encontros do projeto CITinova – Tecnologias Inovadoras para Cidades Sustentáveis, um programa multilateral realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que possui um investimento de R$ 30 milhões para implantar uma agricultura mais sustentável no DF.
Na ocasião, foram distribuídas cartilhas informativas e certificados para os agricultores que participaram durante dois anos do CITinova, com cursos e capacitações voltados para a agricultura sustentável no DF.
O encontro ‘Semear: Lições para um futuro sustentável’ foi promovido pelo projeto CITinova, programa multilateral realizado pelo MCTI com investimento de R$ 30 milhões para implantar uma agricultura mais sustentável no DF | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Algumas áreas trabalhadas foram de sistemas agroflorestais e outras de restauração de áreas de nascentes. R$ 4 milhões foram destinados para área de recursos hídricos nas bacias do Paranoá e do Descoberto.
Coordenadora técnica do CITinova, Nazaré Soares: “É um trabalho muito importante para que o Lago Paranoá e o Lago do Descoberto continuem tendo água em qualidade e quantidade suficientes para abastecer a população de Brasília”
A coordenadora técnica do CITinova, Nazaré Soares, explicou que o projeto é da ação internacional, financiado pelo Global Enviroment Facility (GEF), um fundo de meio ambiente global que financia projetos de meio ambiente em diversos países. “É um trabalho muito importante para que o Lago Paranoá e o Lago do Descoberto continuem tendo água em qualidade e quantidade suficientes para abastecer a população de Brasília”, pontuou a coordenadora.
Troca de experiências
A agricultora Iunéia Barros trabalha com tubérculos, frutas e folhagens
Uma das agricultoras presentes ao evento, Iunéia Alves Rocha Barros, 62 anos, trabalha com tubérculos, frutas e folhagens. Ela contou que antes do projeto pensava em ir embora de sua propriedade, tamanha a degradação do assentamento.
“A terra estava defasada, morta, acabada, destruída. O produtor anterior plantava amendoim e usava muito veneno. Então, quando fomos plantar… quem disse que nasceu alguma coisa? Fiquei desesperada, sem chão. Aí quando conhecemos a Emater e o projeto, fizeram uma análise de solo e começou todo o processo de reavivamento”, relatou.
