O projeto Gamifica deu início à temporada 2025 com novidades: neste ano, o programa — que oferece cursos de desenvolvimento, design e marketing de jogos eletrônicos — terá as aulas ministradas em escolas públicas de diferentes regiões do Distrito Federal.
A iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) agora conta com apoio da Associação das Empresas Fomentadoras do Bem-Estar e do Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (Ibres). “Em 2024, alcançamos a marca de mais de três mil alunos matriculados. Para este ano, nossa expectativa é ampliar ainda mais esse número, garantindo que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento e às oportunidades da era digital”, projetou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman.
Foram abertas, ao todo, 1.250 vagas, sendo 250 em cada um dos cinco polos | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
As aulas são oferecidas nos CEDs 16 e 14 de Ceilândia; no CEM 1 do Guará; no CED Incra 8, em Brazlândia; e no Centro Educacional do Lago, no Lago Sul. O objetivo é facilitar o acesso dos alunos. Apesar de os estudantes dessas instituições terem preferência, o projeto é aberto a toda a comunidade. A meta, inclusive, é atender também os inscritos nos Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs) próximos a essas localidades. Foram abertas, ao todo, 1.250 vagas, sendo 250 em cada um dos cinco polos. As inscrições ainda podem ser feitas pela internet. O curso tem duração de sete meses, com aulas presenciais uma vez por semana. Há turmas de segunda a sexta-feira, nos turnos matutino e vespertino.
“O Gamifica surgiu como um projeto de empreendedorismo, para virar a chave desses jovens, desses adolescentes que ainda estão sem saber o que fazer. Então, o programa vem pra fazer com que o menino entenda que ele pode ganhar dinheiro fazendo aquilo que gosta, que tem prazer. Em vez de a gente ter o nosso jovem só no jogo, ele vai ter um olhar diferente, que é o olhar empreendedor, o olhar de poder transformar esse jogo numa profissão”, apontou a diretora da iniciativa, Silvanir Nogueira. “A gente precisa investir nesse jovem para abrir essas possibilidades e fazer com que ele possa sair do ensino médio sabendo pelo menos por onde caminhar”, acrescentou.
Outra novidade deste ano é que, ao final do curso, os estudantes receberão minicomputadores feitos com equipamentos TV Box apreendidos e doados pela Receita Federal. “Será um computador básico, que dá acesso a programas, para os alunos se desenvolverem. Estamos transformando um produto fruto da ilegalidade e dando oportunidade a três mil crianças e adolescentes”, pontuou o secretário.
