A vacinação é o meio mais seguro e eficaz de se prevenir contra a infecção do papilomavírus humano (HPV). A rede pública de saúde do Distrito Federal atua conforme as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para imunizar a população. Crianças e pré-adolescentes de 9 a 14 anos seguem o esquema de duas doses e intervalo recomendado de seis meses entre a primeira e a segunda administração da vacina.
No DF, a cobertura vacinal entre as meninas é maior que no público masculino. De acordo com a gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde (SES), Tereza Pereira, desde o início de 2023, a cobertura vacinal da segunda dose foi administrada em 56,6% das meninas e somente em 25,6% dos meninos. Ela alerta para a importância da administração das doses: “A vacina tem o potencial de prevenir casos de câncer relacionados ao vírus e pode reduzir a ocorrência de verrugas genitais e lesões pré-cancerosas no pênis, ânus, vulva e vagina”.
A vacina fica ainda mais importante porque, na maioria dos casos, os portadores de HPV não apresentam nenhum sintoma | Foto: Tony Winston/ Agência Saúde
A enfermeira Ligiane Seles, 46, já tem o hábito de manter atualizado o cartão de vacina do filho, Caio Seles, 15. O adolescente tomou as duas doses contra o HPV. “A primeira foi aplicada quando ele tinha 12 anos, no primeiro semestre de 2020, e a segunda dose, com 13 anos. A única coisa que ele relatou foi dor no local da aplicação, e não teve nenhuma reação após a vacinação”, conta.
Homens e mulheres de 9 a 45 anos que possuem o HIV/Aids, indivíduos transplantados de órgãos ou medula óssea, pacientes oncológicos ou imunossuprimidos também devem ser imunizados. Nesses casos, é necessária a prescrição médica para a aplicação da vacina na rede pública. Para essas pessoas, o esquema vacinal será de três doses, e o intervalo mínimo entre a primeira e a segunda é de 30 dias. Já entre a segunda e a terceira dose, é de 90 dias. O imunizante é contraindicado para gestantes e alérgicos aos componentes da vacina.
Onde tomar a vacina?
[Olho texto=”“O contato genital, pele a pele, é um modo de transmissão reconhecido. É importante que as mulheres façam o exame Papanicolau regularmente, pois ele permite identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero”” assinatura=”Fabyanne Borges, ginecologista da SES” esquerda_direita_centro=””]