A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) encerrou, na noite de quinta-feira (13), a primeira semana de debates sobre o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) e o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) do Distrito Federal. Até o momento foram realizadas oficinas de diagnóstico em 12 cidades. Os eventos serão retomados no próximo dia 24, devendo percorrer todas as regiões administrativas até o mês de abril.
Nas oficinas, a população apresenta sugestões sobre as obras e serviços necessários para ampliar e modernizar o transporte público e a mobilidade urbana no DF. Os moradores do Plano Piloto, SCIA, Taguatinga, Gama, São Sebastião, Samambaia, Riacho Fundo, Planaltina, Brazlândia, Paranoá, Ceilândia e Sobradinho foram os primeiros a participar dos eventos.
O secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, destacou a importância da participação popular nas oficinas, onde as pessoas podem dizer o que esperam e o que acham que deve melhorar agora e no futuro do transporte urbano e da mobilidade sustentável.
Nas oficinas, a população apresenta sugestões sobre as obras e serviços necessários para ampliar e modernizar o transporte público e a mobilidade urbana no DF | Foto: Divulgação/Semob-DF
“O transporte público no DF enfrenta muitos desafios. Nós temos áreas de expansão imobiliária, muita gente se mudando, como nas regiões Norte e Leste, exigindo cada vez mais ônibus, mais linhas, e ao mesmo tempo as ruas entupidas de carro, mostrando o risco do nosso sistema travar. Cada vez mais as pessoas vão buscar a secretaria pedindo para antecipar horários de ônibus. Tem ônibus saindo às 4 horas da madrugada para as pessoas conseguirem chegar às 8 horas da manhã, mostrando que o problema muitas vezes nem é oferta de ônibus, é o trânsito, falta de corredores exclusivos, falta de BRT. Tudo isso tem que ser previsto nesse plano. Por isso, a importância da participação da população.”
Temas mais sugeridos
As oficinas abordam tudo, desde as propostas para melhoria do transporte coletivo, passando por calçadas e passarelas, até ampliação de modais como metrô e BRT. As equipes técnicas recebem as contribuições por escrito e dão oportunidade das pessoas explicarem suas sugestões. Cidades consolidadas, como Taguatinga e Ceilândia, debatem mais os modos ativos, a acessibilidade e os problemas de trânsito. Em áreas onde há expansão demográfica, como Planaltina, Sobradinho, Paranoá e São Sebastião, as maiores demandas são por melhorias no transporte coletivo, mais ônibus, mais opções de horários e rotas e meios de reduzir o tempo das viagens.
O coordenador da associação Andar a Pé, Wilde Cardoso, disse que as pessoas que têm dificuldade de locomoção enfrentam muitas dificuldades para acessar o transporte público do DF. “Os pontos de ônibus estão precisando de reforma de acessibilidade, e muitos coletivos estão com elevador estragado”, disse. Tomando Planaltina como exemplo, ele disse que há necessidade de melhorar as calçadas das cidades, criar espaços específicos com acessibilidade para os pedestres e aumentar as ciclovias das regiões administrativas.
“O transporte público no DF enfrenta muitos desafios. Nós temos áreas de expansão imobiliária, muita gente se mudando, como nas regiões Norte e Leste, exigindo cada vez mais ônibus, mais linhas, e ao mesmo tempo as ruas entupidas de carro, mostrando o risco do nosso sistema travar. Cada vez mais as pessoas vão buscar a secretaria pedindo para antecipar horários de ônibus”
Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade do DF