No Distrito Federal, as zebras têm listras vermelhas. Mas não os animais e, sim, os ônibus do Transporte de Vizinhança. Nas ruas desde a década de 1980, os zebrinhas, antes restritos ao Plano Piloto, agora também circulam em outras regiões administrativas.
A extensão começou em 2024. Hoje, 12 regiões são atendidas: Águas Claras, Arniqueira, Ceilândia, Cruzeiro, Lago Sul, Paranoá, Plano Piloto, São Sebastião, Sol Nascente/Pôr do Sol, Sudoeste/Octogonal, Taguatinga e Vicente Pires. Nesta segunda-feira (10), o serviço chegará também ao Park Way.
O Transporte de Vizinhança foi criado pela portaria nº 61, de 10 de julho de 1980 | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Ao todo, são 19 linhas, 51 veículos e uma média de 13,5 mil passageiros por dia. “Há pouco mais de um ano, nós decidimos ampliar as linhas do Zebrinha para outras regiões administrativas, além do Plano Piloto, e hoje já são 12 RAs beneficiadas com o serviço”, destaca o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.
“O Zebrinha é um veículo que tem maior facilidade de se locomover no trânsito pelas vias internas das cidades, facilitando os deslocamentos de passageiros em viagens rápidas para acessar o comércio local, serviços de saúde, escolas e tem sido muito bem-aceito pela população”, acrescenta o titular da pasta.
Essa boa aceitação é facilmente vista nas ruas. Moradora do bairro Crixá, em São Sebastião — onde o Zebrinha chegou no último dia 17 — a massoterapeuta Jerusa Soares avalia que a nova linha “deu uma melhorada” em sua vida: “Eu desço bem pertinho, então para mim é uma ajuda”.
Já a dona de casa Elis Regina Vaz, moradora do Núcleo Rural Zumbi dos Palmares, também em São Sebastião, conta que o Zebrinha lhe rende uma economia de R$ 300 por mês. “Tenho uma filha com necessidades especiais, e precisava andar léguas e léguas com ela. Aí, na hora de ir embora, tinha que juntar tudo que era dinheiro para pagar um transporte por aplicativo. Então agora está uma maravilha”, celebra. “Está aprovadíssimo. Que passem outros [ônibus] e que não pare mais não.”
Elis Regina Vaz, dona de casa e moradora do Núcleo Rural Zumbi dos Palmares, em São Sebastião, conta que o Zebrinha lhe rende uma economia de R$ 300 por mês
