Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) promoveu nesta segunda-feira (18) o seminário Caminhos para a Equidade Étnico-racial no Suas – Edição Distrito Federal. Realizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o encontro teve a finalidade de promover a reflexão e o aprofundamento da pauta racial no Sistema Único de Assistência Social (Suas).
O seminário reuniu especialistas, servidores e trabalhadores do Suas no DF para levantar questões étnico-raciais enfrentadas no dia a dia e debater a necessidade de oferecer um atendimento qualificado e direcionado para esse público, que é maioria entre as famílias em vulnerabilidade social. Cerca de 130 pessoas participaram do evento ao longo do dia, no Espaço Sedes Colab, na 515 Norte.
O seminário reuniu especialistas, servidores e trabalhadores do Suas no DF para levantar questões étnico-raciais enfrentadas no dia a dia | Foto: Flávio Anastácio/Sedes-DF
“Esse encontro visa conscientizar os servidores a respeito da existência do racismo. No Brasil, nós ainda vivemos o mito de uma ‘democracia racial’, por isso, precisamos desmistificar as relações sociais no trabalho da assistência social, porque as pessoas não são iguais materialmente. Então, a gente precisa promover essa igualdade, essa equidade a partir do nosso trabalho. E isso é combater o racismo. A construção de uma assistência social antirracista”, explica a educadora social da Sedes, Loyde Cardoso, uma das organizadoras do evento.
Assistente social no Cras Recanto das Emas II, Cristiane Delfino avalia que esse será o pontapé inicial para sensibilização dos servidores sobre o tema. “No cotidiano, nós atendemos majoritariamente a população negra, especialmente mulheres negras. Então, trazer esse debate para o servidor da Sedes é importante para pensar o cotidiano dessa população, em como ela é afetada por essa questão racial. Pensando nas especificidades dessa população, poderemos entender qual a demanda que nós temos, objetiva e subjetiva, para orientar sobre como combater a violação de direitos”.