O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal doa anualmente 20 mil toneladas de composto orgânico, produzido a partir do lixo, para pequenos produtores rurais do Distrito Federal. Este material serve de condicionador de solo para as plantações.
Desde a chegada à usina do SLU até ficar pronto para ser usado, o lixo orgânico passa por muitos processos. Em primeiro lugar, ele é separado do material reciclável, por meio de peneiras de até 12 milímetros e empilhado em leiras para que entre em processo de compostagem. “São 90 dias em que o gás e o oxigênio das leiras são verificados diariamente, enquanto o material é revirado”, explica o gerente da Usina de Tratamento Mecânico Biológico (UTMB) do SLU, Vinícius Abreu.

Lixo é tratado na Usina de Compostagem do SLU em Ceilândia | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
O gerente de Meio Ambiente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Marcos Maia, ressalta as vantagens desse composto: “Esse produto é um excelente condicionador de solo, o que significa que é um material orgânico que trabalha na estrutura do solo. Por exemplo, se o solo é muito duro, o composto o torna menos duro e isso facilita a oxigenação, a infiltração de água e o desenvolvimento das raízes. Essa é a primeira grande vantagem do produto”. Na Usina do Setor P Sul, em Ceilândia, é processado o lixo orgânico da cidade, além das regiões administrativas de Taguatinga, Samambaia e Sol Nascente/Pôr do Sol.
A segunda vantagem do material, segundo Maia, é que quando os produtores utilizam o composto orgânico, eles reduzem o uso de adubo químico. De acordo com o gerente de Meio Ambiente da Emater-DF, o produto obtido a partir da compostagem do lixo orgânico tem componentes como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
O gerente da UTMB do SLU, Vinícius Abreu, aponta que o lixo total produzido no DF é de 70 mil toneladas, entre orgânicos e recicláveis
