A 4ª Jornada do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental Infantojuvenil (PRMSMI) foi concluída nesta quarta-feira (16), com o tema “Dificuldades do desenvolvimento e perspectivas de cuidado desmedicalizantes”. Realizado em Brasília, o evento reuniu agentes de saúde, dentre preceptores e residentes, estudantes de graduação e membros da comunidade.
Terapeuta ocupacional do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi) de Taguatinga e uma das preceptoras do PRMSMI, Giovanna Brunelli enfatiza a participação da comunidade nos debates promovidos durante a quarta edição. “Durante os dois dias de evento, construímos tanto um espaço educativo quanto um lugar de compartilhamento de experiências na rede pública”, diz.
Objetivo das jornadas é atualizar os debates científicos em torno da saúde mental de crianças e adolescentes | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF
O objetivo das jornadas é atualizar os debates científicos em torno do bem-estar psíquico de crianças e adolescentes do País, e, assim, fomentar práticas de cuidado psicossocial dos pacientes – e não apenas de um tratamento fundado em remédios e internações. Para tanto, foram montadas seis mesas de debate, de forma a discutir a “desmedicalização” nos serviços de saúde mental.
Marília Carvalho é psicóloga residente do PRMSMI e uma das coordenadoras da jornada. Ela explica que o trabalho psicossocial consiste em tratar integralmente o paciente, considerando o meio em que ele vive, suas relações familiares e questões sociais que possam influenciar sua saúde mental. “Muitas vezes, um transtorno de depressão, de ansiedade, uma falta de vontade de ir à escola vêm de um contexto social, de uma repressão social. E isso reverbera no sujeito, na formação subjetiva dele”, avalia.