Tomar banho de sol e se movimentar em um ambiente ao ar livre faz parte da rotina de muitas pessoas, mas, para quem está em recuperação dentro de uma unidade de saúde, essa simples mudança de cenário pode representar um grande diferencial. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brazlândia, administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), a fisioterapia ao ar livre passou a ser adotada como estratégia de cuidado, promovendo mais conforto, estímulo e bem-estar aos pacientes.
“O diferencial é tirar o paciente do leito ou de um ambiente fechado e levá-lo para o espaço externo”, explica a fisioterapeuta Franciele Chaves. As sessões em grupo acontecem, em média, a cada 15 dias, sempre que há duas fisioterapeutas no plantão, garantindo segurança, apoio da equipe e mobilidade adequada para cada caso.
Franciele acrescenta que a proposta vai além do exercício físico. Segundo ela, a equipe busca aliar o movimento à ludicidade, com estímulos para mobilidade, interação e fortalecimento muscular. “Nosso objetivo é trazer uma forma de interação para o paciente, mas também trabalhar o equilíbrio e a força. Dependendo do diagnóstico, fazemos uma triagem prévia. Em muitos casos, observamos melhora significativa, principalmente no desmame de oxigênio, em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Com isso, conseguimos antecipar a alta, sempre em parceria com a equipe médica”, explica.
Quem participa e como funciona
Participam da fisioterapia ao ar livre pacientes com estabilidade clínica, que apresentem condições de deslocamento externo com segurança. A cada atividade, até sete enfermos da sala amarela são acompanhados por fisioterapeutas e, quando há liberação médica, aqueles internados na sala vermelha também podem participar.