Reeducandos utilizam a arte como instrumento de ressocialização
Um quadro produzido por reeducandos do Sistema Penitenciário do DF foi doado, na terça-feira (22), ao Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do Conselho Nacional de Justiça. A confecção do quadro foi realizada pelos reeducandos Jackson e Fabiano em uma das oficinas de trabalho que são oferecidas pela Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II). Atualmente, nesta unidade penal existem cinco oficinas que auxiliam os reeducandos a desenvolverem habilidades em arte, marcenaria, mecânica, serralheria, entre outros. A confecção do quadro foi realizada pelos reeducandos Jackson e Fabiano em uma das oficinas de trabalho que são oferecidas pela Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II) | Foto: Divulgação/Seape-DF “As oficinas de capacitação proporcionam aprendizado técnico e são essenciais para promover a ressocialização. Iniciativas como essa criam perspectivas mais positivas para que ao fim da pena os reeducandos tenham mais oportunidades e alcancem a efetiva reintegração social”, destaca Alex Fernandes Rocha, chefe de gabinete da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF). O material utilizado foi doado pela juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF), Leila Cury. “Eu comprei o material do meu próprio bolso e doei para eles confeccionarem os quadros. Quando ficaram prontos, o diretor da PDF II juntamente com o diretor adjunto foram me entregar. E eu achei bonito, simbólico e significativo”, afirma a juíza. O quadro teve como inspiração o Pena Justa e, como o DMF tem papel fundamental na implementação do plano, a pintura foi entregue ao juiz Coordenador Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, do DMF. “O Pena Justa é fazer a Constituição Federal, que é um documento da nossa cidadania e de importância para todo brasileiro, válido e eficaz. Tem muitas disposições ali que estão diretamente relacionadas com o cumprimento de uma pena. A exemplo: tem que ser uma pena que preserve a dignidade das pessoas, que crie oportunidades, que se faça com respeito à integridade de todos que estão ali”, afirma o juiz do DMF. “A melhoria não é só para a gente que participa do projeto, mas também para todos do presídio. Além de melhoria das instalações físicas, ele ajuda na ressocialização mental. Faz com que o preso pense em um futuro muito além do que ele viveu no passado. Sei que posso transformar minha mente e minha vida através da arte”, conta o reeducando Fabiano. Jackson já trabalhava com arte antes de ser preso e sonha em ter o próprio ateliê. “Esse projeto me deu uma mudança de perspectiva, ele veio pra dar uma nova visão pro preso e para a sociedade de um modo geral. Para que o preso possa ter uma oportunidade de se regenerar, possa trabalhar, fazer cursos e sair daqui uma pessoa transformada”, afirma o reeducando. *Com informações da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF)
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Inscrições para o Circula Cultura no Varjão encerram-se nesta quarta (9)
O Circula Cultura – Varjão está finalizando as inscrições para artistas locais se apresentarem na cidade. Programado para os dias 25, 26 e 27 deste mês, o evento vai comemorar o aniversário da cidade. O projeto, elaborado pelo Instituto Acolher em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), está percorrendo 18 regiões administrativas sempre celebrando a cultura local durante as festas de aniversário de cada cidade. Serão três dias de festividades com atrações culturais para comemorar o aniversário do Varjão | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Agora, é a vez de o Varjão receber a programação que reúne arte, cultura e entretenimento gratuito para toda a comunidade. As inscrições são gratuitas e estarão abertas até quarta-feira (9), para os segmentos de artesanato local, apresentações culturais, apresentações musicais e artistas infantis. O Circula Cultura abre espaço para artistas locais se apresentarem em um evento de grande porte, com estrutura profissional de alta qualidade. O palco contará com sistema de som e iluminação modernos e painéis de LED de alta resolução, proporcionando visibilidade e valorização dos talentos da região. Além de mostrar seu trabalho para o público, os participantes poderão criar portfólio, se destacar no meio artístico e ampliar suas conexões profissionais. O projeto valoriza os talentos locais e promove o acesso à cultura como ferramenta de transformação social, fortalecendo a identidade comunitária de cada região. É a chance para artistas que querem mostrar seu talento em um evento que já se consolidou como importante para a cena cultural do DF. Para se inscrever, basta acessar o formulário disponível na bio do Instagram oficial do evento. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Com apoio do GDF, projeto Ciranda Cultural oferece oficinas gratuitas sobre arte e cultura
Oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para comunidades periféricas, LGBTQIA+ e estudantes da rede pública de ensino. Este é o objetivo do projeto Ciranda Cultural, promovido pela Casa de Cultura Telar em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). As atividades gratuitas começaram em 2024 e seguem em andamento até o final deste ano. O projeto Ciranda Cultural oferece oficinas de corte e costura, artesanato, maquiagem profissional e dança, entre outras, em nove regiões administrativas do DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Com fomento de R$ 1,5 milhão, o projeto atende nove regiões administrativas – Sobradinho, Sobradinho II, Ceilândia, Planaltina, Taguatinga, Águas Claras, São Sebastião, Núcleo Bandeirante e Água Quente. São abordados temas como dança, gastronomia, moda afro-brasileira, costura criativa, arte popular, artesanato, fotografia, literatura de cordel, capoeira e muito mais. A expectativa é que sejam alcançadas 13 mil pessoas. “O Ciranda Cultural é uma plataforma que agrega ações multilinguagens que já atuam com grupos de vulnerabilidade social, para fortalecer essas ações e transformar mais pessoas por meio da cultura, da arte e da educação”, explica a coordenadora do Ciranda Cultural, Meire Rick. “Nós acreditamos no poder transformador da arte para fortalecer laços, incentivar talentos e abrir novos caminhos para aqueles que mais necessitam.” Costura e artesanato “Estou conhecendo a parte de costura avançada, que pode me ajudar a complementar a renda”, afirma Eliane Sales Em Planaltina, cerca de 20 mulheres aprendem sobre costura criativa, que mostra como mesclar o crochê com diversos tipos de tecido e, assim, obter peças versáteis e únicas. Os encontros, que ocorrem no Centro Espírita Estância, começaram em 18 de março e seguem até setembro. “Há muitos anos temos cursos de costura e produzimos roupinhas para crianças, que são doadas para as mãezinhas da comunidade. Com esse projeto nós trazemos mais mulheres para aprender um ofício que já ajudou muitas pessoas”, comentou a coordenadora do espaço, Justina Rodrigues da Luz. As oficinas não têm número limite de vagas e a inscrição pode ser feita pelo Instagram do projeto Os ensinamentos são repassados por duas professoras às terças e quintas-feiras, das 14h às 18h. As participantes vão ser capacitadas para confeccionar desde vestidos e bodies infantis até bolsas e amigurumis, pequenos brinquedos feitos em crochê. “A proposta é que as peças sejam doadas para mães em situação de vulnerabilidade, e estamos preparando coisinhas especiais, personalizadas”, conta a professora Sonia Vogth. A oficina está sendo bem-aproveitada pelas vendedoras Eliane Sales, 39 anos, e Thais Rodrigues, 36. “Já participei de outros cursos aqui no Centro Espírita. Dessa vez, estou conhecendo a parte de costura avançada, que pode me ajudar a complementar a renda”, conta Eliane. Thaís completa: “É bom para para ocupar a mente e interagir com outras pessoas, sem ficar o dia inteiro em casa, e estou aprendendo muito. Penso em vender tapetes e amigurumis no futuro.” Thaís Rodrigues diz que o curso proporciona interação com outras pessoas e o aprendizado de novos conhecimentos Participe As oficinas do projeto Ciranda Cultura não têm número limite de vagas. Para participar, basta entrar em contato pelo Instagram do projeto e efetivar a inscrição. Veja outras atividades que estão em andamento: → Oficina de confecção de bolsas com jeans e algodão cru em Planaltina, às terças e quintas-feiras, das 14h às 18h. Os encontros vão até 16 de setembro. → Oficina de corte e costura de peças afro no Vale do Amanhecer, em Planaltina, aos sábados e domingos, das 9h às 12h. Os encontros vão até 7 de junho. → Oficina de VJ em Águas Claras de segunda à sexta-feira, das 19h às 22h. Os encontros serão entre os dias 8 de abril e 9 de maio. → Oficina círculo de cultura com bate-papo e apresentação de filmes em Ceilândia e Sol Nascente às terças e quartas-feiras, das 19h30 às 22h. Os encontros vão até 8 de outubro. → Oficina de costura criativa em Água Quente às segundas, quartas e sextas, das 8h às 10h. Os encontros vão de 23 de abril até 4 de agosto. → Oficina de maquiagem profissional em Água Quente aos sábados, das 8h às 10h. Os encontros vão de 26 de abril a 2 de agosto. → Oficina de artesanato, bordado e crochê em Água Quente às terças e quintas-feiras, das 8h às 10h. Os encontros vão de 22 de abril a 7 de agosto. → Oficina de dança em Água Quente às terças e quintas-feiras, de 10h às 11h e de 11h às 12h. Os encontros vão de 22 de abril a 7 de agosto.
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Museu Nacional da República recebe exposição que exalta as lutas e conquistas das mulheres
A exposição Mulheres Artistas: Acervo em Expansão será inaugurada nesta quinta-feira (3), às 19h, no Museu Nacional da República. A mostra, em alusão às celebrações da luta e das conquistas das mulheres, vai até o dia 25 de maio. Composta por obras de mulheres artistas brasileiras ou baseadas no país que integram o acervo do Museu Nacional da República, do Museu de Arte de Brasília (MAB) e do Memorial dos Povos Indígenas, a exposição apresenta, ainda, a produção de três artistas convidadas: Nita Monteiro (RJ), Ros4 Luz (DF) e Verena Smit (SP), que passarão a integrar o acervo do Museu. Serão apresentadas obras produzidas da década de 1950 até a atualidade de 34 artistas | Foto: Divulgação/Secec-DF De acordo com a curadora Fran Favero, a mostra resulta de uma análise do acervo do museu, em que somente 20% dos artistas de sua coleção são mulheres. As novas aquisições ao acervo buscam garantir mais igualdade, representatividade e diversidade de linguagens para a coleção. Para Fran Favero, nesta mostra o protagonismo feminino em “imaginar a si e ao mundo é entendido como gesto de resistência e de potencial questionamento dos cânones historicamente construídos, calcados em valores patriarcais e coloniais”. Serão apresentadas obras produzidas da década de 1950 até a atualidade de 34 artistas, englobando múltiplas linguagens, como pintura, gravura, fotografia, escultura, instalação, arte têxtil, vídeo, entre outras propostas em multimeios. O percurso expositivo conta com obras de artistas centrais para a construção da arte brasileira, como Anita Malfatti e Tomie Ohtake Inclui artistas baseados no Distrito Federal, como Betty Bettiol e Marianne Peretti, figuras fundamentais para a arte brasiliense, e artistas em atuação mais recente. A curadora destaca a produção de mulheres trans, com obras de Élle de Bernardini e Ros4 Luz, além de trazer o ponto de vista de mulheres indígenas com Carmézia Emiliano, do povo Macuxi, e Conceição dos Bugres. Mulheres Artistas: Acervo em Expansão De terça a domingo Das 9h às 18h30 Entrada gratuita *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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CEF Caseb une teatro e dança como incentivo à aprendizagem
No Centro de Ensino Fundamental (CEF) Caseb, na Asa Sul, o projeto Artes para Todos (PAT) une arte e movimento por meio da educação somática, abordagem que enfatiza a consciência do corpo e do movimento. Destinada a alunos do oitavo ano do ensino integral, a iniciativa oferece atividades semanais de alongamento, meditação e percepção corporal. A preparação culmina em uma apresentação especial na Semana de Combate à Violência contra a Mulher, no dia 28 deste mês, e outra na Semana da Dança, em maio. Júlia Sena (E), com a colega Naylla Sacramento, durante preparação para a Semana de Combate à Violência contra a Mulher: “Quando discutimos esses temas, conseguimos enxergar coisas que talvez passassem despercebidas em nossas vidas ou até dentro de casa” | Foto: Jotta Casttro/SEEDF A metodologia valoriza a escuta do próprio corpo, promovendo um aprendizado sensível e integrado, em que os alunos se preparam para a atuação em formato de teatro e dança. O processo envolve etapas como percepção, sensação e ação, permitindo que eles explorem suas potencialidades antes de entrarem em cena. “Trabalhamos com a abordagem somática na educação em dança, o que auxilia os alunos no processo de aprendizagem” Cristiane Castro, idealizadora do projeto Os ensaios são conduzidos pela professora Cristiane Castro, idealizadora do projeto. Os alunos aprendem técnicas de alongamento, meditação e regulação do tônus muscular para se movimentar de forma mais natural e expressiva. Além de aprimorar a técnica de dança, a abordagem contribui para o bem-estar físico e emocional dos participantes. “Trabalhamos com a abordagem somática na educação em dança, o que auxilia os alunos no processo de aprendizagem”, explica a professora. “Como o conhecimento e o movimento passam pela experiência corporal, eles desenvolvem maior consciência sobre os seus processos cognitivos. Isso contribui não apenas para as aulas de teatro e dança, mas também para disciplinas da base curricular comum, como Português, Matemática, História e Inglês.” Apresentações artísticas Com treino e dedicação, os estudantes preparam-se para as performances que vão apresentar na escola durante a Semana de Combate à Violência contra a Mulher, no dia 28, e a Semana de Dança, de 5 a 9 de maio. Eles desenvolveram uma coreografia especial para uma poesia temática sobre o tema e um ensaio sobre a música Triste, Louco ou Má, da banda Francisco El Hombre. A estudante Júlia Damasceno Sena, 13, reforça a importância do tema no ambiente escolar: “É fundamental falar sobre as várias formas de violência contra a mulher em sala de aula, pois, às vezes, algumas meninas não percebem que certos comportamentos em relacionamentos podem ser abusivos. Quando discutimos esses temas, conseguimos enxergar coisas que talvez passassem despercebidas em nossas vidas ou até dentro de casa”. Já Naylla Maria Sacramento, 12, explica como o projeto tem impactado no seu aprendizado: “Nas aulas, integramos técnicas como pilates solo, ioga e meditação, o que me ajuda a manter o foco e a atenção. Isso também melhora meu desempenho em algumas disciplinas”. Arte que ensina Durante todo o ano há atividades voltadas para diversas temáticas, entre as quais se destaca a arte. No sétimo ano, os alunos estudam danças populares de matrizes africanas e indígenas, especialmente no Mês da Consciência Negra, período em que a escola promove uma semana inteira de atividades sobre o tema. Cristiane Castro compartilha os resultados e defende que todo aprendizado passa pelo corpo. “Quando os alunos percebem que não são apenas um corpo, mas que sua corporeidade está envolvida no processo de aprendizado, eles se desenvolvem melhor”, afirma. “Além disso, incentivamos a pesquisa na prática, permitindo que os alunos construam coreografias a partir de suas próprias vivências, e não apenas reproduzam movimentos virais das redes sociais, como os do TikTok.” *Com informações da Secretaria de Educação
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Funcionário do setor de lanternagem e pintura do DER transforma resíduos em esculturas
Entre marteladas, faíscas de solda e o vai e vem de caminhões e carros em processo de restauração, Vanderson Ferreira da Silva trabalha no setor de lanternagem e pintura do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). Ele é um lanterneiro que, entre um conserto e outro, transforma sua oficina em um verdadeiro ateliê, dando nova vida a resíduos e peças de carros velhos, especialmente na forma de esculturas de metal e aço. Vanderson Ferreira da Silva trabalha no setor de lanternagem e pintura do DER-DF e cria esculturas a partir de resíduos e peças de carros velhos | Fotos: Divulgação/DER-DF Natural de Planaltina de Goiás, Vanderson trabalha há cinco anos no Parque Rodoviário em Sobradinho, realizando consertos na frota do departamento. Desde criança, sempre foi fascinado por desmontar e montar objetos, buscando entender seu funcionamento. A habilidade de transformar e dar novos significados às coisas foi algo que o acompanhou por toda a vida, levando-o ao universo artístico. “Sempre estive envolvido com arte. Quando cheguei ao DER e vi esse material, pensei imediatamente em fazer algo com ele”, diz Vanderson, apontando para um tanque de combustível de moto que planeja transformar em uma águia. O trabalho de Vanderson é motivo de orgulho dos colegas. “Ele tem uma capacidade única de transformar o que seria lixo”, diz o supervisor José Barbosa de Souza Essas peças, muitas vezes tratadas como sucata, ganham novas formas e significados nas mãos do artista. Uma corrente de moto se transforma em parte de uma guitarra, um filtro de ar de carro vira a colmeia de uma abelha, e assim, a imaginação de Vanderson se reinventa. “Eu olho uma peça e logo vejo um formato nela. Depois, vou encaixando, soldando, cortando e dando vida. É uma forma de reaproveitar materiais que muitos acham que não têm mais uso. Aqui é uma verdadeira mina de ouro”, explica. O supervisor de Vanderson, José Barbosa de Souza, com 40 anos de serviço no DER, reconhece o impacto do trabalho dele não só no departamento, mas também entre os colegas de setor. “Ele tem uma capacidade única de transformar o que seria lixo. Além de trabalhar direitinho nos consertos dos carros, ele tem total liberdade para criar suas obras nas horas vagas. Os colegas, sempre que veem uma peça, já pensam nele”, destaca Barbosa. Durante a entrevista, os colegas de Vanderson apontam com orgulho as obras espalhadas pela oficina. “Mostra aquela que está na sala”, diz um deles. “Essa ele fez com fibra de vidro”, acrescenta outro, evidenciando o carinho e respeito pelo trabalho do artista. Vanderson pretende expor suas peças no próximo evento do DER, com o objetivo de mostrar que a arte pode surgir de lugares improváveis. *Com informações do DER-DF
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Projeto Música na Escola transforma vidas há 25 anos no CEF 11 do Gama
O que começou como uma simples fanfarra há 25 anos, hoje é reconhecido como um projeto educacional abrangente que impacta positivamente a vida de centenas de estudantes no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 do Gama. O projeto de Educação em Tempo Integral (ETI) Música na Escola oferece aulas de musicalização, coral, teatro, dança e formação instrumental, consolidando-se como patrimônio da comunidade escolar. O diferencial do projeto está na abordagem interdisciplinar, como explica o professor de música Thiago Francis Silvério. “O importante para nós não é educar um aluno para a vida profissional de músico. Mas ele consegue pegar o conhecimento musical e interagir com as outras matérias”, indica. O professor de música Thiago Francis Silvério explica que diversas disciplinas são abordadas no projeto de musicalização | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Thiago esclarece que, por meio da musicalização, são abordadas outras disciplinas como história, geografia e português. “A gente canta, fala da história do compositor ligado à história da humanidade, consegue abordar a matemática junto com a música. O aluno acaba se envolvendo de uma maneira 100% com a escola”. Para a diretora do CEF 11 do Gama, Leila Rodrigues dos Santos, por meio do projeto, o aluno se reconhece, aprende a perceber suas habilidades e reconhecer o tamanho do seu potencial. “E isso não só na atividade em si, mas na vida”, destaca Leila. Alguns alunos continuaram a estudar na Escola de Música de Brasília; outros seguiram na vida acadêmica. A iniciativa ganhou ainda mais força com parcerias importantes. “A Orquestra Filarmônica de Brasília trouxe professor de balé, teatro e instrumentos específicos para ajudar na criação da banda e da orquestra”, comenta Thiago. Atualmente, o projeto conta quatro professores e adquiriu, ao longo dos anos, cerca de 80 instrumentos. O maestro Max de Barcelos Nunes, que trabalha diretamente com os estudantes, destaca a evolução dos alunos Educação em Tempo Integral O projeto, que é parte integral do currículo escolar, demonstra como a educação musical pode ser uma ferramenta poderosa de desenvolvimento humano. O Música da Escola foi um dos 25 projetos selecionados para compor a 1ª Mostra de Educação em Tempo Integral. As iniciativas que foram selecionadas por meio de edital de chamamento serão divulgadas semanalmente no site e no Instagram da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). O objetivo é valorizar e incentivar a propagação dos melhores projetos das unidades escolares que ofertam a Educação em Tempo Integral (ETI). Resultados Os resultados do projeto são evidentes no dia a dia escolar. O maestro Max de Barcelos Nunes, que trabalha diretamente com os estudantes na banda, observa uma evolução constante. “A cada música que nós passamos, que nós trabalhamos com as crianças, aumenta a concentração, o pertencimento de grupo e o comportamento melhora.” A transformação é sentida pelos próprios estudantes. Pedro Henrique Fernandes Moreira, de 14 anos, que integra a banda há dois anos, resume: “O mais legal é o quanto eu estou aprendendo aqui, não só como músico, mas como pessoa”. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Rede de Atenção Psicossocial participa do maior evento de arte e saúde mental do DF
A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) é protagonista do Encontro da Arte (EDA), o maior evento de arte e saúde mental do Distrito Federal. O trabalho artístico desenvolvido por usuários das unidades ambulatoriais especializadas da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) foram expostos em estandes e apresentados em palco entre quinta-feira (19) e sábado (21), no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília. A proposta, que chega à 11ª edição, tem o objetivo de promover o protagonismo e a reinserção social das pessoas com sofrimento psíquico. A iniciativa tem o objetivo de promover o protagonismo e a reinserção social das pessoas com sofrimento psíquico | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Jean Marques ingressou na profissão de repórter fotográfico e cinematográfico em 1996. Em 2017 foi acolhido no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo para tratamento de transtorno do espectro autista (TEA) e esquizofrenia. O incentivo dos profissionais da unidade fez com que ele retomasse a fotografia de um modo especial: como ferramenta terapêutica. “Em cada imagem eu conto uma das minhas histórias de superação”, expõe o artista. O trabalho Terapia Fotográfica, apresentado pela primeira vez no Encontro da Arte em 2018, esteve novamente entre as atrações deste ano. A obra encontrou ambiente favorável para florescer dentro da Oficina de Mosaico, realizada há 18 anos na Granja do Riacho Fundo. Para a coordenadora do grupo de artesanato, Cássia Maria, a exibição para um grande público é uma oportunidade para o cuidado em saúde mental. “Eu sinto como se eles estivessem criando asas e alçando novos voos aqui”, afirma a técnica em enfermagem. Protagonismo Desenvolvido por cerca de 60 voluntários, o EDA é uma iniciativa gratuita e sem fins lucrativos. Para esta 11ª edição, a expectativa é reunir mais de duas mil pessoas. A programação conta com exposição e comercialização de artesanato, espetáculos, concurso de poesia (com a publicação dos cinco primeiros colocados) e exibição de trabalhos científicos que abordam o emprego da arte como ferramenta para o cuidado em saúde mental. A produção artística é uma estratégia característica nas 18 unidades do Caps distribuídas pelas regiões de saúde do DF. As unidades funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para ser acolhido no serviço. Clique aqui para localizar o Caps mais próximo. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Exposição do polo de Altas Habilidades de Ceilândia celebra conquistas dos alunos em 2024
O Teatro Newton Rossi do Sesc Ceilândia foi palco, na última semana, da culminância do ano letivo de um dos mais tradicionais polos de Altas Habilidades de Brasília, sediado na Escola Classe (EC) 64 de Ceilândia. O evento, que é aberto para visitação do público até esta quarta-feira (4), reúne trabalhos de artes visuais e projetos científicos de estudantes da educação infantil ao ensino médio atendidos no polo. Na inauguração da mostra, a experiência multissensorial foi enriquecida por apresentações musicais e premiações de olimpíadas científicas. O evento reuniu cerca de 150 obras entre artes visuais e projetos científicos produzidos pelos estudantes | Fotos: Victor Bandeira/SEEDF “A exposição representa tudo que foi desenvolvido durante o ano com esses estudantes dentro da área de interesse de cada um, seja nas áreas de exatas, biologia, ciências, história, matemática ou artes”, explica Saron Gomes Batista, professora itinerante do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da EC 64. Ela destaca que o polo atende atualmente entre 150 e 170 estudantes, sendo que cerca de 30% deles estão em período de observação. “Ceilândia é uma das primeiras regionais a oferecer esse atendimento, que já tem bastante experiência”, ressalta. Psicóloga da EC 64, Rachel Marinho, destacou a importância de desenvolver os talentos desses alunos Na vertente científica, a mostra contou com projetos de robótica, experimentos de química e física, apresentações sobre biologia e jogos interativos desenvolvidos pelos próprios estudantes. Já na parte artística, três projetos se destacaram pela originalidade: a série Canto dos Pássaros, que estabeleceu conexões poéticas entre as aves do ambiente escolar e expressões artísticas; o projeto Vida de Bicho, que explora representações simbólicas de animais para abordar conceitos como força e transformação; e uma série dedicada ao universo dos mangás e animes. A psicóloga da EC 64, Rachel Marinho, explica que os estudantes desenvolvem projetos anuais a partir de suas áreas específicas de interesse. “Durante o atendimento, eles são estimulados e motivados para que, até o final do ano, produzam algo concreto. Esse produto representa para o aluno a materialização de suas pesquisas, para a família comprova os frutos do atendimento, e para o professor evidencia a efetividade do trabalho desenvolvido”, destaca. Ela ressalta, ainda, que o desenvolvimento dessas competências específicas beneficiará toda a comunidade no futuro, pois os estudantes poderão contribuir em suas respectivas áreas de conhecimento. Parceria com os pais A Sala de Recursos de Altas Habilidades/Superdotação da EC 64 de Ceilândia inovou em 2024 ao oferecer, pela primeira vez, um minicurso de formação para pais. A iniciativa fortaleceu a parceria escola-família, permitindo a troca de experiências e orientações sobre desafios emocionais e educacionais. Laiana Aguiar destacou a qualidade do serviço prestado na Sala de Recursos e a importância no desenvolvimento socioemocional de seu filho Miguel Laiana Aguiar dos Santos Miranda, mãe de Miguel, 10 anos, compartilhou a experiência do filho. “Miguel foi identificado com altas habilidades no terceiro ano, passando por 12 atendimentos com psicóloga e pedagoga até receber o laudo. O processo foi transformador para ele, especialmente no desenvolvimento de competências socioemocionais através de jogos. Ele superou dificuldades significativas, como lidar com frustrações e perfeccionismo, evoluindo notavelmente na socialização graças ao trabalho desenvolvido na Sala de Recurso”. *Com informações da SEEDF
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Merendeira transforma comida em arte em escola da Asa Norte
No Jardim de Infância (JI) da 102 Norte, a cozinha vai além de um espaço de preparo de alimentos e se transforma em um verdadeiro ateliê onde magia e imaginação se encontram. Sobre o comando da merendeira Vanderleia Neves, carinhosamente chamada de Vanda, as refeições ganham vida em formas criativas, coloridas e saborosas, encantando os pequenos e transformando o momento da alimentação em uma experiência única de alegria e aprendizado. A merendeira Vanderleia Neves conta que é sempre uma alegria poder alimentar as crianças: “Descobri esse meu talento dentro da escola, na cozinha. Comecei a praticar cada vez mais porque percebi que isso incentiva as crianças a se alimentarem melhor” | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Nesta quinta-feira (28), Vanda surpreendeu ao servir uma refeição especial: abóbora recheada com frango, apresentada como uma escultura decorativa na mesa do lanche. As crianças, imediatamente fascinadas pelas criações, não apenas saborearam a comida, mas também se divertiram enquanto aprendiam a apreciar alimentos que antes poderiam passar despercebidos. No JI 302 norte a hora da merenda é sempre um momento de alegria e entusiasmo Para a comunidade escolar, Vanda é muito mais que uma cozinheira; é uma artista e uma inspiração. “Descobri esse meu talento dentro da escola, na cozinha. Comecei a praticar cada vez mais porque percebi que isso incentiva as crianças a se alimentarem melhor. Eles ficam muito felizes quando veem as artes, e essa é a forma que encontrei de expressar meu amor e carinho por eles”, compartilha a merendeira com entusiasmo. A subsecretária de Alimentação Escolar, Fernanda Mateus Costa Melo destaca o comprometimento e o talento de Vanda: “Acompanhei o trabalho da Vanda nos últimos dois anos e é impressionante ver como ela aprimora suas habilidades continuamente. Ela busca novos cursos, se qualifica e cuida com muito carinho de cada prato que prepara. Em uma escola com poucos alunos, ela dedica atenção especial a cada detalhe, mostrando o quanto se preocupa com o bem-estar e o desenvolvimento das crianças.” A dedicação de Vanda tem impacto direto no estímulo à alimentação saudável, um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento infantil. Heloyana Travassos, nutricionista da Unidade de Alimentação e Nutrição Escolar (Uniag) do Plano Piloto, reforça a relevância desse trabalho. “Planejamos os cardápios das escolas com muito carinho. Essa fase, dos 3 aos 6 anos, é crucial para formar hábitos alimentares que acompanharão as crianças ao longo da vida. O trabalho da Vanda vai além do incentivo: ele une saúde e imaginação, tornando os alimentos mais atrativos e promovendo a educação alimentar de forma lúdica e eficaz”, explica a nutricionista. De figuras de animais até desenhos em melancias, Vanda apresenta um amplo repertório artístico ao oferecer a alimentação às crianças O exemplo de Vanda mostra como pequenos gestos podem transformar realidades e reforça a importância da alimentação escolar como ferramenta não apenas de nutrição, mas também de afeto e criatividade. No Jardim de Infância 102 Norte, comer bem é mais do que uma lição: é uma experiência inesquecível. *Com informações da SEEDF
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Estudantes da rede pública exploram Brasília com instalação lúdica sobre arquitetura modernista
Crianças e adolescentes da rede pública de ensino do Distrito Federal (DF) tiveram a oportunidade de ver a capital federal por um ângulo diferente nesta terça-feira (12). Por meio da obra De Ver Cidade – Brasília Numa Caixa de Brincar, 20 estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 301 do Recanto das Emas participaram da iniciativa, que une arquitetura, urbanismo e educação patrimonial com blocos móveis inspirados em elementos icônicos da cidade e nas curvas de Oscar Niemeyer. A instalação lúdica e interativa estimula a imaginação, a reflexão sobre a cidade e promove a educação patrimonial entre os jovens. A iniciativa conta com investimento de R$ 100 mil do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF) e poderá ser visitada até 1º de dezembro na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). A entrada é gratuita. A instalação ‘De Ver Cidade – Brasília Numa Caixa de Brincar’ junta artes plásticas e educação patrimonial | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Faz parte da nossa missão receber esse tipo de obra. Estamos em Brasília, uma capital moderna, e termos essa iniciativa é uma forma de mostrar para os pequenos e adultos também sobre educação patrimonial e as belezas da nossa cidade sob todos os ângulos”, ressalta a diretora da BNB, Marmenha Rosário. Os estudantes do CEF 301 do Recanto das Emas participaram da visita guiada para descobrir Brasília de um jeito diferente. A vista da cidade por dentro de uma caixa chamou a atenção do aluno Juan Snider Estevão Vieira, de 11 anos. “É a segunda vez que venho à Biblioteca Nacional e está sendo muito legal porque tem várias coisas novas. A caixa de que eu mais gostei é a que tem um olho mágico que dava para ver algumas fotos. Eu não conhecia nada disso”, compartilhou Juan. Juan Snider Estevão Vieira gostou da caixa na qual viu algumas fotos por meio de um olho mágico De acordo com a idealizadora da obra, Luênia Guedes, o objetivo era fazer uma exposição atrativa para as crianças sob o ponto de vista da arquitetura de Brasília: “As escalas do plano urbanístico da cidade foram o que inspiraram a pensar no projeto. Para a criançada, muitas coisas viram brincadeira, como falar no interfone e olhar pelo olho mágico. A ideia era mostrar o potencial da cidade para a brincadeira e ao mesmo tempo repassar alguns conceitos de educação patrimonial”. Para a professora dos alunos dos 3º e 4º anos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 301 do Recanto das Emas, Kelly Cristina Silva dos Reis, a visita à exposição facilita a absorção do conteúdo repassado dentro de sala de aula: “Ajuda muito porque estamos ensinando os itinerários de Brasília, trazendo sempre aspectos geográficos e culturais. Então, eles conseguem ver na prática como é a cidade onde moram, os pontos turísticos e os monumentos”. Luênia Guedes: “A ideia era mostrar o potencial da cidade para a brincadeira e ao mesmo tempo repassar alguns conceitos de educação patrimonial” As escolas que desejam participar do circuito podem agendar a visita entre segunda e sexta-feira, às 9h e às 14h30, com capacidade para até 40 estudantes por horário. As instituições de ensino devem entrar em contato pelos perfis no Instagram do Entrevazios e do Todo Público. Também estão abertos para grupos de idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social. A expectativa é receber cerca de 1,6 mil estudantes de escolas ou instituições agendadas durante toda a programação, além da visitação espontânea da Biblioteca Nacional de Brasília. Além das visitas escolares, o projeto oferece ações acessíveis, como audiodescrição e interpretação em Libras, e inclui transporte gratuito para instituições públicas, conforme disponibilidade.
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Estudantes apresentam projetos de sustentabilidade em mostra sobre Educação em Tempo Integral
Projetos que unem arte, cultura, ciência e sustentabilidade foram apresentados na I Mostra de Educação em Tempo Integral, promovida pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF), nesta quarta-feira (7). Estudantes de unidades que oferecem o modelo de ensino demonstraram as iniciativas desenvolvidas ao longo do ano letivo e receberam certificados e troféus em celebração à dedicação. O evento compôs a programação do II Encontro de Educação em Tempo Integral, realizado na mesma data. Estudantes de unidades que oferecem o modelo de ensino demonstraram as iniciativas desenvolvidas ao longo do ano letivo e receberam certificados e troféus em celebração à dedicação | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília As apresentações da mostra foram divididas em quatro categorias – apresentação artística, demonstração prática, banner e curta-metragem. Participaram o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 do Gama, a Escola Classe (EC) Kanegae, o CEF Buriti Vermelho, do CEF 3 de Planaltina, o Centro de Ensino Médio (CEM) 2 do Gama, o CEM 3 de Taguatinga, o Centro Educacional Agrourbano Ipê e o CEM 1 do Guará. Para a gerente de Educação em Tempo Integral da SEE-DF, Carine Noleto, a exposição das atividades evidencia a criatividade e curiosidade dos alunos, impulsionados pelo trabalho dos professores e gestores educacionais Segundo a gerente de Educação em Tempo Integral da SEE-DF, Carine Noleto, a exposição das atividades evidencia a criatividade e curiosidade dos alunos, impulsionados pelo trabalho dos professores e gestores educacionais. “É o momento de ver a educação integral a partir do ponto de vista dos estudantes”, disse. “Durante o encontro, tivemos formações e reuniões, para pensar a educação integral. Trabalhamos para ampliar a estrutura física, a qualidade de ensino e a permanência dos alunos nos estudos”. No II Encontro de Educação em Tempo Integral, profissionais da área de ensino puderam trocar experiências e compartilhar boas práticas. O evento é organizado pela Diretoria de Educação Infantil e Fundamental em Tempo Integral, da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subi). “É um evento extremamente inspirador em que vários projetos foram premiados pelo talento dos estudantes das escolas de educação em tempo integral”, destacou a titular da subsecretaria, Vera Barros Lúcia. O especialista pedagógico do Ensino Médio em Tempo Integral da SEEDF, Alex Vasconcellos, ressaltou que, nesta fase escolar, os alunos têm a oportunidade de pensar o futuro durante o contraturno O Distrito Federal conta com mais de 180 unidades escolares que oferecem a Educação em Tempo Integral, nas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Os discentes permanecem na escola no contraturno ao ensino regular e têm a oportunidade de aprender novas habilidades, criar projetos e aperfeiçoar conhecimentos. O especialista pedagógico do Ensino Médio em Tempo Integral da SEEDF, Alex Vasconcellos, ressaltou que, nesta fase escolar, os alunos têm a oportunidade de pensar o futuro durante o contraturno. “Temos projetos de iniciação científica, empreendedorismo e de projeto de vida. Nesta fase, o desafio são questões socioeconômicas que fazem com que os estudantes não consigam ficar em tempo integral na escola, por isso diversificamos o currículo para que alcance o interesse deles, entendendo que esse tempo de dedicação vai reverberar no futuro”. Iniciativas Sustentabilidade foi o tema principal do projeto elaborado pela EC Santa Helena, localizada na área rural de Sobradinho. Meninos e meninas de 7 a 12 anos participaram da produção do curta-metragem Juntos Semeando o Agora, em parceria com o Centro de Estudos Ambientais Condomínio RK. O filme mostrou o dia a dia da criançada em atividades de estímulo à consciência ambiental e preservação da natureza. “Fizemos vários trabalhos com o Condomínio RK, além de passeios a parques e museus, palestras e bate-papos sobre diversos temas, que pegamos na carta da terra para as crianças, como paz, consciência ambiental, respeito aos seres vivos, animais e plantas, respeito à diversidade e religiões”, revela a coordenadora da Educação Integral da EC Santa Helena, Leidiane Freitas. Os detalhes das atividades da unidade de ensino foram compartilhados durante a mostra. A estudante Júlia dos Santos, 11 anos, contou que vai levar o aprendizado para a vida inteira, ciente da importância de zelar pelo meio em que vive. “O projeto fala que a gente tem que cuidar da natureza porque ela pode acabar. Temos que cuidar das pessoas que convivem com a gente e das que não convivem também, dos animais, da natureza, de todo mundo, mesmo a gente não conhecendo”, enumerou. Já os alunos do CED 8 do Gama apresentaram o projeto de extração de óleo de citronela, que surgiu a partir de uma atividade educativa sobre formas de combater a dengue. As turmas criaram um difusor com repelente natural acessível e de baixo custo. “Fizemos um grupo de estudo para desenvolver a ideia e chegamos à conclusão de que a citronela é um ótimo repelente”, salientou a estudante Mariana Alves Silva, 17 anos. “É muito bom estudar de modo integral, pois a gente adquire cada vez mais conhecimentos, além de termos ajuda nos estudos para o vestibular”. O coordenador pedagógico do CED 8 do Gama, Daniel Rodrigues de Oliveira, observou que a pesquisa trabalha conceitos da física, química e biologia de forma prática. “Na escola tem de tempo integral, é muito importante termos atividades assim, em que eles possam identificar e tentar resolver problemas”, observou. “A divulgação dos trabalhos é muito legal porque os alunos se sentem proativos, protagonistas da aprendizagem, podendo divulgar para um público mais amplo o que fazem na escola.”
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Estudantes do Recanto das Emas encenam peça sobre racismo e inclusão social
O grupo Formigueiro de Teatro, composto por alunos e ex-alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) 804, do Recanto das Emas, apresentou na manhã desta quarta-feira (6) a peça Sabe por que tu não deu bola? no Teatro da Caesb, em Águas Claras. A montagem foi exibida para 400 alunos do Recanto, com lotação máxima. A peça explora o impacto do racismo e outras formas de preconceito, retratando a discriminação enfrentada por pessoas negras, mulheres e integrantes da comunidade LGBTQIAP+. O grupo teatral Formigueiro de Teatro, composto por alunos e ex-alunos do Centro de Ensino Médio 804, do Recanto das Emas, apresentou na manhã desta quarta (6) a peça ‘Sabe por que tu não deu bola?’ | Fotos: Jotta/SEEDF Coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres destacou a relevância do evento para os alunos e o impacto positivo da arte na conscientização social. Ela explicou que a participação dos estudantes no projeto foi cuidadosamente preparada ao longo do ano, com um trabalho contínuo realizado pelos professores para incentivar o desenvolvimento do tema da inclusão. “Hoje, para a gente, é uma alegria estar aqui no Teatro da Caesb, trazendo os nossos estudantes para essa apresentação”, comentou. A coordenadora também ressaltou a importância de abordar a temática racial nas escolas, especialmente em um contexto social ainda marcado por discriminações. Segundo ela, a Regional de Ensino tem promovido uma série de atividades de formação em educação antirracista, incluindo um fórum, realizado em junho, e um seminário com gestores e autoridades sobre questões raciais, em outubro. “É na educação que a gente consegue fazer esse trabalho de conscientização”, afirmou Mariana, explicando que a apresentação teatral dos alunos marca o encerramento de um ano de ações dedicadas à educação antirracista. Além do conteúdo dramatúrgico, a peça incorpora músicas de artistas negros brasileiros, valorizando a cultura afro-brasileira e proporcionando um espaço de visibilidade e reconhecimento Festival A peça ganhou destaque ao participar do 8º Festival Estudantil de Teatro Amador (Festa), em 2023, onde recebeu nove indicações e venceu nas categorias Melhor Espetáculo, pelo júri popular, e Destaque Festa, pela performance musical. O festival, realizado no Teatro dos Bancários, contou com a presença de várias escolas públicas do Distrito Federal, que se uniram para incentivar a arte e a expressão cultural entre os jovens. Sabe por que tu não deu bola? chamou a atenção pela qualidade artística e relevância social. O professor de Artes do CEM 804, Tiago Borges Leal, explicou que o projeto teatral Formigueiro, embora nascido em 2018 fora do ambiente escolar, tomou nova forma ao ser incorporado ao CEM 804 em 2022. Ao iniciar como professor temporário na Secretaria de Educação (SEEDF), ele trouxe o grupo para a escola pública, onde o projeto foi ganhando força e estrutura com a participação ativa dos estudantes. “Eu trouxe o Formigueiro para a escola pública, e a gente vê que o projeto está tomando outra proporção”, afirmou Tiago, ressaltando o impacto crescente dessa iniciativa no ambiente escolar. Segundo Tiago, o espetáculo Sabe por que tu não deu bola? aborda problemas sociais e experiências de discriminação que muitos estudantes enfrentam, tanto dentro da escola quanto na comunidade. O nome da peça reflete a resposta habitual de muitas famílias às agressões raciais, sugerindo que a solução é ignorá-las. “A gente bate sempre nessa tecla: não é só não dar bola. A gente precisa discutir tanto em sala de aula quanto na comunidade”, reforçou o professor, destacando a importância de criar um espaço de conscientização e reflexão sobre essas questões com os alunos. O estudante Carlos Neri destacou o papel do teatro no combate ao racismo: “O dever da arte é ser uma ferramenta de evolução social” Diversidade A peça também se destaca pela valorização dos talentos individuais dos estudantes, seja na atuação, na produção, na sonoplastia ou na cenografia. “A gente trabalha com essa questão da música porque é onde a gente consegue muitos estudantes da escola. É muito gratificante ver o envolvimento deles”, comentou Tiago. Ele destacou a dedicação de cada aluno em diferentes funções, como iluminação e figurino, e o entusiasmo que os jovens têm mostrado no desenvolvimento de habilidades artísticas e de produção, fortalecendo o projeto em diversas frentes. Além do conteúdo dramatúrgico, a peça incorpora músicas de artistas negros brasileiros, valorizando a cultura afro-brasileira e proporcionando um espaço de visibilidade e reconhecimento para esses artistas. Essa abordagem musical também contribuiu para as indicações recebidas no festival, reforçando o compromisso do grupo com a expressão cultural e a luta contra o racismo e a desigualdade social. O estudante Carlos Neri, de 18 anos, destacou o papel do teatro como uma ferramenta de transformação social e combate ao racismo. Para ele, Sabe por que tu não deu bola? desperta a consciência do público sobre as injustiças sociais e os direitos de igualdade garantidos pela Constituição. “O dever da arte é ser uma ferramenta de evolução social”, afirmou Carlos, mencionando a importância de dar voz às questões de preconceito racial e ressaltando que todos devem lutar ativamente contra as injúrias e injustiças. Carlos também compartilhou como a experiência no teatro mudou sua própria vida, ajudando-o a desenvolver habilidades de comunicação e autoconfiança. No início, ele se sentia nervoso e inseguro ao entrar em cena, mas com o incentivo do professor Tiago Leal e o curso de teatro, passou a se sentir mais à vontade no palco e a interagir com o público de forma mais natural. “Minha dicção melhorou bastante. Antes, era difícil para as pessoas me entenderem, mas hoje posso me expressar de forma clara”, explicou o jovem ator. A produção Sabe por que tu não deu bola? tem sido considerada um exemplo inspirador de como o teatro escolar pode se tornar um meio de transformação social, dando voz a jovens que enfrentam ou testemunham situações de preconceito. Iniciativas como essa demonstram o papel fundamental das escolas públicas na promoção de uma educação inclusiva e reflexiva, capaz de formar cidadãos críticos e engajados. *Com informações da Secretaria de Educação
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Reeducandos podem se inscrever em concurso de redação, poesia e desenho
A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), em parceria técnica com o Centro Educacional 01 de Brasília (CED 01), promove o Concurso Cultural de Redação, Poesia e Desenho. O concurso foi criado especialmente para reeducandos vinculados ao trabalho externo pela Funap-DF e faz parte das comemorações pelos 38 anos da fundação. O concurso foi criado especialmente para reeducandos vinculados ao trabalho externo pela Funap-DF e faz parte das comemorações pelos 38 anos da fundação | Foto: Divulgação/Funap-DF Além de premiar os três melhores colocados em cada categoria com prêmios em dinheiro e certificados, é uma oportunidade para revelar talentos e promover o reconhecimento de habilidades artísticas. Para a secretária da Sejus-DF, Marcela Passamani, iniciativas como essa são essenciais para transformar vidas. “A oportunidade de os reeducandos se expressarem por meio da arte mostra que, com apoio e incentivo, é possível ressignificar trajetórias e contribuir para a reintegração social”, afirma. “Este concurso permite que os reeducandos demonstrem seus talentos. A arte, aliada ao trabalho, constrói um futuro mais digno para todos”, diz a diretora executiva da Funap-DF, Deuselita Martins. Concurso Cultural da Funap-DF → Tema: “A importância do trabalho no processo de ressocialização do sentenciado” → Prêmios: até R$ 2 mil para os vencedores; certificados de participação e reconhecimento → Inscrições: até 30 de outubro, neste link → Confira aqui o edital completo → Contato para mais informações e entrega dos trabalhos: Funap-DF – SIA Trecho 2, Lotes 1835/1845, 1º andar. *Com informações da Funap-DF
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Plenarinha da Regional do Recanto das Emas celebra protagonismo infantil das escolas da região
Com o tema Identidade e diversidade na educação infantil: eu sou assim e você, como é?”, a 12ª Plenarinha da Secretaria de Educação (SEEDF) contemplou, nesta quarta-feira (21), a Coordenação Regional de Ensino do Recanto das Emas. O projeto tem três etapas: local, nas escolas que desenvolvem as atividades com os estudantes; regional, organizada individualmente pelas 14 regionais de ensino do DF, e distrital, que reúne escolas de diversas regiões. Crianças participaram de oficinas e atividades que tiveram como foco a valorização da realidade local | Foto: Jotta Casttro/SEEDF “Esse momento para as crianças é fantástico, elas vão vivenciar tudo que foi trabalhado nas escolas”, comentou a coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres. “Estamos apresentando o Recanto das Emas, para que as crianças conheçam e valorizem sua cidade.” “A Plenarinha é um evento muito importante da Secretaria de Educação, que vem dar à educação infantil o protagonismo que ela merece” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação O encontro foi realizado no Núcleo Rural Vargem da Bênção, com a participação de cerca de 700 crianças de até 5 anos de idade de 15 escolas públicas e conveniadas da educação infantil da regional de ensino. A programação do projeto contou com diversas oficinas e contação de histórias voltadas para os pequenos. “A Plenarinha é um evento muito importante da Secretaria de Educação, que vem dar à educação infantil o protagonismo que ela merece”, ressaltou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que também participou da abertura do evento e interagiu com os participantes durante as oficinas. Parcerias Educação, saúde, esporte, lazer, meio ambiente, segurança, arte e cultura foram os temas desenvolvidos durante a Plenarinha. Participaram das oficinas representantes da Secretaria de Saúde (SES-DF), do Zoológico, da Polícia Militar (PMDF) e da Caesb. A cada ano, as ações promovem o envolvimento das crianças com o mundo, de modo que elas possam conhecer, ouvir, sentir, contar, imaginar e criar suas próprias histórias por meio de brincadeiras e vivências, trazendo uma temática nova a cada edição. Além de permitir que os estudantes tenham um dia dedicado à diversão, o evento expõe o trabalho feito pelas crianças em torno do tema. “Este ano, a gente está ressignificando a Plenarinha, para as crianças terem essa participação, esse protagonismo, dizerem o que querem, o que pensam daqui do Recanto”, avaliou a coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres. Beatriz Oliveira Costa, servidora da Coordenação Regional de Ensino local, anunciou para 11 de setembro mais um evento da série: “Vamos fazer uma plenária, e as crianças vão entregar cartas e desenhos sobre o que elas querem para o Recanto das Emas”. Prevenção ao abuso Uma novidade dessa edição regional ficou por conta das oficinas do projeto Pró-Vida, Eu me Protejo – Prevenção em Ação, de prevenção ao abuso sexual de crianças e adolescentes, que busca implantar uma cultura de proteção nas escolas, em especial na primeira infância. As atividades apresentaram material educativo para todas as turmas por meio de linguagem simples e lúdica, para estimular nas crianças a consciência de seu próprio corpo. “Temos como objetivo fazer formação dos profissionais que atuam na primeira infância aqui na cidade do Recanto das Emas”, disse a presidente do projeto Pró-Vida, Celiomar Dias de Oliveira. “A intenção é levar o conhecimento e fazer com que essas escolas possam desenvolver boas práticas.” O Pró-Vida tem ainda um concurso de melhores práticas, entre as escolas participantes, com prêmio de R$ 10 mil para a unidade vencedora desenvolver seu projeto. *Com informações da Secretaria de Educação
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Festival de arte e cultura celebra 50 anos de história do Espaço Cultural Renato Russo
O Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) completa 50 anos de história como um dos mais importantes polos culturais da capital federal. Para celebrar a data, o Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) realizarão um grande festival de 9 a 18 de agosto, totalmente gratuito, reunindo a diversidade e a memória artística de Brasília. Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, reúne teatros, galerias de arte, salas de ensaio, oficinas e áreas de convivência | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O espaço foi inaugurado em 1974 como Teatro Galpão – o nome não foi à toa, pois ali funcionava anteriormente um depósito. No final dos anos 1980, chamado de Espaço Cultural 508 Sul, rapidamente se tornou um centro vibrante para as artes cênicas, música, dança e artes visuais, quadrinhos e audiovisual, e um catalisador da cultura no Distrito Federal. As atividades culturais e formativas realizadas no espaço fizeram a cabeça da juventude de Brasília ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990. Passaram por lá muitos artistas e fazedores de cultura, cujos nomes são representativos da arte genuinamente candanga: Hugo Rodas, Alexandre Ribondi, Guilherme Reis, James Fensterseifer, Cássia Eller e Renato Russo, voz do Legião Urbana que desde 1999 dá nome ao espaço. Nestes 50 anos, o espaço passou por diversas reformas e modernizações, transformando-se em um centro cultural multifacetado, com teatros, galerias de arte, salas de ensaio, oficinas e áreas de convivência. Para a celebração do meio século de história, será promovido o encontro de grupos consagrados e novos talentos dos segmentos de teatro, música, cinema, dança, circo, artes visuais e transversalidades da cena cultural de nossa cidade. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, o espaço exerce um papel essencial na promoção da cultura local. “O Espaço Cultural Renato Russo é uma verdadeira fábrica de cultura. São milhares de pessoas produzindo, aprendendo e apreciando arte todos os dias. Temos muito orgulho desse espaço tão importante para a capital”, finaliza. “A celebração de meio século exalta a importância do Espaço Cultural Renato Russo com uma programação diversificada e inclusiva, e afirma o espaço de vanguarda da inovação artística, contribuindo para a formação de público e o fortalecimento da identidade cultural de Brasília”, conta Lorena Oliveira, presidente do Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Solidariedade. Serviço 50 Anos do Espaço Cultural Renato Russo → Data: 9 a 18 de agosto → Localização: 508 Sul, Bloco A → Entrada gratuita mediante retirada de ingressos solidários pelo Sympla, sempre na véspera do espetáculo, mais doação de 1 kg de alimento não perecível. Programação 9/8 – Sexta-feira → 14h: Inauguração da Musiteca e feira alternativa de vinis e quadrinhos → 15h30: Duo Sertânico (DF) → 16h: Signo 13 (DF) → 17h: Cálida Essência (DF) → 18h: Palestra com Marcos Pinheiro → 19h: Abertura oficial da celebração de 50 anos do Espaço Cultural Renato Russo → 20h: Concerto da Orquestra Filarmônica → 21h: Peça Inabitável, da Cia Pele, no Teatro Galpão Hugo Rodas 10/8 – Sábado → 11h: Inauguração da Fanzinoteca na Gibiteca → 11h: Oficina de zines com Duda Carneiro (DF) → 14h30: Palestra com Thina Curtis (SP) → 15h: Palestra com Lucas Gehre (DF)* (convidado a confirmar); show de Zé Regino, na Sala Multiúso → 15h: O Concerto – Palhaçaria para bebês → 15h30: Palestra com Ciberpajé (GO) → 16h: Palestra com Gazy Andraus (SP); Cantação de Histórias, na Sala Marco Antônio Guimarães → 16h30: Roda de conversa com convidados (Duda Carneiro, Thina Curtis, Lucas Gehre, Ciberpajé e Gazy Andraus) → 17h: O Circo dos Irmãos Saúde, na Praça Central → 18h: Abertura da Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 19h15: Performance Casa de Laffond → 19h30: Performance de Dança – Extensão Frevar → 20h: Peça Inabitável, da Cia Pele, no Teatro Galpão Hugo Rodas 11/8 – Domingo → 15h: O Concerto – Palhaçaria para bebês; apresentação de Zé Regino na Sala Multiúso → 16h: Cantação de Histórias, na Sala Marco Antônio Guimarães → 17h: Apresentação do grupo Pé de Cerrado, na Praça Central → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 19h: Performance de Dança – Ramona → 20h: Espetáculo Pedaços de Maria, na Sala Marco Antônio Guimarães 12/8 – Segunda-feira → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães; Performance de Dança Caminhada → 18h40: Performance de Dança Caminhada, na Praça Central → 20h: Espetáculo Memória Matriz – Cia Lumiato, no Teatro Galpão Hugo Rodas → 21h: Caravana dos Delirantes – Iesb, na Sala Multiúso 13/8 – Terça-feira → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 18h40: Performance de dança Corpus, na Praça Central → 19h: Agrupação Teatral Amacaca (ATA) encena Os Saltimbancos, na Sala Multiúso → 20h: Apresentação de Memória Matriz, no Teatro Galpão Hugo Rodas. 14/8 – Quarta-feira → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 18h40: Performance de Dança Entre Mundos, na Praça Central → 19h: Os Saltimbancos – Agrupação Teatral Amacaca (ATA), na Sala Multiúso → 20h: Apresentação de Felipe Costta, na Praça Central 15/8 – Quinta-feira → 18h40: Performance de Dança Ekesa Sanko, na Praça Central → 19h: As Sirigaitas – Contam e Encantam, na Sala Marco Antônio Guimarães → 20h: Udi Grudi em ConSerto, no Teatro Galpão Hugo Rodas 16/8 – Sexta-feira → Programação especial dos 30 anos da Gibiteca TT Catalão · 15h: Exibição do filme Palavras na parede · 15h30: Palestra sobre estrutura dos quadrinhos, com Matheus Calci (DF) · 16h: Palestra Leitura e quadrinhos com Lima – IESB (DF), Romério – Espaço Pop UnB (DF), Rafael – CRB (DF), Matheus Calci (DF), Renata Rinaldi (DF) · 17h: Roda de conversa sobre quadrinhos brasilienses com professores – Luciano Mendes – UnB (DF), Ciro Marcondes – UCB (DF), Lima – IESB (DF) · 18h: Encerramento – exibição do documentário “Reino Kingdom”. · 19h: Abertura da Exposição histórico-fotográfica Gibiteca TT Catalão: Galeria Corredor ou Galpão das Artes de 16/8 a 15/9 → 18h40: Performance Dança – SEMUTSOC: Uma Jornada de Despertar e Renovação → 19h: Udi Grudi em ConSerto, no Teatro Galpão Hugo Rodas → 20h: As Sirigaitas – Contam e Encantam, na Sala Marco Antônio Guimarães 17/8 – Sábado → 9h às 18h: Feira Tesourinha → 16h: Orquestra Marafreboi → 17h: Célia Porto canta Renato Russo → 18h: Orquestra Alada → 20h30: Phelipe Seabra e Distintos Filhos 18/8 – Domingo → 9h às 18h: Feira Tesourinha → 18h: Baile 50 Anos com Ricardo Lira e Célia Rabelo *Com informações da Secec
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Espetáculo teatral de escola pública do Gama conscientiza comunidade escolar sobre racismo
Estudantes do Centro Educacional (CED) 08 do Gama apresentaram, nesta quinta-feira (1º), o espetáculo teatral Corpo Fechado, que apresentou a temática do racismo com diferentes abordagens. A peça, que possui diversas referências a obras presentes no Programa de Avaliação Seriada (PAS), da Universidade de Brasília (UnB), emocionou todo o público presente, inclusive a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá. A peça teatral foi encenada por alunos do ensino médio do colégio e abordou assuntos relacionados à recuperação da autoestima da mulher negra, violência policial contra a população negra, além de resgatar memórias de pessoas assassinadas e incentivar o letramento racial sobre o tema. A peça teatral foi encenada por alunos do ensino médio e incentiva o letramento racial sobre o tema | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF O espetáculo emocionou o público ao trabalhar a proposta de se colocar no lugar de pessoas marginalizadas, ou seja, que estão à margem da sociedade. A peça foi destaque no festival cultural da escola e chamou atenção da secretária de Educação, que prestigiou o evento. “A peça é extremamente forte, real e verdadeira. O racismo estrutural é deplorável porque como o nome já diz, ele está na estrutura do Estado e temos que combatê-lo”, disse a secretária, que parabenizou os atores e professores que contribuíram para que o espetáculo fosse apresentado. Para ela, “essa é uma peça que deve ser replicada em toda a rede pública de ensino”. O vice-diretor do CED 08, Guilherme Pereira, mencionou que a peça possui diversas referências a obras presentes no PAS. Ele também ressalta a importância da formação integral do cidadão. “Acredito que a escola tem um papel não só de ensinar conhecimento, mas também de formar cidadãos, brasileiros integrais, que têm uma concepção humana de respeito às diferenças e à cultura”. A coordenadora da Regional de Ensino do Gama, Cássia Maria Marques, assistiu a peça ao lado da secretária Hélvia Paranaguá A montagem e os ensaios para a peça duraram cerca de dois meses e foi orientada pelo professor Valdeci Moreira. “O estudo dos povos africanos e da história africana têm que ser trabalhado na escola sempre. Não somente no mês da consciência negra, pois minha consciência não é só um dia. Então, nós enquanto educadores precisamos fazer um letramento racial”, concluiu o professor. Protagonistas Geovana Yasmim de Souza de apenas 15 anos é uma das alunas que encenou a peça. Para ela, foi libertador poder falar sobre a temática do racismo abertamente. “Um dos lugares que mais acontece o racismo, bullying é nas escolas. Então esse tema tem que ser muito bem trabalhado, porque muitos alunos sofrem dentro de sala de aula, como eu, e não falavam. Só que agora a porta pode ser aberta para gente falar, ter voz, e isso é muito bom”. Corpo Fechado é um espetáculo que trabalha o multiculturalismo e a coletividade, além de destacar a importância da ancestralidade para a população negra. Como diz a escritora e professora americana Toni Morrison, cuja frase foi citada na peça: “Quando não souber onde ir, olhe para trás e saberá de onde vem”. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SES-DF)
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Nova programação do Cine Brasília e festas juninas agitam o fim de semana do DF
Durante este fim de semana, diversas atividades promovidas pelas secretarias de Turismo (Setur) e de Cultura e Economia Criativa (Secec) vão garantir uma agenda movimentada para os brasilienses. Com opções que vão desde cinema de rua até exposições, oficinas e eventos literários, o público terá muitas escolhas para aproveitar os dias de descanso. Confira a programação cultural separada pela Agência Brasília para sexta-feira (21), sábado (22) e domingo (23). Festas juninas Tem início nesta sexta-feira o Circuito de Festejos Juninos do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Na primeira etapa, que termina no domingo, a programação será nas regiões administrativas de Ceilândia, Cruzeiro e Recanto das Emas. Veja abaixo. Sexta → Ceilândia: Circuito de Quadrilhas Juninas – Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Linq-DFE), na Praça do Trabalhador → Cruzeiro: Candangão Junino – Federação de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Fequaju), no estacionamento do ginásio → Recanto das Emas: Gonzagão – União Junina, no Quadradão, próximo ao Campo Sintético do Skate Parque Sábado → Ceilândia: Circuito de Quadrilhas Juninas – Linq-DFE, na Praça do Trabalhador → Cruzeiro: Candangão Junino – Fequaju, no estacionamento do ginásio → Recanto das Emas: Gonzagão – União Junina, no Quadradão, próximo ao Campo Sintético do Skate Parque Domingo → Ceilândia: Circuito de Quadrilhas Juninas – Linq-DFE, na Praça do Trabalhador → Cruzeiro: Candangão Junino – Fequaju, no estacionamento do ginásio → Recanto das Emas: Gonzagão – União Junina, no Quadradão, próximo ao Campo Sintético do Skate Parque. Além do circuito de festejos, no domingo também será realizado o São João do Boi de Seu Teodoro, tradicional festa do Distrito Federal. A festa, que chega à sua 61ª edição, será realizada no Boi de Seu Teodoro, em Sobradinho, a partir das 17h de domingo. São João do Boi de Seu Teodoro | Fotos: Divulgação Cinema Para os amantes de cinema de rua, o Cine Brasília retomou as atividades nesta semana com uma programação que promete entreter os espectadores com uma seleção de filmes clássicos e contemporâneos. O longa-metragem Meu sangue ferve por você, do diretor Paulo Machline, que narra a vida do icônico cantor Sidney Magal, interpretado pelo ator Filipe Bragança, segue em cartaz na programação regular do espaço. Em A filha do palhaço, de Pedro Diogenes, os espectadores poderão acompanhar uma adolescente de 14 anos, Joana, que se reaproxima do pai humorista, Renato, que se apresenta por meio do personagem Silvanelly. O longa-metragem oscila entre o drama e o humor. No longa O estranho, das diretoras Flora Dias e Juruna Mallon, o aeroporto de Guarulhos (SP) é palco de uma trama que se desenvolve a partir do resgate ao passado e a perspectiva do futuro de uma família. Também em cartaz, o filme A hora da estrela, da diretora Suzana Amaral, é considerado um dos maiores clássicos do cinema brasileiro e foi produzido em 1985, além de contar com a participação de um dos maiores ícones do segmento nacional, a atriz Fernanda Montenegro. O Cine Brasília ainda recebe a estreia do longa Toda noite estarei lá, das diretoras Tati Franklin e Suellen Vasconcelos, que conta a história de uma fé inabalável sobre as provações de uma mulher transexual muito religiosa que foi proibida de entrar em uma igreja. Após a exibição, haverá um debate com Tati Franklin e a protagonista do filme, Mel Rosário. Para os pequenos, o filme selecionado pela curadoria do Cine Brasília foi a animação Kung Fu Panda 4, do diretor Mike Mitchell. Os ingressos para as sessões regulares do Cine Brasília custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); na sessão infantil, R$ 5. As entradas podem ser adquiridas na bilheteria do cinema, entre as 9h e 21h, ou neste site. Bienal de SP no Museu Nacional Em parceria com a Fundação Bienal de São Paulo e a Secec, o Museu Nacional da República continua com a mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo. O público terá a oportunidade de ver obras de 13 artistas em uma seleção feita especialmente para o museu. O espaço funciona das 9h às 18h30 e tem entrada gratuita. Feira de Troca de Livro No sábado, o Planetário realizará a sexta edição da Feira de Troca de Livro, das 10h às 17h. Os interessados devem levar livros em bom estado de conservação. Não serão aceitos livros técnicos, didáticos, apostilas para concursos ou de cunho político-partidário. O Clube de Astronomia de Brasília disponibilizará telescópios para que o público possa observar o Sol e outros corpos celestes. Espaço Cultural Renato Russo A exposição Silenciado pelo destino segue em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. O espaço ficará aberto ao público durante o fim de semana, das 10h às 20h. A mostra é de Rafael Santos, conhecido como Odrus, grafiteiro, surdo, que utiliza a arte urbana para deixar a sua marca para outras pessoas surdas. A exposição com 20 obras explora a jornada pessoal e artística do grafiteiro, destacando as barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência e a maneira como a sociedade muitas vezes silencia essas vozes únicas. Grafiteiro Rafael Santos, conhecido como Odrus O Espaço Cultural Renato Russo também recebe, a partir desta sexta (21), o projeto Corpos de LuS. Considerada um depoimento poético de Luciana Luthi, a performance é uma fusão de arte sonora, eletrônica e eletroacústica, circo e visuais. O espetáculo ocorrerá às 20h, na sexta e no sábado, e às 18h, no domingo. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), a programação conta ainda com o workshop Dramaturgias do Circo: uma reflexão entre produções contemporâneas do Brasil e Áustria, desenvolvido por Will Lopes. O curso será promovido no sábado, a partir das 14h. Projeto Corpos de LuS Sesi Lab O fim de semana também será de novidade no Sesi Lab, espaço interativo de arte, ciência e tecnologia que recuperou uma importante área no coração de Brasília por meio do programa Adote uma Praça, do Governo do Distrito Federal. Uma nova exposição autoral do museu evidenciará a potência da bioeconomia para o desenvolvimento das diferentes faces da Amazônia, a partir da conservação de biodiversidade e mitigação dos impactos da mudança climática. A exposição BioOCAnomia Amazônica traz reflexões sobre uma nova forma de desenvolvimento econômico e social que envolve ciência, tecnologia, cultura e valoriza saberes intergeracionais e ancestrais. Os ingressos para o museu estarão gratuitos até domingo.
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Desenhos e frases de alunos da rede pública vão decorar muro da CRE de Planaltina
Na próxima quinta-feira (6), o muro que cerca a Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Planaltina ganhará uma nova cara. Estampado com desenhos e frases de estudantes das escolas públicas da região, selecionados a partir do concurso Frase e Desenho, o muro promete não apenas embelezar o ambiente escolar, mas também inspirar a comunidade com as reflexões sobre o tema proposto na competição: “O que é a felicidade?”. Com o intuito de promover a expressão artística e literária entre os estudantes, o concurso Desenho e Frase deste ano desafiou os participantes a refletirem sobre o conceito de felicidade. A partir das artes elaboradas, foram selecionados 10 ganhadores na categoria de desenho e quatro na categoria de frase, cujas obras serão exibidas no muro da CRE. As pinturas serão feitas pelo artista da cidade, Lázaro Augusto Ferreira, conhecido como Gugu. Inauguração do muro com as artes dos estudantes será no dia 6 de junho, em Planaltina | Foto: Mary Leal/SEEDF “Esse concurso tem grande importância porque a gente queria promover o sentimento de pertencimento nessas escolas, com nossos estudantes, que muitas vezes não conhecem esse órgão (CRE), mas fazem parte daqui. Então, imagina eles passarem por aqui quando eles estiverem maiores e ver o desenho estampado nesse muro? É muito orgulho”, comenta Raíssa Monteiro, coordenadora regional de ensino de Planaltina. Aguardada com grande expectativa pela comunidade escolar, a cerimônia será uma celebração da criatividade e do talento dos estudantes da região O diretor do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Nossa Senhora de Fátima, Nilvan Pereira, unidade que teve duas estudantes vencedoras, elogia a iniciativa que destaca bons sentimentos. “A gente está vivendo um tempo em que o mundo recebe muitas mensagens ruins e negativas. Quando a gente tem a oportunidade de participar de um evento desse, em que as crianças são levadas a falar sobre felicidade, também nos traz muita alegria e muita vontade de continuar fazendo a escola ser um lugar bom”, comenta Nilvan. Aguardada com grande expectativa pela comunidade escolar, a cerimônia será uma celebração da criatividade e do talento dos estudantes da região. A estudante do CEF Nossa Senhora de Fátima e vencedora do concurso Catarina Teixeira, 10 anos, está ansiosa. “Eu fiquei em choque quando soube que ganhei. Eu não fazia a menor ideia. Estou muito orgulhosa e toda minha família vem para o evento, acho que vai ser muito bom”, comemora. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Viva Brasília 64 anos: As várias faces da estética brasiliense
Prestes a completar 64 anos de vida, Brasília é a capital responsável por abrigar todos: desde candangos que edificaram prédios, passando pelos descendentes e aqueles que vêm somente para visitar e conhecer a construção da identidade cultural do Quadradinho. No especial Viva Brasília 64 anos, a Agência Brasília convida você a lembrar, conhecer e viver o jeitinho brasiliense, contemplado pela arquitetura, culinária, arte, esporte e outras áreas. Forjada na diversidade, a capital tem gerações que nasceram aprendendo a fazer o balão, descer a tesourinha e pegar o zebrinha – coisas que fazem sentido para os brasilienses e compõem o estilo de vida da cidade, mas podem causar estranhamento a quem vem de fora. Arte: Agência Brasília Para a antropóloga e professora do departamento de sociologia da Universidade de Brasília (UnB) Haydèe Caruso, Brasília pode ser pensada de forma muito diversa e com múltiplas identidades devido à própria concepção da cidade, que representa a junção de todas as partes e lugares do Brasil. “A gente não estabelece padrões culturais por decretos ou protocolos, nós vamos vivendo e construindo a identidade cultural. É difícil dizer que há uma única identidade, até pelo distanciamento entre o Plano Piloto e as outras regiões administrativas, onde há vários movimentos que são berço do rap, do rock e do samba brasiliense. É um caldeirão que reúne o diverso que é o Brasil. A pluralidade pode ser nossa identidade”, explica a especialista. Arte, cultura, arquitetura, moda e gastronomia ajudam a compor a identidade única de Brasília, cidade que reúne aspectos culturais de todas as partes do país | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A antropóloga ressalta, ainda, que a identidade cultural é um processo contínuo de construção, em que a própria linguagem e expressões coloquiais locais podem ser citadas como exemplo. Sotaque brasiliense Para o brasiliense é comum pegar um baú ou camelo e ir ao Eixão do Lazer ou até mesmo morgar embaixo de um ipê e admirar o céu Para o brasiliense, é comum pegar um baú ou camelo e ir ao Eixão do Lazer ou até mesmo morgar embaixo de um ipê e admirar o céu de Brasília – aquele conhecido como o mar da cidade. Depois, quem sabe, ir à Igrejinha e mais tarde ao Cine Drive-In ou ao Conic para um frevo. Se você não é de Brasília, o parágrafo acima pode ser um pouco confuso de entender. Mas não se preocupe, nós o ajudamos a entender o dialeto da cidade que é só o ouro para você não pagar vexa, tá ligado, véi? Essas são apenas algumas expressões típicas que fazem parte do sotaque brasiliense, tão claro para alguns e questionado por outros. O assunto foi tema do documentário Sotaque Capital, produzido pela jornalista Marcela Franco em 2013. No curta, a resposta é que sim, existe um sotaque com características próprias no DF, fruto de uma mistura de diversas regiões do país. “Vinham pessoas de todos os estados para cá. Daí nasceu esse sotaque; dizem que é falado de forma cantada e que comemos algumas letras das palavras”, acentua a jornalista. Outro termo peculiar é “babilônia”, usada para se referir às únicas quadras comerciais do Plano Piloto com ligação subterrânea. Considerada uma quebra de padrão entre as quadras modelos do Plano Piloto, a 205/206 Norte era conhecida como “a quadra estranha do Plano Piloto”, malvista por muitos e amada por alguns, e tema do documentário Babilônia Norte, dirigido por Renan Montenegro, 34. O cineasta estava entre os que passavam pela quadra e a viam de forma diferente. Lançado em 2013, o curta explora os ângulos e espaços arquitetônicos do espaço, fazendo parte de um movimento de identificação cultural em Brasília que surgiu no mesmo ano. “O que mais potencializou esse movimento foi ser um trabalho feito por brasilienses, convidando mais artistas brasilienses para um público brasiliense. É um discurso bem bairrista: feito aqui, por nós, sobre nós e para nós. É pertencer à cidade e dar ressignificado para as coisas”, conta Renan. O diretor aponta que o ano de 2013 foi uma virada para a identidade brasiliense e fez diferença na quadra para o que ela é hoje. A mesma lógica, que parte de ocupar os espaços públicos, é aplicada ao Carnaval de Brasília, que já tem um circuito a contemplar os brasilienses que não precisam mais viajar só para se divertir em bloquinhos. “Para uma cidade nova, dez anos fazem muita diferença. Há um desenvolvimento dos artistas locais e do público. Brasília sempre foi muito fria pela construção arquitetônica e urbanística e pelos endereços cheios de números. Então, até esse movimento de apelidar os lugares, por exemplo, ajuda no processo de chamar a cidade de nossa”, destaca o cineasta. Moda e gastronomia O chef André Castro defende a gastronomia com ingredientes locais: “Precisamos começar a olhar para o quintal da gente” Essa construção de identidade entra em outros campos. Os alimentos típicos do Cerrado são usados na elaboração de menus executivos, festivais gastronômicos e cardápios especiais. Entre os restaurantes que ressaltam essa culinária local está o Authoral, localizado na Asa Sul e comandado pelo chef de cozinha André Castro. Durante o período em que esteve na Europa, André assimilou o importante aprendizado de enaltecer o local. “Valorizar o ingrediente que está próximo a você, seja porque ele faz parte da cultura, seja porque chega até você mais fresco: isso é valorizar, também, toda a cadeia produtiva que está próxima”, pontua. Atualmente, há dois pratos incluídos no cardápio nessa linha. O primeiro leva óleo de babaçu tostado no lugar do óleo de gergelim. É um filé de pescada-amarela com crosta de castanhas brasileiras, musseline de batata-doce roxa, creme de moqueca e vinagrete de milho tostado. No outro preparo, é usada uma técnica espanhola para fazer uma croqueta com massa de galinha caipira com emulsão de pequi. “Infelizmente, o brasiliense ainda conhece pouco do Cerrado. As pessoas nascem e crescem no Cerrado, mas não conseguem falar cinco ingredientes encontrados aqui. Precisamos começar a olhar para o quintal da gente”, comenta o chef. Na loja Verdurão, Wesley Santos trabalha com duas ‘estações do ano’: seca e chuva Não só a culinária é influenciada por características locais do DF, mas também a moda. Enquanto muitos países apresentam estações do ano bem-definidas, a marca de roupas Verdurão, criada em 2003, entende que isso não existe na realidade brasiliense. “Temos duas estações: seca e chuva. E é assim que operamos, com roupas para época de seca e época de chuva. Eu até brinco que a Verdurão começou a falar da identidade cultural de Brasília em uma época em que a gente nem sabia que tinha uma identidade. A marca ajudou a mapear e explicitar essa identidade aos brasilienses”, afirma o diretor criativo da Verdurão, Wesley Santos. Além de ser uma rede de apoio à economia local e às várias famílias que vivem da produção do vestuário, a Verdurão produz roupas sem nada de origem animal. Algumas são feitas com tecidos biossustentáveis, como fibra de bananeira e de cânhamo. “Eu já rodei o mundo inteiro e nunca vi nada minimamente parecido com Brasília. É uma cidade cenário diferente de tudo” Wesley Santos, diretor criativo Uma das missões da empresa é, segundo Santos, “promover Brasília até para gringo conhecer” e “mostrar para o resto do país o quanto Brasília é massa”. Para o diretor criativo, não é tarefa difícil trabalhar com estampas que retratam o cotidiano da capital federal, usando e abusando dos símbolos brasilienses – placas, fauna, flora, gírias, costumes e cartões-postais. “Estamos em uma cidade fora do normal, incrível. Temos um estilo de vida que não se encontra em nenhuma cidade do país. Eu já rodei o mundo inteiro e nunca vi nada minimamente parecido com Brasília. É uma cidade-cenário diferente de tudo”, afirma. Brasília é poesia Com oito livros repletos de poesias que falam sobre Brasília, o poeta Nicolas Behr compartilha dessa paixão pela cidade onde mora há 50 anos. O autor frisa que tudo está relacionado ao choque inicial que teve com Brasília, quando chegou aos 14 anos, vindo de Cuiabá (MT), e deu de cara com uma cidade estranha, nova e árida. O poeta Nicolas Behr foi buscar inspiração nas curvas de Brasília para sua arte | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Essa aridez me causou um estranhamento, uma dificuldade de aceitar essa cidade e uma tentativa constante de dialogar com ela. Foi daí que nasceu a minha poesia, da tentativa de decifrar Brasília antes que ela me devorasse. É um conflito bom, que vai diminuindo à medida que você vai se incorporando à cidade”, observa. Behr também comenta que a parte mais visível da estética brasiliense é a contribuição para a arquitetura, sendo impossível falar de Brasília sem passar pelas obras de Oscar Niemeyer. “Antes de Brasília, a arquitetura moderna era feia, pesada, sem leveza, sem graça, sem a criatividade que Oscar Niemeyer nos trouxe. Ele tirou os ângulos retos e trouxe as curvas, deu beleza ao que antes era uma coisa pesada”. Para o poeta, Brasília representa a maior realização do povo brasileiro. “A grande história de Brasília é o que ela simboliza como uma ideia: a transposição para o papel e para o chão de uma tentativa de organizar o caos. Brasília é a cidade mais racional do mundo. É uma cidade instigante, que ganhou em vida e perdeu em mistério”, declara. Ele finaliza reforçando que Brasília, por si só, rende muita poesia: “Aqui não existe limite para a criação intelectual. Brasília é uma cidade muito nova e, por ser nova, não tem uma tradição literária. Isso é bom para o artista, porque a tradição é um peso. Em Brasília, o horizonte está na sua frente”.
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