Piscicultores do DF e Entorno se reúnem para debater redução de custos e estratégias de mercado
A Emater-DF promoveu, na quinta-feira (27), o 19º Encontro de Piscicultores do Distrito Federal e Entorno. A atividade, que reuniu aproximadamente 45 produtores e empreendedores, ocorreu na propriedade Terra Maré Pescados, localizada no núcleo rural Ponte Alta, no Gama, onde o produtor Eber Maia desenvolve a atividade de piscicultura. Na abertura do encontro, a diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, ressaltou os avanços alcançados na tecnificação e na qualificação da produção de pescado no DF. “O desafio é vender o peixe, ou seja, fechar a cadeia produtiva de forma que o piscicultor consiga acesso ao mercado e ter rentabilidade”, destacou. Para alcançar esse objetivo, Loiselene reafirmou a importância da organização rural. “É fundamental que os produtores estejam juntos em cooperativas ou associações. Na Emater-DF, temos um grupo de trabalho engajado e pronto para ajudar os piscicultores no que for preciso para fortalecer essa cadeia”, observou a diretora. O responsável pelo Programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, reforçou a ideia de organização. “Com grupos trabalhando juntos, os produtores de pescado conseguem reduzir custos em compras de ração”, exemplificou. A atividade reuniu aproximadamente 45 produtores e empreendedores | Foto: Divulgação/Emater-DF O secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, também bateu na tecla da organização. “Sozinho, o produtor não vai a lugar nenhum. Além de estar em cooperativas ou associações, é importante participar da Câmara Setorial da Aquicultura, por exemplo, que é o fórum onde o governo escuta as demandas do setor”, apontou. Durante o encontro, o empreendedor da Terra Maré Pescados, Eber Maia, fez um resumo do trabalho realizado na propriedade. “Temos 42 tanques lonados com geomembrana (uma lona mais resistente), onde são criados os peixes. O controle da água, da ração e da saúde dos animais é feito de forma muito rígida, com o objetivo de manter a qualidade do produto”, afirmou. O cuidado é tanto que os alevinos são vacinados um por um. “Com uma equipe de quatro pessoas, conseguimos imunizar entre 15 mil e 20 mil peixes por dia”, atestou Eber Maia. Em seguida, Adalmyr Borges falou sobre o mercado do pescado em Brasília e o pesquisador Luiz Freitas, da Embrapa Cerrados, discorreu sobre Boas Práticas de Manejo para reduzir os custos de produção. De acordo com dados de 2024 da Emater-DF, o Distrito Federal possui 651 piscicultores, numa área de 62 hectares de lâmina de água. A produção total foi de 2,2 mil toneladas. *Com informações da Emater-DF
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Força feminina no campo marca o 9º Encontro Distrital de Mulheres Rurais
Mais de 500 mulheres de diversas comunidades rurais do Distrito Federal participaram, nesta quarta-feira (19), do 9º Encontro Distrital de Mulheres Rurais, promovido pela Emater-DF no auditório da Novacap. O evento reuniu agricultoras, trabalhadoras e lideranças femininas e ofereceu serviços como corte de cabelo, maquiagem, exame de vista, além de orientações sobre nutrição, plantas aromáticas e crédito rural. Pela manhã, as participantes entregaram à vice-governadora Celina Leão uma carta com propostas e demandas voltadas às mulheres e suas comunidades. A vice-governadora destacou o papel das mulheres rurais na construção de comunidades mais fortes e reforçou que políticas públicas eficazes começam pela educação e pelo cuidado com as famílias, áreas em que o governo tem ampliado investimentos, e que ouvir quem vive e produz no campo é essencial para garantir dignidade e inclusão. “É pensando nas famílias, especialmente nas mulheres, que estamos ampliando políticas públicas essenciais. Para mim, como mulher e mãe, esse compromisso tem um significado especial. Ver vocês aqui, unidas e fortalecidas, mostra a força das mulheres rurais do DF. Nosso trabalho é garantir que vocês tenham mais oportunidades, segurança e condições dignas para viver e produzir”, afirmou a vice-governadora. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, destacou que o encontro é resultado de um trabalho de muita mobilização, formações e atividades em 20 comunidades rurais. Ele ressaltou o papel das extensionistas e economistas domésticas da empresa, que atuam diretamente com as mulheres do campo, promovendo autonomia, protagonismo e desenvolvimento produtivo. Pela manhã, as participantes entregaram à vice-governadora Celina Leão uma carta com propostas e demandas voltadas às mulheres e suas comunidades | Fotos: Divulgação/Emater-DF “Todo esse movimento segue alinhado ao planejamento estratégico do GDF, às metas de combate à fome, geração de renda e qualidade de vida no campo. A Emater-DF não arreda o pé: estamos aqui para apoiar, fortalecer e acreditar no protagonismo das mulheres rurais”, afirmou o presidente. Para o secretário de Agricultura Rafael Bueno, o encontro demonstra a força da mulher rural e a união. Ele destacou que foi por meio de demandas apresentadas pelas mulheres durante esses eventos que surgiram as primeiras creches rurais, asfaltamento em algumas regiões e a implantação de unidades de saúde. “Este encontro é o espaço onde elas apresentam suas demandas reais, e isso gera resultados concretos. São necessidades que nos direcionam a oferecer dignidade e qualidade de vida às mulheres rurais. Parabenizo a Emater-DF pelo trabalho belíssimo”, enfatizou o secretário. A secretária da Mulher Giselle Ferreira reforçou a importância da presença ativa das políticas públicas nos territórios rurais. “As nossas políticas públicas precisam chegar até onde as mulheres estão. Estar perto, ouvir e agir é o que transforma a realidade de quem vive e produz no campo. Este encontro mostra que a pauta das mulheres é de todo o GDF, que tem atuado de forma conjunta para garantir segurança, qualidade de vida e assistência às mulheres do Cerrado”, afirmou. O evento contou ainda com a presença do presidente da Novacap, Fernando Leite; da deputada federal Bia Kicis; e do deputado distrital Tiago Manzoni, entre outros parceiros institucionais. Durante todo o dia as mulheres participaram de diversas atividades, mas a mais animada e esperada por elas foi a gincana Gincana e criatividade Durante todo o dia, as mulheres participaram de diversas atividades, mas a mais animada e esperada por elas foi a gincana. Divididas em grupos, as mulheres participaram de quatro atividades: concurso de receitas, apresentação musical, grito de torcida e exposição de artefatos produzidos pelas equipes. Os grupos foram organizados por escritório local da Emater-DF e, ao longo dos pré-encontros, receberam incentivo para criar as peças e preparações que concorreram na disputa. De acordo com a produtora Eliana Fontenele, de São Sebastião, as atividades e a convivência fortaleceram as trocas entre diferentes regiões do DF. “É muito bom conhecer cada mulher de cada região diferente. É muito importante para a gente aprender e se manter unida”, destacou. Durante o evento, ela ganhou uma atividade da gincana e conquistou pontos para a sua equipe, o que, para ela, reforçou o espírito de diversão e cooperação entre as mulheres. Laís Cristina Silva de Melo, do Núcleo Rural Rajadinha (Paranoá), disse que a experiência vai além da competição da gincana. “A gente não ganha em premiação, ganha em convivência”, resumiu. Já a produtora Noilde de Jesus, de Brazlândia, que participa desde a primeira edição, lembrou como esses encontros transformaram sua trajetória. “Acho que participo desde o primeiro encontro e cheguei sem nenhum conhecimento. Ao longo dos anos aprendi a me valorizar e a passar o que eu sei para outras mulheres. Hoje eu lidero mulheres." A economista doméstica da Emater-DF Selma Tavares, responsável pela organização do encontro na empresa, destacou o alto nível das produções culinárias apresentadas na gincana. “Frutos típicos do Cerrado, como pequi, baru e cagaita, foram incorporados a bolos, brigadeiros, licores e outros pratos tradicionais. Isso mostra o potencial das mulheres do campo na gestão do negócio rural e na elevação da renda das famílias”, observou. Na gincana, Brazlândia, Planaltina, Taquara, Paranoá e Ceilândia foram as regiões ganhadoras das primeiras colocações. *Com informações da Emater-DF
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Curso de capacitação em cafeicultura atende extensionistas e produtores
A partir desta terça (11) até quinta-feira (13), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Embrapa Café realizam o Curso de Capacitação em Cafeicultura, voltado a extensionistas rurais e produtores. A iniciativa integra o convênio firmado entre as duas entidades, com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento da cafeicultura no DF, disseminando tecnologias e boas práticas geradas pelo Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O curso ocorre na Casa do Cerrado e na sede da Emater-DF, no Parque Estação Biológica, e foi estruturado para atender às principais demandas identificadas em diagnóstico socioeconômico realizado com produtores locais. Entre os desafios apontados estão a escassez de mão de obra, o controle de pragas e doenças, o manejo da irrigação e a gestão das propriedades. De acordo com o diagnóstico da Embrapa, atualmente o Distrito Federal conta com cerca de 134 propriedades especializadas na produção de café arábica, totalizando 438 hectares cultivados. A produtividade média — 50 sacas por hectare — supera a média nacional, estimada em 30 sacas. O Curso de Capacitação em Cafeicultura busca atender às principais demandas identificadas em diagnóstico socioeconômico realizado com produtores locais | Foto: Divulgação/Emater-DF Formação técnica e troca de experiências A programação será dividida em três módulos temáticos, ministrados por especialistas da Embrapa Café, Epamig, IDR-Paraná e Senar-DF. O primeiro módulo aborda a implantação de lavouras cafeeiras, com temas como escolha de cultivares, preparo do solo, nutrição, tratos culturais, irrigação e controle de pragas e doenças — com destaque para o bicho-mineiro, a broca e a ferrugem. "Essa capacitação é essencial para impulsionar a retomada da cadeia produtiva local. O Distrito Federal tem todas as condições de produzir cafés diferenciados e de alta qualidade, voltados a cafeterias e consumidores que valorizam origem e sabor" Rafael Bueno, secretário de Agricultura O segundo módulo trata da colheita e do pós-colheita, abordando desde a colheita manual e mecanizada até o processamento do café (via natural e via úmida), secagem, beneficiamento, armazenamento e torrefação. Já o terceiro módulo foca na administração da propriedade cafeeira, com ênfase no planejamento da produção, gestão de custos, comercialização e estudo de caso sobre práticas de gestão em pequenas propriedades. Segundo o plano de trabalho do convênio, esta capacitação faz parte de um ciclo de cinco etapas: diagnóstico da cadeia produtiva, capacitação técnica, qualificação em beneficiamento e torrefação, implantação de unidades demonstrativas e realização de dias de campo. As próximas fases, previstas para 2026, devem incluir o treinamento de produtores em parceria com a Embrapa Cerrados, com atividades práticas nas principais regiões cafeeiras do DF. Para o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o Distrito Federal tem grande potencial para desenvolver cafés de qualidade, voltados ao segmento de cafés especiais, um nicho de mercado que vem crescendo e valorizando o trabalho de produtores familiares. “A transferência de conhecimento é fundamental para consolidar uma cadeia produtiva sustentável, competitiva e alinhada às exigências do mercado. Com apoio técnico e gestão eficiente, podemos posicionar o DF como referência em cafés de excelência”, destacou. O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, também ressaltou a importância da formação contínua dos extensionistas. “Essa capacitação é essencial para impulsionar a retomada da cadeia produtiva local. O Distrito Federal tem todas as condições de produzir cafés diferenciados e de alta qualidade, voltados a cafeterias e consumidores que valorizam origem e sabor. Esse é um passo estratégico para fortalecer a economia rural e agregar valor ao que é produzido em nossas propriedades”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]Para o chefe-geral da Embrapa Café, Antônio Fernando Guerra, o convênio entre as instituições representa um avanço concreto para o fortalecimento da cafeicultura no DF. “O diagnóstico da cafeicultura local mostra que há grande potencial, mesmo em pequenas propriedades de até dois hectares, para produzir café de qualidade e incrementar a renda das famílias. Esse projeto consolida a parceria entre pesquisa e extensão, levando ao campo o conhecimento necessário para transformar oportunidades em resultados reais”, enfatizou. A abertura do curso contou com a participação de representantes da senadora Damares Alves, que disponibilizou emenda parlamentar para a realização da atividade. Curso de Capacitação em Cafeicultura · Local: Sede da Emater-DF — Parque Estação Biológica, Asa Norte / Casa do Cerrado · Data: De 11 a 13 de novembro · Horário: Das 8h30 às 17h *Com informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF)
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Confederação de agricultores familiares recebe certificado que permite representação comercial de cooperativas
A Emater-DF entregou, nessa quarta-feira (29), o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) para a União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes Brasil). A entidade congrega mais de 1,5 mil cooperativas e associações de agricultores familiares de todo o país. Com o documento, a instituição se credencia a representar comercialmente as organizações agrícolas tanto no Brasil quanto no exterior. A Unicafes Brasil recebeu, nessa quarta (29), o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar, concedido pela Emater-DF | Foto: Rinaldo Costa/Emater-DF A presidente da Unicafes, Fátima Torres, comemorou a entrega da CAF. “Nosso desafio é inserir produtos de agricultores familiares do interior nos mercados das grandes cidades. Com o documento, podemos facilitar o acesso das organizações a políticas públicas, como as compras institucionais”, afirmou. Fátima Torres acrescenta que o primeiro efeito prático da CAF será a participação da Unicafes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima (COP-30), em Belém (PA). “Levaremos dez toneladas de produtos da agricultura familiar para serem comercializados nos estandes da conferência, além de participarmos de eventos onde vamos apresentar produtos de todos os biomas brasileiros”, informou. [LEIA_TAMBEM]O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, destacou o trabalho conjunto entre as duas instituições. “Essa parceria reforça a importância da extensão rural pública, que não mede esforços para incluir o agricultor familiar no mercado e garantir alimento de qualidade na mesa dos brasileiros”, observou. O que é o CAF O Cadastro Nacional da Agricultura Familiar identifica os produtores familiares. Instituído pela Lei nº 11.326/2006, o documento garante o acesso dos agricultores e demais beneficiários às políticas públicas de apoio e incentivo à produção agrícola familiar, como linhas de crédito e programas de comercialização, por exemplo. *Com informações da Emater-DF
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Produtores rurais participam de capacitação em marketing digital e e-commerce
Começou nesta quarta-feira (15) a Capacitação em E-commerce e Marketing Digital para Empreendedores Rurais, promovida pela Emater-DF. O curso, realizado no Centro de Capacitação Tecnológica e Desenvolvimento Rural da Ceasa-DF (CCC), tem como objetivo preparar produtores e empreendedores rurais para divulgar melhor seus produtos e ampliar canais de comercialização por meio das plataformas digitais. As atividades seguem até sexta-feira (17). Produtores e empreendedores rurais iniciaram nesta quarta (15) uma capacitação em e-commerce e marketing digital, oferecida pela Emater-DF | Foto: Divulgação/Emater-DF O extensionista rural Carlos Goulart, responsável pelo programa Empreender e Inovar da Emater-DF, destacou a importância de o produtor rural passar a se enxergar como empreendedor. “Precisamos pensar não somente como produtores, como quem produz, mas principalmente como empreendedores. Ao invés de oferecer uma cartela grande de produtos, focar em um produto até que ele venha a se estabelecer e se tornar a sua marca de valor", ressaltou. "Aprender sobre divulgação nas redes sociais está sendo ótimo e vai me ajudar a fazer o meu produto se tornar conhecido" Maria Luiza da Costa Cotrim, empreendedora rural As aulas estão sendo ministradas pelo professor Alan Costa, estrategista em marketing digital e diretor da Produzindo Digital, agência especializada em vendas pela internet. Ao longo dos três dias, os participantes aprendem sobre posicionamento de marca, uso de redes sociais, vendas on-line e ferramentas práticas para fortalecer a presença digital dos empreendimentos rurais. Entre os participantes, o produtor Bruno Ferreira Uchôa, criador de abelhas, viu na capacitação uma oportunidade de aprimorar o negócio. “Já comercializo meus produtos online, mas ainda de forma rudimentar. Aqui, nessas primeiras horas de curso, já tive alguns insights de coisas que posso implementar no meu negócio. Está sendo muito bom para abrir a nossa mente e mostrar que ainda temos muito a agregar para alcançar as pessoas com nosso produto”, contou. [LEIA_TAMBEM]A jovem Maria Luiza da Costa Cotrim, do Assentamento 15 de Agosto, está iniciando seu primeiro projeto produtivo de criação de aves com o apoio da Emater-DF, pelo programa Apoio Jovem. Para ela, o aprendizado sobre marketing digital chega em boa hora. “Aprender sobre divulgação nas redes sociais está sendo ótimo e vai me ajudar a fazer o meu produto se tornar conhecido”, afirmou. Também participante da capacitação, o piscicultor Fausto Santiago, do Incra 6 em Brazlândia, destacou a importância da comercialização para o sucesso da produção rural. “A comercialização é uma parte importantíssima. A gente faz toda a produção para comercializar”, enfatizou. O curso integra o conteúdo curricular dos programas Empreender e Inovar, e Filhos deste Solo, mas também disponibilizou vaga para produtores rurais interessados no tema. Para participar de novas edições, é necessário procurar o escritório local da Emater-DF mais próximo. *Com informações da Emater-DF
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Crédito rural do GDF e cooperativismo fortalecem produção de morango em Planaltina
O casal de produtores rurais Leonice e Arnaldo Mendes, de 42 anos, da comunidade Lagoinha, em Planaltina, precisou recomeçar a vida há cerca de cinco anos. Após o fechamento da gráfica que mantinham na cidade, em consequência da pandemia da covid-19, buscaram apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Sem experiência no campo, foram apresentados à cooperativa de produtores familiares da região e tiveram acesso ao microcrédito do programa Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). Hoje, são responsáveis pelo maior cultivo de morango da comunidade. Leonice e Arnaldo Mendes contaram com o apoio do GDF para, sem experiência prévia no campo, iniciarem jornada como produtores rurais | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A produção começou na chácara localizada no Núcleo Rural Rio Preto, com abóbora, mas logo no primeiro ciclo enfrentaram dificuldades: a lavoura foi destruída por lagartas e toda a safra se perdeu. Com o apoio da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do DF (Coopermista) e acesso a insumos, recomeçaram e, pouco depois, obtiveram o primeiro crédito do Prospera, de cerca de R$ 19 mil. O recurso permitiu o plantio de beterraba e cenoura e a ampliação da área produtiva. O cultivo do morango veio mais recentemente, como uma aposta ousada. “Começamos com 10 mil mudas, mesmo com o desafio de sermos os primeiros produtores da região. Hoje, fornecemos tanto para a cooperativa quanto para supermercados, e já competimos com grandes produtores. O morango é uma oportunidade porque garante colheita o ano inteiro e abre portas para novos mercados”, conta Leonice. A chegada do canal da Lagoinha, em novembro de 2024, também fez diferença para os produtores, que antes só podiam plantar culturas menos dependentes de irrigação, como batata-doce, abóbora e beterraba. Agora conseguem diversificar. Segundo eles, o próximo passo é investir na cobertura da plantação de morango e, futuramente, no cultivo suspenso, que melhora tanto a produtividade quanto as condições de trabalho. Leonice ressalta que a Emater foi essencial em todo esse processo, não só no apoio técnico, mas também no incentivo e na capacitação. “Participei de viagens e intercâmbios que ampliaram minha visão, conheci produtoras de outras regiões e percebi que era possível crescer”, afirma. “Além disso, a Emater trouxe cursos de gestão e orientação financeira, algo essencial, porque não basta produzir: é preciso saber calcular custos, entender se há lucro e planejar”. “Histórias como essa mostram a força do Prospera. Ao apoiar a agricultura familiar, conseguimos não apenas fortalecer a produção local, mas também garantir mais emprego, dignidade e desenvolvimento. O programa foi criado justamente para isso, para dar oportunidade a quem deseja empreender, gerar renda e transformar realidades”, destacou o secretário da Sedet-DF, Thales Mendes. A produção de morango do casal vem crescendo e gerando empregos para a comunidade. A trabalhadora rural Ana Clarice Vieira, 25 anos, conta que encontrou na atividade uma nova fonte de renda. “Eu estava sem trabalhar, mas agora venho três a quatro vezes por semana para ajudar na produção de morango. Isso trouxe oportunidade para muita gente daqui, especialmente porque não temos transporte público e o trabalho fica perto de casa. Além disso, é uma ocupação que envolve principalmente as mulheres, que cuidam da seleção, pesagem e embalagem dos frutos, enquanto os homens se dedicam mais à colheita”, relata. Após 20 anos de parceria matrimonial, o casal conta com cinco trabalhadores rurais no negócio da família. Eles se reconhecem como pequenos produtores da agricultura familiar, mas planejam crescer de forma estruturada, sempre baseados no cooperativismo. O casal começou produzindo 10 mil mudas de morango; atualmente, fornecem tanto para a cooperativa quanto para supermercados Assistência Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater-DF, Eduardo Damásio, quando um produtor solicita atendimento, a equipe realiza visita técnica para avaliar a propriedade de forma global. A análise considera não apenas a parte produtiva, mas também os arredores, as vias de acesso, o potencial da área e a disponibilidade ou possibilidade de água. “Muitas vezes o produtor deseja plantar algo que não é recomendado para a região; parte do nosso trabalho é orientar sobre a cultura mais adequada ao ambiente”, explica. “Aqui no Rio Preto, as cooperativas são canais fundamentais de comercialização porque trabalham com plantio programado. O produtor sabe antecipadamente quanto plantar e qual será o preço de venda, deixando de ficar refém da oscilação do mercado de hortifrúti, que pode variar drasticamente. A Emater, portanto, não só orienta no campo, mas também presta assessoria gerencial: mostramos linhas de crédito e orientamos sobre gestão financeira e comercialização”, ressalta Eduardo. [LEIA_TAMBEM]Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, com foco em investimento e custeio, de responsabilidade da Sedet-DF; e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), que financia projetos ligados à atividade rural, como investimento e custeio agropecuário, infraestrutura, agroindustrialização e turismo rural. “O Prospera é bastante usado por produtores familiares e funciona de forma escalonada: começa com cerca de R$ 19 mil; após a quitação, o agricultor pode acessar um segundo crédito de aproximadamente R$ 28 mil e, em seguida, um terceiro de cerca de R$ 38 mil”, explica o extensionista. Segundo ele, os recursos podem ser aplicados tanto no custeio da produção, como na compra de insumos, quanto em investimentos, como a instalação de túneis e estufas para o cultivo de morango no período de chuvas. Na prática, o Prospera permite ao produtor planejar e escalonar a produção mesmo sem dispor do capital imediatamente. Em conjunto com o FDR, forma uma combinação que tem ajudado muitos empreendimentos rurais a crescerem de maneira planejada e sustentável. Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), que financia projetos ligados à atividade rural Como adquirir linhas de crédito A solicitação do microcrédito do Prospera começa nas agências do trabalhador. Atualmente, são 14 unidades fixas e outras duas itinerantes em fase de implantação. Nessas agências, o interessado passa por uma simulação inicial com um agente de crédito. A partir desse contato, inicia-se um diálogo para entender a finalidade do recurso, que pode ser utilizado na compra de equipamentos, contratação de funcionários ou melhorias no produto ou serviço oferecido. Já para acessar o FDR, é necessário apresentar um projeto elaborado pela Emater. São exigidos documentos pessoais e da propriedade, certidões negativas de débito — inclusive junto à Serasa —, garantias e Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros requisitos.
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Produtores de agroindústria e turismo rural recebem chamamento para participar de catálogo
A Emater-DF publicou, nesta sexta-feira (19), um chamamento público voltado para empreendedores rurais atendidos pela empresa e que produzem alimentos processados em agroindústria ou que possuam atividades turísticas em sua propriedade. O objetivo é participar do catálogo Conexões e Experiências: Turismo, Histórias e Produtos do Campo que Encantam. O projeto será disponibilizado em formato digital e físico. A ideia é criar uma estratégia de divulgação, valorização e integração entre produtores e consumidores, promovendo a venda direta e o turismo rural, fortalecendo a agricultura familiar do Distrito Federal. As inscrições começam na segunda-feira (22) e seguem até 9 de outubro. Os interessados devem ter cadastro ativo na Emater-DF, ser acompanhados pela empresa e possuir declaração do produtor. Além disso, as propriedades devem ter o registro para comercialização emitido pela Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova) da Secretaria de Agricultura. Os candidatos devem se inscrever pelo email projetoconexoes@emater.df.gov.br. O edital de chamamento pode ser acessado na íntegra em https://www.emater.df.gov.br/chamamentos-publicos. *Com informações da Emater-DF
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29ª edição da Festa do Morango reúne mais de 500 mil pessoas e movimenta R$ 55 milhões
Nas redes sociais, o morango pode até ser uma moda. Mas no Distrito Federal ele é tradição. Prova disso é o sucesso da Festa do Morango, em Brazlândia, cuja 29ª edição terminou neste fim de semana, atraindo um total de 500 mil pessoas e movimentando R$ 55 milhões — valor 10% maior que o registrado no ano passado. A 29ª edição da Festa do Morango atraiu cerca de 500 mil pessoas para Brazlândia | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O encontro é promovido pela Associação Cultural Rural Alexandre Gusmão (Arcag) e pelo Instituto Alvorada Brasil, com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio de órgãos como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Administração Regional de Brazlândia, e secretarias de Turismo e de Cultura e Economia Criativa. "A Festa do Morango já é tradição no calendário do Distrito Federal, esperada pela população, atraindo milhares de visitantes todos os anos. Mais do que uma celebração cultural e gastronômica, o evento fortalece o turismo, movimenta a economia local e valoriza os produtores rurais da região. E neste ano, tivemos mais uma oportunidade de mostrar a riqueza do nosso território e de consolidar o DF como destino turístico diverso e acolhedor", destacou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. [LEIA_TAMBEM]O evento começou no último dia 5 e contou com shows de grandes nomes da música nacional, a exemplo de Murilo Huff, Léo Magalhães e Calcinha Preta. Mas a grande celebridade é mesmo o morango. O público presente pôde conferir estandes de cerca de 450 expositores — entre produtores da infrutescência e setores de artesanato e decoração, entre outros —, além de participar do Colha & Pague — que proporciona a oportunidade de pegar a hortaliça direto do pé — e de acompanhar o Concurso de Receitas, vencido, neste ano, por uma torta fria de frango com geleia de morango e cream cheese. "É uma alegria acompanhar o crescimento da Festa do Morango e o desenvolvimento dos nossos produtores ao longo dos anos. É perceptível o avanço na agroindustrialização: os produtos derivados do morango estão cada vez melhores, mais qualificados e com embalagens mais profissionais, refletindo o trabalho da Emater-DF e o empenho dos nossos produtores. Cada edição reafirma a força da agricultura familiar do DF e o potencial da nossa agropecuária. Espaços como a MorangoLândia e a Florabraz se consolidaram como importantes pontos de comercialização e vitrine dos produtos locais, valorizando o trabalho dos agricultores e mostrando a qualidade do que é produzido aqui. Mais uma vez saímos desta edição com a sensação de dever cumprido”, celebrou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Uma das atrações da festa, o Colha & Pague proporciona a oportunidade de pegar a hortaliça direto do pé | Foto: Divulgação/Emater-DF Segundo a empresa pública, o DF tem, hoje, 358 produtores de morango em mais de 177 hectares de cultivo. No ano passado, foram produzidas 6.615 toneladas da hortaliça, com um valor bruto de produção de R$ 211,8 milhões. "O Distrito Federal vem se destacando no cenário nacional como o terceiro maior produtor de morangos do Brasil. Isso é fruto do trabalho árduo de nossos agricultores, especialmente em regiões como Brazlândia e Planaltina, onde o morango é uma importante fonte de renda para muitas famílias. A Festa do Morango celebra mais do que a fruta: ela valoriza o trabalho no campo, a dedicação das famílias e a importância da agricultura para o desenvolvimento do DF", arrematou o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno.
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Mel da agricultura familiar será incluído na merenda escolar do Distrito Federal
O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou nessa quinta-feira (11) o edital de Chamada Pública nº 02/2025, que prevê a aquisição de mel da agricultura familiar para ser destinado à merenda escolar da rede pública de ensino. A iniciativa, inédita no DF, vai garantir a compra de 13,2 toneladas do produto, beneficiando agricultores familiares e levando alimento saudável a cerca de 438 mil estudantes. O edital, de caráter experimental, integra as ações do Grupo de Acompanhamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar do DF (Pnae-DF), formado pela Emater-DF, Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Infraestrutura (Seagri-DF) e Secretaria de Educação (SEEDF). O grupo é responsável por realizar estudos de viabilidade e logística antes da publicação de cada chamada pública, avaliando produção, entrega e aceitação dos alimentos. O investimento inicial é de R$ 463.991,90. Iniciativa inédita no DF prevê a aquisição de mel da agricultura familiar para ser destinado à merenda escolar da rede pública | Fotos: Divulgação/Emater De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a iniciativa representa um marco para a agricultura familiar. “Estamos inserindo na merenda escolar um produto de altíssimo valor nutricional e cultural. O mel tem identidade regional e fortalece cadeias produtivas que vêm se estruturando no Distrito Federal. Esse edital mostra que a agricultura familiar está pronta para atender demandas de escala, gerar renda e diversificar sua produção, sempre em sintonia com o mercado e as políticas públicas”, destacou. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ressaltou o papel estratégico da medida: “Hoje, nossas crianças recebem uma merenda mais saudável e diversificada. A inclusão do mel no cardápio é mais um passo para garantir segurança alimentar e nutricional, além de incentivar que os agricultores locais ampliem sua produção. Se tivéssemos mais toneladas disponíveis, compraríamos todas. É um sinal de que precisamos estimular ainda mais esse setor”. "Essa chamada pública chega em boa hora, porque os agricultores precisam de oportunidades e essa é uma forma de complementar a renda das famílias" Eliseu Sérgio, presidente da Cooapis Segundo Hélvia, há um esforço coletivo para que a merenda escolar seja cada vez mais saudável e natural. Atualmente, são priorizados alimentos in natura ou minimamente processados. “Grande parte da alimentação vem da agricultura familiar, como frutas, hortaliças, queijos e agora o mel, o que garante qualidade nutricional e ainda fortalece os produtores locais”, completou. O cronograma do edital estabelece que os grupos formais interessados em fornecer o produto devem encaminhar a documentação até o dia 30 deste mês, exclusivamente por e-mail, para a Comissão de Chamada Pública (comissao.suape@se.df.gov.br), com cópia para diae.suape@se.df.gov.br. A ação também reflete a recente ampliação da meta do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que aumentou de 30% para 45% o mínimo de recursos destinados à compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. Durante o lançamento do edital, estiveram presentes representantes da Cooperativa de Negócios Agropecuários do DF e Entorno (Coopemel), da Cooperativa de Apicultores do DF e Ride (Cooapis), da Cooperativa de Produtores Agrícolas de Brasília (Cooperar) e do Sindicato dos Apicultores do Distrito Federal (Sindiapis). “Essa chamada pública chega em boa hora, porque os agricultores precisam de oportunidades, e essa é uma forma de complementar a renda das famílias. Hoje a Cooapis reúne 25 famílias, mas até o fim do ano já estaremos com cerca de 50 cooperados. Com o entreposto em funcionamento, vamos ampliar nossa capacidade e esperamos processar, já a partir de 2026, em torno de 20 toneladas de mel por ano. É uma oportunidade que fortalece não só os apicultores do DF, mas também da Ride”, destacou o presidente da Cooapis, Eliseu Sérgio. Hélvia Paranaguá, secretária de Educação: "A inclusão do mel no cardápio é mais um passo para garantir segurança alimentar e nutricional, além de incentivar que os agricultores locais ampliem sua produção" Evolução das compras públicas O edital de aquisição de mel soma-se a outros investimentos do GDF. Somente em 2025, a Secretaria de Educação já adquiriu R$ 26 milhões em frutas, hortaliças e produtos convencionais, além de R$ 6,5 milhões em alimentos orgânicos para a merenda escolar. Também está em andamento um processo paralelo para compra de derivados de leite e queijo, que soma mais de R$ 25 milhões. No total, já são mais de R$ 50 milhões aplicados diretamente em compras da agricultura familiar neste ano. O chefe do Núcleo de Produção Sustentável da pasta, João Ricardo Soares, destacou a importância da cooperação. “Esse edital é fruto de um esforço coletivo de várias instituições. É um passo importante para transformar a demanda em oportunidade concreta para os agricultores familiares, qualificando a produção e dando mais qualidade à alimentação escolar”, avaliou. [LEIA_TAMBEM]Já o gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Blaiton Carvalho, reforçou que a chamada pública também é um estímulo à reorganização da cadeia produtiva. “Por muito tempo tivemos produtores dispersos, com baixa escala. Agora, com o apoio do governo e a demanda da educação, temos um desafio positivo: ampliar a oferta de mel no DF. Essa provocação é necessária para que o setor cresça de forma estruturada e sustentável”, afirmou. Edital de Chamada Pública nº 02/2025 — Aquisição de mel da agricultura familiar para alimentação escolar → Prazo para envio da documentação: até 30 de setembro → Envio exclusivo por e-mail: comissao.suape@se.df.gov.br (cópia para diae.suape@se.df.gov.br) *Com informações da Emater-DF
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Semana do Pimentão: apoio técnico da análise de solo até o manejo de pragas garante crescimento na produção do DF
Há 42 anos, a produtora rural Risoneide Ribeiro planta pimentão na mesma chácara, no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. Atualmente, a propriedade conta com cerca de 1.500 pés de pimentão distribuídos em 17 hectares. O trabalho no campo tem ritmo intenso: Risoneide, o marido e três funcionários colhem os pimentões duas vezes por semana durante seis meses. Cada colheita rende aproximadamente 300 caixas de pimentão e essa produção é comercializada em três supermercados e na feira de Planaltina. “O pimentão nunca nos deixou na mão. Ele é produtivo, tem comércio garantido e dá o sustento da minha família. Mesmo com altos e baixos de preço, a gente sempre consegue vender”, conta a produtora rural. É essa história de resistência no campo que está sendo celebrada na Semana do Pimentão da Taquara, que segue até domingo (14), reunindo produtores, técnicos e comunidade em torno de debates, capacitações e valorização da cultura. Para o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o evento é a celebração da força do cooperativismo e do protagonismo da agricultura familiar. “A Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina-DF se consolidou como uma referência nacional e internacional em cooperativismo rural, um modelo que atrai delegações de diversos países interessados em conhecer a experiência da comunidade.” Cada colheita rende aproximadamente 300 caixas de pimentão e essa produção é comercializada em três supermercados e na feira de Planaltina | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Apoio técnico No ano passado, a produção de pimentão no Distrito Federal atingiu 13 mil toneladas em 172 hectares, movimentando cerca de R$ 67 milhões e envolvendo 543 produtores. Resultado que reflete o acompanhamento técnico e o apoio constante da Emater-DF. “A gente trabalha junto aos produtores desde o início da análise de solo para que o produtor coloque no solo o adubo necessário. Durante o ciclo, a gente também vai acompanhando os produtores com relação a pressões de pragas ou outros problemas”, garante a gerente da Emater-DF na Taquara, Muriel Guedes. Segundo a gerente da Emater-DF, o pimentão é um produto de alto valor agregado, o que garante boa remuneração aos agricultores. “A Taquara já foi o maior polo do Brasil a produzir pimentão. A gente foi aumentando a produtividade no decorrer dos últimos 25 anos. Hoje, não somos mais o maior polo do Brasil, mas ainda temos muita produção e muitas tecnologias aplicadas”, garante. Tradição renovada [LEIA_TAMBEM]O presidente da Emater-DF lembra que a região já foi marcada quase exclusivamente pela produção de pimentão e que, hoje, mostra sua capacidade de diversificação, com produtores que acompanham as demandas do mercado e ampliam suas entregas para programas de compras governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “A Taquara é um exemplo de resiliência, inovação e união dos produtores, que têm assistência técnica e também apoio dos órgãos públicos de agricultura do DF. Esse movimento fortalece a renda das famílias, valoriza o trabalho coletivo e garante alimentos de qualidade para a população”, afirma. Um exemplo desse movimento é Clébia Rodrigues. Natural do Ceará, ela chegou à Taquara e se dedicou ao pimentão por 15 anos, cultivando até 12 estufas. Com o tempo, decidiu diversificar sua produção por causa da mão de obra, mas garante que o pimentão ainda faz parte do cotidiano da família: “O pimentão saiu da produção, mas não saiu de dentro de casa. Meus dois irmãos ainda plantam e eu sempre compro na feira de Planaltina. Uso em tudo: no feijão, no frango, na salada”, afirma.
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Produtoras de Brazlândia participam de curso de processamento do morango
Produtoras de Brazlândia participaram, nesta quinta-feira (28), do curso de Processamento do Morango, realizado no Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional da Emater-DF (Cefor), no edifício-sede da empresa. Ministrado por professores do curso de gastronomia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), o curso foi voltado para produtores que vão expor na Morangolândia ou participar do Concurso de Receitas com Morango, atividades tradicionais da Festa do Morango. Promovido por meio de parceria entre a Emater-DF e a UDF, o curso teve o objetivo de agregar valor ao fruto, símbolo da região, e preparar as produtoras para a 29ª edição da festa, que começa no próximo dia 5 de setembro. Durante a programação, as participantes aprenderam receitas que poderão ser apresentadas ao público da festa. A proposta foi trazer duas opções: o tradicional Morango do Amor, doce que está em alta, e uma receita autoral, que a professora Patrícia Miranda deu o nome de Doce Desejo — um bolo amanteigado com pedaços de morango desidratado, com um molho à base do fruto (chamado de coulis de morango) e cobertura de cream cheese e morangos in natura. O curso foi voltado para produtores que vão expor na Morangolândia ou participar do Concurso de Receitas com Morango, atividades tradicionais da Festa do Morango | Foto: Divulgação/Emater-DF Para a professora Patrícia Miranda, da UDF, a receita apresentada explora diferentes texturas e tem uma apresentação sofisticada, apesar de um preparo simples. "Mas fica sofisticado no empratamento, na decoração. Então, são elementos simples de serem produzidos, mas que quando elas finalizarem o preparo, vai agradar aos olhos primeiro, e depois surpreender no sabor", destacou a professora. Já a receita do Morango do Amor trouxe o brigadeiro tradicional, com chocolate. A finalização fica diferenciada, mas com a dupla infalível morango e chocolate. A produtora rural Valdenice Sena da Silva, que vai participar do concurso de receitas com morango, disse que a capacitação foi essencial para ajudá-la na composição de sua próxima receita. "Abriu muito a minha mente, os dois tipos de creme, o uso do morango desidratado e amei o coulis, então foi o ápice do que eu estava esperando para entregar minha receita para o concurso", comemora a produtora. A parceria entre Emater-DF e UDF também contempla outras cadeias produtivas, como a da goiaba. “A ideia é sempre oferecer técnicas que valorizem a produção das receitas e também que tragam novas oportunidades de renda para as famílias rurais”, ressaltou a nutricionista da Emater-DF Danielle Amaral, que acompanhou o curso. A Festa do Morango 2025 será realizada nos dias 5, 6 e 7 e 12, 13 e 14 de setembro, na sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), no Núcleo Rural Alexandre de Gusmão (Incra 6), em Brazlândia. O Concurso de Receitas com Morango da Emater-DF será realizado no dia 6 de setembro (sábado), das 10h às 12, na Morangolândia. A entrada é gratuita. *Com informações da Emater-DF
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Com criatividade, produtores de Brazlândia se preparam para a 29ª Festa do Morango
A contagem regressiva para a 29ª Festa do Morango de Brasília, em Brazlândia, já começou, assim como os preparativos por parte dos produtores rurais. Uma das principais vitrines da produção agrícola do Distrito Federal, a festa reunirá 42 estandes no Espaço Morangolândia para exposição de frutos in natura e quitutes especiais, desde tortas, geleias, bebidas alcóolicas, bombons e até o famoso morango do amor, que se popularizou na internet neste ano. A Festa do Morango de Brasília é realizada em Brazlândia, cidade responsável por mais de 90% da produção do fruto no Distrito Federal | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Antes da programação oficial, foi feito o Encontro Técnico dos Produtores de Morango, promovido pela Emater-DF em parceria com a Embrapa. A atividade ocorreu na sexta-feira (29), no escritório da empresa pública em Brazlândia, com apresentação de inovações tecnológicas, práticas de manejo e escolha de variedades mais adequadas para os sistemas de produção do DF. A Agência Brasília foi até o Núcleo Rural Chapadinha para conhecer o cardápio das produtoras rurais Osmarina Oliveira Silva, 51 anos, e Vanda Maria Malheiros, 60. As duas iniciaram o cultivo da cultura há mais de três décadas com o objetivo de aumentar a renda familiar e, desde o início, recebem apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Os frutos são utilizados na criação dos derivados, carros-chefes das agricultoras. O técnico extensionista Claudinei Machado explica que as adaptações agregam valor ao morango e impulsionam os resultados do campo brasiliense. “A Emater-DF incentiva que, cada vez mais, os produtores ganhem espaço no mercado por meio do processamento, porque agrega valor ao produto. Enquanto hoje, por exemplo, você vende uma caixa de morango com quatro bandejas por R$ 12, também consegue vender uma unidade de morango do amor por R$ 15”, observa. Brazlândia é responsável por mais de 90% da produção de morangos. Neste ano, a expectativa é de uma safra igual ou maior que a de 2024, quando a produção no DF chegou a 6.616 toneladas. Desse total, 5.174,62 toneladas foram produzidas na região administrativa. “Da pandemia para cá, mantivemos a faixa de plantio em torno de 180 hectares, com 400 famílias plantando morango, gerando uma produtividade de 6,6 mil toneladas no DF. É muito morango no mercado, uma produtividade significativa, e isso tem alavancado não só a economia, mas também o turismo rural”, ressalta Claudinei. “A festa é o local onde os produtores podem ganhar dinheiro e fazer uma reserva para os ciclos dos próximos anos.” Confeitaria Polpa, mousse, torta, bombom, coxinha, geladinho, bolo de pote, suco, geleia: Osmarina aposta em variedade e qualidade quando se trata da Festa do Morango. Confeiteira de mão cheia, ela pausa a produção de bolos por encomenda para se dedicar integralmente ao evento. Nos dias de festa, as vendas são feitas pelo marido, a filha e três funcionárias, enquanto Osmarina segue com a mão na massa, em casa. “Faço os produtos com morango desde o início e a procura sempre foi positiva. O morango é campeão mesmo, todo mundo gosta e vai bem com tudo”, comenta a produtora. “Quando está chegando perto da festa, a gente faz uma reunião em família para ver o que vamos fazer. Esperamos o ano todo por isso, porque [o retorno] é muito bom. O nosso lucro dobra e a gente consegue investir aqui, na cozinha e na plantação.” O cardápio deste ano terá uma novidade: o morango do amor, comercializado a R$ 10. Ela afirma que a repercussão relacionada ao doce foi positiva para o orçamento familiar: “Peguei muita encomenda. Fiz algumas parcerias, e o restante vendi na cidade. Estou satisfeita trabalhando com morango e só esperando a festa, contando as horas para chegar”. Saiba mais sobre o trabalho de Osmarina na rede social da confeiteira. Osmarina Oliveira Silva vai levar mousse, torta, bombom, coxinha, geladinho e o famoso morango do amor, entre outras delícia, para a Festa do Morango de Brasília Família Do licor aos doces, como o copo da felicidade, geleias e bombons, os produtos de Vanda são feitos com capricho e se destacam pelo sabor apurado. O trabalho reúne toda a família, que se divide nas etapas da bebida alcoólica e dos demais itens. “É uma maratona. Temos que correr para dar conta de tudo porque são muitas coisas para vender. São dois finais de semana, e precisamos ter produtos fresquinhos e de boa qualidade”, salienta. Como o foco são os derivados, a plantação de Vanda é pequena, em comparação às propriedades que buscam oferecer os frutos in natura. Os cuidados com os pés são diários, e os morangos são selecionados prezando pela qualidade do produto final. “Podemos colher morangos fresquinhos para fazer coisas bem bacanas. Tem muita coisa para fazer todo dia: tem que molhar direitinho, adubar, manter sempre limpo”, explica. Assim como o de Osmarina, o cardápio de Vanda também terá o morango do amor, pensado para agradar os clientes e incrementar o faturamento do estande. “Tudo que a gente leva, a gente vende. Não traz nada para casa, e agora, com esse morango do amor, queremos arrebentar”, diz. Para conhecer mais sobre o trabalho da Vanda, acesse a rede social dela. A produção para a Festa do Morango envolve toda a família de Vanda Maria Malheiros: "É uma maratona. Temos que correr para dar conta de tudo porque são muitas coisas para vender" Vitrine do campo brasiliense A Festa do Morango é organizada pela Associação Rural Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag) com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Emater-DF, da Administração Regional de Brazlândia e das secretarias de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), de Turismo (Setur) e de Cultura e Economia Criativa (Secec). “Trata-se de um espaço privilegiado para a apresentação da gastronomia local, do artesanato, das manifestações culturais e do talento dos artistas da região. Nesse contexto, a atuação da administração regional é crucial para apoiar esses aspectos, garantindo que a diversidade e a autenticidade de Brazlândia sejam amplamente conhecidas e apreciadas pelo público”, ressalta a administradora da cidade, Luciana Ferreira. A Seagri disponibilizou maquinário, como um caminhão-pipa e tratores, para a manutenção do espaço da festa. O titular da pasta, Rafael Bueno, observa a importância do evento para o setor, uma vez que, segundo ele, o DF tem se destacado no cenário nacional como o terceiro maior produtor de morangos do Brasil. “Isso é fruto do trabalho árduo de nossos agricultores, especialmente em regiões como Brazlândia e Planaltina, onde o morango é uma importante fonte de renda para muitas famílias. A Festa do Morango celebra mais do que a fruta: ela valoriza o trabalho no campo, a dedicação das famílias e a importância da agricultura para o desenvolvimento do Distrito Federal”, complementa Bueno. Claudinei Machado, técnico extensionista da Emater-DF: "A festa é o local onde os produtores podem ganhar dinheiro e fazer uma reserva para os ciclos dos próximos anos" Programação A 29ª Festa do Morango de Brasília vai ocorrer nos dois primeiros finais de semana de setembro: de 5 a 7 (sexta-feira a domingo) e de 12 a 14 (sexta-feira a domingo). A estrutura será montada na sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão, na BR-080, km 13. A entrada é gratuita, e os detalhes são divulgados na rede social do evento. O Espaço Morangolândia estará disponível nos seis dias de festa, com uma área exclusiva para comercialização da fruta e derivados. Serão mais de 40 estandes de agricultores assistidos pela Emater-DF, com funcionamento das 10h às 22h, nos finais de semana, e das 19h às 22h, às sextas-feiras. A Florabraz também estará aberta em todos os dias da programação, reunindo flores e plantas ornamentais cultivadas no Quadradinho, além de peças artesanais. [LEIA_TAMBEM]No dia 6, das 10h às 12h, ocorre o tradicional Concurso de Receitas com Morango, que valoriza a gastronomia local e a criatividade no uso do fruto. A competição reúne chefs, estudantes de gastronomia e representantes da comunidade, com avaliação técnica e voto popular. Os três melhores pratos serão premiados com apoio de parceiros da Emater-DF e da Administração Regional de Brazlândia. O Colha & Pague do Morango será em 6 e 13 de setembro, em propriedades previamente selecionadas. Os participantes poderão conhecer o cultivo e colher os frutos diretamente do pé. Serão organizadas duas turmas por dia, nos períodos matutino e vespertino, com 30 participantes cada. Outra atividade tradicional é a 35ª Exposição Agrícola, agendada para 12 e 13 de setembro, com participação de agricultores de Brazlândia e Ceilândia. O público poderá conferir uma mostra de cerca de 400 alimentos de hortifrutigranjeiros, com destaque para a qualidade e diversidade da produção local.
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Com fomento de R$ 3,9 milhões do GDF, 5ª Feira Nacional da Uva e do Vinho movimenta Planaltina até o dia 10
A uva e o vinho produzidos no Cerrado serão protagonistas, a partir desta sexta-feira (1º), de mais uma edição da Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília. O evento se estende até o dia 10 de agosto, no Parque de Exposições de Planaltina, e conta com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), que destinou R$ 3.948.416,15, por meio da Secretaria de Turismo, para viabilizar a programação cultural e fortalecer a cadeia produtiva da fruticultura local. Em sua quinta edição, a Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília promete reunir milhares de visitantes e produtores, que poderão aproveitar as atividades gratuitas tanto de dia quanto de noite, com shows de Eduardo Costa, Léo Santana, Leonardo, Os Paralamas do Sucesso, Cláudia Leitte e Dilsinho. Além de reunir diversos produtores, a Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília terá shows de grandes nomes, como Eduardo Costa, Léo Santana, Leonardo, Os Paralamas do Sucesso, Cláudia Leitte e Dilsinho | Foto: Divulgação A expectativa é reunir cerca de 400 expositores em diferentes espaços temáticos, como o Salão da Gastronomia, o Salão do Artesanato, o Salão do Empreendedorismo, a Vila do Doce, a Brinquedoteca e o tradicional Empório da Uva e do Vinho. A grande novidade deste ano é a Arena Lounge e Bar. “É uma feira muito atraente, que vai proporcionar à população de Planaltina e de todo o DF um ambiente familiar, com música, artistas da cidade e do cenário nacional. É um espaço preparado com muito carinho e respeito para oferecer segurança e conforto aos nossos convidados”, afirma o presidente da Associação Cresce-DF, Eduardo Campos. Na edição de 2023, o evento movimentou aproximadamente R$ 20 milhões. Este ano, a expectativa é que esse número seja ainda maior. “Com os estandes de gastronomia, empório, empreendedorismo, artesanato, flores e fazendinha, conseguimos movimentar a economia local e valorizar o trabalho das famílias produtoras do DF”, acrescenta Eduardo. "É fundamental valorizarmos os nossos produtores e criarmos espaços que mostrem essa diversidade de cultivos, que vai além do abastecimento: representa oportunidade de renda, fortalecimento da economia e experiências de turismo rural" Cleison Duval, presidente da Emater-DF Produção em alta Além da programação cultural, o evento é uma vitrine para a produção de uva e vinho do Distrito Federal, que vem crescendo ano após ano. Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) apontam que, em 2023, foram colhidas 858 toneladas da fruta em 94 hectares, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 10,1 milhões. Já em 2024, o volume saltou para 1.377 toneladas em 121 hectares, com 60 produtores envolvidos – sendo 11 deles dedicados às uvas viníferas. O VBP superou os R$ 18 milhões. A variedade de mesa mais cultivada é a Niagara Rosada, mas cresce o interesse por tipos sem sementes, como a BRS Vitória. Já na produção de vinhos, destacam-se as uvas Syrah, Tempranillo, Barbera, Cabernet Franc, Marselan e Sangiovese. De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a produção de uvas e vinhos tem avançado de forma significativa nos últimos anos, consolidando-se como uma atividade promissora para a agricultura local. "É fundamental valorizarmos os nossos produtores e criarmos espaços, como a Feira da Uva e do Vinho de Planaltina, que mostrem essa diversidade de cultivos, que vai além do abastecimento: representa oportunidade de renda, fortalecimento da economia e experiências de turismo rural. A Emater-DF reconhece o grande potencial do nosso território para a vitivinicultura e está ao lado dos produtores, desde a implantação das videiras até a comercialização dos produtos, oferecendo assistência técnica, acesso a tecnologias e orientação sobre crédito rural. Nosso compromisso é fortalecer o campo”, ressalta. [LEIA_TAMBEM]A Secretaria de Turismo também reforça a importância do evento. “A Festa da Uva e do Vinho é uma celebração que valoriza a produção local, a cultura regional e a força do nosso enoturismo. É um evento que movimenta a economia, atrai visitantes de todo o DF e fomenta o sentimento de pertencimento da comunidade. Para a Secretaria de Turismo, apoiar e fortalecer iniciativas como essa é fundamental para diversificar a oferta turística de Brasília e promover o desenvolvimento sustentável das regiões administrativas”, destaca o secretário em exercício da pasta, Bernardo Antunes. Para garantir conforto e acessibilidade, o GDF promoveu diversos serviços de manutenção nos arredores do local onde será a festa. A Administração Regional de Planaltina, em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), a Novacap e outros órgãos integrantes do programa GDF Presente, aplicou seis quilômetros de capa asfáltica nos acessos ao palco e aos camarins. Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília → Local: Parque de Exposições de Planaltina (próximo à UnB Planaltina) → Data: 1º a 10 de agosto → Programação dos shows: • 1º/8 (sexta-feira) – Eduardo Costa • 2/8 (sábado) – Claudia Leitte • 3/8 (domingo) – Zezo Potiguar • 7/8 (quinta-feira) – Atração surpresa • 8/8 (sexta-feira) – Dilsinho • 9/8 (sábado) – Léo Santana • 10/8 (domingo) – Leonardo
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Dia da Agricultura Familiar: Distrito Federal tem cerca de 10 mil produtores
Desde 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) definiu a data de 25 de julho como o Dia Internacional da Agricultura Familiar. Responsáveis por levar alimentos saudáveis à mesa da população e impulsionar o desenvolvimento rural, cerca de 10 mil agricultores familiares atuam hoje no Distrito Federal. Para fortalecer esse setor essencial, a Emater-DF oferece apoio técnico desde 1978 — e só no último ano foram mais de 170 mil atendimentos realizados, entre orientações individualizadas, cursos, oficinas e palestras. Segundo o presidente da empresa, Cleison Duval, a atuação alia produção de alimentos com preservação ambiental, elevação do bem-estar social e desenvolvimento econômico. “Nosso trabalho envolve a atividade das famílias como um todo, desde as questões técnicas até a assistência em programas sociais”, adianta. De acordo com o Balanço Social da Emater-DF, para cada R$ 1 investido na empresa, R$ 7,98 voltam para a sociedade. “Isso se traduz em mais programas e projetos voltados para a inclusão social das famílias rurais, melhoria da qualidade de vida aos nossos produtores, qualidade do produto, geração de emprego e renda”, acrescenta Cleison, que é engenheiro-agrônomo e extensionista da Emater-DF desde 2007. Produção agroecológica Valdir de Oliveira produz sem insumos químicos para preservar o Cerrado | Fotos: Divulgação/Emater-DF O agricultor Valdir Manoel de Oliveira está fixado desde 2003 no Núcleo Rural Boa Esperança, em Ceilândia. Nascido em Ceres (GO), ele veio morar no Distrito Federal ainda criança e conta que passou toda a vida na roça. “Sou filho e neto de produtores rurais, todos os meus 63 anos foram na lavoura”, orgulha-se. Proprietário do Sítio Vida Verde, Valdir trabalha com hortaliças e frutas em produção orgânica, ou seja, livre de agrotóxicos e insumos químicos. “Desde a década de 1990, sou atendido pela Emater-DF, que me faz visitas quase semanais, por meio do escritório na Ceilândia”, relata. Com apenas um funcionário e o irmão, ele planta banana, mamão, repolho, couve, brócolis, tomate, inhame, cebola e até açaí — por meio da Rota das Frutas. Para Valdir, a agricultura familiar garante o tripé social – ambiental – econômico, que baseia o trabalho da Emater-DF. “Aqui no sítio, eu gero meu próprio adubo, planejo instalar energia fotovoltaica e um sistema biodigestor, para continuar produzindo alimentos limpos e saudáveis e preservar ainda mais o Cerrado”, vislumbra. Floricultura familiar Natural do Garrafão, distrito de Santa Maria de Jetibá (ES), Lucimar Freiman chegou a Brasília há pouco mais de 30 anos. No estado natal, sua família trabalhava com produção de hortaliças, mas graças à influência do marido, começou o cultivo de flores e plantas ornamentais. “Como eu já gostava de plantas, foi fácil me adaptar às flores”, relata Dona Lu, como prefere ser chamada. Na chácara Dona Lu Suculentas, de 1,5 ha na Colônia Agrícola Rajadinha (região administrativa de Planaltina), ela cultiva dezenas de variedades de suculentas e plantas como colar de golfinho, jasmim, azaleia, palmeiras, orquídeas e até murta, uma espécie de cerca-viva. “Comecei utilizando o espaço da varanda, hoje tenho três estufas”, comemora. “O apoio da Emater foi fundamental pra que eu pudesse me fixar na atividade", afirma Lucimar Freiman Além do prazer de trabalhar com as plantas, Dona Lu conta que tem feito amizades nos diversos contatos que realiza durante as feiras e demais eventos da Emater-DF. “A empresa tem me ajudado com dicas e orientações, de forma que pude direcionar meu trabalho para suculentas, que são menores e mais fáceis de comercializar do que as palmeiras, por exemplo”, relembra a agricultora. Hoje, Dona Lu realiza oficinas na sua chácara, além de vender no atacado e varejo para lojas de paisagismo, feiras e até encomendas personalizadas para casamentos. “O apoio da Emater foi fundamental pra que eu pudesse me fixar na atividade. Me orgulho de poder levar conforto e beleza à casa dos clientes”, conclui, reforçando a importância da agricultura familiar em várias cadeias produtivas. Critérios [LEIA_TAMBEM]A lei 11.326/2006 define quem faz parte desse grupo no Brasil. De acordo com o texto, a propriedade não deve ser superior a quatro módulos fiscais — no Distrito Federal, equivalente a 5 hectares; a atividade tem que utilizar, predominantemente, mão de obra da família; e a renda familiar deve ser oriunda principalmente da atividade rural, dentre outros critérios. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 10 milhões de pessoas na agricultura familiar, ou seja, 67% dos agricultores, pecuaristas, empreendedores e trabalhadores rurais. No total, são 80,9 milhões de hectares. No Distrito Federal, a Emater-DF atende a 9.818 produtores familiares que movimentaram, em 2024, R$1,078 bilhão. Morango, tomate, alface, pimentão e avicultura — ovos e carne — estão entre as principais atividades das famílias rurais do DF. Ainda no ano passado, dos mais de 170 mil atendimentos, cerca de 100 mil foram voltados a produtores familiares em todos os núcleos rurais e colônias agrícolas da capital federal. Incentivos públicos Nos últimos anos, os governos federal e distrital têm implantado políticas de compras governamentais para fortalecer a agricultura familiar. Programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) (link da lei), além do PAPA-DF (Programa de Aquisição da Produção da Agricultura), beneficiam tanto produtores locais quanto pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por meio dessas iniciativas, o GDF compra alimentos da produção familiar e os repassa a escolas (com o PNAE), instituições socioassistenciais cadastradas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), no PAA, e órgãos públicos, no caso do PAPA-DF. Em 2024, as compras institucionais beneficiaram 1884 produtores — envolvendo 17 organizações, entre associações e cooperativas — e pouco mais de um milhão de pessoas, entre estudantes e cidadãos em situação vulnerável, além de instituições públicas. Foram mais de R$ 44 milhões investidos. *Com informações da Emater-DF
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I Encontro da Cafeicultura celebra crescimento do setor e homenageia pioneiros na AgroBrasília
Mais de 70 produtores, técnicos, estudantes, pesquisadores e autoridades participaram neste sábado (24) do I Encontro da Cafeicultura do Distrito Federal e RIDE, realizado durante a AgroBrasília 2025, no auditório Buriti, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, PAD-DF. O evento, promovido pela Emater-DF em parceria com a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural) e com apoio da AgroBrasília, celebrou o crescimento da cafeicultura na região, apresentou novas perspectivas para o setor e homenageou produtores pioneiros. Em 2024, a cafeicultura movimentou quase R$ 23 milhões no DF, com 138 produtores cultivando cerca de 470 hectares e uma produção anual superior a 900 toneladas. Em 2024, a cafeicultura movimentou quase R$ 23 milhões no DF | Foto: Divulgação/Emater-DF Na abertura do evento, o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, ressaltou que o café trilha o mesmo caminho de sucesso de outras culturas já consolidadas na região. “O Distrito Federal tem se destacado com produtos de qualidade e alto valor agregado. Queremos que o café siga esse mesmo caminho, focando na produção de cafés especiais e valorizando quem produz”, afirmou. “O café pode se tornar mais uma marca forte do DF, levando qualidade e orgulho para quem planta e para quem consome.” O secretário-executivo da Secretaria de Agricultura (Seagri), Pedro Paulo, falou sobre a criação da Câmara Setorial dos Produtores de Café do DF, iniciativa que visa organizar o setor, articular políticas públicas e ampliar mercados. “Aqueles que se arriscaram estão hoje colhendo bons frutos: produzindo e exportando café de excelente qualidade. O café é uma cultura estratégica: fácil de plantar, viável em pequenas áreas e com grande potencial para transformar a vida das famílias. Com apoio da senadora Damares, conseguimos recursos para mapear a realidade da cafeicultura no DF e RIDE, capacitar técnicos e produtores e implantar unidades com os melhores materiais genéticos. Nosso objetivo é levar tecnologia de ponta ao produtor e caminhar juntos — pesquisa, técnicos e agricultores — para o sucesso da cafeicultura no Brasil Central”, destacou Antônio Fernando Guerra, da Embrapa Café. A presidente da Elo Rural, Lívia Tèobalddo, falou sobre o avanço da associação. “A Elo nasceu de um atrevimento que está dando certo. Começamos com dez associados e hoje somos 39. Estamos expandindo do Lago Oeste para todo o DF, RIDE e até outros estados como Minas Gerais e Tocantins. Muitos que moram aqui e produzem fora querem ajudar o DF a se destacar na cafeicultura mundial”, afirmou. Durante o I Encontro de Cafeicultura do Distrito Federal, produtores que são referência no desenvolvimento da cafeicultura local foram homenageados: Márcio Jório (in memoriam), pioneiro no cultivo orgânico e artesanal com o Café Serrazul, no Lago Oeste; Carlos Coutinho, do Café Minelis, cuja trajetória familiar levou o sabor do Cerrado para diversos países; Cristiane Zancanaro Simões, que, à frente da Famiglia Zancanaro, consolidou a tradição e a excelência no Cerrado Goiano; Leomar e Núcia Cenci, do Café Grão Nativo, exemplo de inovação e qualidade no DF; e Pedro Jardim, do Jardins Café, referência na produção de café orgânico e no fortalecimento da cadeia produtiva local. O técnico da Emater-DF, Bruno Caetano, destacou o papel fundamental da extensão rural. “Estamos ajudando os produtores a melhorar a qualidade do café, aumentar a produção e garantir mais renda, sempre com respeito ao meio ambiente e às características da nossa região”, frisou. Na programação técnica, o especialista Abraão Carlos Verdin, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), apresentou palestra sobre poda programada, reforçando que o sucesso da produção depende de muitos fatores. “Se você não preparar bem o solo, não escolher a variedade certa, não nutrir e não realizar o manejo fitossanitário adequado, não terá café de qualidade. O sucesso é como uma pizza: cada pedaço é essencial — espaçamento, variedade, nutrição, poda… Tudo influencia o resultado”, explicou. O engenheiro agrônomo e consultor Maycon Klinton, de Unaí (MG), valorizou a iniciativa. “Esse primeiro encontro foi fundamental para valorizar o setor — produtores, indústria, consumidores e órgãos públicos. Toda essa cadeia tem feito um trabalho espetacular, que agora começa a ser mais divulgado, mostrando que nossa região produz cafés de excelência”, destacou. Segundo ele, o evento também revelou o potencial de crescimento do setor, com foco na qualidade e na sustentabilidade. “Que venha o próximo, acredito que será ainda maior. Quem sabe possamos programar dois dias focados no café na próxima AgroBrasília, com experimentos conduzidos no próprio campo experimental da CoopADF”, completou. Para a extensionista rural Adriana Nascimento, uma das organizadoras pela Emater-DF, o I Encontro da Cafeicultura superou todas as expectativas. “O objetivo foi cumprido: agregar os elos da cadeia produtiva do café — não só produtores, mas também pesquisadores, professores e nós, profissionais da extensão rural. Foi um evento importante, um marco para impulsionar ainda mais a cafeicultura no DF”, avaliou. Adriana ainda destacou: “É difícil reunir tantas pessoas com os mesmos objetivos de troca de conhecimento e experiências. A cadeia ainda está em desenvolvimento, mas já demonstra enorme potencial. Estou muito feliz com o evento e com o papel pioneiro da Emater-DF na discussão e fortalecimento da cafeicultura”, finalizou. *Com informações da Emater-DF
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AgroBrasília 2025 recebe o 1º Encontro da Cafeicultura do DF e Ride
A edição de 2025 da AgroBrasília, que será realizada de 20 a 24 de maio, com o tema “Agro, Oportunidade para Todos”, sediará o I Encontro da Cafeicultura do Distrito Federal e Região Integrada de Desenvolvimento (Ride-DF). A cafeicultura tem se consolidado como uma atividade promissora no DF, apresentando crescimento contínuo e grande potencial de mercado. As inscrições para participar já estão abertas e vão até o dia 21 de maio, por meio deste link. De acordo com dados da Emater-DF (2024), a cultura já ocupa uma área de 466,96 hectares, com produção anual estimada em 966,66 toneladas, envolvendo 138 produtores. O evento, promovido pela Emater-DF em parceria com a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural) e com o apoio da organização da AgroBrasília, será realizado no auditório anexo do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF. A cafeicultura tem se consolidado como uma atividade promissora no DF, apresentando crescimento contínuo e grande potencial de mercado | Foto: Divulgação/Emater-DF O objetivo do encontro é valorizar os produtores já estabelecidos, apresentar oportunidades de mercado, difundir boas práticas e atrair novos agricultores para essa cadeia produtiva em expansão. A programação conta com a participação de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Emater-DF e de empreendedores locais como Krilltech, Café Grão Nativo e Café Minelis. “Realizar esse encontro durante a AgroBrasília é um passo estratégico para impulsionar uma cadeia produtiva que já se destaca pela excelência, com cafés especiais premiados e reconhecidos nacionalmente. Nosso objetivo é estimular novos produtores, promover o uso de tecnologias e boas práticas, e consolidar o Distrito Federal como uma referência na cafeicultura de qualidade”, destaca Cleison Duval, presidente da Emater-DF. Segundo ele, a iniciativa é fruto da parceria com a Elo Rural, primeira associação de cafeicultores do DF, e conta com o apoio integral da AgroBrasília, que se consolida a cada edição como o principal palco de inovação, empreendedorismo e desenvolvimento do agro na região. "O Encontro de Cafeicultura do DF e da RIDE consolida a união entre a pesquisa, a extensão e a sociedade civil organizada. Não temos dúvidas de que o Planalto Central reúne condições ideais de clima e solo para a produção de cafés de alta qualidade, capazes de posicionar o Distrito Federal no mapa mundial dos cafés especiais”, destacou Lívia Tèobalddo, presidente da Elo Rural. *Com informações da Emater-DF
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Novos veículos reforçam atendimento da Emater-DF no campo
Governo do Distrito Federal · NOVOS VEÍCULOS REFORÇAM ATENDIMENTO DA EMATER-DF NO CAMPO A Emater-DF recebeu cinco novos veículos adquiridos com recursos de convênio firmado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A iniciativa tem como objetivo apoiar o trabalho das entidades ligadas à Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), além de reforçar o atendimento à agricultura familiar e ampliar o acesso dos produtores a serviços de assistência técnica e extensão rural. A renovação da frota com veículos mais adaptados às áreas rurais amplia o acesso dos produtores a serviços de assistência técnica | Foto: Divulgação/Emater-DF A entrega dos veículos foi realizada nesta sexta-feira (9) e contemplou os escritórios da Emater-DF no Paranoá, Planaltina, Alexandre de Gusmão, Gama e Ceilândia. O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, Marenilson Batista, destacou que o serviço oficial de extensão rural é fundamental para garantir o acesso dos agricultores a políticas públicas, tecnologias, iniciativas de fomento e ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da produção de alimentos. [LEIA_TAMBEM]O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, agradeceu o apoio e informou que a empresa receberá, ainda neste ano, sete novos veículos, também com recursos do MDA: “Esse investimento nos dá fôlego e ajuda na renovação da frota com veículos mais adaptados às áreas rurais. Também vamos adquirir 40 computadores e 42 notebooks, como parte da preparação para receber os novos concursados”. Diretora-executiva da Asbraer, Mariana Matias ressaltou a importância do apoio do governo federal às entidades associadas. “Sabemos das dificuldades enfrentadas pelas associadas da Asbraer e estamos satisfeitos com os avanços que nossa articulação tem proporcionado, com melhorias na infraestrutura e nas condições de trabalho dos extensionistas rurais”, afirmou. *Com informações da Emater-DF
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Governo do DF amplia apoio a produtores rurais de baixa renda com transporte gratuito de insumos agropecuários
O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), publicou na última quarta-feira (16) a Portaria nº 131/2025, que estabelece novas regras para o transporte gratuito de insumos agropecuários aos produtores rurais do DF. A iniciativa tem como objetivo estimular a produção local, promover o desenvolvimento rural e garantir a inclusão socioprodutiva dos agricultores familiares. O transporte será realizado de forma gratuita pela própria Seagri-DF e contemplará insumos como adubos, sementes, mudas, calcário, pó de rocha e bioinsumos. A medida deve beneficiar milhares de famílias no campo, reduzindo custos de produção e aumentando a competitividade da agricultura familiar no DF. Além disso, reforça políticas públicas como o programa Produzir, criado pela lei nº 5.288/2013, que busca fomentar a produção agrícola sustentável no Distrito Federal. O transporte será realizado de forma gratuita pela própria Seagri-DF e contemplará insumos como adubos, sementes, mudas, calcário, pó de rocha e bioinsumos | Foto: Divulgação/Seagri-DF De acordo com o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, a portaria representa mais um passo do Governo do Distrito Federal no fortalecimento da agricultura familiar: “Ao garantir o transporte gratuito de insumos, reduzimos os entraves logísticos que, muitas vezes, impedem os produtores de baixa renda de acessar recursos essenciais para o cultivo e a criação. Com isso, esses produtores poderão aumentar sua produtividade e gerar mais renda no campo. Estamos organizando esse processo de forma criteriosa, transparente e técnica, para garantir que o benefício chegue, de fato, a quem mais precisa”. A Emater-DF será responsável por instruir os processos no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e enviar à Seagri-DF, que aprovará ou não as solicitações. O atendimento depende da capacidade operacional da Secretaria e o registro terá validade de até um ano. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, explicou que o programa de fomento tem como objetivo apoiar famílias de produtores rurais em situação de vulnerabilidade social e de baixa renda, facilitando o início da produção. Segundo ele, muitas dessas famílias enfrentam dificuldades no transporte de insumos, e a Emater-DF não consegue realizar as entregas diretamente. “Por isso, essa parceria surgiu para melhorar o acesso. E essa portaria normatiza esse processo, estabelecendo critérios para atender essas famílias em suas atividades produtivas”, afirmou. Quem pode participar Segundo a portaria, terão direito ao benefício agricultores familiares e beneficiários da reforma agrária devidamente cadastrados no Cadastro Único (CADÚnico), com renda familiar de até três salários mínimos e assistência técnica da Emater-DF. Também podem participar associações e cooperativas que representem esses públicos, desde que possuam documentação atualizada como a DAP ou o CAF. O atendimento será feito por ordem de prioridade, com destaque para Assentados do Prat e do Incra, Produtores vinculados a programas como o Pnae, PAA e Papa e Famílias com menor faixa de renda. O transporte será disponibilizado após abertura de edital de inscrição, que poderá ser publicado semestralmente. Os produtores interessados devem se dirigir ao escritório local da Emater-DFcom a documentação exigida, como o NIS, folha resumo do CADÚnico e comprovantes de aptidão. O benefício terá validade de um ano, podendo ser renovado conforme edital. Além dos beneficiários individuais, instituições de ensino, pesquisa e órgãos públicos também terão a possibilidade de solicitar o transporte de insumos, desde que encaminhem a solicitação diretamente à Seagri-DF. A secretaria reforça que os materiais fornecidos devem ser utilizados exclusivamente nas propriedades rurais beneficiadas. Em caso de desvio ou comercialização irregular dos insumos, o produtor poderá enfrentar severas penalidades, que incluem a suspensão do benefício por até cinco anos e a imposição de sanções. *Com informações da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF)
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Ações do GDF garantem pescado seguro e de qualidade para população
Protagonista dos almoços da Semana Santa em centenas de residências brasilienses, o pescado produzido no Distrito Federal passa por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores. As ações são intensificadas neste período do ano, devido ao aumento da demanda, e incluem desde projetos de acompanhamento técnico para desenvolvimento sustentável ao fornecimento de alevinos para produtores, passando pela vigilância sobre os critérios de qualidade. Os pescados produzidos no DF passam por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores; ações incluem acompanhamento técnico e vigilância | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília O apoio técnico é promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) com o Programa de Aquicultura. “O objetivo é desenvolver a produção de peixes no DF, oferecendo uma nova possibilidade de atividade nas propriedades rurais. Atuamos desde a regularização legal até a comercialização do pescado, passando pela capacitação dos produtores e assistência técnica especializada”, afirma o responsável pela iniciativa, Adalmyr Borges. Segundo o Informativo da Produção Agropecuária da Emater-DF, atualmente, o Quadradinho conta com 919 piscicultores ativos com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes. “O nosso trabalho é ajudar o produtor a desenvolver uma nova atividade na propriedade, com segurança e viabilidade econômica. Atuamos desde a regularização ambiental e outorga do uso da água até a capacitação em boas práticas de produção e comercialização do pescado”, explica Borges. Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação Dois projetos compõem o Programa de Aquicultura. O Aqua+ visa o uso racional dos recursos hídricos por meio da adoção de tecnologias que aumentam a produtividade. Com as técnicas aplicadas, é possível produzir de 15 a 30 vezes mais peixes com a mesma quantidade de água. Já o ProAqua foca no acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades para orientar os produtores sobre boas práticas de manejo, sanidade, qualidade da água e gestão financeira da atividade aquícola. Interessados em participar devem procurar um dos escritórios locais da Emater-DF para que sejam avaliadas as condições da propriedade e, se for o caso, iniciado o acompanhamento. Além do suporte no campo, a Emater-DF mantém uma unidade demonstrativa de produção intensiva de peixes, disponível em sua sede. O espaço é utilizado para apresentar novas tecnologias aos produtores, como o sistema de recirculação de água, biofloco, integração com produção vegetal, uso de energia fotovoltaica e sensores inteligentes para o controle da qualidade da água. De acordo com a Emater-DF, o Distrito Federal conta com 919 piscicultores ativos, com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes Cardápio especial O período da Semana Santa, quando o consumo de peixe se intensifica, é o momento mais aguardado pelos piscicultores. “É quando ocorre a maior concentração de vendas do ano. A procura cresce, os preços são melhores e isso tem animado os produtores a expandirem suas áreas e apostarem ainda mais na atividade”, reforça Adalmyr Borges. Para que os almoços sejam especiais e seguros, a aposentada Tânia Maria Farias, 64 anos, fica de olho nas condições dos frutos do mar. “Estou acostumada a comer corvina, pescada-amarela, geralmente peixes com escama. Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado. Se estiver ruim, peço para trocar”, diz ela, que há décadas escolhe a Feira do Guará para adquirir os alimentos. A aposentada Tânia Maria Farias dá dicas de como escolher o pescado: “Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado” O lugar também foi escolhido pelo empresário Cleuber Sousa, 43, para as compras do feriado de Páscoa. “Tem peixarias que a gente confia mais por saber que são certinhas. Reparo sempre se o peixe está fresco, o cheiro, a cor – não pode estar escuro –, esse tipo de coisa”, conta ele, que elogiou a atuação do GDF. “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares. O benefício para o consumidor é enorme, porque está protegendo a saúde dele”. As celebrações da Semana Santa são destaque na demanda comercial por frutos do mar. “O fluxo de pessoas aumenta muito, principalmente na véspera da Sexta-feira Santa, e a maior procura é por peixes para fazer assado e cozido”, comenta o gerente de uma peixaria na Feira do Guará, Leandro Braga, 39. O estabelecimento comercializa espécies produzidas no Quadradinho, como pintado, tambaqui e tilápia: “Compramos com vários produtores. Tem uma fiscalização bem rígida que é para manter a qualidade mesmo”. O empresário Cleuber Sousa elogia a atuação do GDF no controle dos pescados produzidos no Distrito Federal: “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares” Certificação A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) desempenha papel estratégico no fortalecimento da piscicultura local. A Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova) mantém uma série de normas e procedimentos rigorosos na fiscalização dos produtores, e exige o registro no Serviço de Inspeção Distrital (CID) para a comercialização. Segundo a gerente de Inspeção da Seagri-DF, Cristiane Cursi, apenas produtos devidamente inspecionados e identificados com o selo redondo do CID podem ser comercializados. “As agroindústrias passam por inspeções regulares feitas por equipes multiprofissionais, com predominância de médicos veterinários. O foco é garantir a identidade, qualidade e segurança dos pescados”, explica. Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação e a conformidade dos rótulos com o conteúdo das embalagens. Exames laboratoriais, inclusive para verificação da espécie declarada, ajudam a evitar fraudes econômicas – como a venda de uma espécie mais barata como se fosse outra de maior valor. A inspeção também busca prevenir riscos à saúde pública, como infecções alimentares, intoxicações e reações alérgicas. “Analisamos desde a higiene dos colaboradores até a temperatura de conservação do pescado, além de realizar exames microbiológicos, físico-químicos e visuais, como a detecção de parasitas”, acrescenta Cursi. No caso de irregularidades, a legislação distrital prevê diferentes níveis de punição, que vão desde advertências até a interdição de estabelecimentos. “As sanções variam de acordo com a gravidade da infração e o risco à saúde pública. No entanto, sempre que possível, priorizamos a orientação e a educação sanitária dos produtores”, destaca a gerente. O Programa de Aquicultura da Emater-DF oferece qualificação para o uso racional dos recursos hídricos e acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades Além disso, o produtor não pode vender os pescados diretamente às peixarias: todo peixe deve passar por um entreposto de pescado devidamente registrado nos órgãos de fiscalização, como a Dipova ou o Serviço de Inspeção Federal (SIF). A medida garante rastreabilidade, a qualidade sanitária e o cumprimento das exigências legais. De acordo com a gerente, todo esse trabalho tem como resultado direto a entrega de um alimento seguro e de qualidade para o consumidor. “Você vai ter um alimento que foi produzido – desde o campo até a mesa do consumidor – dentro dos padrões higiênicos e sanitários. É um alimento que não representa risco, que não vai causar infecção, intoxicação ou transmitir zoonoses. Além disso, trabalhamos também com a perspectiva da defesa do consumidor, garantindo que ele não seja prejudicado em nenhum aspecto”, ressalta. Outro esforço da Seagri-DF no ramo da piscicultura é o fornecimento de alevinos (filhotes de peixes) desenvolvidos pela Granja Modelo do Ipê aos cidadãos. Em 2024, foram comercializados 195.700 alevinos para 68 piscicultores. Até março de 2025, mais 73.530 foram repassados a 28 produtores.
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Florabraz marca presença na Feira da Goiaba com flores e plantas ornamentais até domingo (13)
Termina neste domingo (13) a Feira de Floricultura e Jardinagem de Brazlândia (Florabraz). O evento é uma vitrine do trabalho dos produtores de flores e plantas ornamentais do Distrito Federal e acontece junto com a 10ª Feira da Goiaba, que ocorre de 4 a 6 e de 11 a 13 de abril. A Florabraz apresenta mais de 30 expositores de flores, suculentas e árvores frutíferas, além de opções de paisagismo, tudo produzido nas áreas rurais da região. No mesmo galpão da Florabraz, também é possível encontrar muito artesanato. A Florabraz integra a programação da Feira da Goiaba e também da Feira do Morango, que ocorre entre agosto e setembro | Foto: Divulgação/Emater-DF Para o gerente do escritório da Emater-DF no Núcleo Rural Alexandre de Gusmão, Sérgio Rufino Maciel, a feira é uma oportunidade: “A Florabraz tem melhorado a cada edição, sendo uma oportunidade de geração de renda, valorização da produção local e contato direto entre agricultores e consumidores”. Realizada duas vezes ao ano, a Florabraz integra a programação da Feira da Goiaba e também da Feira do Morango, que ocorre entre agosto e setembro. Em ambas as edições, o público encontra variedade de orquídeas, bromélias, cactos, suculentas e mudas de hortaliças e frutíferas, além de opções em paisagismo para embelezar jardins e ambientes internos. “A vantagem de comprar plantas produzidas localmente é que, em geral, elas têm melhor adaptabilidade e durabilidade, além de valorizar a produção da nossa região e ainda fortalecer a comercialização tanto para os produtores quanto para os compradores”, afirma Maciel. Feira de Floricultura e Jardinagem de Brazlândia (Florabraz) • Local: Associação Rural e Cultural Alexandre Gusmão, na Feira da Goiaba • Data: 11 a 13 de abril • Entrada gratuita *Com informações da Emater-DF
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