Produtores rurais de Ceilândia recebem capacitação para prevenir e combater incêndios florestais
Mais de 30 produtores rurais do Núcleo Rural Boa Esperança, em Ceilândia, participaram, nesta sexta-feira (28), da oficina de instruções sobre medidas de prevenção e combate a incêndios florestais. A iniciativa é promovida pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF). O objetivo é capacitar os agricultores familiares com técnicas eficazes para evitar e combater incêndios, minimizando riscos para as propriedades agrícolas e o meio ambiente. “As aulas são elaboradas com base no Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif) e na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo”, detalha o subtenente Michel Aquino, do CBMDF, que ministra as oficinas. O objetivo é capacitar os agricultores familiares com técnicas eficazes para evitar e combater incêndios, minimizando riscos para as propriedades agrícolas e o meio ambiente | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Nesta sexta, os alunos do militar foram os agricultores familiares cadastrados na Associação dos Moradores e Produtores Rurais da Boa Esperança (AMPRBER). “Queremos ensiná-los a como agir diante dos princípios de incêndio, porque muitas vezes, quando o fogo começa, é possível combatê-lo de imediato e evitar a sua propagação, causando maiores prejuízos”, prossegue o militar. A capacitação conta com uma parte teórica e outra prática, garantindo que os participantes aprendam os primeiros procedimentos em caso de incêndios, além de medidas preventivas para evitar queimadas acidentais. Na ocasião, é realizada uma simulação real de combate ao fogo, em que os participantes utilizam equipamentos de proteção individual (EPIs) e aprendem a manusear corretamente os recursos disponíveis. Para Adevenir Pereira, 52 anos, os ensinamentos repassados pelos bombeiros durante a oficina ajudarão os produtores em cenários críticos O bombeiro ressalta que a iniciativa é voltada apenas para a prevenção e o combate a pequenos focos de incêndio. Em casos de grandes proporções, a recomendação é que a população não tente conter as chamas, pois essa é uma tarefa exclusiva do Corpo de Bombeiros, que deve ser acionado imediatamente pelo telefone 193. Prevenção e combate O extensionista rural Aécio Prado, da Emater, explica que as aulas são realizadas durante o período chuvoso para que os produtores estejam preparados durante a época da seca, quando há maior ocorrência de incêndios florestais. “Tivemos muitos focos de incêndio nesta região no ano passado, foi realmente crítico, com muitas propriedades atingidas pelas chamas. Por isso, se fez necessário estimular esse trabalho de prevenção e orientação entre os produtores, ressaltando a importância de não colocar fogo na propriedade”, afirma. Para o presidente da AMPRBER, Adevenir Pereira, os ensinamentos repassados pelos bombeiros durante a oficina ajudarão os produtores em cenários críticos. “É muito importante que o pessoal tenha noção do risco de se colocar fogo no mato e que saibam como proceder diante de um eventual foco de incêndio. Afinal, estamos em uma área mais isolada, onde o socorro pode levar mais tempo para chegar”, completa. A produtora Marlene Sales, 63, aprovou as dicas e orientações repassadas pelos militares. “A gente tinha muito interesse nessa aula, em aprender a combater pequenos incêndios, pois, além de protegermos nossa propriedade, também estaremos protegendo outras pessoas. Ficamos muito felizes com essa oportunidade”, avalia.
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Agro do Quadrado: Crédito rural impulsiona a produção agrícola no Distrito Federal
Agricultores contam com uma importante ajuda do Governo do Distrito Federal (GDF) para o desenvolvimento econômico das produções rurais. Trata-se do programa de crédito rural, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que tem por objetivo assessorar os produtores na elaboração de projetos e critérios de acesso às linhas de crédito disponíveis. Por meio da iniciativa, técnicos da Emater auxiliam os produtores a reunir toda a documentação necessária para obtenção do crédito rural junto aos bancos e instituições financeiras. Entre 2020 e 2023, foram quase R$ 40 milhões de investimentos viabilizados pelo programa. O extensionista rural Claudinei Vieira explica que o dinheiro é utilizado pelos produtores para fomento de novas tecnologias, promover o crescimento dos índices produtivos e a diversificação de culturas, em consonância ao meio ambiente. Por meio da iniciativa, técnicos da Emater auxiliam os produtores a reunir toda a documentação necessária para obtenção do crédito rural junto aos bancos e instituições financeiras | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Esses agricultores familiares às vezes não têm tanto conhecimento de como proceder para conseguir o crédito rural. Então, a Emater entra no circuito, preparando tudo e encaminhando ao banco para eles viabilizarem o acesso do agricultor a esse capital de giro”, acrescenta o técnico da empresa. Segundo Vieira, uma das vantagens do crédito rural são os baixos juros praticados pelas instituições financeiras na modalidade. “É um benefício subsidiado com juros abaixo do mercado. O produtor vai pagando as parcelas à medida que a cultura começa a dar retorno”, detalha. “Isso é importante, pois é difícil o produtor ter fluxo constante de dinheiro na produção. Esse crédito viabiliza a aquisição de insumos, pagamento dos funcionários e até eventuais obras de melhoria e expansão da lavoura”. Para participar do programa, basta o interessado procurar o escritório da Emater de sua região, portando os documentos pessoais e da propriedade. A iniciativa está disponível tanto para pessoas físicas quanto jurídicas com atividades rurais no DF e cadastradas junto à empresa. O extensionista rural Claudinei Vieira explica que o dinheiro é utilizado pelos produtores para fomento de novas tecnologias, promover o crescimento dos índices produtivos e a diversificação de culturas O produtor rural Sandy Oliveira Pereira está entre os agricultores assistidos pela Emater com acesso a linha de crédito rural. O carro-chefe de sua propriedade é a produção de morangos – uma cultura considerada cara, que demanda investimentos de até R$ 100 mil por hectare plantado. É dos morangos plantados e colhidos que vem o ganha-pão dele e de toda a família. Essa realidade não seria possível sem a ajuda do crédito rural. “Sem ele eu não consigo produzir e sem a Emater eu não conseguiria essa ajuda tão importante”, enfatiza. “Hoje em dia, para você ter e manter uma lavoura dessa, é muito dinheiro envolvido, com preparo de terra, gotejamento prático, compra de muda e adubação. Se não é esse dinheiro, não tem nem como começar a plantar”, completa o agricultor.
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Casal comemora crédito rural que viabilizou investimento na irrigação
Francinete dos Santos de Góes e o marido, Luiz Gonzaga de Góes Filho, têm uma chácara de 2 hectares no Núcleo Rural Jardim Morumbi, em Planaltina, onde plantam tomate e pepino. No último ano, o casal teve uma vitória: conseguiu recursos de crédito rural para investir na propriedade, com apoio da Emater-DF. Esse é um exemplo de histórias de sucesso que têm contribuído para o fortalecimento da economia regional do DF e melhorado a vida no campo. O casal conseguiu R$ 101 mil em crédito — R$ 68 mil do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), e R$ 33 mil do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “Investimos no sistema de irrigação e em aquisição de insumos. Com as melhorias, colhemos 1,4 mil caixas de tomate”, comemora Francinete. O resultado altamente positivo possibilitou ao casal promover reformas na casa. Francinete dos Santos de Góes e Luiz Gonzaga de Góes Filho investiram em irrigação e em aquisição de insumos para aumentar a produção de 1,4 mil caixas de tomate | Foto: Divulgação/ Emater-DF “Assim que nos instalamos aqui, procuramos o escritório da Emater de Planaltina, onde sempre fomos bem-recebidos e bem-orientados”, conta o produtor. “Já estávamos quase desistindo, mas a Gesi [Gesinilde Radel, engenheira-agrônoma do escritório da empresa em Planaltina] veio aqui, nos pegou pelo braço, fez o projeto de crédito e, finalmente, conseguimos o recurso”, conta o agricultor. Francinete relata importantes orientações repassadas pela Emater-DF que fizeram a diferença. “Como nossa água é de poço, precisamos usar com bastante cuidado. O engenheiro-agrônomo da Emater-DF nos deu toda a orientação sobre o sistema de irrigação mais adequado, que no caso é o de gotejamento, próprio para o tomate e mais econômico”, lembra. Luiz Gonzaga de Góes Filho conta que o auxílio da Emater foi primordial para que ele conseguisse reformar a casa onde mora Naturais do Maranhão, Francinete e Gonzaga se conheceram em Brasília. Em comum, os dois têm o gosto pela agricultura. “Fomos criados na roça, nossa paixão é a terra”, conta Gonzaga. O dois filhos — um rapaz e uma moça — herdaram o sentimento pelo campo e cursam ciências agrárias. “A Emater nos mostrou que é possível viver do campo, ganhar dinheiro e ter uma boa qualidade de vida”, conclui Francinete. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A engenheira-agrônoma Gesinilde Radel também comemora o resultado do casal. “É muito bom saber que fazemos diferença na vida dos nossos beneficiários”, diz. Já o presidente da instituição, Cleison Duval, reforça a importância do atendimento às famílias do campo. “Nossa empresa é feita de pessoas que trabalham em equipe, sempre com o objetivo de levar desenvolvimento para a população rural”, define. *Com informações da Emater-DF
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Dia do Trigo: Distrito Federal se destaca na produção do cereal
Nesta sexta-feira (10), é celebrado o Dia do Trigo como forma de destacar a relevância do grão na economia e no setor agropecuário. Presente na mesa do brasileiro, o cereal serve de base para uma série de produtos essenciais, como pães, bolos e biscoitos. A produção tem se destacado no Distrito Federal. Em comparação entre dezembro de 2022 com o mesmo período de 2021, a produção de trigo aumentou em 150%, passando de 7.511 para 18.811 toneladas. A quantidade de produtores saltou de 18 para 32, segundo dados da Emater-DF. O trigo sequeiro está entre as variedades adaptadas para o clima de Brasília | Foto: Wenderson Araújo/CNA O agrônomo Gabriel Triacca produz grãos com a família há mais de 40 anos na região do PAD-DF, no Paranoá. Ele já é a terceira geração de produtores da família e cultiva nos 173 hectares da fazenda, trigo, soja, milho, feijão, arroz, girassol, uva, além de um mix com mais de dez espécies de plantas de cobertura. No início do segundo semestre, fez a colheita do trigo e reservou neste ano 60 hectares para o plantio do cereal. “O trigo que planto é o sequeiro, que é específico na época da seca. Ele é um trigo melhorado e adaptado para uma segunda safra, que não precisa de irrigação, tem baixo investimento e pouco risco. A produção dura de 100 a 120 dias, e aqui é uma área muito boa para o plantio. O terreno se adaptou bem ao plantio; este ano, colhemos mais de 40 sacas por hectare”, conta o produtor rural. O trigo sequeiro está entre as variedades adaptadas para o clima de Brasília. A espécie é tolerante a índices menores de chuvas. Para o agrônomo, há várias vantagens para a produção do cereal. “O trigo, além de ser rentável, é um condicionante do solo aqui na nossa região. Ele diminui as doenças fúngicas e bactérias. A palhada do trigo é muito boa para o plantio; embaixo, ela preserva os microrganismos benéficos para a soja e o feijão, porque preserva a umidade do solo”, destaca Triacca. Apoio do GDF O cultivo dos grãos no DF, desde a semeadura até o transporte ao consumidor final, recebem o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). Segundo o extensionista Rural da Emater no PAD-DF, Gilmar Batistella, os produtores da região são estimulados a fazerem o plantio do trigo nas entre safras. Em comparação entre dezembro de 2022 com o mesmo período de 2021, a produção de trigo aumentou em 150%, passando de 7.511 para 18.811 toneladas | Foto: Wenderson Araújo/CNA “A produção do trigo está um pouco atrelada à capacidade da cooperativa [Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF)] processar o trigo. Somente no DF, temos 1.600 hectares de trigo. A produção tem aumentado bastante porque aumentou a capacidade de processamento, e os produtores são estimulados a plantar o cereal”, conta Batistella. O técnico salienta que os agricultores da região do PAD-DF, em especial, têm um grande domínio de suas produções, e a principal demanda é o planejamento do manejo hídrico. “As portas da Emater-DF estão abertas para todos os produtores, grandes e pequenos. Auxiliamos na parte técnica, na documentação, com questões ambientais e hídricas. Na época da seca é quando aumenta a demanda com os produtores para o planejamento do uso da irrigação. Caso precise, os agricultores podem ir ao escritório ou agendar uma visita dos técnicos à propriedade”, explica Batistella. Outras ações do GDF também acabam por beneficiar os agricultores e facilitar na produção. Um exemplo disso foi a construção da DF-285, que pavimentou 13,5 quilômetros e contou com um investimento de R$ 20,6 milhões. “O governo tem nos auxiliado muito. A DF- 285 também teve uma melhora no policiamento da nossa região. Temos percebido que nos últimos anos, o governo tem olhado para nós. A melhora nas rodovias facilita o escoamento da produção, a compra de insumos, evita entrar nas grandes cidades, e até na manutenção dos nossos veículos e na logística em geral”, reconhece Gabriel Triacca.
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Produtores participam de oficina de insumos agroecológicos no Paranoá
Até sexta-feira, o escritório da Emater no Paranoá promove a Semana do Produtor Rural, com atividades ligadas à produção eficaz com baixo custo. Na tarde desta segunda-feira, a oficina Produção de Insumos para Agricultura falou mostrou como fazer calda bordalesa, calda sulfocálcica e biofertilizante, produtos que podem ser usados como defensivos no plantio de frutas e hortaliças. De acordo com o palestrante e engenheiro agrônomo Rafael Lima, as caldas funcionam como fungicidas, inseticidas e acaricidas. “São produtos de baixo custo, fácil acesso e bastante eficazes”, explicou. “Para os biofertilizantes, podemos utilizar resíduos de peixe, fubá de milho, farinha de trigo e outros produtos presentes na própria chácara do produtor”, acrescenta. Gerente do Escritório Especializado de Agroecologia e Produção Orgânica (Esorg) da Emater-DF, o engenheiro agrônomo Daniel Rodrigues afirmou que os insumos apresentados na oficina são mais equilibrados, respeitam o meio ambiente e elevam o valor dos produtos orgânicos, beneficiando o agricultor. “Essa região tem potencial para se tornar um cinturão agroecológico, já que são núcleos rurais sensíveis, com muitas nascentes e uma grande importância ambiental para o DF”, completa. Daniel lembrou, ainda, que a guerra no leste europeu elevou o preço dos insumos agropecuários. “Por isso, é importante que o produtor tenha ferramentas para fabricar os próprios insumos”, defendeu. A atividade foi realizada na chácara da produtora Mônica Peres, que cultiva pitaia, cupuaçu e graviola em sistema de agrofloresta. “Nossa região tem dezenas de produtores agroecológicos, com plantações orgânicas”, detalhou Mônica. Atualmente, ela preside o Conselho Regional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) do Lago Norte. *Com informações da Emater-DF
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Criação de abelhas sem ferrão é alternativa para geração de renda
A criação de abelhas nativas sem ferrão para comercialização de produtos conta com o estímulo e apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Hoje, segundo a empresa, a prática conhecida como meliponicultura, conta com 70 produtores rurais cadastrados assistidos mensalmente pela entidade. Recentemente, o GDF sancionou a Lei nº 7.311, de 27 de julho de 2023. A criação da norma foi comemorada pelos meliponicultores locais. A medida regulamenta o manejo sustentável das abelhas sem ferrão entre produtores locais, além do comércio, da captura e do transporte dessas espécies. O GDF sancionou a lei que regulamenta o manejo sustentável das abelhas sem ferrão, além do comércio, da captura e do transporte dessas espécies | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília Entre os meliponicultores cadastrados, estão Evandro José Shappo, 57 anos, e Diana Shappo, 50. O casal faz da atividade o principal ganha pão há mais de 30 anos e, com a produção própria de mel e derivados, conquistou clientes e estimulou outros produtores familiares a seguirem o mesmo caminho. “Hoje temos até lista de espera de clientes interessados em comprar nossos produtos”, enfatiza Diana. “Nosso objetivo é incentivar outras pessoas a aliar, a partir da meliponicultura, a preservação ambiental diante da possibilidade de ganho econômico. Aqui, nós realizamos cursos, recebemos escolas e ensinamos a importância da prática para a conservação ambiental”, prossegue. Há mais de 30 anos, Evandro José Shappo produz mel e derivados [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para Evandro, o aumento da produção só foi possível graças à assistência prestada pelos técnicos da Emater. “Eu sempre gostei de ter abelha sem ferrão e mexo com isso há mais de 30 anos. Com a ajuda da Emater, nós conseguimos aperfeiçoar e aumentar a nossa produção. Hoje, produzimos desde mel até meliponários para outros produtores rurais”, explica. Carlos Morais, extensionista rural da Embrater, afirma que “o meliponicultor é essencialmente um preservacionista”. Ele ressalta o trabalho de acompanhamento realizado pela empresa junto aos produtores. “É uma atividade que permite produzir sem degradar. O primeiro resultado aos produtores é este consumo de mel, mas há todo um impacto ecossistêmico da atividade”, destaca o técnico.
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Empreendedor do PAD-DF consolida produção de capim capiaçu
A família do produtor Vinícius Gonzales comprou uma chácara no núcleo rural PAD-DF (região administrativa do Paranoá) em 2020. O objetivo era ter um espaço de lazer e descanso longe da vida agitada do centro da cidade. Porém, com espírito empreendedor, Vinícius enxergou a possibilidade de elevar a renda plantando capiaçu — uma espécie de capim utilizada para alimentação animal. Com orientação e apoio da Emater-DF, Gonzales tem hoje uma produção consolidada. “Minha ideia inicial era criar gado de corte. Compramos algumas cabeças e comecei a pesquisar sobre alimentação do plantel. Foi assim que cheguei ao BRS capiaçu”, relata Vinícius, referindo-se ao capim desenvolvido pela Embrapa. “Começamos, então, a fazer testes, ensacando o produto para venda. Ao procurar o escritório da Emater-DF, recebemos todas as orientações sobre questões técnicas e burocráticas”, completa o produtor. O capiaçu é uma excelente fonte de nutrientes para vários ruminantes, como vacas, búfalos, ovinos, caprinos e até equídeos | Fotos: Emater-DF/ Divulgação Segundo o engenheiro-agrônomo Gilmar Batistella, que atua na unidade da Emater-DF no PAD-DF, a equipe de extensionistas colaborou com a elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com a Declaração de Conformidade de Atividade Agropecuária (DCAA), com a inscrição do produtor junto à Secretaria de Fazenda, além de orientar sobre a vacinação dos animais contra brucelose. “Nem sempre o produtor tem tempo para lidar com documentações e comparecimento a órgãos públicos. Então, assumimos esse apoio”, explica Gilmar. Já o zootecnista Maurício Gonçalves elaborou o projeto de crédito que permitiu ao produtor a compra de um trator apropriado para o plantio do capim. “Conseguimos um recurso de R$ 189 mil do GDF, que foi importante para alavancar a produção do Vinícius”, afirma Maurício. O valor foi acessado por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura (Seagri). De acordo com Maurício Gonçalves, o capiaçu é uma excelente fonte de nutrientes para vários ruminantes, como vacas, búfalos, ovinos, caprinos e até equídeos. “Com o processamento adequado, que é bem trabalhoso, Vinícius está oferecendo um excelente produto aos seus clientes”, acrescenta o zootecnista. Clientela A expectativa é que a produção cresça ainda mais na época da seca Formado em administração, Vinícius Gonzales pretende cativar clientes no Distrito Federal e Entorno. “Meu público-alvo são os pequenos produtores, já que, por enquanto, não tenho escala para atender aos grandes. Com foco nos menores, posso oferecer um capim de alta qualidade e com uma boa margem de lucro”, vislumbra. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atualmente, o produtor conta com cerca de 45 cabeças, que se alimentam do capiaçu. “Temos especial cuidado com a gestão do negócio”, informa Vinícius, que tem um controle minucioso das sacas, do planejamento da alternância dos plantios e administra tudo com olhar atento. “Esse cuidado é essencial para o sucesso da atividade. Vinícius Gonzales está no caminho certo”, resume o extensionista Maurício Gonçalves. Com a chegada da estiagem, as vendas de Vinícius devem aumentar, já que os pastos secam. “Pretendo continuar com a atividade, aprimorar a técnica, estabelecer parcerias e ampliar a clientela, pois gosto de fazer negócio. Com o apoio da Emater-DF, estou bastante empolgado”, conclui. *Com informações da Emater-DF
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Produtores aprendem a economizar em curso sobre irrigação eficiente
Em uma conta rápida feita durante o curso Como ganhar dinheiro com irrigação eficiente, promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), um dos participantes percebeu o quanto poderia economizar apenas em sua conta de energia ao redimensionar o seu sistema de irrigação. Aproximadamente 20 agricultores participaram das atividades e receberam essas e outras informações. A capacitação foi realizada em duas etapas e teve o encerramento nesta terça-feira (4), no núcleo hortícola Vargem Bonita. Segundo o instrutor do curso, o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater-DF Antonio Dantas, é muito comum o agricultor do Distrito Federal ter um sistema de irrigação mal dimensionado, que resulta em um problema sério de desperdício de água, com reflexos em maiores custos para ele. “O grande objetivo do curso é ensinar quando irrigar e o quanto irrigar e, com isso, fazer com que os agricultores percebam o quanto é importante redimensionar esse sistema de irrigação”, destacou. Dantas mostrou aos participantes que o excesso de água em um sistema de irrigação desperdiça, além da energia elétrica, os insumos aplicados nas plantas. “A água leva o adubo para baixo da região das raízes. Além disso, quanto maior o tempo de exposição da folha à água, maior o risco de a planta adoecer”, explicou, exemplificando como essas questões aumentam a aplicação de insumos nas plantas. O engenheiro agrônomo Antonio Dantas explica questões técnicas da instalação de sistemas de irrigação | Foto: Divulgação/Emater-DF “A gente propõe técnicas viáveis e de baixo custo, já experimentadas na prática em várias propriedades do Distrito Federal. Tudo para que o agricultor possa melhorar seus resultados”, afirmou. Entre os vilões que fazem os produtores perderem dinheiro, Dantas elencou os sistemas superdimensionados, vazamentos, aspersores ineficientes ou inadequados, a compra de bomba pela potência e não pela eficiência e doenças nas plantas causadas pelo excesso de água. [Olho texto=”Brazlândia e Gama serão as próximas regiões a receberem o curso da Emater” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Patrícia Batista, filha do produtor Valderlei Batista, que produz hortaliças folhosas na área rural do Riacho Fundo, participou do curso representando o pai. Segundo ela, aprendeu muitas questões que só ouvia o pai falar. “Hoje eu fico na parte da comercialização, mas é sempre bom aprender sobre a produção e eu pude observar que tem muitas coisas que a gente pode melhorar, como o desperdício nos ramais de irrigação, vazamentos, desperdício de energia, coisas que influenciam no nosso lucro e a gente pode aperfeiçoar”, disse ela. Os vazamentos são comuns nos sistemas de irrigação e devem ser evitados O curso também recebeu a presença de representantes da Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema) e do projeto CITinova, que falaram da importância do uso sustentável da água. A bióloga e técnica especialista em Recursos Hídricos e Resíduos Sólidos Andreia Caristiato compartilhou os resultados do projeto-piloto realizado na comunidade. Já a assessora especial da Subsecretaria de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Patrícia Michelle Feliciano, falou sobre práticas sustentáveis para as bacias hidrográficas da região. As áreas rurais das regiões administrativas de Brazlândia e Gama serão os próximos locais a receberem o curso promovido pela Emater. *Com informações da Emater-DF
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Emater ensina usuários do Cras de Sobradinho a cultivar hortas
Para estimular o consumo de alimentos saudáveis com pouco investimento, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) promoveu a oficina sobre Hortas em Pequenos Espaços para usuários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Sobradinho. A capacitação ocorreu na quinta-feira (30) e reuniu cerca de 20 pessoas, que aprenderam todas as etapas do cultivo de hortaliças e plantas em vasos, desde o preparo do vaso, passando pelo processo de formação de mudas, adubação até a colheita para consumo. Ao ministrar a oficina, o coordenador de Agricultura Urbana da Emater, Rogério Lúcio Vianna Júnior, explicou que o objetivo da empresa é capacitar pessoas a plantarem em espaços restritos em áreas urbanas, como varandas de edifícios e pequenos jardins. “Quando ensinamos o cultivo de hortaliças em pequenos espaços, estamos por tabela estimulando o consumo de alimentos com qualidade e baixo custo. Numa conta rápida, hortaliças comuns, como alface, em torno de 70% do valor que o consumidor paga nesses produtos no mercado vêm do custo de logística. Dessa forma, se ele mesmo cultiva em casa, terá uma economia significativa, ressaltando ainda a qualidade do produto que ele vai consumir”, informou Vianna. O coordenador de Agricultura Urbana da Emater, Rogério Lúcio Vianna Júnior, explica que o objetivo é capacitar pessoas a plantarem em espaços restritos em áreas urbanas, como varandas de edifícios e pequenos jardins | Foto: Divulgação/Emater-DF A psicóloga especialista em Assistência Social do Cras, Suzane Martins, que acompanhou a atividade, afirmou que a proposta de convite à Emater, para conversar com os usuários do órgão, partiu da identificação das necessidades deles. “Muitos estão em situação de baixa renda, acessam alguns programas sociais. No entanto, com a alta dos alimentos, eles acabam não conseguindo acessar outros produtos complementares para a alimentação, como frutas, verduras e hortaliças. Dessa forma, ao ensinarmos a cultivar esses alimentos em casa, estaremos promovendo a qualificação da alimentação familiar”, declarou Suzane. A usuária Francinete Jesus de Sousa, que participou da oficina, informou que atualmente mora em um pequeno quarto alugado e que vai aplicar o conhecimento adquirido. “Eu entendo mais ou menos de quase tudo, mas agora eu aprendi mesmo como deixar uma planta bonita no vaso e também aprendi como fazer dreno no vaso para não encharcar as raízes.” A oficina sobre Hortas em Pequenos Espaços é dinâmica. Em poucos minutos, é possível aprender como preparar os vasos e fazer o sistema de drenagem da água, as fórmulas de como preparar o substrato, fazer o plantio, o manejo de irrigação e colher o produtor para consumo. *Com informações da Emater-DF
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Canal de irrigação do Córrego das Corujas beneficia 56 propriedades
A construção do canal de irrigação do Córrego das Corujas, no Sol Nascente, mudou a realidade agrícola e a vida dos produtores rurais em pouco mais de um ano após a execução da obra, em novembro de 2021. A produção rural da região deu um salto de diversidade. Dos cultivos de sequeiros, plantados durante o período de chuva, os agricultores estão plantando hortaliças, frutas e criando animais, como peixes e aves. Outros já sonham também com uma cooperativa para escoarem as mercadorias, onde a banana será o carro-chefe. Com projeto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e execução feita em parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e a Associação dos Criadores e Produtores Agrícolas do Córrego das Corujas (ACPACC), com recursos de emenda parlamentar do deputado distrital Chico Vigilante, o canal beneficia diretamente 56 propriedades da região e tem uma extensão de seis quilômetros. Delman Ferreira Oliveira mostra o reservatório de água do canal de irrigação | Fotos: Divulgação/Emater Desse total, 25 produtores iniciaram o projeto das bananeiras, que pretende transformar o Córrego das Corujas em um polo de referência na produção de bananas do DF. Os produtores rurais Delman Ferreira Oliveira e Arismar Nolasco Belém estão no projeto e viram suas vidas avançarem tanto que já fazem planos de dobrar a produção. Delman mora na região há 11 anos e é o atual presidente da ACPACC, que conta com cerca de 60 associados. Antes de receber a água do canal, ele cultivava apenas frutíferas. A sua propriedade com dois hectares de extensão está bem diferente atualmente. Além de limão, mexerica e açafrão, tem milho e mais de 800 bananeiras em sistema de irrigação. Com a diversidade de produção, viu sua renda crescer tanto que está reformando a casa. “Água dá vida às propriedades, aumenta o seu valor mobiliário e dá motivação para nós produtores. O canal nos deu a expectativa e a garantia de pensar maior e criar algo novo na propriedade, que é o projeto das bananeiras. Ano que vem queremos dobrar o número de bananeiras, pois mudou a nossa realidade. Agora, a associação vai trabalhar para fazer uma nova ramificação do canal e levar água para mais de 30 propriedades que precisam também”, afirma Delman. Disposição, produção e geração de renda O Córrego das Corujas possui 73 propriedades atendidas pelo escritório local da Emater em Ceilândia. O gerente da unidade, Aécio Prado, afirma que por ser uma área muito parcelada e sem acesso à água, nunca foi muito produtiva. No entanto, o canal transformou o ânimo dos 56 produtores diretamente e dos outros que estão percebendo a transformação. Segundo o extensionista, o maior ganho foi a motivação e a renovação da esperança em uma atividade produtiva e geradora de renda. Com o canal de irrigação, o produtor Arismar Nolasco Belém investiu na plantação de 600 bananeiras “A água resolve boa parte dos problemas na área rural e anima quem já não tinha nenhuma esperança. Com o canal, os produtores ficaram mais receptivos às nossas ideias e sugestões e os aproximaram bem do nosso escritório, o que nos permitiu implementar algumas atividades produtivas. Inclusive, o projeto das bananeiras foi uma ideia que partiu deles mesmos e nós demos algumas orientações e capacitações. Fizemos compras coletivas de mudas de bananas, ensinamos a plantar, adubar e realizar os tratos culturais. Nossa atenção agora é na comercialização da produção”, destaca Aécio Prado. Arismar Nolasco Belém divide seu tempo com a produção rural e com o serviço de porteiro no Plano Piloto. Ainda assim, falta espaço na sua propriedade de dois hectares para mais opções de cultivo. Tanque de peixes, viveiro de galinhas e de gansos, frutíferas como acerola, goiaba, abacate, graviola e mais 600 bananeiras preenchem quase todo o espaço. Além de participar do Programa de Aquisição de Alimentos, para onde escoa parte da sua produção, ele vende diretamente para a comunidade local. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O canal foi a melhor coisa que aconteceu para a gente aqui. Muita gente acreditou que não íamos conseguir essa conquista. Foi uma luta grande que contou com a ajuda da Emater-DF, da Seagri, do deputado Chico Vigilante e da nossa associação [ACPACC]. Com ele, vieram muitas expectativas, como as bananas. Agora tenho que arrumar espaço para aumentar a quantidade de bananeiras, que é bastante rentável. Só que precisamos nos organizar em cooperativa para comercializar a nossa produção. Serão milhares de caixas de bananas que vamos produzir aqui”, diz Arismar. Os extensionistas da Emater que atendem a região estão inserindo os produtores rurais da localidade nos programas de Compras Institucionais do Governo Federal, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), além do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), do Governo do Distrito Federal (GDF). Os agricultores também estão sendo orientados a se organizarem em grupos para venda das mercadorias na Ceasa-DF e também por meio da plataforma PõeNaCesta. *Com informações da Emater-DF
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SLU doa 20 mil toneladas por ano de composto orgânico a produtores rurais
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal doa anualmente 20 mil toneladas de composto orgânico, produzido a partir do lixo, para pequenos produtores rurais do Distrito Federal. Este material serve de condicionador de solo para as plantações. Desde a chegada à usina do SLU até ficar pronto para ser usado, o lixo orgânico passa por muitos processos. Em primeiro lugar, ele é separado do material reciclável, por meio de peneiras de até 12 milímetros e empilhado em leiras para que entre em processo de compostagem. “São 90 dias em que o gás e o oxigênio das leiras são verificados diariamente, enquanto o material é revirado”, explica o gerente da Usina de Tratamento Mecânico Biológico (UTMB) do SLU, Vinícius Abreu. Lixo é tratado na Usina de Compostagem do SLU em Ceilândia | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O gerente de Meio Ambiente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Marcos Maia, ressalta as vantagens desse composto: “Esse produto é um excelente condicionador de solo, o que significa que é um material orgânico que trabalha na estrutura do solo. Por exemplo, se o solo é muito duro, o composto o torna menos duro e isso facilita a oxigenação, a infiltração de água e o desenvolvimento das raízes. Essa é a primeira grande vantagem do produto”. Na Usina do Setor P Sul, em Ceilândia, é processado o lixo orgânico da cidade, além das regiões administrativas de Taguatinga, Samambaia e Sol Nascente/Pôr do Sol. A segunda vantagem do material, segundo Maia, é que quando os produtores utilizam o composto orgânico, eles reduzem o uso de adubo químico. De acordo com o gerente de Meio Ambiente da Emater-DF, o produto obtido a partir da compostagem do lixo orgânico tem componentes como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio. O gerente da UTMB do SLU, Vinícius Abreu, aponta que o lixo total produzido no DF é de 70 mil toneladas, entre orgânicos e recicláveis O gerente da UTMB do SLU afirma que, pelo fato de o Distrito Federal realizar a coleta seletiva do lixo, fica mais fácil a produção de composto orgânico. O lixo total produzido no DF é de 70 mil toneladas, entre orgânicos e recicláveis. De material orgânico, a usina produz 45 mil toneladas, das quais 20 mil têm qualidade para se tornar composto orgânico e o restante vai para o aterro sanitário. “Esse composto fica armazenado por um tempo e leva cerca de 90 dias para ficar pronto. Nesse processo há uma perda de massa, de carbono. Uma parte é composto que vai para os produtores, outra parte evapora e uma outra torna-se rejeito e é encaminhada para o aterro sanitário”, detalha Vinícius Abreu. Doação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para receber o composto orgânico, os produtores fazem a solicitação diretamente ao SLU ou por meio da Emater-DF. “Em 2022, foram atendidos 595 produtores. Mas antes que o produtor seja atendido, a Emater vai até a propriedade dele, verifica se há córregos ou rios e, se tiver, orienta para que o composto orgânico não atinja esses locais”, conta. O material também não pode ser usado no cultivo de tubérculos. A Emater estabelece quanto cada produtor deve receber, de acordo com o tamanho de sua terra. As listas de espera de produtores em busca dos compostos têm duração de três meses, depois são iniciadas outras. A UTMB conta com 18 trabalhadores do SLU, além das cooperativas de catadores. Ao definir como o composto é usado, os técnicos da Emater e do SLU seguem a Resolução nº 1/2009 do Conselho de Política Ambiental do Distrito Federal (Conam), que determina as regras de utilização do composto.
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Oficina da Emater ensina técnicas para aumentar produção de goiaba
Mais de 60 pessoas participaram, nesta terça-feira (7), da oficina Como produzir goiaba o ano todo. O evento foi realizado em uma chácara do núcleo rural Cascalheira, na Região Administrativa de Brazlândia. A atividade fez parte da programação técnica da 8ª Feira da Goiaba, que vai até o próximo domingo (12). O foco foram as técnicas de poda, que ajudam o produtor a planejar o cultivo, obtendo maior produtividade e, consequentemente, ganhos mais elevados. De acordo com o engenheiro agrônomo Felipe Camargo, coordenador do Programa de Fruticultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), o ciclo de produção da goiaba é de oito meses e o tempo de colheita é de aproximadamente 28 dias. “A safra vai de fevereiro a março. Já a safrinha, entre setembro e novembro. Assim, com as podas corretas, é possível colher durante o ano inteiro”, explica. A oficina fez parte da programação técnica da 8ª Feira da Goiaba | Foto: Divulgação/Emater-DF São duas podas principais: a de formação, quando a árvore da goiaba ainda está pequena, e a de produção, em um momento posterior. “A primeira serve para que a arquitetura da goiabeira seja definida, de forma que ela atinja um tamanho ideal para o cultivo”, detalha o extensionista. “Com essa poda, é possível planejar o surgimento de até 200 galhos, o que pode aumentar o potencial de produção do pé”, acrescenta Camargo. Produtores de várias regiões do Distrito Federal participaram da oficina. “Atualmente, Brazlândia concentra mais de 97% da produção de goiaba no Distrito Federal, mas a atividade vem despertando interesse de agricultores de outras localidades”, observa o coordenador. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A flor O Brasil é um dos maiores produtores de goiaba do mundo. No país, São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro lideram o ranking da produção. Com a menor área agricultável das unidades da federação, o Distrito Federal se destaca pela produtividade: enquanto se produz, em média, 26 toneladas da fruta por hectare no país, na capital esse índice chega a 29 toneladas. Ao todo, 149 produtores trabalham com a goiaba, movimentando cerca de R$ 30 milhões por ano. São quatro variedades de goiaba cultivadas no Distrito Federal: Pedro Sato, Cortibel, Tailandesa e Paluma. “Cada uma possui características específicas e o produtor deve ter em mente o que deseja para escolher a mais adequada”, ressalta o agrônomo Felipe Camargo.
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Inscrições abertas para o Colha & Pague da Goiaba em Brazlândia
Estão abertas as inscrições para o Colha & Pague da Goiaba. O evento faz parte da programação da Feira da Goiaba 2023 e ocorre em duas turmas na manhã do próximo sábado (11), em Brazlândia. Idealizadas e organizadas pela Emater-DF com a parceria dos agricultores, as atividades buscam levar a experiência da colheita da fruta fresca e saudável para o público urbano, que não tem um pomar ao seu alcance. Com inscrições abertas, o Colha & Pague é uma boa opção de programa para toda a família. Crianças de 4 a 12 anos pagam meia entrada; crianças abaixo de 4 anos não pagam | Foto: Divulgação/Emater O agricultor Julio Bispo é quem abre a sua chácara, no Núcleo Rural Rodeador, em Brazlândia, para que o público possa colher e degustar goiabas e, principalmente, conhecer o dia a dia do campo. Julio veio do interior do Maranhão para a construção da capital federal, mas acabou se encontrando na área rural, onde os filhos também seguem seus passos na produção agrícola. [Olho texto=”“Estamos animados para receber o público e estamos preparando o dia com muito carinho para que possam nos conhecer e conhecer a nossa produção”” assinatura=”Jeremias Bispo, produtor de goiaba em Brazlândia” esquerda_direita_centro=”direita”] Jeremias, Elizeu e Izabel cresceram ajudando o pai na agricultura familiar e, aos poucos, foram tomando a frente do negócio. “Abrir a propriedade para o Colha & Pague é uma forma de valorizar o que a gente produz em Brazlândia, para que as pessoas conheçam o nosso trabalho, que é familiar, e a importância dele para geração de renda e de alimentos para a região”, afirma Jeremias Bispo, o filho mais velho. Ele conta que os filhos começaram seguindo o pai na produção de verduras, mas com o tempo decidiram fazer a transição para o cultivo de frutas, principalmente goiaba, abacate e mexerica poncã. “Para trabalhar na área rural é preciso ter coragem e ser apaixonado pelo que faz, porque muitas vezes você planta, perde e continua plantando até dar certo”, relata Jeremias. Ele conta que essa persistência vem do aprendizado com o pai. “Ele é minha inspiração, meu herói, exemplo de honra, respeito e perseverança”, afirma. Hoje com 76 anos, Julio é o mentor dos filhos e acompanha tudo de perto, sempre de olho no trabalho realizado na propriedade. “Temos que brigar para ele não pegar no pesado. Se deixar, ele está capinando, pulverizando. A gente tem que explicar pra ele respeitar a idade que tem”, conta o filho orgulhoso da história do pai. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os irmãos plantam goiaba há mais de 12 anos, e atualmente a fruta ocupa 14 hectares da chácara. Com a orientação da Emater-DF, eles separaram uma parte do terreno para que o público do Colha & Pague possa escolher e levar as suas frutas. Jeremias explica que a variedade plantada nessa área é a pedro sato. “É uma variedade mais doce, de polpa vermelha e casca mais crocante, que é uma boa para o consumo in natura e também resistente, com mais tempo de prateleira”, afirma. Com a orientação da Emater-DF, a família de produtores rurais tem aprimorado o manejo da produção e aprendido sobre segurança alimentar dos consumidores. “Eles são muito cuidadosos e produzem um alimento seguro”, afirma a extensionista rural da Emater-DF Luciana Xavier. “Minha filha de 11 anos come as frutas direto do pé. A produção rural é a nossa vida”, afirma Jeremias. “Esses são os valores que queremos mostrar, o legado que meu pai deixou para a gente desde criança e que hoje podemos deixar para os nossos filhos”, diz o produtor, referindo-se ao zelo pela produção e o respeito ao consumidor. Sobre a preparação do Colha & Pague, ele destaca: “Estamos animados para receber o público e estamos preparando o dia com muito carinho para que possam nos conhecer e conhecer a nossa produção”, afirma. Serviço Colha e Pague da Goiaba ? Data: sábado (11) ? Local: Núcleo Rural Rodeador, Chácara 1105, Brazlândia-DF. Acesso pela DF-430. ? Turma 1: 8h30 às 10h. ? Turma 2: 10h30 às 12h. ? Valor: R$ 60 por pessoa. Crianças de 4 a 12 anos pagam meia entrada; crianças abaixo de 4 anos não pagam. ? Inscrição pelo WhatsApp: (61) 99689-1652, com Izabel. ? Vagas confirmadas mediante pagamento da inscrição. ? Importante: Usar calçado apropriado, protetor solar, chapéu e repelente. *Com informações da Emater
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Com apoio da Emater-DF, pecuarista acessa crédito fundiário
Em meados de 2020, o produtor rural Celso Lúcio Ferreira, que arrendava uma chácara no Incra 7, em Brazlândia, recebeu a notícia de que deveria entregar a propriedade, já que o dono queria vendê-la. Era a terceira vez que algo parecido ocorria, o que fez com que Celso pensasse em desistir de sua produção de leite, queijos e doces. Ao comentar o desejo com o médico veterinário Mario Paschoal, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), ouviu que havia linhas de crédito que poderiam ajudá-lo. Foi assim que conseguiu sua própria fazenda, no município goiano de Cocalzinho, no Entorno do Distrito Federal, onde já planeja se consolidar e aumentar sua produção. “Soubemos que o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) estava sendo reestruturado”, conta Paschoal. “Enxergamos ali uma possibilidade para o Celso se consolidar”, acrescenta. A linha de crédito, oferecida pelo Ministério da Agricultura, é voltada para trabalhadores rurais, assalariados, posseiros ou arrendatários com, no mínimo, cinco anos de experiência na terra. Celso pretendia vender seu rebanho e comprar leite de terceiros para continuar produzindo queijos e doces. “Era a terceira vez que isso acontecia: eu arrendava uma propriedade e, quando estava começando a crescer, o dono colocava a terra à venda ou desfazia a sociedade. Isso me deixava frustrado”, relembra o produtor | Foto: Divulgação/Emater-DF O extensionista da Emater afirma que Celso é um trabalhador dedicado, obstinado e que se encaixava perfeitamente nos critérios para acessar o PNCF. “O produto dele é muito bom e seu cuidado no manejo do rebanho e na gerência da propriedade são garantia de sucesso do negócio”, pontua Paschoal. Para acessar o Programa Nacional de Crédito Fundiário, o produtor precisa que alguma entidade credenciada no Ministério da Agricultura elabore o projeto de crédito. Atenta a essa alternativa para o agricultor, a Emater se credenciou e, assim, Paschoal colocou mãos à obra. “Encontramos essa propriedade, próxima ao Distrito Federal, que atendia perfeitamente ao negócio do Celso”, conta o extensionista. Além do projeto, a empresa deve prestar assistência técnica na propriedade durante cinco anos. Mario Paschoal já está trabalhando junto com Celso para a consolidação do negócio, que inclui a construção de uma agroindústria, o melhoramento genético do rebanho e um plano de metas. “Atualmente, Celso tira 160 litros por dia de 28 vacas. Nosso objetivo é chegar aos 500 litros em quatro anos”, aponta o veterinário. Além da esposa, Gina Consuelo Ferreira, Celso conta com a ajuda dos dois filhos, Felipe e Vinícius. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Atualmente, Celso vende queijos e doces para clientes individuais. “Mario está me ajudando a articular, junto aos órgãos do estado de Goiás, para a obtenção do selo interestadual, quando vou poder comercializar também no DF”, vislumbra o produtor. A chácara possui ainda galinhas e porcos, que dão algum lucro com a venda de carne e ovos. A gestora do PNCF é a Secretaria da Agricultura (Seagri), que já intermediou 95 projetos com a linha. “Procuramos propriedades nos 33 municípios da Ride [Região Integrada de Desenvolvimento Econômico] do DF, já que em Brasília a maioria das terras não têm escritura definitiva, uma das exigências para a concessão do crédito”, explica o diretor de Crédito Fundiário da Seagri, Adão Carlos Pereira. O projeto do produtor Celso Lúcio Ferreira foi o primeiro concedido no DF e Entorno. Programa Nacional de Crédito Fundiário —> Quem pode participar? Trabalhadores rurais não-proprietários, assalariados, arrendatários, posseiros, que comprovem, no mínimo, cinco anos de experiência na área rural. —> Quais são as restrições? O agricultor não pode ser funcionário público nem ser casado ou manter união estável com alguém da categoria; não pode ter sido assentado ou ter participado de algum programa financiado com recursos da reforma agrária; não pode ter sido dono de algum imóvel maior que uma propriedade familiar. O agricultor, pecuarista ou trabalhador rural que tiver interesse pode procurar qualquer escritório da Emater. Os extensionistas da empresa estão disponíveis para informar e orientar sobre o programa. Confira aqui a lista completa com os endereços e telefones. *Com informações da Emater-DF
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Galpão para produtores rurais em núcleo rural de Planaltina é reformado
Entre suas primeiras visitas a campo, o novo presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), Cleison Duval, esteve esta semana no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina, onde passou pelo escritório local da empresa, pela Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp) e foi conferir a reforma que está sendo realizada no galpão da Associação dos Produtores Rurais do Rio Preto (Aprorp), custeada pelos produtores cooperados da Coarp. O galpão existe desde 1986 e sempre foi usado na região para atividades como oficinas, palestras, exposições agrícolas, festas entre os produtores e como meio de integração e união dos moradores da comunidade. [Olho texto=”Em Planaltina, a Emater atende cerca de 1.100 pessoas, entre produtores patronais, familiares e moradores, em comunidade formada pelos núcleos rurais do Rio Preto, São José, Curral Queimado, Riacho das Pedras e São Gonçalo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa reforma vai fomentar o retorno de muitas atividades que visam ao desenvolvimento rural e é uma iniciativa muito positiva da cooperativa, que envolve união e senso de cooperativismo. A Coarp é uma referência na produção de grãos no Distrito Federal e nos últimos anos tem melhorado muito e se tornado também uma referência em inovação e gestão, utilizando novas espécies como a canola e o crambe”, destacou Duval. “Esse galpão reformado, com certeza, vai proporcionar atividades visando propagar essa experiência e muitos outros conhecimentos para outros produtores da região e até de outros lugares, por meio de oficinas, palestras e cursos.” O presidente da Emater, Cleison Duval (ao centro), destaca: “Essa reforma vai fomentar o retorno de muitas atividades que visam o desenvolvimento rural e é uma iniciativa muito positiva da cooperativa, que envolve união e senso de cooperativismo” | Fotos: Divulgação/Emater De acordo com o presidente da Coarp, Valter Baron, a representatividade do galpão e da associação é muito grande na região e envolve todos os produtores e moradores da comunidade. Com a pandemia da covid-19, as atividades deixaram de ocorrer e os produtores se afastaram. Para Baron, a restauração do espaço visa unir novamente o grupo e voltar a fomentar a agricultura na região. “Precisamos recriar o hábito da convivência, da troca de conhecimento, da ajuda mútua e de tudo que possa acontecer em uma comunidade local”, afirmou. O gerente em exercício do escritório local da Emater, Rodrigo Marques, explicou que os produtores locais sempre foram unidos, o que fez com que a cooperativa, pensando no social não só de seus cooperados mas de toda a região do Rio Preto, apoiasse a Associação de Produtores Rurais, que vinha passando por dificuldades na gestão. Foi então que, no último ano, a Coarp deu início à reforma de todas as instalações do galpão que são utilizadas pela comunidade. Além de servir como local de eventos e atividades socioculturais, o espaço também vai banhar um restaurante rural, que atenderá os cooperados e associados e o público que frequenta a região do Rio Preto. Entre as principais atividades desenvolvidas estão o cultivo de grãos, a olericultura, a fruticultura, a avicultura, a suinocultura e a bovinocultura de corte e de leite “Quando a gente vê uma cooperativa crescendo com seu esforço e trabalho, já é muito gratificante; e se, além de contribuir com o desenvolvimento rural, seus cooperados também se preocupam com o bem-estar da comunidade e seu desenvolvimento social, tudo se torna ainda melhor”, ressaltou Marques, que também falou sobre algumas inovações da cooperativa, como o uso de tecnologias para melhoria da qualidade dos solos e de energias renováveis nos processos de produção, todas realizadas em parceria com a Emater e a Embrapa. Na região, a Emater atende cerca de 1.100 pessoas, entre produtores patronais, familiares e moradores, em uma comunidade formada pelos núcleos rurais do Rio Preto, São José, Curral Queimado, Riacho das Pedras e São Gonçalo. Entre as principais atividades desenvolvidas estão o cultivo de grãos, a olericultura, a fruticultura, a avicultura, a suinocultura e a bovinocultura – de corte e de leite. *Com informações da Emater
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Produtores são capacitados para o cultivo de banana
Abundante na área rural, a bananeira é uma planta que pode ser aproveitada integralmente. Fruta, folhas, tronco e até o “umbigo” (ou “coração”) podem ser usados na produção de artesanato, doces, alimentos para humanos e animais e até como remédio veterinário natural. Com a alta demanda de mercado e preços atrativos aos produtores, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) promoveu a capacitação de 35 produtores no cultivo de banana, nesta quarta-feira (7). [Olho texto=”Em 2021, no Distrito Federal, foram produzidas mais de cinco mil toneladas de bananas em 232 hectares” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A área de cultivo de banana no DF só fica atrás da destinada ao plantio de goiaba. Em 2021, no Distrito Federal, foram produzidas mais de 5 mil toneladas de banana em 232 hectares. Segundo o coordenador do Programa de Fruticultura da Emater, Felipe Camargo, a banana é amplamente plantada no DF, em todas as regiões. “É uma cultura de fácil manejo; exige correções no solo para plantio, em especial o teor de potássio. Escolhendo boas variedades e adquirindo mudas de qualidade, é possível produzir bem”, afirma. Durante o curso, foram apresentados os tratos culturais da bananeira, desde o plantio até a colheita | Foto: Emater O curso da Emater foi realizado em cinco hectares da Fazenda Paraná, do produtor Jeferson Isoton, que há quatro anos trocou o cultivo de hortaliças pelo de banana. “Mesmo quando o preço não está tão em alta como agora, a produção compensa. Eu não estava tendo muito resultado com hortaliças, e a banana tem um bom mercado: produz o ano todo e tem pouco uso de agrotóxicos”, conta Isoton. Para ele, o principal desafio no cultivo é o manejo, com desbrota, adubação, irrigação e colheita. Por semana, a propriedade colhe em média 150 caixas de 22 quilos da fruta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No curso, com diversas atividades práticas, os extensionistas Felipe Camargo, Marcelo Ruas e Daniel Oliveira apresentaram os tratos culturais da bananeira, desde o plantio até a colheita, com detalhes sobre como escolher o terreno, espaçamento entre plantas, profundidade das covas, cuidados com pragas e doenças, entre outros temas. Comercialização O produtor Jeferson Isoton comercializa para feiras, para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e para as empresas de processamento de açaí. O aproveitamento mais comum da bananeira é a fruta, que pode ser consumida crua, assada, frita, desidratada, em farinha, em purê e em doces, além de outras formas.
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Yes, o DF produz muita banana! Foram mais de 5 mil toneladas este ano
A banana é uma das cinco frutas mais produzidas atualmente no Distrito Federal. De janeiro até o fim de novembro, foram mais de 5 mil toneladas cultivadas em nosso território. Apreciada em todo o Brasil, tem crescido o interesse de produtores daqui em plantar a fruta, que nasce em belos cachos. Segundo cálculos da Emater-DF, são 230 hectares plantados na capital. Algo que corresponde a 250 campos de futebol oficiais. Um desses agricultores é Welington Brito, 46 anos, que tem seu cultivo no assentamento Contagem, na área rural de Sobradinho. Com 1 hectare de terra só para bananas, Brito se soma a outros 620 agricultores que atualmente se dedicam a esta fruta. Sua produção é constante e comercializada em feiras de Sobradinho e Fercal e em mercados da região. Foto: Arte/Agência Brasília “O meu plantio já vai fazer cinco anos. Você planta uma vez, vai mantendo direitinho, adubando e a colheita é frequente. Quase toda semana colho bananas”, explica o rapaz. “A procura é muito grande. Colho 25 caixas de 20 kg por semana, mas se tivesse condições de produzir 100 (caixas), vendia tudo”, garante. “Todo mundo consome banana, né?”, atesta Brito. Fruta versátil, fonte de potássio e de preço acessível, ela realmente é sucesso. De acordo com o extensionista rural da Emater em Sobradinho, Gerlan Fonseca, as espécies prata e nanica são as mais consumidas no DF. O assentamento Contagem – próximo às fábricas de cimento da Fercal – tem grande concentração de plantações de bananas, com 20 hectares de cultivo. O cultivo na localidade usa tecnologia como drones para pulverizar o antifúngico e proteger a plantação. Segundo cálculos da Emater-DF, são 230 hectares plantados de banana na capital | Foto: Síglia Souza/Embrapa “Lá, a associação local também conta com duas câmaras – uma de maturação e outra de aclimatação -para manter a fruta e deixá-la logo pronta para a venda e o consumo”, explica Gerlan. As condições de solo e climáticas também são favoráveis. “O tipo de solo nessa região é bastante fértil, profundo e sem a presença de pedras. Há boa disponibilidade de água e o clima é bom para cultura”, aponta o extensionista. Outra localidade com produção em alta é o Pipiripau, em Planaltina, lembra a Emater. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Gerlan frisa que, entre a colocação das mudas em solo e a primeira colheita, o tempo é de oito meses. E, daí, é só aproveitar os benefícios que a ‘amarelinha’ traz. “Além do tradicional consumo in natura , os doces e a banana desidratada também têm muita demanda. Hoje, há procura até mesmo pela farinha de banana verde”, exemplifica. Aliás, a Emater prepara uma oficina sobre produção de banana para os interessados. O curso será em uma fazenda no núcleo rural Pipiripau, no próximo dia 7. Para mais informações sobre o curso, é só acessar o site da empresa.
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Produtores de pescado do DF e Entorno debatem panorama e desafios do setor
Produtores de pescado do Distrito Federal e Entorno se reuniram para discutir o panorama e os desafios da cadeia produtiva da aquicultura na região e propor soluções para o seu desenvolvimento sustentável. O evento, nessa quarta-feira (23), foi promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e contou com a presença de cerca de 60 pessoas, entre produtores, extensionistas e representantes de empresas privadas. [Olho texto=”“Muito tem de ser discutido numa Câmara Setorial, que é o elo entre o mercado, o governo e o poder legislativo. O encontro é o fórum adequado para debater a tecnologia, as políticas públicas e o fomento da cadeia”,” assinatura=”Loiselene Trindade, diretora-executiva da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] O 16º Encontro de Piscicultores do DF e Entorno retoma as discussões, interrompidas com a pandemia da covid-19, sobre a cadeia produtiva da aquicultura na região e define as dificuldades e os encaminhamentos para servirem de subsídios para a Câmara Setorial trabalhar junto ao governo e à iniciativa privada no desenvolvimento sustentável do setor. A diretora-executiva da Emater, Loiselene Trindade, destacou que o encontro de piscicultores é uma oportunidade de discutir a cadeia produtiva, mas também um momento de integração de todos os atores. “Muito tem de ser discutido numa Câmara Setorial, que é o elo entre o mercado, o governo e o poder legislativo. Mas é preciso que o produtor se una e discuta as demandas para o setor. O encontro é o fórum adequado para debater a tecnologia, as políticas públicas e o fomento da cadeia. A comercialização é aquilo que buscamos numa boa cadeia produtiva. A gente quer comercializar; dinheiro tem que girar nessa cadeia. O produtor produz para gerar renda e emprego e a tecnologia é um dos instrumentos da produção, levada pela assistência técnica”, ressaltou. A abertura do evento também contou com a presença do presidente da Ceasa, Petronah de Castro e Silva; do deputado distrital Roosevelt Vilela; do gerente de Tecnologia Agropecuária da Secretaria de Agricultura (Seagri), Ângelo Augusto Costa, e do representante dos piscicultores, Guilherme Gonçalves Pereira. O 16º Encontro de Piscicultores do DF e Entorno contou com a presença de produtores, extensionistas e representantes de empresas privadas | Foto: Ana Nascimento/Emater-DF Demandas e soluções O coordenador de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, informou que no DF há cerca de 600 produtores de pescado, sendo 60 em escala comercial. Em 2021, foram produzidas 2 mil toneladas de peixe, sendo 95% apenas de tilápia, que representam 1.850 toneladas. “Este encontro reuniu os produtores que trabalham em nível comercial, que definiram os desafios para incrementar a produção e encaminhar as demandas do setor para a Câmara Setorial da Piscicultura do DF. A partir desse levantamento, a câmara vai trabalhar junto aos demais órgãos, como governo e empresas privadas, para o desenvolvimento sustentável da aquicultura no DF”, salientou Adalmyr. [Olho texto=”“O evento como um todo foi muito positivo, pudemos compartilhar nossas experiências durante as palestras e plenárias, o que agrega muito. Além disso, temos agora condições de formalizar um documento que poderá gerar políticas públicas que irão promover a nossa cadeia”” assinatura=” Guilherme Gonçalves Pereira, produtor” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Produtor rural do Paranoá, Leonardo Maciel Guimarães iniciou a produção de tilápia há 15 anos e relatou que o início foi difícil. No entanto, após vencer os desafios da cadeia produtiva, ele atualmente domina o mercado, onde está totalmente inserido. “A área de vendas é instável, a alimentação e a qualidade de alevinos são os principais gargalos, com destaque para o ponto final que é a venda. Produzimos 40 toneladas de tilápia por ano e tudo que produzimos é escoado e, muitas vezes, não conseguimos atender toda a demanda do mercado, sendo necessário comprar de outros fornecedores”, disse. Sobre o evento, Guimarães destacou que foi uma oportunidade de reunir muitos produtores, fechar algumas pautas que ficaram pendentes no último encontro em 2019, trocar experiências, tirar dúvidas sobre o manejo e a nutrição. “Retomamos o fôlego para seguir em frente e crescer a piscicultura da região”, destacou. “O evento como um todo foi muito positivo, pudemos compartilhar nossas experiências durante as palestras e plenárias, o que agrega muito. Além disso, temos agora condições de formalizar um documento que poderá gerar políticas públicas que irão promover a nossa cadeia”, observou o produtor Guilherme Gonçalves Pereira. O piscicultor produz 130 toneladas de tilápia, por ano, na sua propriedade de 70 hectares no Gama. Durante o encontro, Guilherme Gonçalves também ministrou uma palestra sobre o panorama da piscicultura no DF. Grupos Temáticos Os participantes do 16º Encontro de Piscicultores do DF e Entorno se dividiram em três grupos temáticos: comercialização e processamento, sistemas de produção e insumos. Esses grupos levantaram os principais desafios da cadeia produtiva e propuseram soluções. Na comercialização e processamento, entre as dificuldades mais relevantes, foram destacadas a dificuldade do pequeno produtor colocar seu produto no mercado, conseguir escala, padrão e precificação, além da falta de planejamento das etapas de produção. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para as soluções, o produtor deve se profissionalizar, aprender a fazer a gestão zootécnica e financeira a fim de conseguir regularizar o fornecimento, padronizar e saber calcular um preço competitivo. Na parte de insumos, a tributação do setor, falta de profissionalização, falta de infraestrutura para criação de cooperativas e falta de envolvimento entre os produtores foram algumas das dificuldades detectadas. Para a solução foram apontadas a necessidade de construção de estratégias para a compra coletiva de insumos, acessibilidade do pequeno produtor aos equipamentos, integração do setor por meio da criação de cooperativas iniciando como grupos associados e fomento governamental para o setor, além de parceria público-privada para estimular a produção local de alevinos. Já em sistemas de produção, entre os maiores desafios estão melhoria e manutenção das estradas rurais, acesso ao crédito rural, suporte técnico para a piscicultura e oferta de mais qualificação para mão de obra. Como soluções, o grupo definiu a identificação dos pontos mais críticos nas estradas vicinais e a intensificação da manutenção pelo governo local, o aumento de recurso específico para o aquicultor e a oferta de cursos de capacitação, além do desenvolvimento de unidades demonstrativas para acesso do produtor às tecnologias. *Com informações da Emater-DF
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Rede socioassistencial ultrapassa os 600 mil atendimentos em 2022
As unidades socioassistenciais da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) chegaram a 310.091 atendimentos nos últimos cinco meses. “Foi uma escalada considerável, possivelmente devido às sucessivas medidas tomadas para reforçar o acesso das famílias ao nosso trabalho”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. De acordo com dados disponibilizados pela pasta, em junho foram cerca de 40 mil atendimentos; seguidos de 41 mil, 62 mil, 77 mil e 82 mil nos meses seguintes. No somatório do ano, desde janeiro, somam mais de 600 mil atendimentos. Esses números referem-se ao trabalho realizado nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), nos centros especializados – Creas, Centros de Convivência e Centros Pop –, nas unidades de acolhimento e nas demais estruturas socioassistenciais. [Olho texto=”14 pontos de serviços para o Cadastro Único fizeram cerca de 25 mil atendimentos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Além do preenchimento e atualização do Cadastro Único, um dos principais serviços procurados, contabiliza-se ainda a solicitação de benefícios, o acolhimento em unidades de acolhimento, a inclusão em programas e os atendimentos a pessoas em situação de rua, entre outros. Atendimento socioassistencial salta nos últimos meses | Foto: Sedes Dentro desse quantitativo, destaque para os 14 pontos de serviços para o Cadastro Único, que fizeram cerca de 25 mil atendimentos. Instalados de maneira gradativa desde o fim de agosto, as unidades são fruto de uma parceria entre o poder público e uma entidade da sociedade civil. “Há mais de dois anos tentávamos essa implantação que, finalmente, ocorre neste ano e chega numa hora de suma importância para a população brasiliense, que tanto precisa desse trabalho”, comemora a gestora da pasta socioassistencial do DF. De acordo com o planejamento estabelecido desde o primeiro semestre, a equipe móvel promove ações nas regiões com as maiores demandas, com uma média de 2,5 mil atendimentos mensais. Além disso, a pasta segue com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) durante os sábados, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) no atendimento às áreas rurais, por meio de seus escritórios; e dos postos do Na Hora. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF
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Aprenda sobre cultivo e consumo de plantas alimentícias não convencionais
Produtores rurais e público urbano poderão se inscrever, até a próxima segunda-feira (21), no curso Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) – Do Cultivo à Mesa. Coordenado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), o curso tem como objetivo promover o cultivo e o uso dessas plantas na alimentação familiar, por meio do conhecimento das espécies e dos sistemas de produção. A capacitação será realizada nos dias 22 e 23 de novembro, com orientações sobre temas como técnicas de plantio, possibilidades comerciais e receitas | Foto: Divulgação/Emater A capacitação será no formato presencial, nos dias 22 e 23 de novembro, e terá carga horária de 10 horas. Os produtores rurais atendidos pela Emater que desejarem fazer o curso devem procurar o escritório mais próximo da sua propriedade e realizar a inscrição. Já o público urbano deve preencher o formulário disponível neste link. As vagas são limitadas, apenas 15. Ao final do curso, os alunos saberão diferenciar as espécies de Panc mais comuns, técnicas de plantio e propagação, correção do solo, irrigação, onde comprar mudas, possibilidades comerciais e aspectos nutricionais. Neste último tópico, aprenderão os valores dos nutrientes das espécies e diversas formas de consumo, além de receitas. Serviço Curso Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) – Do cultivo à mesa ? Inscrições: até 21 de novembro ? Vagas limitadas: 15 ? Carga horária: 10 horas ? Público: produtores rurais e público urbano ? Realização do curso: 22 de novembro: das 8h30 às 12h, no edifício sede da Emater-DF 23 de novembro: das 8h30 às 14h30, no Banco de Alimentos, Ceasa *Com informações da Emater
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