Família Acolhedora fará live para explicar o funcionamento do serviço nesta segunda (10)
Para quem deseja fazer a diferença na vida de uma criança ou adolescente em situação de vulnerabilidade, o programa Família Acolhedora DF fará uma live informativa em seu Instagram, na segunda-feira (10), às 19h30. O objetivo é esclarecer dúvidas e orientar quem pretende oferecer um lar temporário e afeto a meninos e meninas afastados judicialmente de suas famílias de origem. Programa já acolheu quase 220 crianças e adolescentes em residências provisórias onde a pessoa retoma a reintegração familiar | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Nosso compromisso neste GDF é, também, buscar o retorno das crianças ao convívio familiar, respeitando seus direitos e promovendo a reintegração” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social Coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) em parceria com o Grupo Aconchego, a iniciativa já acolheu 216 crianças e adolescentes entre 2019 e 2024 e tem caráter provisório, buscando sempre a reintegração familiar ou, quando isso não é possível, o encaminhamento para uma família substituta. “É um programa fundamental para garantir um ambiente seguro e afetuoso para nossas crianças, que precisam de proteção temporária enquanto buscamos soluções que priorizem seu bem-estar”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Nosso compromisso neste GDF é, também, buscar o retorno das crianças ao convívio familiar, respeitando seus direitos e promovendo a reintegração.” Como funciona Quem quiser formar uma família acolhedora precisa cumprir alguns requisitos, como ter mais de 18 anos, residir no DF, não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção, possuir condições adequadas de cuidado e contar com a concordância de todos os membros da família. Os interessados passam por uma capacitação, além de acompanhamento psicológico e social durante todo o período do acolhimento, que pode durar até 18 meses. Veja, abaixo, as etapas do processo de habilitação. ⇒ Inscrição: enviar os dados para o e-mail familiaacolhedora.aconchego@gmail.com ou pelo Instagram ⇒ Entrevista com assistente social e psicólogo para entender o serviço e verificar os requisitos ⇒ Capacitação de seis semanas, que pode ser feita online ou presencialmente ⇒ Visita domiciliar para avaliação do ambiente familiar ⇒ Habilitação para receber uma criança ou adolescente temporariamente.
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GDF de Ponto a Ponto: Tecnologia e educação são estratégias do Detran para um trânsito mais seguro
Em entrevista ao GDF de Ponto a Ponto, podcast da Agência Brasília, nesta quinta-feira (14), o diretor do Departamento de Trânsito (Detran-DF), Takane Kiyotsuka, destacou as principais iniciativas da autarquia para promover um trânsito mais seguro e eficiente na capital do país, com foco na educação e modernização tecnológica. Durante a conversa, o gestor também enfatizou o compromisso do órgão em se reinventar, superando a imagem de uma instituição meramente fiscalizadora. Takane Tiyotsuka: “Nossa missão é educar e trazer para o debate os cuidados que todos devemos ter no trânsito” | Foto: Agência Brasília Na ocasião, o diretor ressaltou a importância da adoção de programas como o Detran nas Escolas – que, voltado para crianças, adolescentes e adultos, visa construir uma geração mais consciente e responsável no trânsito. “Nossa missão é educar e trazer para o debate os cuidados que todos devemos ter no trânsito”, afirmou. “Através do programa, em parceria com a Secretaria de Educação, já formamos mais de 760 professores que levam para a sala de aula conhecimentos comportamentais e de segurança no trânsito”. Campanhas bem-sucedidas Ainda sobre a segurança no trânsito, Takane reforçou que, com ações educativas contínuas, o departamento tem conseguido reduzir os sinistros na capital. “Quando fazemos campanhas sobre o uso de celular ao volante, por exemplo, vemos uma queda expressiva nos índices de infrações e, consequentemente, nas multas. A educação tem sido fundamental para esse resultado”, disse. O diretor também mencionou o Infovidas, o sistema de estatísticas do departamento para mapear os sinistros em todo o DF. Segundo o gestor, a ferramenta tem ajudado o órgão a identificar as áreas de risco e a implementar medidas preventivas. Além disso, Takane destacou o programa Pneu Seguro, que alerta os condutores sobre a importância da manutenção dos pneus, um fator crucial para evitar acidentes, especialmente no período chuvoso. Outro assunto abordado ao longo da entrevista foi a implementação de novas tecnologias para otimizar o trânsito no Distrito Federal. O órgão está em processo final de licitação para a instalação de semáforos inteligentes. A ideia é reduzir o tempo que os motoristas passam parados em cruzamentos sem necessidade, melhorando o fluxo viário. “Vamos mudar todo o parque tecnológico do DF. Esses semáforos inteligentes detectam quando não há outros veículos e liberam o trânsito, reduzindo o tempo de espera desnecessária”, explicou Takane. Inclusão e oportunidades O diretor do Detran-DF lembrou a criação do programa CNH Social, uma parceria entre o Detran, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) e a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), que oferece, sem custo, a primeira habilitação e a mudança de categoria para pessoas inscritas no CadÚnico. “Esse programa é um divisor de águas para quem enfrenta dificuldades financeiras”, ressaltou. “É uma porta para o mercado de trabalho, permitindo que mais pessoas se capacitem para oportunidades como entregadores e motoristas de transporte de carga”. “Queremos facilitar e trazer qualidade de vida para o cidadão” Takane Kiyotsuka, diretor do Detran-DF O Detran-DF também avança na inclusão digital com o lançamento da credencial eletrônica de estacionamento para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O documento, agora, pode ser emitido diretamente do celular ou computador, simplificando o processo. “Queremos facilitar e trazer qualidade de vida para o cidadão. Essa inovação é apenas um exemplo de como buscamos oferecer mais conforto e acessibilidade aos brasilienses”, declarou. Emocionado, o diretor do Detran, ao fim da entrevista, falou ainda sobre uma de suas iniciativas favoritas: o programa de transporte de órgãos: “Esse programa é nosso xodó. Já transportamos 74 corações para transplante, salvando vidas. Qual o preço de uma vida? É algo que nos orgulha profundamente”.
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Laboratório de inovação nasce com missão de buscar soluções para governança no GDF
A Controladoria-Geral do DF (CGDF) lançou o CGDFLab, um laboratório criado para buscar soluções inovadoras para problemas enfrentados na Administração Pública a partir do olhar da governança. Como o próprio nome sugere, a governança vem para definir direções a serem seguidas pelos órgãos com a perspectiva de melhorar as entregas feitas para a população. Inicialmente o laboratório experimentará soluções dentro da própria CGDF, que atualmente é o órgão responsável por fomentar a governança no GDF. Mas a ideia é que as mudanças que apresentarem resultados positivos possam ser replicados em outros órgãos. O trabalho usará diversas metodologias que, juntas, podem melhorar os serviços e entregas para a população do DF. Governança e inovação parecem mundos distantes, certo? Não para a subcontroladora de Governança e Compliance da Controladoria-Geral do DF, Cecília Fonseca. Em entrevista, Cecília explicou melhor os objetivos e benefícios do CGDFLab e dos Comitês Internos de Governança. A subcontroladora de Governança e Compliance da Controladoria-Geral do DF, Cecília Fonseca, explicou em entrevista os objetivos e benefícios do CGDFLab e dos Comitês Internos de Governança | Foto: Divulgação/CGDF Confira a entrevista completa A gente estava falando sobre a publicação que formaliza o CGDF Lab. O que é o CGDFLab? O CGDFLab é uma forma de concretizar, de trazer soluções inovadoras para as boas práticas de governança. E por que atrelamos o CGDFLab à governança? Porque, em geral, os laboratórios de inovação implantados em todo o país acabam sendo implementados descolados da estratégia e do processo de tomada de decisão. Eles costumam nascer como iniciativas de servidores entusiastas da inovação, que são estudiosos, mas que não partem do topo. A proposta é que já nasça como uma solução de inovação proveniente do processo de tomada de decisão. Vamos fazer o CGDFLab. Por quê? Para quê? De onde vem a necessidade de ter um laboratório de inovação na CGDF? E mais que isso, o que o laboratório de inovação tem a ver com governança? Trazer o olhar da inovação é pensar de forma simples, ágil, com uma solução rápida, mas que possa ser testada antes. Antes de escalar e implementar em todo o GDF, testamos dentro de casa, experimentamos internamente, com uma margem para errar. Porque, para a inovação, o erro não é visto como um problema, mas como uma etapa. Uma etapa necessária para o aprendizado. A proposta de um laboratório de inovação na CGDF é aprender primeiro, internamente, para replicar essas boas práticas em todo o GDF, em todas as áreas em que atuamos: Governança, Auditoria, Ouvidoria, Transparência e Correição. Em todas essas áreas, trazendo um olhar inovador, criativo e propositivo. No fim das contas, o que queremos saber é: o que é um CIG, e o que um laboratório de inovação traz de benefício para a população do Distrito Federal? Qual é o benefício esperado desses movimentos? Ter uma governança funcionando, por meio dos comitês internos de governança, traz entregas mais alinhadas com o que as pessoas realmente precisam. Quando trabalhamos com os três mecanismos da governança, que às vezes parecem distantes da realidade: Liderança, Estratégia e Controle não estamos fazendo nada além de trazer pessoas, escolhas de caminhos e formas de participação social, com o olhar da sociedade para dentro de tudo o que definimos, inclusive na aplicação do recurso público. Em termos de benefício para a sociedade, é fazer o uso do dinheiro público, devolvendo-o em soluções. E a inovação incrementa esse processo, trazendo soluções criativas, inovadoras e muito mais aderentes às necessidades reais da população. Na CGDF, temos um programa chamado “InspirAÇÃO”, que capacita os servidores e os inspira a trazer ideias inovadoras para resolver problemas da própria CGDF. Porém, também existe uma dificuldade em transformar ideias em realidade. E você me contou que o CGDFLab vem para ajudar nisso. Como? Um dos pilares da governança é a governança de pessoas. O programa Inspiração incentiva os servidores a trazerem um olhar inovador para o dia a dia do trabalho na administração pública. O programa nos capacita, mas, mais que isso, reconhece. Reconhece as pessoas que têm coragem de sugerir, de trazer novas ideias e de propor novos projetos, independentemente da área em que atuam. Como esse programa é tão interessante e esse prêmio reconhece as melhores ideias e projetos, o laboratório ajudará a transformar essas ideias em realidade. Como conseguiremos isso? Não estamos focados em ter um espaço físico. Preferimos nem ter. Achamos que o espaço físico, nesse processo, é o de menos. No GDF, temos diversos órgãos que oferecem salas para trabalharmos essas práticas de inovação e ferramentas. Focamos no fluxo. E o que isso significa? Significa sentar com as pessoas que pensaram nos projetos e encontrar formas de viabilizá-los, incluindo parcerias e trazendo especialistas para ajudar na implementação. Depois que o projeto amadurece, haverá uma votação, uma deliberação no Comitê Interno de Governança. Assim, além de a ideia se tornar realidade, ela será institucionalizada. Virá como uma diretriz das lideranças. Não há melhor reconhecimento para o servidor do que saber que há espaço para propor novas ideias e que ele será reconhecido pelo que traz de novo ao trabalho. A governança traz coordenação para as soluções, e a inovação traz criatividade e inteligência. Aliar problemas complexos a soluções inteligentes e criativas pode, sim, ser um bom caminho. Essa é a proposta. É um modelo novo. Não temos referência em outra instituição no país que tenha desenhado algo assim. Estamos inovando, inclusive, na própria forma de unir inovação e governança. Você mencionou a inovação aberta no laboratório. O que é isso? O conceito de inovação aberta é interessante porque amplia o leque de pessoas envolvidas em projetos. Em vez de pensarmos em soluções para problemas complexos sozinhos ou com as mesmas instituições de sempre — os órgãos governamentais ou alguns da academia —, trazemos a sociedade, atores inusitados que normalmente não têm a oportunidade de participar de forma colaborativa e direta nas soluções de problemas públicos. A ideia é ampliar quem pensa nessas soluções, até porque elas são destinadas a essas pessoas. Acredito que não há caminho melhor para encontrar soluções do que trazer o ator, o receptor, o usuário para dentro dessa discussão e desse desenho. *Com informações da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF)
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GDF de Ponto a Ponto: presidente da Novacap destaca evolução nos projetos dos novos hospitais
O presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, foi o convidado na tarde desta quinta-feira (12) da nova edição do podcast da Agência Brasília, GDF de Ponto a Ponto. Durante a participação, ele fez um balanço da atuação da empresa, que presta serviços de manutenção, zeladoria e obras por todo o Distrito Federal há 68 anos. Atualmente, um dos grandes focos da autarquia é a continuidade dos projetos de construção de equipamentos públicos que tenham impacto na assistência à população. “A parte mais interessante da Novacap – que é uma empresa de engenharia – é o que eu chamo de engenharia social. Esse cuidado com as pessoas. A Novacap tem esse viés quando faz restaurante comunitário, unidade básica de saúde (UBS), hospitais, creches e escolas. Essa é a parte que dá prazer, porque a gente percebe o ganho e o resultado para a população”, destacou Fernando Leite. No âmbito da saúde, estão sendo investidos mais de R$ 400 milhões para a criação de três hospitais: Ortopédico do Guará, Regional do Recanto das Emas e Regional de São Sebastião. As três unidades hospitalares seguem a nova legislação que permite a criação de uma licitação única que contemple tanto o projeto básico quanto o executivo e a execução das obras. “Os hospitais do Guará e do Recanto das Emas foram licitados e já têm a ordem de serviço. As empresas estão no prazo para apresentar os projetos. O de São Sebastião está em fase de licitação e as propostas serão abertas em 30 de setembro”, explicou o presidente. No momento, a Novacap trabalha no esboço do novo Hospital do Gama. “Estamos em fase adiantada do anteprojeto. Será um hospital maravilhoso com 400 leitos”, revelou Leite. De acordo com o presidente da empresa, a nova unidade vem para atender toda aquela região e servir de base para uma futura reforma do atual hospital da cidade. A empresa ainda estuda um projeto de criação de um hospital para doenças raras. O presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, fez um balanço da atuação da empresa, que presta serviços de manutenção, zeladoria e obras por todo o Distrito Federal há 68 anos | Fotos: Divulgação/Agência Brasília Outras obras com envolvimento da empresa incluem a reforma da Sala Martins Pena, do Teatro Nacional Claudio Santoro, e da Piscina com Ondas do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek. “Quanto à Piscina com Ondas, essa obra foi licitada e estamos esperando a empresa contratada apresentar a documentação para emitirmos a ordem de serviço. É um excelente projeto de parque aquático”, explicou. Sobre o teatro, Leite destacou a coragem do GDF de tocar as obras necessárias para reabrir o espaço, fechado desde 2014 devido ao descumprimento de normas de segurança e acessibilidade: “O governador Ibaneis comprou a briga. Tinham projetos parados. Resgatamos o que havia, fizemos o projeto e a Martins Pena foi licitada. Hoje está com 75% executada e, na sequência, pretendemos licitar a Sala Villa-Lobos”. Modernização da empresa Com o objetivo de descentralizar a atuação para as diferentes regiões administrativas do Distrito Federal, o presidente Fernando Leite anunciou que a Novacap, por meio da Diretoria de Cidades, terá cinco regionais nas seguintes cidades: Planaltina, Gama, São Sebastião, Taguatinga e Ceilândia/Sol Nascente. Fernando Leite também comentou sobre o trabalho da Novacap no novo Hospital do Gama “O modelo da Novacap é centralizado no Plano Piloto. Mas, a cidade cresceu muito e precisamos nos aproximar do cidadão e da demanda. Assim, criamos as regionais. Com isso, teremos pessoas e equipamentos localizados mais próximos de onde serão executados os serviços de manutenção, obras e zeladoria”, revelou. A ação faz parte do processo de modernização da empresa, que também inclui a qualificação dos servidores por meio de uma escola corporativa e a inclusão de tecnologia nos serviços. “A Novacap está passando por uma grande transformação. Estamos modernizando e fazendo esse caminho de volta à vanguarda, olhando para frente. Esse processo tem três pilares: o primeiro é das pessoas; o segundo, da zeladoria; e o terceiro, da tecnologia com soluções inovadoras”, defendeu. Parte desse processo inclui também o chamamento dos aprovados no concurso público. “Esperamos que, agora em setembro, encerre todo o processo para que possamos chamar os nossos primeiros contratados”, disse o presidente. O certame da Novacap previu 120 vagas imediatas e outras 306 para formação de cadastro reserva, em cargos de nível médio, técnico e superior.
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GDF de Ponto a Ponto: ‘Temos que levar qualidade de vida para o campo’, diz o secretário de Agricultura
O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, foi o entrevistado desta quinta-feira (29) do podcast GDF de Ponto a Ponto, da Agência Brasília. Na ocasião, ele ressaltou as ações do governo para promover o desenvolvimento da área rural, que representa 70% do território do Distrito Federal. Bueno mencionou a recuperação das estradas rurais, a reforma dos canais de irrigação e o investimento para estimular a comercialização dos produtos agrícolas como ações de incentivo para a manutenção da população no campo. “Cerca de 70% da área do Distrito Federal é rural. Não é só a parte de produção econômica, temos que levar qualidade de vida para quem está no campo. O governo tem feito muitas ações para a área rural, para manter as pessoas no campo”, afirmou Rafael Bueno. Secretário Rafael Bueno: “Quando o produtor vende para o governo é um preço fixo e ele tem garantia que parte da sua produção está comercializada. Com isso, ele tem margem para trabalhar o excedente em outra frente de comercialização” | Foto: Divulgação/Agência Brasília A primeira medida destacada pelo secretário foram os canais de irrigação que estão sendo reformados ou reconstruídos pelo GDF. Segundo o titular da Seagri, desde 2019, mais de 130 km foram tubulados na área rural, para melhorar a captação de água nas propriedades rurais utilizada tanto na irrigação quanto na alimentação dos animais. “Temos pedidos de outorga para mais nove canais de tubulação e temos demandas para a criação de novos canais. Estamos com mais de R$ 7 milhões em material cedido pela Agência Peixe Vivo para canais na Bacia do Rio Preto. São mais de 15 km de tubos adquiridos para nove canais na região de Planaltina”, adiantou. Outra ação mencionada pelo secretário foi o investimento em infraestrutura rural, com o objetivo de reduzir o tempo de deslocamento, evitar acidentes e melhorar a qualidade das travessias para a população do campo. Em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), a Seagri é responsável pela recuperação das estradas rurais com a utilização de resíduo de construção civil (RCC) cedido pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Só este ano, até a primeira semana de agosto, 920 km haviam sido restaurados. “A nossa meta é chegarmos a 1,8 mil km de estradas rurais recuperadas em 2024. É basicamente ir de Brasília a Porto Seguro e voltar até a metade do caminho”, comentou. Além disso, a Seagri conta com programas de incentivo de taxas tributárias, como o Pró-Rural. “São várias cadeias agropecuárias beneficiadas. O produtor pode solicitar redução do ICMS, isenção do ITBI. São estímulos para o produtor rural poder reinvestir esse dinheiro na atividade agropecuária, gerando mais emprego e mais tributo”, complementou. O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, foi o entrevistado deste episódio do podcast GDF de Ponto a Ponto | Foto: Divulgação/Agência Brasília Comercialização Mais do que incentivar a produção agrícola e pecuária, o governo desenvolve programas e ações para estimular a comercialização dos produtos. Entre eles estão o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA-DF), que permitem que pequenos produtores vendam parte da produção para o GDF por meio de um chamamento público. “Quando o produtor vende para o governo é um preço fixo e ele tem garantia que parte da sua produção está comercializada. Com isso, ele tem margem para trabalhar o excedente em outra frente de comercialização. É uma forma que a gente tem de estimular o produtor menor para ele ir rentabilizando”, explicou Rafael Bueno. O secretário também citou que o GDF está criando novos espaços de comercialização. “Está quase pronto para inaugurar o Empório Rural do Colorado, na DF-150, com 40 boxes. São quase R$ 2 milhões investidos. Também teremos a feira de comercialização do Paranoá com 2,4 mil metros quadrados, tipo um Ceasa. Tudo isso é para estimular o produtor”, acrescentou. Eventos especializados O Distrito Federal sediou a quarta maior feira agro do Brasil, a AgroBrasília. Neste ano, o evento movimentou R$ 5 bilhões e atraiu mais de 175 mil pessoas. “Montamos uma agrohackathon para que os jovens trouxessem inovações. Foram 11 projetos premiados, destes sete já foram absorvidos pela iniciativa privada. Então é o governo ajudando também na parte tecnológica da área rural”, disse Rafael Bueno. A partir de 30 de agosto, a cidade será palco da ExpoAbra, iniciativa voltada para o setor pecuário. “São atividades distintas. A AgroBrasília trabalha a agricultura, agora entramos com a parte da pecuária e estamos com uma grande expectativa de bater recordes”, destacou. Até 8 de setembro na Granja do Torto, o evento terá exposição de bovinos e cavalos de elite, concurso leiteiro, fórum do direito do agronegócio, leilões de elite, rodeio e agenda de shows. “É um evento para o produtor rural, para o criador e todas as famílias do Distrito Federal”. Outras ações Em uma iniciativa pioneira no Brasil, o GDF resgata de animais de grande porte em vias urbanas ou rurais. Esses animais passam por acompanhamento médico e são disponibilizados para adoção pelo projeto Adote um Animal, instituído na Portaria 52, de 1º de outubro de 2020. Só no ano passado foram 252 animais resgatados. De acordo com o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, este ano, o programa chegou a contar com 130 animais e, atualmente, a pasta está abrigando 26. “Não existe outra unidade da federação que faça isso. Temos muitos animais que sofrem maus tratos e que são soltos em área pública. É um grande problema, porque pode ter transmissão de zoonose, pode acontecer um acidente. Então fazemos esse recolhimento que funciona 24 horas por dia”, comentou. As denúncias devem ser feitas pelos telefones: 3347-8019 e 98325-0369. A recuperação dos recursos hídricos e a recomposição de áreas permanentes de preservação (APPs) e reservas legais (RLs) também é feita pelo GDF por meio do programa Reflorestar, com a distribuição de mais de 80 mil mudas. “O programa Reflorestar dá um fruto muito bom. Temos estimulado os produtores a plantar espécies nativas viáveis, como o baru. Isso realmente tem sido um destaque, com mais de 800 hectares plantados”, revelou Bueno. Além disso, a pasta conta com o banco de sementes que cede os conteúdos para os produtores. Incêndios Durante a entrevista, o secretário Rafael Bueno fez um alerta sobre o combate aos incêndios na área rural. Ele destacou que as queimadas no DF são consideradas crime. “Aquela prática antiga de capinar e colocar fogo é proibido, inclusive para limpeza de pastagem. Outro problema muito sério é quando jogam bituca de cigarro nas estradas rurais ou de qualquer material transparente ou translúcido. Temos que ter consciência, porque tudo isso acaba gerando fogo nas lavouras e destruindo o solo”, disse.
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‘A cidade passou por uma evolução, e a legislação tem que acompanhar’, diz governador sobre o Ppcub
O governador Ibaneis Rocha voltou a se posicionar sobre o projeto do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (Ppcub) – aprovado na semana passada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) – durante entrevista às rádios JK FM e Mix FM e ao portal GPS Brasília na manhã desta quarta-feira (26). O chefe do Executivo local garantiu que a intenção do projeto é desenvolver a capital federal, que, em sua concepção, não previa o crescimento populacional. “A sanção desse projeto com os vetos necessários deve ser feita somente no final de julho, então ainda há um período de debate, um período de estudo pela Seduh”, afirmou o governador Ibaneis Rocha, em entrevista nesta quarta-feira (26) | Foto: Lúcia Leal/Agência Brasília “Não vou causar nenhum prejuízo para a cidade onde eu nasci, então vou fazer a coisa com muita responsabilidade”, afirmou. “A cidade passou por um processo de evolução, e a legislação tem que acompanhar”, completou. Na ocasião, Ibaneis Rocha aproveitou para esclarecer os pontos polêmicos destacando os vetos que foram anunciados nesta terça-feira (25). O governador determinou a suspensão dos itens sobre a construção de alojamentos nas quadras 700 e 900 das asas Sul e Norte, incluindo hotéis, e dos alojamentos no Parque dos Pássaros, afastando a possibilidade de construção de um camping no local. “A sanção desse projeto com os vetos necessários deve ser feita somente no final de julho, então ainda há um período de debate, um período de estudo pela Seduh (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação)”, acrescentou, ressaltando que o Ppcub, apesar do amplo debate, ainda terá mais discussões até a sanção para implementação no DF. Ibaneis também falou sobre a construção de novas UPAs e hospitais, e que espera lançar em breve o edital para construção do Hospital de São Sebastião. O chefe do Executivo ainda abordou a previsão de novos setores habitacionais no Jóquei Clube, Taquari II, Alto Mangueiral e Pátio Ferroviário. “Esses três [Jóquei, Pátio Ferroviário e Taquari 2] estão em andamento e nós temos diversos bairros que estão sendo feitos no DF, que são bairros para classe mais baixa e que são esses programas que nós estamos criando na área habitacional juntamente com a Codhab e as cooperativas”, anunciou. “Tudo que trata do projeto urbanístico do Distrito Federal está sujeito a polêmicas, só que nós temos que entender que Brasília, quando foi constituída por JK e nos planos de Lucio Costa, era uma cidade que tinha a previsão de ter 500 mil habitantes. Hoje nós temos mais de 3 milhões de habitantes”, disse o governador Ibaneis Rocha | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Confira os principais trechos da entrevista de Ibaneis Rocha para a JK FM: Ampla discussão Acho que foi mais do que suficiente. Esse projeto vem sendo discutido no DF, eu ainda fazia parte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Tive a oportunidade de acompanhar por lá. Nós estamos tratando aí de 15 anos de discussão. Pontos polêmicos Polêmicas existem. Tudo que trata do projeto urbanístico do Distrito Federal está sujeito a polêmicas, só que nós temos que entender que Brasília, quando foi constituída por JK e nos planos de Lucio Costa, era uma cidade que tinha a previsão de ter 500 mil habitantes. Hoje nós temos mais de 3 milhões de habitantes. Então, a cidade passou por um processo de evolução e a legislação tem que acompanhar, porque senão a gente começa a ter muita irregularidade sem a legislação que é necessária para você ter a proteção necessária do projeto urbanístico do Distrito Federal. Motéis nas asas Norte e Sul Algumas alterações eram do meu conhecimento, outras surgiram, como essa questão dos motéis na Asa Norte e na Asa Sul. Surgiram com emendas de deputados e aí alguma parte delas já tive a oportunidade, principalmente as que criaram mais polêmica e que vocês da imprensa corretamente divulgaram, no sentido de fazer uma análise prévia e já tomar decisão no sentido do veto. Setor Hoteleiro Outra que está sendo muito polêmica é a questão dos hotéis ali no Setor Hoteleiro Norte, com três andares. Essa é uma medida que tenho conhecimento e vou discutir muito, porque nós temos que viabilizar o setor. Infelizmente aqueles hotéis de três andares não têm capacidade financeira para se manterem. Eles vêm se mantendo com muita dificuldade, e aí o setor está sendo desvirtuado. Nós já temos ali um prédio que é o Geap, temos outro prédio que era o Casa Branca que vai funcionar uma unidade do Itaú, um Centro Cultural do Itaú. Acho que a questão dos hotéis vai atender a sociedade, vai melhorar o setor, e certamente vai passar por estudos da Seduh para que a gente não tenha impacto no trânsito. Vai ter que ser feito um relatório de impacto de trânsito e vai ser avaliado também pelo Iphan, e a gente espera até a colaboração para poder avançar. Sem contar que as pessoas não comentam, mas isso vai ser feito e isso não é um benefício aos proprietários desses hotéis. Eles vão ter que pagar mais. Eles vão ter que fazer o pagamento, nós não podemos deixar também uma coisa gratuita porque os outros que fizeram os hotéis mais altos pagaram mais caro pelos terrenos e hoje eles ocupam uma área regular, então nós temos que tratar isso para regularizar o Distrito Federal. Impacto no trânsito “Nós demos um salto muito grande na questão do turismo e vai chegar um ponto, daqui a alguns anos, em que nós não teremos áreas para construir hotéis no DF. Então, nós precisamos pensar também no futuro da cidade e naquilo que nós queremos fazer na área do turismo do DF”, comentou o governador Ibaneis Rocha | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para aprovação do projeto nós vamos fazer um estudo, o EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), que é feito exatamente para saber qual o impacto do trânsito na região e quais as melhorias necessárias para minimizar esse impacto. Certamente esses hotéis, caso queiram levantar os seus prédios, vão ter que ter garagens com subsolo, garagens rotativas, assim como já existem em outros setores. Agora, nós não podemos esquecer que Brasília tem um setor hoteleiro e um dos motivos de eu ter encaminhado no sentido do veto da constituição de hotéis na região da Asa Norte e da Asa Sul é exatamente porque a gente tem que preservar a cidade. E graças a Deus vem crescendo muito ao longo dos últimos anos, melhorando a questão do turismo. Nós demos um salto muito grande na questão do turismo e vai chegar um ponto, daqui a alguns anos, em que nós não teremos áreas para construir hotéis no DF. Então, nós precisamos pensar também no futuro da cidade e naquilo que nós queremos fazer na área do turismo do DF. Turismo de evento, musical, de shows e o que vai vir também daqui para frente. O BRB lançou na semana passada o edital do Autódromo, que foi um sucesso. A empresa vai ser contratada para terminar toda a reforma. Então, a gente tem um projeto de expansão da cidade. A gente tem que pensar nos próximos anos e, até que se consolide a construção desses hotéis, ainda teremos um período muito bom. Um prédio desse, após a entrada do projeto, aprovação pelos órgãos de controle, a construção dele não demora menos do que cinco anos. Então, nós temos que pensar no futuro do Distrito Federal e esse plano vem exatamente pensando nessa questão do desenvolvimento da nossa cidade, que é maior a cada momento e tem que ser maior. Alojamentos no Parque dos Pássaros A questão do camping me surpreendeu bastante. O parque vai ser constituído, nós temos que ter mais áreas de lazer no DF. Aquela é uma área que vem sendo utilizada só pelo aeromodelismo, já é muito importante, mas pode se tornar mais um local para o lazer das famílias, e o parque tem uma constituição muito bonita. Tive a oportunidade de olhar um esboço do projeto inicial, isso vai ajudar muito a cidade. Então o camping eu achei que destoava daquela questão, e já encaminhei no sentido de que nós vamos vetar essa parte do projeto. “A questão das construções no Lago Sul, principalmente ali onde tinha aquele clube de caça e pesca, acho que nós temos condições de harmonizar no Distrito Federal. Nós já temos um setor. Ele está consolidado, vários hotéis construídos, infraestrutura construída, acho que feito da maneira correta”, disse Ibaneis Rocha | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Comércio no Setor de Embaixadas Outra coisa que me causou um certo receio seria o comércio nas Embaixadas do Distrito Federal. Acho desnecessário, é uma região institucional, os lotes já estão constituídos. Acho que isso realmente era uma questão que não havia necessidade desses comércios nessas áreas, então também encaminhei o estudo neste sentido e a gente fez o veto a essa medida. Construção de hotéis no Lago Sul e discussão final do projeto A questão das construções no Lago Sul, principalmente ali onde tinha aquele clube de caça e pesca, acho que nós temos condições de harmonizar no Distrito Federal. Nós já temos um setor. Ele está consolidado, vários hotéis construídos, infraestrutura construída, acho que feito da maneira correta. Nós não vamos ter um impacto muito grande para a cidade, e nem um impacto na vida dos moradores do Plano Piloto e do conjunto do Distrito Federal. A sanção desse projeto com os vetos necessários deve ser feita somente no final de julho, então ainda há um período de debate, um período de estudo pela Seduh e a população do DF pode ter certeza: eu sou uma pessoa extremamente responsável, não vou causar nenhum prejuízo para a cidade onde eu nasci, então vou fazer a coisa com muita responsabilidade. Eu e todos os técnicos da Seduh ouvindo a sociedade sempre, e nós vamos avançar cada vez mais num debate do desenvolvimento do Distrito Federal. Dentro dessa questão dos hotéis, é só observar bem que há necessidade de atualizar um pouco. Judicialização do Ppcub A oposição faz o trabalho dela. Nós fizemos o nosso trabalho técnico, ouvimos a sociedade, foram mais de 10 audiências públicas a respeito do Ppcub. Encaminhamos aos órgãos de controle, todas as secretarias debateram, encaminhei o projeto para a Câmara Legislativa, as comissões aprovaram. Então, nós tivemos todo trâmite legal desse encaminhamento e a votação na Câmara foi expressiva. Nós tivemos 18 votos dos 24. Isso quer dizer que a maioria da população que elegeu esses deputados aprovou o plano. Agora, o ingresso na Justiça é uma questão que está aberta a todos. A nossa Constituição garante o acesso ao Judiciário e eu, com todo respeito que tenho ao Judiciário, ao Ministério Público, [é um tema] enfrentado dentro das questões técnicas, conheço muito bem. A gente tem toda tranquilidade para enfrentar. E nós não fizemos nada de modo açodado, nós fizemos as coisas exatamente como tinha que ser feito, com todos os estudos. Só dentro do meu governo a gente está discutindo desde 2019 esse plano e ouvindo todos aqueles que puderam colaborar, seja a sociedade civil, seja a participação de todos para que encaminhássemos a aprovação. Agora, o direito de buscar a Justiça é o direito da oposição. Eles estão transformando um projeto de desenvolvimento do Distrito Federal como preservação do projeto urbanístico numa questão política. Você veja os discursos, são totalmente políticos e são daqueles que estão realmente na oposição, e nós temos que respeitar a oposição, mas nós temos que saber que tem governo e somos a maioria. Novos setores habitacionais no DF O [projeto] do Jóquei está em fase final. Está bastante avançado. Só que os empresários entenderam fazer uma consulta ao Iphan em relação à questão da altura dos prédios. Já houve um posicionamento do Iphan e está indo na linha da possibilidade de aumento da altura desses prédios. É um bairro que a gente espera lançar agora no mês de agosto, setembro no mais tardar, para que a gente comece as obras de infraestrutura. Vai ser feita uma parceria com as empresas. Hoje nós vamos trocar terrenos por infraestrutura. É uma nova modalidade e precisa ser encaminhada pela Terracap. Vai ser analisada pelos diretores e técnicos da Terracap, mas com isso a gente ganha velocidade na implantação da infraestrutura e na construção do bairro de forma mais rápida. Essa outra questão do Pátio Ferroviário está sendo discutida em parceria com o Exército Brasileiro e o Banco de Brasília, que é orientador financeiro dessa parceria, que está sendo feita também, está em fase adiantada, só que esse projeto só chegará no próximo ano. A gente tem a perspectiva ainda da construção do bairro Taquari 2, nós estamos concluindo as análises de meio ambiente, que a gente tem muito cuidado com essa questão. Para lá nós já temos uma situação bem mais facilitada no que diz respeito ao acesso das vias de acesso com a construção do Trevo de Triagem Norte e o Complexo Governador Joaquim Domingos Roriz, com todo aquele espaço onde a gente tem uma certa facilidade de acesso e o bairro não impactaria muito no trânsito daquela região. Então, esses três estão em andamento e nós temos diversos bairros que estão sendo feitos no DF, que são bairros para classe mais baixa, que são esses programas que nós estamos criando na área habitacional juntamente com a Codhab e as cooperativas. Temos em fase bem avançada o Itapoã Parque, que a gente espera concluir a entrega das unidades até o final do nosso governo. Nós estamos no Mangueiral 2 já para iniciar as construções. Lá no Recanto das Emas nós temos também a previsão torno de seis mil moradias que serão entregues para a população de baixa renda e tem vários empreendimentos que estão sendo criados, também na cidade, a partir de um conjunto de leis que foi aprovado pela Câmara Legislativa e regulamentado pela Codhab e pela Seduh, no sentido de que a gente facilitasse a implantação desses empreendimentos de baixa renda para que a gente possa dar moradia para a população do Distrito Federal.
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GDF de Ponto a Ponto: ‘Governo tem apresentado prioridade em nomeações’, diz secretária de Saúde
Em entrevista ao GDF de Ponto a Ponto, podcast da Agência Brasília, nesta quinta-feira (20), a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou que a gestão do governador Ibaneis Rocha tem como prioridade a saúde pública da capital. Segundo ela, o governo está ciente da necessidade de reforçar e recompor o quadro de funcionários da área e vem trabalhando para nomear mais servidores. Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, participou, nesta quinta-feira (20), do podcast GDF de Ponto a Ponto | Fotos: Agência Brasília A secretária citou a nomeação, nesta semana, de mais de 200 candidatos aprovados no concurso público para a carreira de enfermeiro da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). No início de junho, o Governo do Distrito Federal (GDF) já havia nomeado outros 187 novos servidores da saúde pública do DF. “Nós estamos num momento de nomeação, reforçando, recebendo mais médicos de comunidade. O governo tem apresentado essa prioridade. Nós temos que fazer uma equação entre a despesa e a receita. Aos concursados, tenham tranquilidade, a necessidade existe e o governo tem trabalhado nessa recomposição”, afirmou Lucilene. Durante a entrevista, a chefe da pasta sanitária ressaltou que o GDF tem aumentado o investimento na área de Saúde desde 2019. Os recursos têm sido destinados a construções e reformas de hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e unidades básicas de saúde (UBSs), aquisição de equipamentos, contratação de profissionais, contratação de cirurgias e enfrentamento da pandemia de covid-19. “Nós tivemos um aumento [nos investimentos]. De 2019 para cá, foram R$ 48 bilhões de investimentos. Hoje nós temos um quantitativo de servidores na Secretaria de Saúde, ativos, em torno de 32 mil servidores”, informou Lucilene. A secretária ainda celebrou o aumento no número de leitos nos hospitais do DF. Segundo ela, atualmente a capital conta com 604 leitos. “Há dois anos eram 303. Praticamente dobrou. Isso foi possível pela contratualização, pelo desbloqueio de leitos, pela prioridade à saúde pelo GDF. É um conjunto de monitoramento de gestão”, pontuou. Lucilene Florêncio destacou os investimentos feitos pelo GDF na área da saúde pública: “De 2019 para cá, foram R$ 48 bilhões” Novo equipamento no Hospital do Paranoá Referência em cirurgias de coluna, o Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, deve receber um novo microscópio para procedimentos. “Esse equipamento já está no hospital, a equipe já está em treinamento e nós poderemos avançar nessa questão de cirurgias de coluna”, disse. O Hospital do Paranoá deu início a procedimentos considerados de alta complexidade há 10 anos. A unidade conta com uma equipe especializada de mais de 1.300 servidores e chega a fazer 300 procedimentos de coluna por ano.
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GDF de Ponto a Ponto: ‘Queda na criminalidade é uma soma de esforços’, diz secretário de Segurança Pública
A queda dos recentes índices de criminalidade na capital federal, que apresentaram uma redução de 16% nos cincos primeiros meses do ano, foi repercutida na primeira edição do podcast GDF De Ponto a Ponto. O convidado do podcast foi o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O programa contou com a presença do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, que comentou a redução significativa comparada ao último ano. Em 2023, destacou, Brasília já havia registrado o menor número de homicídios em 47 anos. “Isso mostra uma consistência do trabalho que estamos fazendo, não estamos alternando entre bons e maus momentos. Há uma constância e é um indício que estamos no caminho certo”, afirmou. O gestor destacou que o trabalho conjunto de diferentes áreas de governo influencia nos números e que a segurança pública se faz com essa integralidade. “Segurança é dever do Estado mas é responsabilidade de todos. Mas não se consegue do dia pra noite, não é feita por milagres. É um trabalho contínuo, consistente e uma soma de esforços com outras áreas, como educação de qualidade, empregos para a população vulnerável, investimento no esporte. Tudo isso tem um reflexo muito grande na segurança pública”, declarou. Redução no feminicídio Outro assunto levantado pelo podcast foi a queda do número de vítimas de homicídio e feminicídio dos últimos 25 anos. Nos cinco primeiros meses de 2024 foi registrado o menor índice desde o ano 2000. Estruturas como o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e o Policiamento de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) foram destaque, assim como o Viva Flor e o Dispositivo de Proteção Preventiva (DPP), para exemplificar a atuação das forças de segurança na proteção das mulheres. Cerca de 50 casos foram registrados neste ano de pessoas abordadas em circunstâncias de proximidade com mulheres que utilizavam os dispositivos. “Esses programas são espetaculares. E é preciso que as vítimas façam sempre os registros, porque tudo o que o poder público pode fazer para garantir a segurança das nossas mulheres nós estamos fazendo. Com certeza muitas vidas foram poupadas por esse rápido atendimento das forças de segurança”, afirmou Avelar. Durante a entrevista especial, ele também frisou que o setor público conta com a imprensa para orientar a população a buscar o apoio do Estado. Sandro Avelar: “Entre os grandes centros urbanos, a capital da república é um dos mais seguros e nos orgulhamos disso” “É preciso mudar a cultura do país. O cidadão que liga reclamando do barulho alto tem o dever de também denunciar caso presencie uma vizinha sofrendo violência. Nenhuma mulher é assassinada do dia pra noite, começa com agressões verbais e avança até acontecer o feminicídio. Por isso é necessário quebrar esse ciclo da violência que atinge todas as classes sociais”, pontuou. Destaque em segurança O secretário de Segurança Pública acentuou que o Distrito Federal é a segunda unidade federativa mais segura do país, atrás de Santa Catarina – e que, com batalhões específicos para cuidar de cada segmento da população, a Polícia Militar do DF é uma instituição muito respeitada por outros estados. “Não temos uma polícia violenta e truculenta, então o uso de câmeras eventuais não é para controlar o trabalho do policial, mas para protegê-lo e resguardar em casos de falsos depoimentos” Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública “Entre os grandes centros urbanos, a capital da República é um dos mais seguros e nos orgulhamos disso. É com muito trabalho e esforço que temos feito tudo isso para que alcancemos os resultados que a população merece. É preciso confiar e acreditar que trabalhamos com transparência, a gente mostra os números. E os resultados têm mostrado isso”, observou o gestor. Câmeras de segurança Um dos tópicos abordados no programa foram as câmeras corporais de segurança utilizadas durante as ações policiais, um assunto que ainda levanta dúvidas na população. O secretário recordou que, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2023, o DF possui a menor taxa de letalidade policial do país, com 0,5 casos a cada 100 mil habitantes. “Não temos uma polícia violenta e truculenta, então o uso de câmeras eventuais não é para controlar o trabalho do policial, mas para protegê-lo e resguardar em casos de falsos depoimentos. Para mostrar que, se ele precisou usar mais energia para conter uma pessoa, foi extremamente necessário. Mostrar o que aconteceu pelas câmeras”. Ele acrescentou, ainda, que no DF há estrutura para a utilização desses equipamentos, sem a necessidade de impor que a câmera prevaleça em relação a ferramentas que são prioridade na segurança policial.
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Saúde esclarece dúvidas da população em podcast
Durante o Podcast Programa SuperaBrasília, da TVBrazil web, com Josiel Ferreira, no último sábado (11), a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, compartilhou um pouco de sua trajetória, iniciada em Caruaru, Pernambuco. Florêncio afirmou que seu foco é atender à população: “Se não estivermos trabalhando para a população, não conseguimos entregar o serviço e o cuidado de que precisamos.” Durante a entrevista, a gestora da pasta respondeu diversas perguntas da população, incluindo a disponibilidade de médicos. Segundo Florêncio, a Secretaria de Saúde conta atualmente com 4.504 médicos, sendo 185 recém-empossados para atuar nos prontos-socorros. “Só em Ceilândia, foram destinados 21 clínicos; em Planaltina, 16; em Sobradinho, 18; e em Taguatinga, 19. Os médicos foram distribuídos nas unidades da capital com o objetivo de fortalecer as equipes do Sistema Único de Saúde (SUS).” Fila de cirurgias, reformas e Mais Médicos foram alguns dos temas abordados no programa pela secretária Lucilene Florêncio | Foto: Divulgação/SES-DF Além disso, foram contratados 100 especialistas em ginecologia e obstetrícia, 70 em pediatria, 32 em anestesiologia, entre outros. “Os médicos foram convocados em especialidades onde há maior déficit e uma demanda crescente da população”, explicou a secretária. Em fevereiro, a SES acolheu cerca de 450 profissionais para o programa de residência médica, os quais vão atuar nos hospitais públicos nos próximos anos, visando à especialização em diversas áreas, além de reforçar o atendimento. Esses profissionais se somam a outros 6.195 servidores da Secretaria de Saúde, nomeados desde 2019, dos quais 2.417 são médicos, equivalentes a 40% do efetivo total da pasta. A pressão e o adoecimento dos profissionais de saúde também foram temas abordados por ela, que destacou a importância desse trabalho para a população e o suporte oferecido a ela. “Após dois anos vivendo em um contexto de pandemia, depois com epidemia de dengue e sazonalidades pediátricas estamos buscando saídas, para amenizar os efeitos do período vivenciado e promover mais bem-estar para esses profissionais”, aponta. Ela ressaltou a parceria bem-sucedida com o BRB na entrega mensal de medicamentos. “É uma parceria que tem dado muito certo, entregamos mensalmente mais de 10 mil medicamentos. Além disso, contamos com três farmácias de alto custo, onde a população pode retirar os medicamentos localmente (Ceilândia, Asa Sul e Gama).” Reformas nas unidades hospitalares A população também perguntou sobre as reformas em andamento nas unidades hospitalares. Florêncio respondeu, assinalando a reforma do pronto socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e a reforma das cozinhas e refeitórios, para garantir a segurança na preparação dos alimentos. “Planaltina, Hran e Ceilândia estão sendo reformados. Brazlândia está finalizado. O Hospital Regional de Taguatinga teve a área de oncologia ampliada e renovada, além do pronto-socorro de pediatria. São avanços e entregas que motivam e alegram as equipes.” Além disso, foram realizadas obras no Centro de Atenção Materno Infantil (Cami), da Policlínica do Paranoá; na cozinha do Hospital da Região Leste (HRL) e do laboratório da região. Com isso, os pacientes terão mais conforto e celeridade nos atendimentos. A pasta da Saúde conta ainda com contratos de manutenção predial para garantir reparos e adequações em 297 unidades em 2024, entre UBSs, hospitais, policlínicas, laboratórios e centros de atenção psicossocial, etc. Ao todo, a SES-DF administra cerca de 440 mil metros quadrados de área construída em toda a capital federal. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Busca da interoperabilidade dos sistemas para dar celeridade a atendimentos
Fortalecer o sistema público de saúde é um dos grandes desafios do governo. Esta também é a missão que a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, assumiu quando passou a liderar a pasta, há pouco mais de quatro meses. Há mais de 30 anos atuando como médica do Sistema Único de Saúde (SUS), ela carrega na bagagem experiência suficiente para provocar mudanças significativas na rede pública local. Tem liderado ações de reforço da cobertura vacinal contra covid-19, inclusive implementando o projeto de busca ativa. O carro da vacina foi uma ação exitosa que Lucilene coordenou inicialmente em Ceilândia, e que agora chegou a todas as sete regiões de saúde do Distrito Federal. Em entrevista à Agência Brasília, a secretária fala sobre o cenário atual da covid-19, o mutirão de cirurgias eletivas em parceria com a rede privada e a organização dos processos com a efetivação de contratos importantes, como o de manutenção predial. Ela revela ainda os projetos para melhorar a gestão da pasta, com reflexos diretos para o cidadão. “Vamos buscar a interoperabilidade dos sistemas da Saúde para dar celeridade aos processos de trabalho e melhorar a assistência ao cidadão”, afirma. “Isso é urgente.” Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista. Foto: Divulgação/Agência Saúde A taxa de transmissibilidade para covid vem aumentando nos últimos dias. Como a Secretaria de Saúde está se preparando para isso? Considerando que não houve mudança no cenário epidemiológico quanto ao aumento de hospitalização ou óbito por covid-19, como até o momento não houve introdução de uma nova variante no país, o aumento do número de casos demonstra que o vírus está circulando. Por isso, a necessidade de fortalecer as estratégias de testagem dos casos suspeitos e a vacinação. Neste sentido, abrimos pontos para vacinação e testagem tanto em horário noturno quanto aos sábados. O Distrito Federal sai na frente quando faz a busca ativa com o carro da vacina. Estamos indo às localidades mais vulneráveis, fazendo inquérito vacinal, o que nos permite aumentar a cobertura vacinal da população. Com a chegada do fim de ano, festas, confraternizações, viagens, o cenário aponta ainda mais para a importância da vacinação. Estamos fazendo nossa parte como responsável sanitário e conclamamos a população a completar o calendário vacinal. [Olho texto=”“Precisamos trabalhar a questão do descarte do lixo e de inservíveis. Nossos agentes ambientais, este ano, visitaram mais de 2,3 milhões de residências”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outro desafio que se observa no fim de ano é a chegada das chuvas e a proliferação da dengue. Quais são os planos para combater os casos? Estamos absolutamente focados nas arboviroses – não só a dengue, mas zika e chikungunya. O cuidado com a dengue não é isolado. É uma doença que perpassa várias secretarias. Precisamos primeiramente evitar e coibir os criadouros. A maior contaminação de dengue é peridomiciliar, ou seja, próximo das residências. Precisamos trabalhar a questão do descarte do lixo e de inservíveis. Nossos agentes ambientais, este ano, visitaram mais de 2,3 milhões de residências, vistoriaram, alertaram. Mas precisamos muito da colaboração da população. Estamos no nível 3 da ação. A SES adquiriu inseticidas e larvicidas, mais de 4,5 toneladas; intensificaremos os ciclos de fumacê em regiões de maior risco. O borrifamento será inicialmente feito em regiões administrativas como Sobradinho II, Vicente Pires, Estrutural e Santa Maria, locais onde identificamos um maior número de casos. A senhora traz no currículo 30 anos de SUS e a experiência como gestora em quase todas as regiões de saúde do DF. Esse histórico a ajudou a diagnosticar os problemas da rede pública de saúde? O que precisa mudar? A população aumentou nas últimas décadas, e parte de nossos equipamentos públicos são da década de 1980, exigindo ampliações e adequações. Mesmo em momento pandêmico, tivemos incremento na rede na atenção, com a construção de UPAs [unidades de pronto atendimento], UBSs [unidades básicas de saúde] e hospitais acoplados em Ceilândia e Samambaia, que ficaram como legado. Também ampliamos a força de trabalho com muitas contratações em diversas categorias. Mas faz-se necessária a mudança nos processos de trabalho, exercitar na sua plenitude os acordos de gestão regional e local em todas as regiões de saúde e unidades de referência distrital. Conhecemos as necessidades da população do DF, e as pactuações e metas vêm ao encontro dos maiores desafios encontrados, na melhoria da prestação dos serviços de saúde. Precisamos focar logística, abastecimento, sistemas de informação e vocacionar os hospitais para economia de escala, aumentando a produtividade – aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família e cobertura vacinal. [Olho texto=” “A rede pública também não parou. Estamos reabrindo salas de cirurgias, reativando leitos, e também adquirimos mais 32 perfuradores e arcos cirúrgicos para dar mais celeridade às cirurgias ortopédicas”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O que pode ser feito para melhorar a gestão do serviço de saúde no DF? A motivação e valorização do servidor é, sem dúvida, pilar fundamental para melhoria da saúde no DF. Acredito que, com a melhoria dos sistemas de informação, daremos um salto do ponto de vista de gestão. Hoje, temos vários sistemas na Secretaria de Saúde. São sistemas que não se comunicam. Começamos o processo de modernização do nosso parque computacional agora, com a aquisição de 7,5 mil computadores. É um pedido do nosso governador, a interoperabilidade. Precisamos que o médico no hospital conheça todo o histórico do paciente na rede pública, toda a medicação que ele já usou, seja porque buscou nas nossas farmácias, seja como ele foi acompanhado no prontuário da UBS. Isso vai melhorar a oferta dos serviços, facilitará o trabalho do servidor. O estudo técnico preliminar já está em andamento, bem como as demais etapas exigidas pela legislação até o lançamento do edital de licitação para contratação desse sistema. Não é um plus, é uma necessidade. Quero esse edital na rua até o primeiro semestre de 2023. Estamos trabalhando diuturnamente neste projeto. Um dos grandes gargalos são as cirurgias eletivas. Como enfrentar essa fila de pacientes sem comprometer o atendimento emergencial na porta dos hospitais? O DF tem uma demanda reprimida de cerca de 27 mil pacientes aguardando cirurgias eletivas de todas as especialidades. Esse represamento deveu-se principalmente à pandemia. Para resolver, buscamos a complementaridade do SUS pela rede privada para quatro patologias: hérnias inguinais, hérnias umbilicais, histerectomias [retirada do útero] e vesícula. Por que essas cirurgias? Observamos que são as patologias mais comuns, que acabavam por se tornar situações levadas às emergências impactando os PSs [prontos-socorros] dos hospitais. Quando fizemos esse recorte, encontramos em torno de 3,5 mil pacientes esperando por essas quatro especialidades. No entanto, conseguimos um aporte de recurso da Secretaria de Economia para realizar 3.233 procedimentos. Então, elaboramos um edital de chamamento público, que é previsível nos normativos; e, com a aprovação do controle social e sempre acompanhados pelo Ministério Público, conseguimos contratar, por tempo determinado, sete hospitais particulares. Estamos atualizando os pré-operatórios dos doentes já cadastrados na fila do complexo regulador, respeitando o tempo de inserção e a classificação. A rede pública também não parou. Estamos reabrindo salas de cirurgias, reativando leitos, e também adquirimos mais 32 perfuradores e arcos cirúrgicos para dar mais celeridade às cirurgias ortopédicas. Hoje, estamos conseguindo realizar em torno de mil cirurgias por mês, e seguimos em busca pelo incremento desses números. Uma grande reclamação dentro da saúde pública é burocracia. Como enfrentar isso? O enfrentamento da burocracia é fundamental, e hoje, na gestão pública, há formas de enfrentamento, como revisão de processos de trabalho, capacitação continuada e permanente motivação e autonomia à equipe. São ações que abordamos e valorizamos em todos os momentos, com gestão participativa e focada no coletivo. [Olho texto=”“São 7 milhões de pessoas (3,1 milhões no DF e 4 milhões no Entorno) que estão sob os nossos cuidados”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A senhora, nesses quatro mês de gestão, já consegue citar avanços? Podemos listar vários avanços nesse curto intervalo em que estamos à frente da pasta: assinatura do contrato das cirurgias cardíacas em adultos e crianças no ICTDF [Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal]; celebração do contrato de complementaridade nas cirurgias eletivas com a rede privada; assinatura do contrato regular de manutenção predial nos equipamentos públicos da saúde, sendo que o último foi assinado em 2011; grupo de trabalho para dar celeridade nos processos judiciais com três procuradores dentro da SES com apoio da Procuradoria-Geral do DF e grupo de trabalho na Subsecretaria de Infraestrutura com a construção de matriz de acompanhamento em todos os processos, melhorando a infraestrutura para a assistência. Outro tema constante na saúde do DF é o acolhimento dos pacientes do Entorno. A senhora esteve com o secretário de saúde de Goiás; qual entendimento tiveram? Estamos em construção de um termo de cooperação. Já tivemos a primeira reunião com o secretário de Saúde de Goiás, o Ministério Público dos dois estados e a Defensoria Pública de Goiás. A gente tem consciência de que precisamos andar juntos e focados na saúde desse cidadão, que muitas vezes reside em Goiás e trabalha no Distrito Federal. São 7 milhões de pessoas [3,1 milhões no DF e 4 milhões no Entorno] que estão sob os nossos cuidados. A demanda do DF fica bastante tensionada, principalmente nas portas de emergência, no diagnóstico e nas cirurgias eletivas. O estado de Goiás reconhece isso, e por isso nós precisamos primeiramente orientar o usuário para estar na porta certa. Nosso dever de casa foi criar os grupos temáticos e iniciar o debate. Vamos ter um segundo encontro no mês de novembro. Depois, vamos para a construção do termo de cooperação, que foi uma proposição do Ministério Público do DF e que nós recebemos com muita alegria. Foi o olhar do controle externo vendo a necessidade desse alinhamento nas relações na saúde de Goiás e do DF.
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Governador Ibaneis Rocha pede que população continue se imunizando
O Distrito Federal está muito próximo de atingir 90% da população vacinada com as duas doses contra a covid-19. O alto percentual tem sido um fator importante para a retomada das atividades em vários segmentos na capital federal. Durante entrevista ao Jornal da Record, o governador Ibaneis Rocha fez questão de destacar a importância da imunização. Principalmente em meio às programações do aniversário de Brasília e da possibilidade do carnaval fora de época, com o feriado prolongado. Sobre as próximas entregas, o governador revelou que pretende concluir a negociação do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) e dar andamento ao Teatro Nacional e ao Autódromo | Foto: Reprodução TV Record “A gente espera que seja o carnaval da vacinação”, afirmou o líder do Executivo, que pediu que a população siga o ciclo vacinal tomando também a terceira e a quarta dose e buscando as unidades básicas de saúde (UBSs)em caso de sintomas. O governador disse que a preocupação com a doença ainda existe, mas que a cidade está preparada. “Venho falando com o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, para que amplie a quantidade de leitos de UTI”, completou. [Olho texto=”“A gente espera que seja o carnaval da vacinação. Só é possível esse ambiente porque tivemos uma vacinação em massa. Estamos com quase 90% da população vacinada com a segunda dose. Pedimos consciência para a população”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Diante disso, Ibaneis Rocha diz que espera que o brasiliense possa comemorar os 62 anos da cidade, aproveitando a programação promovida pelo GDF. “Que a população se sinta um pouco mais solta, que possa ter um ambiente de comemoração e também de libertação desses dois anos [de pandemia]”. A celebração já teve início com o lançamento do programa GDF Presente – Cidade Sempre Limpa, que começou pela área central, fazendo serviços de manutenção e renovação. Na entrevista, o governador também falou da situação atual da saúde e da segurança. Ibaneis disse que houve um achatamento dos atendimentos na saúde pública em função da pandemia, mas que a cidade ganhou novas unidades de pronto-atendimento (UPAs) e está preparada para retomar os demais atendimentos. Em relação à questão da violência nas escolas, citou o trabalho ostensivo das forças de segurança em parceria com a Secretaria de Educação. “A gente tem intensificado o trabalho, identificando as escolas onde a violência é maior”, defendeu. Sobre as próximas entregas, o governador revelou que pretende concluir a negociação do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) e dar andamento ao Teatro Nacional e ao Autódromo: “São várias coisas que estavam paradas, que a gente pretende entregar.” Ibaneis também anunciou que deve lançar o concurso público da Universidade do Distrito Federal, seguindo o que tem feito ao longo da gestão, convocando servidores públicos para compor o governo. [Olho texto=”“Construímos sete UPAs e temos trabalhado para entregar mais 20 UBSs até o fim do mandato. Temos um projeto na área da saúde que foi atrapalhado pela pandemia e queremos colocar em marcha o mais rápido possível”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Confira trechos da entrevista com Ibaneis Rocha: Carnaval fora de época “Existe uma preocupação. Venho falando com o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, para que amplie a quantidade de leitos de UTI. Pedi que aumentasse na área da covid, para que tenha a diminuição do percentual. A gente espera que seja o carnaval da vacinação. Só é possível esse ambiente porque tivemos uma vacinação em massa. Estamos com quase 90% da população vacinada com a segunda dose. Espero que [os brasilienses] busquem a terceira dose e que as [pessoas] sintomáticas procurem as unidades básicas de saúde e evitem a propagação do vírus. Pedimos consciência para a população.” Aniversário de Brasília “Não está liberado para uma grande festa. A gente espera que a população de Brasília que gosta da cidade possa sair às ruas e visitar esses pontos e curtir a cidade no nosso aniversário. Que a população se sinta um pouco mais solta, que possa ter um ambiente de comemoração dos 62 anos e também de libertação desses dois anos [de pandemia].” [Olho texto=”“Recebemos quase 900 profissionais aprovados em concurso. Agora vem essa sequência de concursos, como o concurso da Universidade do Distrito Federal, que esperamos implementar no segundo semestre”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Situação da saúde “Tivemos um período de dois anos de achatamento da Saúde. Tivemos que reduzir para atender os pacientes da covid. Temos que ter uma retomada muito forte. Construímos sete UPAs e temos trabalhado para entregar mais 20 UBSs até o fim do mandato. Temos um projeto dentro da área da saúde que foi atrapalhado pela pandemia e queremos colocar em marcha o mais rápido possível.” Violência nas escolas “Nós temos que trabalhar com inteligência. Polícia Militar, Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Educação estão tentando prevenir esses crimes. Espero que a gente consiga conscientizar nossos adolescentes e nossas crianças que esse não é o caminho. Temos que traçar um caminho de paz. A gente tem intensificado o trabalho, identificando as escolas onde a violência é maior.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Concurso público “Foram liberados diversos concursos pela Secretaria de Economia. Tenho uma definição de que política de estado se faz com servidores efetivos. Tenho chamado inúmeros profissionais, principalmente na área de assistência social. Recebemos quase 900 profissionais aprovados em concurso. Agora vem essa sequência de concursos, como o concurso da Universidade do Distrito Federal, que esperamos implementar no segundo semestre.” Entregas “Nós temos que concluir a negociação do Centrad, temos a licitação do Teatro Nacional e quero entregar o Autódromo. São várias coisas que estavam paradas, que a gente pretende entregar. Também temos obras em andamento que pretendemos entregar.” GDF Presente – Cidade Sempre Limpa “Estamos trabalhando pelo embelezamento da cidade. Hoje teve o lançamento de um programa nesse sentido. Soltamos máquinas pela cidade para recuperar tudo que a chuva tirou nesse período.”
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Passado o pior momento, governo segue transformando a cidade
Às vésperas do aniversário de 62 anos de Brasília, o governador Ibaneis Rocha se mostra orgulhoso com o trabalho de renovação que tem feito na cidade, mesmo com dois anos de pandemia. Já são 1.600 obras desde o início da gestão. Em entrevista ao programa CB Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, o líder do Executivo agora olha para frente com esperança renovada de que o pior já passou. Ibaneis Rocha voltou a pedir, durante a entrevista, que a população se vacine contra a covid-19 | Foto: Ed Alves/CB/D.A.Press “A preocupação não é entregar obras. Fico muito satisfeito em saber que elas estão acontecendo”, afirmou. Para o governador, o importante é garantir melhorias para a população do DF. “A mobilidade vai melhorar muito, assim como aconteceu com o Complexo Viário Joaquim Domingos Roriz. Melhorou a vida de milhares de pessoas que residem ali na região Norte”, completou. [Olho texto=” “Brasília está se renovando, mas não é só na área de infraestrutura. Basta ver o Hospital Oncológico que está sendo construído. Era uma das missões que tínhamos. Mesmo com a pandemia, avançamos muito na área de saúde. Construímos sete UPAs, reformamos outras seis. Contratamos servidores, colocamos à disposição aquilo que a cidade tem de melhor”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”] Ibaneis Rocha falou também sobre os impactos da pandemia – dos três anos de mandato, dois deles foram em meio à crise sanitária. “Foi um período muito difícil para mim, porque eu tive que tomar decisões que impactavam na vida das pessoas. O balanço geral desta pandemia é que conseguimos evoluir muito”, disse. O governador citou a construção de novos hospitais e de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), as reformas nas escolas, as contratações de servidores e a criação de novos programas sociais. O governador também falou sobre segurança pública e a questão do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad). Ibaneis Rocha disse aguardar o encaminhamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, para a recomposição salarial das forças de segurança. Já a situação do Centrad teve avanço, com a anulação do contrato. A intenção, segundo o governador, é que o GDF adquira o prédio por meio de um financiamento. “Queremos sanar todos os problemas e entregar à comunidade. Aquele prédio é muito importante.” Confira trechos da entrevista do governador Obras a serem entregues “As mais próximas são o Túnel de Taguatinga e o viaduto do Recanto das Emas. A obra do viaduto próximo ao Parque da Cidade também. A preocupação não é entregar obras. Isso parece mais coisa da política. Fico muito satisfeito em saber que elas estão acontecendo. Brasília está se renovando, mas não é só na área de infraestrutura. Basta ver o Hospital Oncológico que está sendo construído. Era uma das missões que tínhamos. Mesmo com a pandemia, avançamos muito na área de saúde. Construímos sete UPAs, reformamos outras seis. Contratamos servidores, colocamos à disposição aquilo que a cidade tem de melhor.” Mobilidade “A mobilidade vai melhorar muito, assim como aconteceu com o Complexo Viário Joaquim Domingos Roriz, que melhorou a vida de milhares de pessoas que residem ali na região Norte. Estamos fazendo agora a segunda entrada de Sobradinho, que vai facilitar muito. Gastei, no último final de semana, 15 minutos do Plano Piloto a Planaltina, coisa que era impossível antes. Obras são importantes para Brasília se desenvolver. Brasília precisa de muitas coisas na área de mobilidade. A solução para Sobradinho e Planaltina é o BRT. Temos que trabalhar com a expansão [do metrô] de Samambaia, Ceilândia e Gama, onde é mais plano.” [Olho texto=”“O balanço geral dessa pandemia é que conseguimos evoluir muito. Vai sobrar um legado muito grande para a saúde. Compramos muitos equipamentos, tivemos a abertura de hospitais, das UPAS, tudo isso vai ficar como legado da pandemia”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Estado de calamidade pública “Hoje, estamos dentro de uma situação de tranquilidade. Temos 31 leitos de UTI Covid, mesmo assim, estamos com índice de 70% de ocupação. O índice de vacinação está bastante alto, estamos próximos de 90% com a segunda dose e 45% com a terceira dose. A gente pede muito que as pessoas não deixem de se vacinar. Tivemos uma procura pequena da terceira dose, e da quarta dose, menor ainda.” Pandemia “Foi um período muito difícil para mim, porque eu tive que tomar decisões que impactavam na vida das pessoas. As cobranças que vinham de todos os setores, a preocupação com o setor econômico, isso tudo mexeu comigo. Esse sofrimento me fez melhorar muito. Foi um crescimento pessoal muito grande. O balanço geral dessa pandemia é que conseguimos evoluir muito. Vai sobrar um legado muito grande para a saúde. Compramos muitos equipamentos, tivemos a abertura de hospitais, das UPAs, tudo isso vai ficar como legado da pandemia.” [Olho texto=”“Avançamos muito na segurança. Recebemos o Distrito Federal com metade das delegacias fechadas. Não funcionavam 24 horas. Contratamos polícias. Nossa academia da Polícia Federal trabalha com todos os cargos cheios desde o início do governo. Reduzimos em quase todos os índices de criminalidade”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Impactos da covid-19 “Tivemos um aumento grande da carência das pessoas. Nessa área social, tivemos que implementar um programa muito forte. Reduzimos os preços dos restaurantes comunitários de R$ 3 para R$ 1 e colocamos o café da manhã. Criamos o Cartão Prato Cheio, com o qual atendemos quase 40 mil pessoas. Tem o Cartão Gás. São mais de 700 pessoas atendidas no DF dentro dos nossos programas sociais, o que nos orgulha muito, mas também nos entristece, porque tem muita gente precisando trabalhar e só vamos conseguir isso se tivermos condições sanitárias. O ato de não tomar vacina está atingindo outra pessoa, aquela que está precisando retomar a economia.” Centrad “Continuo com o mesmo projeto de assumir o Centro Administrativo. Tivemos que tirar vários entraves. Por isso, criei uma comissão. Concluímos essa fase do encerramento do contrato, fiz um despacho encaminhado para a Secretaria de Economia para que a gente faça uma proposta de compra do edifício. Temos condições de adquirir o prédio financiado pela Caixa Econômica. Vamos fazer um plano de ocupação, comprar os móveis e fazer as obras viárias ao redor. Queremos sanar todos os problemas e entregar à comunidade. Aquele prédio é muito importante. Toda aquela área pertence ao DF. Temos ali a maior população do DF. Com o Túnel de Taguatinga e o metrô passando na porta, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia serão atendidas. Tem que ser ocupado.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segurança “Avançamos muito na segurança. Recebemos o Distrito Federal com metade das delegacias fechadas. Não funcionavam 24 horas. Contratamos policiais. Nossa academia da Polícia Federal trabalha com todos os cargos cheios desde o início do governo. Reduzimos quase todos os índices de criminalidade.” Recomposição salarial “O que a gente aguarda é que o presidente Bolsonaro encaminhe o mais rápido possível essa recomposição. É um compromisso nosso com as forças de segurança do Distrito Federal. Fizeram muitas distorções no serviço público do DF ao longo dos dez últimos anos. Vamos ter que fazer um trabalho no sentido de dar racionalidade. Já pedi ao secretário [de Economia] Itamar [Feitosa] que começasse os estudos reunindo as carreiras para tirar as distorções. Neste mês de abril, ele vai sentar com as categorias para que a gente possa mandar uma proposta orçamentária que diminua as distorções. Acredito no concurso público como forma de dar estabilidade dentro do governo.”
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Editais para contratação de médicos estão abertos até quinta-feira (14)
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) está com oito editais abertos para reforçar o quadro de médicos, principalmente, nas unidades de pronto atendimento (UPAs). [Olho texto=”Entre as etapas do processo seletivo estão análise curricular, entrevista e avaliação de conhecimentos. As contratações são destinadas também às pessoas com deficiência (PCD)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apesar de lançar constantemente processos seletivos e convocar os aprovados com regularidade, ainda há a necessidade de reposições para completar 100% do quadro. Os salários variam entre R$ 11.942,40 e R$ 16.194,00 para carga horária de 24 horas semanais. Há ainda auxílios transporte e alimentação, a depender da jornada de trabalho. Os interessados têm até o dia 14 de abril para se inscrever pelo site https://igesdf.org.br/todos-processos-seletivos/, onde é possível consultar os editais e requisitos necessários. 1. Médico I – Plantonista 2. Médico I – Do Trabalho 3. Médico I – Nefrologista HB 4. Médico I – Nefrologista HRSM 5. Médico I – Paliativista 6. Médico I – Ortopedista 7. Médico III – Anestesiologista 8. Médico I – Ginecologista Obstetrícia [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre as etapas do processo seletivo estão análise curricular, entrevista e avaliação de conhecimentos. As contratações são destinadas também às pessoas com deficiência (PCD). Os candidatos serão contratados para atuar nas unidades administradas pelo Iges-DF: Hospital de Base (HB), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e unidades de pronto atendimento (UPAs). Após o cadastro, o andamento completo da seleção realizada pela Gerência Geral de Pessoas poderá ser acompanhado pelo site do Iges-DF, onde serão publicadas todas as etapas realizadas e respectivos resultados. *Com informações do Iges-DF
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Em entrevista, secretário de Saúde destaca importância da vacinação
“Acredito muito na segurança da vacina. As intercorrências são mínimas no mundo todo. A vacina é a grande defesa que nós temos”, declarou o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, em entrevista ao CB.Poder, programa do jornal Correio Braziliense, na quarta-feira (2). [Olho texto=”“É importante garantir pelo menos a primeira dose de todas as crianças em idade escolar”_ Manoel Pafiadache, secretário de Saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Em defesa da imunização, o secretário destacou o efeito da campanha de vacinação contra covid-19 no Distrito Federal na redução da taxa de mortalidade da doença. “Temos uma alta contaminação, mas o número de óbitos é pequeno. Isso prova o efeito altamente positivo da vacina”, afirmou Pafiadache. Sobre a vacinação infantil, Pafiadache comemora a alta adesão do público do DF, unidade da Federação que mais vacinou crianças contra a covid-19. “É importante garantir pelo menos a primeira dose de todas as crianças em idade escolar”, enfatizou. Ele destacou a campanha, em parceria com a Secretaria de Educação, para aumentar, ainda mais, a imunização das crianças até o retorno das aulas nas escolas públicas. Na oportunidade, o secretário reafirmou o tripé da sua gestão: insumos, recursos humanos e melhoria dos processos. Até o momento, foram R$ 100 milhões investidos para garantir o estoque da Secretaria de Saúde, além de contratação de pessoal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O governador Ibaneis Rocha sempre nos colocou muitos recursos à disposição”, afirmou o general, citando a recente liberação de R$ 32 milhões para reforçar as equipes no combate à pandemia. “É gente cuidando de gente. Eles estão há dois anos trabalhando na linha de frente, próximo ao vírus. Há um desgaste, inclusive de saúde mental”, expôs o secretário. Confira as duas partes da entrevista abaixo: *Com informações da Secretaria de Saúde
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‘A economia do DF está aquecida e teremos mais empregos em 2022’
Foto: Renato Alves / Agência Brasília Um Distrito Federal que enfrentou a pandemia, vacinou a população, manteve os canteiros de obras ativos e, ainda em meio à crise nacional, conseguiu reaquecer a economia nos diversos setores produtivos. Esse é o balanço que o governador Ibaneis Rocha faz dos três anos de sua gestão, em meio ao prenúncio do que esperar para 2022. No penúltimo dia do ano, o chefe do Executivo local recebeu a equipe da Agência Brasília para uma conversa. Nela, fez uma avaliação das ações de governo, das obras que vão impactar positivamente a vida do brasiliense – principalmente de quem depende do transporte público – , das construções de unidades básicas de saúde (UBSs) e das unidades de pronto atendimento (UPAs), e lembrou ainda as mais de 18 mil nomeações de concursados para melhorar o serviço prestado à população. “Nós temos as contas em dia, não temos o risco de deixar de pagar nenhum funcionário, estamos avançando nos benefícios sociais, temos muitas obras na cidade e melhoramos a nossa capacidade de pagamento da classe C para a classe B”, resumiu Ibaneis, ao dar nota 8 à condução do governo na gerência da pandemia. Confira abaixo os principais trechos dessa conversa. Esta gestão já acumula mais de 1,4 mil obras em todo o DF. O que o brasiliense pode esperar para 2022? 2022 é o ano da conclusão da maioria dessas obras. É um ano que a gente tem expectativa de acelerar bastante, principalmente a partir do término das chuvas, o que deve gerar muito emprego para população do Distrito Federal – e nós precisamos que isso cresça realmente. Nós temos outras obras que serão lançadas ao longo do ano, principalmente na área da saúde. Temos ainda algumas unidades básicas de saúde que precisam ser construídas para a gente estabilizar o atendimento da saúde na nossa cidade. Será um ano de muito crescimento, um ano de desenvolvimento para cidade, um ano que a gente vai buscar, o máximo possível, não atrapalhar a continuidade do trabalho da máquina administrativa. O que o senhor destaca como a principal ou as principais entregas para esse primeiro semestre do ano? Olha, nós temos aí a principal entrega para o primeiro semestre que é o túnel de Taguatinga que deve sair ali por volta do mês de junho. E nós temos vários desses viadutos que foram iniciados, em especial do Sudoeste, também com previsão de entrega ainda no final do primeiro ou início do segundo semestre. O brasiliense se locomove muito de carro e o DF tem um automóvel para cada três habitantes. As novas obras de arte feitas na cidade estão sendo pensadas nesse fluxo de veículos nas vias? Nós temos uma dificuldade muito grande que é o modelo de transporte público feito aqui no Distrito Federal. É um modelo ponta a ponta. A pessoa entra no ônibus em Samambaia e vem descer na Estrutural. Isso dificulta o sistema público de transporte porque não se tem o reabastecimento ao longo das linhas dessa população. Em razão disso utiliza-se muito o transporte veicular, as pessoas fazem isso aqui com muita constância. Mas o foco dessas obras todas é exatamente facilitar o transporte via ônibus. Todas essas vias estão sendo pensadas com corredores. É o caso da Avenida Hélio Prates, que vai ter um corredor de ônibus saindo lá do final de Ceilândia, próximo ao Sol Nascente, e desaguar no Eixo Monumental. Todo pensamento é exatamente voltado para que a gente tenha um tráfego mais ágil no transporte público. Isso vai ser feito também com a continuidade da EPTG – que, hoje, para ali logo depois do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Nós vamos concluí-la, tanto paro o Setor Policial Sul quanto para chegar ao Eixo Monumental. Isso vai facilitar muito a vida das pessoas, vai tirar um bom tempo gasto no trânsito e devolvê-lo às famílias para que elas possam viver em conjunto. Por falar em transporte público e mobilidade, mesmo com a alta do combustível, que foi um destaque nacional, o GDF segurou o aumento do preço das passagens de ônibus. Há algum reajuste das tarifas previsto para 2022? Não, não temos nenhuma previsão de aumento e estamos com as nossas tarifas equilibradas. Tivemos alguns problemas aí no final do ano porque houve uma complementação tarifária feita com orçamento do Distrito Federal, exatamente para que a gente não tenha aumento no valor das tarifas. A gente sabe que nós estamos vivendo um período de muito desemprego, um período de muita dificuldade e tudo que a gente não quer nesse momento é um aumento de tarifa de ônibus. As aulas presenciais voltaram agora no fim do ano. E o governo tem algum planejamento para suprir o déficit educacional forçado pela pandemia nesses quase dois anos de ensino remoto? Em primeiro lugar, o retorno às aulas foi um sucesso. Nós temos que parabenizar os professores, os educadores do DF como um todo. A direção das escolas fez um belíssimo trabalho de retomada das aulas. Só que nós temos um déficit educacional que foi muito grande em virtude desse período em que ficamos assistindo aulas remotas. Então, está na hora da educação, e aí a secretária de Educação Hélvia Paranaguá está fazendo isso. Fazer um reforço escolar para que todos esses alunos possam recuperar o conteúdo educacional perdido ao longo desse período. O ICMS é a principal fonte de tributação de um Estado. O GDF abriu mão em várias taxações para movimentar setores e fomentar a economia, com reflexos, inclusive, no custo de produtos consumidos pelo cidadão. A gente pode entender quase como uma política de promoção de uma minirreforma tributária feita pelo senhor? O que a gente tem visto é que determinadas cobranças de impostos que são feitas pelo Estado não tem o reflexo que se espera. A arrecadação termina sendo muito pequena em relação ao que você tem de benefício para as cidades. De outro lado, também há a necessidade de incentivar determinadas áreas de desenvolvimento no Distrito Federal. Isso foi feito em inúmeras áreas durante esse período de pandemia e, por incrível que pareça, o retorno tem sido muito positivo. Nós estamos arrecadando mais do que arrecadávamos antes, cobrando menos e arrecadando mais. O efeito tem sido muito favorável na balança para o Distrito Federal. Então, aquilo que for necessário fazer nos espaços onde nós tivermos condições de fazer desoneração de tributos, nós vamos continuar fazendo. Isso é uma política que eu chamo de política liberal da qual eu sou extremamente favorável. Eu acho que o Brasil perde muito de ter a sua reforma tributária. Com uma reforma de verdade, nós teríamos condições de investimentos muito maiores, teríamos investidores internacionais. Mas temos que pensar no nosso “quadradinho”. Aqui no Distrito Federal nós estamos fazendo a cartilha. Era pra ter avançado mais se não fosse a pandemia. Esperamos para 2022 poder crescer um pouco mais. Em três anos de governo, a sua gestão foi a que mais convocou concursados – mais do que outros governos que passaram pelo DF e eram historicamente ligados às bandeiras do trabalhador. São 18 mil novos servidores até agora. O que significa esse investimento e por que ele é importante para a máquina pública? É a reestruturação do Estado. A gente reclamou muito, por exemplo, que a saúde não está bem. Mas se você não contratar servidores na saúde, sejam eles celetistas ou estatutários – e nós fizemos os dois -, você não consegue recuperar a parte de recurso humano. Então, saúde se faz com investimentos nos suprimentos e com recursos humanos. Nós olhamos pra esse lado. Zeramos a fila de professores. Ninguém pode querer ter uma educação de qualidade se você não tiver professores lá na ponta e, principalmente, os concursados. Nós temos aqui no Distrito Federal, no caso da educação, ainda são convocados vários outros [professores] que são temporários. Mas o mais importante para nós é exatamente essa contratação de servidores públicos concursados. E tem uma área na qual não foi dada muita atenção nos últimos anos e é uma coisa que é muito importante que é a assistência social. Nós conseguimos crescer muito o número de servidores tanto da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) quanto na Secretaria de Justiça (Sejus) e na Secretaria da Mulher. Nós quase que não tínhamos nenhum chamamento para a Secretaria da Mulher. Hoje a Secretaria da Mulher funciona com quadro de pessoal efetivo. Temos o atendimento feito na Casa da Mulher Brasileira em Ceilândia que não existia, só existia Casa da Mulher Brasileira no Plano Piloto. Nós temos hoje uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Ceilândia também e tudo isso envolve um número de servidores que foram chamados. Eu me orgulho muito de, sendo um liberal, ter o respeito que eu tenho com a classe dos servidores públicos do Distrito Federal. E esse respeito se traduz também naquilo que eu fiz por eles. Além de pagar a terceira parcela do reajuste – vamos pagar a partir de abril, já está previsto -, também criamos o plano de saúde dos servidores do Distrito Federal que envolve aí mais de 50 mil pessoas inscritas. São 50 mil vidas e a gente espera chegar até o final de 2022 com aproximadamente 80 mil vidas no plano de saúde. Na área de desenvolvimento social o GDF, inclusive, zerou as vacâncias que tinham? E nós estamos esperando: o que aparecer de vacância nós vamos complementar. Na saúde houve um investimento pesado: seis Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em 2021. Que impacto positivo o brasiliense vai sentir na área? A gente espera muito porque uma UPA dessas ela atende em torno de quatro mil pessoas por mês. Temos aí sete UPAs, sendo que duas serão entregues agora no início do ano. Vamos ter um aumento muito grande no número de atendimentos. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são muito importantes para a saúde do brasiliense porque é exatamente nela que se faz o acompanhamento da família. É ali onde você tem todo um atendimento, seja na área odontológica, seja dos pacientes com diabetes, e isso diminui muito o impacto dentro dos nossos hospitais. Estamos também reformando os nossos hospitais, dando uma melhor condição para que eles possam atender a população. Isso vai ser feito no Hospital Regional de Planaltina, com ampliação com mais um bloco, e com o Hospital Regional de Brazlândia, onde também vai ser feito mais um bloco. Essa pandemia veio como imprevisto para todo mundo e a condução de um governo durante ela não foi algo fácil. Que análise que o senhor faz hoje das suas tomadas de decisões, tanto no fechamento quanto na liberação de serviços e espaços? Olha, é uma história pra se contar quando ninguém sabia o roteiro. Tivemos ali vários momentos de dificuldade, principalmente aqueles em que o número de leitos foi muito reduzido. Mas nós avançamos muito no atendimento à saúde. Conseguimos agir rápido para que a gente pudesse atender essa população. Ficou um saldo negativo na questão da saúde, porque deixou-se de atender as cirurgias eletivas, aquelas cirurgias mais simples, para atender os pacientes de covid-19 que estavam necessitando de UTI. De um modo geral, eu acho que nós conseguimos sair bem. E uma coisa que revela isso foi, agora nesse final de ano, eu ter tido o prazer de ser homenageado por quase todas as federações do Distrito Federal: pela Fibra, pela Fecomércio, pela CDL, todas elas trabalhando ali e vendo que o que foi feito era o necessário. E quando deu pra aliviar a gente conseguiu aliviar no tempo certo. Então, se tivesse sido tão ruim, quem mais sentiu, que foi o comércio, a indústria e essas categorias, estariam reclamando. E, graças a Deus, isso não existe. Aqui no Distrito Federal todos os comerciantes voltaram agora a trabalhar com força total e têm condição de tornar o emprego viável para diversas pessoas que foram demitidas ao longo da pandemia. Acho que aos poucos nós vamos conseguir retomar. Agora, o balanço geral eu acho que a gente pode tirar uma nota 8 aí que dá pra ser aprovado. No momento certo nós fechamos aqui no Distrito Federal. Fomos o primeiro Estado da Federação a fechar. Seguramos as medidas. Fomos abrindo ao longo do tempo. Conseguimos dar segurança na saúde da população do DF e chegamos hoje numa condição de que as pessoas estão cada vez vivendo com mais tranquilidade. O governo conseguiu manter, inclusive, as obras em funcionamento desde o início da pandemia, né? É isso que nós não paramos, nós conseguimos manter todo a força de trabalho nas ruas, nós não paramos dentro das secretarias, fizemos todas as licitações necessárias, e é por isso que o Distrito Federal hoje continua numa situação de normalidade, nós estamos com tudo andando dentro da normalidade. Os índices de desemprego inclusive têm caído nos últimos três meses. O senhor acredita que seja uma tendência? Acredito que sim. Para nós aqui no Distrito Federal há uma tendência de diminuição do desemprego até porque os setores estão todos aquecidos, em especial a construção civil. A construção civil do Distrito Federal está num patamar bem elevado e deve contratar muito ainda nesse início do ano. Por que o senhor tomou a iniciativa e transformou políticas provisórias como o Cartão Gás e o programa Prato Cheio em políticas permanentes de Estado? Eu acho que existia ali um receio da população de baixar um decreto e terminavam com o programa, né? Então, nós mandamos exatamente para converter essas políticas públicas em políticas permanentes, não só políticas que seriam tomadas durante o período da pandemia. A ideia foi exatamente essa: dar segurança tanto para aqueles que estão em uma ponta recebendo quanto para aqueles outros que estão na outra ponta prestando serviço, como é o caso do cartão creche. Nestes três anos completos de governo, que avaliação geral o senhor faz da sua gestão? Olha eu não sou político, aliás eu não era político, eu agora sou político. E as experiências são muito grandes que a gente vive na tomada de decisões. Mas eu acredito que o saldo é bastante positivo em relação à administração do Distrito Federal. Nós temos as contas em dia, nós não temos o risco de deixar de pagar nenhum funcionário. Nós estamos avançando nos benefícios sociais, nós temos muitas obras na cidade. Nós melhoramos a nossa capacidade de pagamento da classe C pra classe B, o que permite ao DF tirar financiamentos nacionais ou internacionais. Do ponto geral, pra quem não tinha participado ainda e não conhecia a máquina pública, eu acho que nós estamos com um saldo positivo, muito positivo. E o senhor está gostando de ser político? Estou. Estou gostando porque é a única maneira que se tem realmente de transformar a vida das pessoas. E quando você pega uma pessoa que não tinha um plano de saúde – e eu já encontrei várias nas ruas – e vira pra mim e diz: “Olha, eu descobri que estou com câncer e estou fazendo tratamento no [hospital] Sírio Libanês”. Era quase impossível um servidor público fazer isso e para fazer tinha que tirar do seu salário uma parcela muito alta para pagar um plano de saúde. Então você consegue através da política fazer diversas mudanças nas vidas das pessoas, ajudando-as naquilo que é possível. E o Distrito Federal precisa de muita coisa ainda. Nós pegamos uma cidade em estado de degradação muito grande, muito grande. Temos aí asfaltos que precisam ser feitos, calçadas que precisam ser feitas, obras públicas que precisam ser realizadas e muita coisa ainda a fazer no DF. Eu vou focar em 2022 para que a gente consiga tirar do papel a maioria dos projetos para que a gente consiga avançar mais para população do Distrito Federal.
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‘Estudamos e definimos políticas públicas para atuar de forma cirúrgica’
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Ao longo de 2021, os principais índices de criminalidade tiveram redução no Distrito Federal em relação aos dois últimos anos. Nos primeiros dez meses do ano, foi registrada a redução de 23,2% no total dos crimes contra o patrimônio, os mais comuns que englobam os roubos a transeunte, de veículo, em coletivo, em comércio e em residência. Os dados são resultado de ações efetivas e da implementação de novos programas pela Secretaria de Segurança Pública. Entre os projetos lançados este ano estão o DF Mais Seguro, um trabalho preventivo de combate à criminalidade; a Operação Quinto Mandamento, que atua na preservação da vida; e a Cidade da Segurança Pública, que conta com operações policiais durante quatro dias numa região. Todos os programas têm algo em comum: a atuação conjunta das forças ligadas à segurança pública. “Hoje a gente vê as forças valorizadas e os resultados estão aí: índices reduzidos e trabalho integrado, buscando de forma conjunta avançar e enfrentar a criminalidade”, destaca Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública do DF, em entrevista exclusiva à Agência Brasília. Neste momento, a secretaria está atenta à volta das atividades com o avanço da vacinação contra o coronavírus. “Temos ações e projetos direcionados para que possamos atuar de forma preventiva”, adianta. O secretário Júlio Danilo detalha ainda algumas ações de combate à criminalidade que contam com apoio de inteligência. Com o avanço da vacinação e a volta gradativa das atividades, como a segurança pública tem atuado? Estamos atentos à volta das pessoas às ruas, verificando como se comporta a própria questão dos índices criminais, já que a gente vem experimentando mês a mês a redução, inclusive em comparação a 2020 e 2019. Há uma tendência de que, com a movimentação das pessoas, possa haver um aumento em alguns índices com relação a crimes contra o patrimônio, porque as pessoas se expõem mais às ruas. As pessoas também acabam saindo mais no período noturno e a segurança pública está atenta a isso. Nós temos ações e projetos direcionados para que possamos atuar de forma preventiva e evitar que esses crimes acabem saindo do controle. Continuamos protegendo as pessoas nas ruas. Hoje, o número de vítimas de homicídio é o menor desde 2000. No acumulado do ano, a redução de vítimas desse crime é de 14,9%, de 316 para 269. Isso significa 47 vidas salvas. Houve também redução de quase 17% nas tentativas desse tipo de crime, de 582 para 485 registros. Nos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), a queda foi de 33% nos primeiros dez meses deste ano. A que o senhor atribui essa redução nos índices de crimes violentos e contra o patrimônio? Estamos experimentando a redução desde 2019. Fechamos o mês passado com uma queda de quase 15% nos índices de criminalidade. Isso é decorrência do trabalho de integração das forças de segurança. As polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Detran têm atuando de forma integrada. Cada um realizando seu papel dentro da sua atribuição pensando na segurança pública e de forma técnica. Temos um programa estabelecido, o DF Mais Seguro, que foi colocado e implementado e que tem diversas ações e projetos pautados no estudo das manchas criminais, no trabalho de inteligência e no estudo dos dados estatísticos. Levamos a segurança pública de acordo com a demanda de cada região. Destaco muito a sabedoria do governador Ibaneis Rocha, que, lá no início de 2019, falou: “A coordenação da segurança pública está nas mãos do secretário de Segurança Pública”. A política pública é definida pela secretaria e as forças têm que se integrar e atuar. Isso vem sendo feito. Hoje a gente vê as forças valorizadas e os resultados estão aí: índices reduzidos e trabalho integrado, buscando de forma conjunta avançar e enfrentar a criminalidade. A segurança pública é muito desenvolvida com ações preventivas. O que foi feito no sentido de evitar os crimes? Começamos a implementação de alguns projetos neste ano voltados à prevenção. O [programa] Área de Segurança Prioritária (ASP) vinha sendo pensado desde o início do governo e foi implementado. Ele é baseado num modelo francês de atuação em áreas específicas. Você pega uma área e uma população delimitadas, estuda as características da atuação e do acontecimento do crime naquela região e enfrenta diversas frentes que interferem na segurança pública, como a organização do espaço, a questão da iluminação pública, a poda de árvores e o acúmulo de lixo ou de entulho. Iniciamos pela Estrutural porque é uma área que conseguimos delimitar bem o espaço, tem uma população de um número razoável e tem repercussão na área da segurança pública. Estamos lá há cinco meses, onde realmente conseguimos experimentar a redução do índice de criminalidade e tratar questões não só de segurança pública, com integração do Estado. Lá, de janeiro a outubro, houve redução de 32,3% nos roubos a transeunte (de 251 para 170). Também caiu o roubo em coletivo, 14,7%, passando de 75 para 64 ocorrências. No total dos Crimes Contra o Patrimônio (CPP), que englobam os roubos a transeunte, de veículo, em coletivo, em comércio, em residência e o furto em veículo, a redução foi de 23,2% (de 392 para 301). E o programa Cidade da Segurança Pública? É a mesma proposta? O Cidade da Segurança Pública é um projeto que roda todo o DF. A execução é mais rápida, apesar de ser intensa. Ocorre de quarta a domingo em determinada cidade. Transferimos o gabinete da Secretaria de Segurança Pública para a localidade. Fazemos estudos das demandas; nos reunimos com administrador, conselho de segurança pública local e produtores e empresários da região, lideranças sociais e religiosas; e fazemos visitas às unidades de segurança pública. Levamos mais segurança com a realização de operações policiais todos esses dias. No Paranoá, por exemplo, tivemos uma redução de quase 50% no número de ocorrências. É um dado objetivo, que corta pela metade a ocorrência de crimes na cidade. E tem mais: durante os quatro dias que realizamos as ações, não houve nenhum crime violento contra a vida por lá. E como fica o legado após a passagem do programa Cidade da Segurança Pública nas cidades? O legado é a continuidade do trabalho das forças de seguranças locais. Faço visita ao Batalhão da Polícia Militar, à Delegacia de Polícia, ao Grupamento de Bombeiro Militar (GPM) e à unidade do Detran. Conversamos com o comando e com o efetivo, debatemos segurança pública, colocamos nossas preocupações e discutimos a tendência da criminalidade naquela região. Realizamos também uma edição da Operação Quinto Mandamento, outra ação do DF Mais Seguro que vem dando muito resultado e fomenta mais ainda a integração dessas forças. Vemos que, após a passagem do programa [Cidade da Segurança Pública], aquela região apresenta uma redução dos índices. Lógico que quando estamos presentes, com aquela massa de policiais, a redução vai lá embaixo. Depois ela começa a subir, mas vai apresentando uma redução e acaba se estabilizando. Verificamos isso em Planaltina, Samambaia e Gama. Dá resultado. A população sente a presença do Estado. Até porque a gente oferece serviços do Detran, identidade solidária e ouvidoria, e faz exposição dos equipamentos das forças de segurança. E como funciona a Operação Quinto Mandamento? Essa é uma ação que começamos no ano passado. Ela trata do quinto mandamento [da Bíblia Sagrada], “não matarás”. É uma operação policial que envolve diversas agências de Estado, voltada para a preservação da vida. Temos as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Detran, Polícia Rodoviária Federal, DER, Polícia Penal e as agências de fiscalização DF Legal, Ibram, Vigilância Sanitária e Vigilância Ambiental. Boa parte dos crimes violentos letais intencionais tem sempre uma vinculação com consumo excessivo de álcool e de drogas. Geralmente ocorrem diversos crimes, que sejam tentativa de homicídio, feminicídio, nas proximidades das distribuidoras [de bebidas] que se proliferaram pela cidade, principalmente nas regiões administrativas. Atuamos fiscalizando o licenciamento e limite e horário de venda, um trabalho preventivo e que dá resultado. O trabalho também tem o foco de combater a questão do tráfico de armas e de drogas, eventualmente perturbação ao sossego, que acaba dando confusão e que pode evoluir para o homicídio. É uma ação de preservação da vida, mas que tem todo um viés de prevenção e repressão. Os números são expressivos. Temos estudos direcionados que, entre 72% e 73% dos homicídios no DF, ocorrem em 10 das 33 RAs. Essas regiões são focos principais da operação. Ela roda o DF todo, mas a gente está sempre voltando nessas RAs. O senhor tem falado da importância do serviço de inteligência, como a segurança pública o utiliza para o combate ao feminicídio? O feminicídio é o fim trágico da violência contra a mulher. Enfrentamos a violência doméstica com prevenção. Dificilmente conseguimos atuar numa violência dentro de casa, da qual nunca houve denúncia e registro. Mas onde é que entra a inteligência? A inteligência nada mais é do que coletar dados, analisá-los e produzir conhecimento. Temos uma Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios, que funciona aqui na secretaria, e que analisamos todos os feminicídios que acontecem no DF desde 2015. Mensalmente produzimos relatórios e estudos, de lá vamos tirando as políticas públicas. Descobrimos que quase 80% dos feminicídios não tinham registro anterior de violência contra a mulher. É fundamental a cultura de denúncia, que é o [programa] Meta a Colher, parte de um programa maior, Mulher Mais Segura. Quais são as outras políticas? A Diretoria de Monitoramento de Pessoa Protegida surgiu a partir desses estudos. Vimos a necessidade de que a mulher com medida de segurança contra o agressor tivesse um dispositivo, em que criamos um círculo de segurança. Se o agressor tentar furar [o perímetro] e se aproximar da mulher, o dispositivo gera um alerta e a diretoria recebe on-line e pode intervir. Temos também o Viva Flor, um aplicativo solicitado pela mulher ao Judiciário. Se ela se sentir ameaçada ou o autor tentar se aproximar, ela pode acionar e a secretaria imediatamente manda uma equipe policial para fazer a intervenção. Com esse dispositivo, ela consegue, pelo menos, tentar levar a vida com certa normalidade. Além disso, pensando nessa cultura, lançamos a Aliança Distrital, voltada para lideranças sociais e religiosas. Muitas vezes a pessoa que sofre violência doméstica não sabe como chegar ou tem medo de procurar a segurança pública. A gente sabe que lideranças sociais e religiosas são procuradas e tomam conhecimento. Estamos tentando trazer esse pessoal para que possamos capacitar e orientar. Temos feito palestras e reuniões com diversas lideranças religiosas do DF distintas. Esta semana, um levantamento da SSP mostrou que tivemos o menor número de crimes contra a vida em 22 anos, um número bem expressivo. É resultado de todas essas ações? Volto lá atrás na sabedoria do governador, que em 2019 colocou a segurança pública nas mãos do secretário de Segurança Pública. Tenho que manter o policiamento da cidade, o funcionamento do trânsito e atender nas delegacias e as investigações normais. Mas e o algo mais? Estudamos a segurança pública e definimos políticas públicas para atuar de forma cirúrgica em cada região. Hoje temos a legitimidade de chamar as forças de forma conjunta e madura para definir. Temos aqui os CAISP, que são os Comitês das Áreas Integradas de Segurança Pública. Mensalmente, a gente tem esse comitê que se reúne para discutir com comandantes, Detran e administração os dados estatísticos de 20 áreas do DF, que integram mais de uma região administrativa, para trabalhar de forma incisiva em cada área. Temos essa discussão da segurança pública local.
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‘Muita gente usou o álcool como fonte de lazer na pandemia’
Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Simultaneamente à crise sanitária de covid-19, o mundo viveu uma “pandemia paralela” envolvendo a saúde mental. Depressão e ansiedade foram os problemas mais comuns. Mas houve também abusos no consumo de álcool e medicamentos – resultado do aumento de fatores estressantes na pandemia, como o medo e o luto. A expectativa é que, com o arrefecimento do coronavírus, mais pessoas descubram problemas mentais e precisem de atendimento. “Provavelmente muita gente vai se dar conta do transtorno mental agora. Na depressão, a pessoa fica desanimada, não quer ver ninguém. Quando estava no isolamento, isso, às vezes, acabava ficando camuflado”, explica a médica Helena Moura. Ela atua como psiquiatra há 11 anos no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Guará, além de ser preceptora da reside?ncia de psiquiatria do Hospital de Base e professora da Universidade de Brasília (UnB). Em entrevista à Agência Brasília, Helena Moura analisa a relação entre os transtornos mentais e a pandemia. A psiquiatra também explica a importância do acesso à informação e ao tratamento das doenças mentais, além de traçar o provável perfil dos casos do DF. Confira, abaixo, os principais pontos da entrevista. Quais foram os impactos da pandemia na população sob o ponto de vista mental? No início, a gente estava falando bastante da pandemia do medo do que estar por vir, o que gerou uma ansiedade muito grande. Infelizmente, de um tempo para cá, acabou somando a pandemia do luto. Muitas pessoas perderam seus familiares ou adoeceram, e sofreram com sequelas neuropsiquiátricas da covid. [As pessoas] Também [estão] sofrendo com as perdas que se concretizaram. O luto de ter perdido o emprego e um estilo de vida que gostava e não pôde ter. São todos fatores que contribuíram para prejudicar a saúde mental da população. [Olho texto=”“O transtorno mental tem um impacto na sociedade como um todo. Ele não afeta só aquele indivíduo. As pessoas que estão em volta sofrem junto”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Quais foram os problemas mais recorrentes? Tivemos um aumento muito grande dos casos de ansiedade e depressão. Muitos casos de depressão novos e que pioraram na pandemia. Pessoas que já vinham fazendo tratamento, mas, em razão desse aumento de fatores de estresse, acabaram piorando. Muitos casos de piora em relação ao uso de substâncias. Pessoas que já tinham problemas com álcool e com drogas e que já tinham parado, mas, em razão da pandemia, recaíram. Ou pessoas que não costumavam beber com muita frequência ou não costumavam exagerar no álcool, e começaram a fazer [uso dessas substâncias]. Sobre os novos casos, houve uma mudança no perfil dos diagnosticados? No Brasil, a gente ainda não conseguiu traçar exatamente essa mudança. Mas o que a gente sabe é que, em outros países e em outros momentos de crises muito grandes, houve um aumento de alguns problemas de saúde mental em populações mais vulneráveis. Mas o que a gente chama de vulnerabilidade, depende do tipo de crise. A crise econômica de 2008 na Espanha afetou pessoas de escolaridade alta. Os mais escolarizados e com mais recursos financeiros foram os que mais tiveram problemas graves com uso de álcool. O que a gente espera que possa acontecer no Brasil é que tenha tido um aumento [dos transtornos] na população mais idosa, que ficou mais isolada e mais amedrontada. A questão do consumo de álcool pode ter aumentado também entre aquelas pessoas de mais alta renda, porque tinham recursos para comprar bebida alcoólica. Sabemos que houve um aumento da venda dos medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e de automedicação. De que forma esses números se refletem nos hospitais? Havendo um aumento de prevalência de transtornos é natural que ocorra o aumento também da venda das medicações, e que é positivo no sentido de, quanto mais cedo eu tratar e de forma correta, evita-se complicações. Uma complicação de uma depressão é, por exemplo, uma tentativa de suicídio ou a pessoa ficar cada vez mais disfuncional, ter dificuldade de cuidar dos próprios afazeres. Sempre gosto de ressaltar que o transtorno mental tem um impacto na sociedade como um todo. Ele não afeta só aquele indivíduo. As pessoas que estão em volta sofrem junto. Conseguindo tratar alguém, eu não estou só conseguindo ajudar aquela pessoa, mas prevenindo, até mesmo, o transtorno mental nas crianças e nos familiares. O que nos preocupa mais é a automedicação. Por quê? As medicações de tarja preta, que são calmantes e tranquilizantes, já são campeões de vendas no Brasil. São medicações que trazem um alívio imediato, mas não tratam de fato. A pessoa acha que aquele medicamento que aliviou na hora é que está tratando. Só que não é. Daqui a pouco ela vai estar tomando uma dose maior. O problema vai continuar presente e pode ir se agravando. [Olho texto=”“Às vezes as pessoas não sabem e não se dão conta que estão se sentindo e se comportando de maneira diferente. Elas não sabem que aquilo é depressão e que precisam de tratamento”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante esse período, os tratamentos de saúde mental acabaram sendo impactados, mas os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) permaneceram abertos no DF. Como foram os atendimentos aos transtornos mentais na pandemia? Acabamos de publicar um artigo que saiu na The Lancet Regional Health, [revista] voltada para os estudos realizados na América, que conseguiu mostrar algo que já era nossa percepção como clínico, e quem trabalha no SUS já estava percebendo isso. Houve uma queda muito grande nos atendimentos no início da pandemia, depois foi normalizando. O que nos surpreendeu e nos preocupou, porque a gente já sabia que seria um período de aumento de demanda. O que nós vimos foram os ambulatórios e os Caps vazios. Em parte, porque as pessoas podiam estar com medo de estar em contato com algum serviço de saúde. Outras achavam que haviam fechado. Algumas pessoas não podiam sair de casa, eram grupo de risco. Isso também pode ter prejudicado. Nosso estudo mostrou uma queda de 30% nos atendimentos. Os atendimentos de grupo, que são extremamente importantes pensando no caso de transtornos por uso de substâncias, de álcool e de drogas, caíram quase 70%. É possível que tenha sido criada uma demanda reprimida. Pessoas que já estavam em tratamento podem ter piorado, porque não puderam ter a continuidade e a manutenção. E pessoas que não tinham problema, passaram a ter razão em toda essa circunstância. Agora a gente está com duplo trabalho, de atender aqueles casos que se agravaram e de atender a demanda nova. Quais são os próximos passos para avançar no combate aos transtornos mentais? A gente já tinha uma carência, antes mesmo da pandemia, de serviços de saúde mental. É uma área que a gente sabe que sofre muito preconceito e estigma, e que recentemente foi se quebrando. Cada vez mais as pessoas estão aceitando procurar essa ajuda. Mas ainda é deficitário. A gente precisa facilitar o acesso e isso passa também pelas redes primárias de saúde, que muitas vezes podem atender casos mais leves. A participação do médico da família é superimportante no diagnóstico da saúde mental. Às vezes as pessoas não sabem e não se dão conta que elas estão se sentindo e se comportando [de maneira] diferente. Elas não sabem que aquilo é depressão e que precisam de tratamento. Precisa aumentar a informação. Também temos que ajudar a reverter as causas que levaram aos sintomas. Procurar oferecer algum tipo de amparo para que diminua os fatores de estresse. [Olho texto=”“A pessoa perde o parâmetro do que é uma reação normal e tende a querer o tempo todo se medicar”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Como as pessoas podem saber que estão com algum transtorno mental? A depressão e a ansiedade são os transtornos mais prevalentes e provavelmente os que tiveram maior aumento na pandemia no Brasil. Na depressão, as pessoas pensam que é só tristeza, mas não só isso. A depressão pode transparecer de muito desânimo e perda de interesse em coisas que a pessoa gostava muito. Pode ficar mais irritada e impaciente e não querer conversar com ninguém. Dormir demais ou perder totalmente o sono. Comer demais ou perder totalmente a fome. Esses extremos também são comuns. Uma visão muito negativa de tudo e de si. A ansiedade se descreve como aquela sensação de medo. Parece que, de repente, a vida virou um filme de suspense. A pessoa fica o tempo todo com uma sensação de que algo muito ruim está para acontecer. Isso se reflete não só nos pensamentos, mas também fisicamente. Fica com o coração mais acelerado, tem dificuldade para respirar e a musculatura muito tensa, o que pode se transformar numa dor. Também interfere no sono e no apetite. No álcool é importante a gente se desfazer de alguns estigmas. Da ideia de que o alcoolista é uma pessoa que está na sarjeta, que tem baixa renda e que só bebe cachaça. A gente tem que estar muito atento para a relação que a pessoa tem com a bebida, como todas as formas de aliviar a ansiedade e de se divertir têm que ter o álcool presente. Infelizmente, muita gente usou o álcool como fonte de lazer na pandemia. Quando a gente fala do abuso de medicação, existe uma doença específica? Se torna um problema quando o paciente depois de muito tempo usando tenta reduzir e começa a se sentir mal de novo. Isso pode acontecer por dois motivos. O primeiro deles porque a pessoa não estava de fato tratando. Como eu disse, essas medicações só aliviam. Pode ser aquela ansiedade que ficou escondida debaixo do tapete. Pode ser também que a medicação tenha gerado mudanças no organismo daquela pessoa, que, quando tenta parar ou diminuir, sofre com sintomas de abstinência. A pessoa perde o parâmetro do que é uma reação normal e tende a querer o tempo todo se medicar. O abuso é perigoso pelos riscos da substância em si, que podem causar mudanças no organismo, e também por não estar de fato tratando os sintomas de ansiedade. Estamos vivendo o arrefecimento da pandemia. Ainda é momento de alerta para a saúde mental? Provavelmente muita gente vai se dar conta do transtorno mental agora. Na depressão, a pessoa fica desanimada, não quer ver ninguém. Quando estava no isolamento, isso, às vezes, acabava ficando camuflado. Aquele desconforto todo se transformou em algo maior e está impedindo a retomada daquela pessoa para a vida normal.
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