Família Acolhedora: cerca de 260 crianças em situação de vulnerabilidade recebem amor e carinho em lares temporários desde 2019
Oferecer um lar seguro e repleto de carinho e atenção a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade é o convite do programa Família Acolhedora, instituído por este Governo do Distrito Federal (GDF) para oferecer segurança e acolhimento a meninos e meninas afastados do convívio familiar por decisão judicial. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) em parceria com o Grupo Aconchego. O programa já movimentou recursos de R$ 16 milhões para a manutenção da política pública de acompanhamento integral às famílias | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Esse afeto, esse convívio familiar, vai fazer diferença no desenvolvimento e crescimento de cada uma” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social Com cerca de 260 crianças e adolescentes atendidos desde 2019, o programa, atualmente, tem 101 famílias habilitadas para receber os pequenos. Desde a implementação, foram destinados cerca de R$ 16 milhões à manutenção da política pública, que prevê acompanhamento integral às famílias acolhedoras, incluindo apoio psicológico, social e pedagógico. “Se eu pudesse definir o programa com uma palavra, diria que é afeto”, aponta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “São famílias que vão acolher, com muito amor e carinho e, ainda que temporariamente, esses bebês, essas crianças que tiveram seus direitos violados ou ameaçados e que são afastadas do convívio com os pais devido a uma medida judicial. E esse afeto, esse convívio familiar, vai fazer diferença no desenvolvimento e crescimento de cada uma.” O serviço é uma medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em casos de ameaças ou violações de direitos, tanto por ação ou omissão do Estado dos pais ou responsáveis quanto pela própria conduta. Diferentemente da adoção, tem caráter provisório e excepcional, devendo visar à reintegração familiar ou, em último caso, o encaminhamento para família substituta. Segurança e cuidado O bancário Alvanir Alves, 47 anos, e seu esposo, o bacharel em direito Ricardo Fabrício, 30, foram habilitados para a iniciativa em fevereiro e, em junho, receberam o pequeno Pedro, 6. Desde então, a rotina do casal morador de Arniqueira mudou: os dois passaram a trabalhar de casa com maior frequência e incluíram os compromissos do garoto no dia a dia. “O objetivo do programa é reintegrar a criança à família de origem ou encaminhá-la para o sistema de adoção, e o nosso trabalho é dar uma experiência de vida familiar para ele no período de transição”, afirma Alvanir. “É uma mudança grande, mas prazerosa”. Segundo ele, o menino, que nunca tinha frequentado a escola, hoje divide o tempo para estudar, brincar e se exercitar. “É gratificante ver o quanto ele tem evoluído”, reforça. “Já consegue formar palavras, e quase chorei porque ele conseguiu ler uma frase inteira. Parece simples, mas é incrível ver o quanto estamos contribuindo com a vida dele”. [LEIA_TAMBEM]A permanência das crianças nos lares do programa é temporária, com duração máxima de 18 meses. Para o bancário, isso não deve ser empecilho para participação das pessoas. “A satisfação de fazer a diferença na vida da criança é maior do que a dor da partida”, enfatiza Alvanir. “Estar no programa é ajudá-la a passar por uma fase extremamente sensível e vulnerável de uma forma mais acolhedora e humanizada, com o aconchego e carinho de uma família, em que ela é tratada como indivíduo e não como grupo”. Como participar Para se tornar uma família acolhedora é necessário cumprir alguns requisitos, como ter mais de 18 anos, residir no DF, não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção, possuir condições adequadas de cuidado e contar com a concordância de todos os membros da família. Os interessados passam por uma capacitação, além de acompanhamento psicológico e social durante todo o período do acolhimento, que pode durar até 18 meses. A inscrição deve ser feita pelo e-mail familiaacolhedora.aconchego@gmail.com, pelo WhatsApp (61) 99166-2649 ou pelo perfil no Instagram @familiaacolhedoradf. É preciso informar nome completo e telefone. As próximas fases são entrevista com assistente social e psicólogo para entender o serviço e verificar os requisitos, capacitação online ou presencial de seis semanas, visita domiciliar para avaliação do ambiente familiar e entrega da habilitação para receber uma criança ou adolescente temporariamente.
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Pesquisa sobre famílias acolhedoras está disponível até 31 de janeiro
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) está aplicando um questionário sobre a família acolhedora até 31 de janeiro. As perguntas são realizadas online desde 1º de novembro. O objetivo do estudo sobre o serviço de acolhimento é coletar informações sobre o acesso da população do Distrito Federal a informações sobre o programa. Para responder o questionário, basta clicar na imagem abaixo – o tempo aproximado para a conclusão do questionário é de três minutos. Arte: IPEDF “A pesquisa busca compreender o nível de conhecimento, percepção e interesse da população sobre o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora [SFA]. Ao investigar o entendimento dos moradores do Distrito Federal sobre o programa, é possível identificar lacunas de informação que, quando preenchidas, podem fortalecer a rede de proteção”, destacou a coordenadora de Estudos de Avaliação de Políticas Sociais, Anne Karoline Rodrigues Vieira. Os dados coletados servirão para criar ou aprimorar estratégias de comunicação e conscientização, promovendo maior adesão e eficiência do programa. “A participação de toda a população na pesquisa é fundamental para aprimorar as políticas públicas que promovam o bem-estar de crianças, adolescentes e suas famílias no DF”, observou Anne Karoline. A participação é voluntária, sem qualquer compensação financeira, e as pessoas têm o direito de retirar a sua permissão de participação e uso dos dados a qualquer momento. Caso surja alguma dúvida, preocupação ou reclamação sobre a participação na pesquisa ou sobre os direitos como participante, basta entrar em contato com o IPEDF por meio do e-mail politicas.sociais@ipe.df.gov.br. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)
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Brasilienses apostam em carinho e estímulos para o desenvolvimento das crianças
A população do Distrito Federal acredita que dar carinho e oferecer estímulos por meio de conversas, cantos e leituras são componentes fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), na capital esse tipo de cuidado é levado a sério, e 90,6% dos entrevistados dizem fazer isso na prática. O Serviço de Acolhimento Familiar para Crianças e Adolescentes é uma medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) em casos de ameaças ou violações de direitos, tanto por ação ou omissão do Estado, dos pais ou responsáveis quanto pela própria conduta | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A diretora de Estudos e Políticas do IPEDF, Marcela Machado, explica que, para entender como estão as crianças do DF, é preciso ir além dos cuidados básicos como alimentação e educação. Por isso, o estudo levantou questões como o desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social. Ela afirma que é essencial entender como as crianças são cuidadas, como seus cuidadores entendem a importância do afeto, se a criança é respeitada e se a rede de apoio entende a importância de toda essa atenção para o desenvolvimento infantil. “O carinho é transformador. Por meio desse vínculo e do olhar do cuidador, ele acontece. O DF é o lugar em que a gente consegue trabalhar esse lado emocional através do carinho” Mayara Noronha Rocha, primeira-dama do DF “Quando a gente cuida da primeira infância, a gente está contribuindo também para que as crianças se tornem adultos mais tranquilos, mais bem preparados para a vida emocional”, observa a diretora. Uma das atuações do Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir esses cuidados é o Serviço de Acolhimento Familiar para Crianças e Adolescentes, mais conhecido como Família Acolhedora, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). O programa é voltado para crianças afastadas judicialmente de suas famílias consanguíneas. O serviço é uma medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) em casos de ameaças ou violações de direitos, tanto por ação ou omissão do Estado, dos pais ou responsáveis quanto pela própria conduta. Diferentemente da adoção, tem caráter provisório e excepcional, devendo visar à reintegração familiar ou, em último caso, o encaminhamento para família substituta. Coordenadora da Chefia-Executiva de Políticas Sociais do GDF, a primeira-dama Mayara Noronha Rocha ressalta que a base emocional de uma criança faz diferença na vida adulta. “Dentro do governo, a gente busca trabalhar ações que vão além das políticas, indo além, no brincar e nas emoções”, afirma a primeira-dama. “O carinho é transformador. Por meio desse vínculo e do olhar do cuidador, ele acontece. O DF é o lugar em que a gente consegue trabalhar esse lado emocional através do carinho.” Diferentemente da adoção, o programa Família Acolhedora tem caráter provisório e excepcional, devendo visar à reintegração familiar ou, em último caso, o encaminhamento para família substituta Afeto na prática Amor e carinho têm de sobra no lar da dona de casa Beatriz Queiroz, de 36 anos, moradora do Cruzeiro. Mãe de dois meninos de 12 e 5 anos, ela decidiu que era hora de compartilhar esse afeto com crianças que esperam voltar para suas famílias ou aguardam a chegada dos futuros pais na fila de adoção. Desde 2020, ela e o marido já acolheram quatro crianças de diferentes idades e demandas bem específicas, como a pequena Marina*, que à época tinha apenas um ano e que precisava se alimentar por meio de sonda devido a um problema de saúde. Antes de chegar à família, a bebê havia passado oito meses internada. Nessa época, a criança não se sentava nem rolava. “Nós começamos a estimulá-la e a integramos em nossa rotina. Nós a levávamos a todos os lugares a que íamos”, conta Beatriz. “Na época, meu filho mais velho tinha oito anos, e o mais novo, um ano. Ele tinha acabado de deixar de mamar.” Por trás desse cuidado, muita empatia para conseguir aceitar as histórias das crianças acolhidas sem fazer julgamentos sobre suas famílias que, muitas vezes, erram por não saberem fazer de outro jeito. A pequena Marina teve de ser afastada de sua mãe, que, por problemas relacionados à saúde mental, não tinha condições de cuidar da criança. A avó materna se dispôs a exercer esse papel. Porém, por ser analfabeta, ela não conseguia prestar a assistência necessária à neta, como dar o medicamento correto no horário e oferecer a alimentação específica, já que a pequena não podia comer alimentos sólidos. Foi enquanto assistia a uma reportagem sobre o projeto Família Acolhedora que a dona de casa Ana Sara Conceição Carvalho, de 36 anos, moradora da Vila Cauhy e mãe de dois meninos de 12 e 4 anos, reconheceu a vontade de cuidar de crianças em situações tão delicadas Beatriz exerceu papel fundamental para que a família consanguínea conseguisse se unir novamente. Ela foi até a casa da avó algumas vezes e lhe ensinou como ministrar os medicamentos, preparar e oferecer os alimentos. Quando surge qualquer dúvida, elas também conversam por telefone. “O carinho e o amor vão sendo construídos no gesto, no cuidado. Não precisa de muita coisa”, garante Beatriz. Ainda segundo ela, tem sido possível manter os vínculos não apenas com Marina, hoje com quatro anos, mas com todas as quatro crianças acolhidas. Retribuir o amor Foi enquanto assistia a uma reportagem sobre o projeto Família Acolhedora que a dona de casa Ana Sara Conceição Carvalho, de 36 anos, moradora da Vila Cauhy e mãe de dois meninos de 12 e 4 anos, reconheceu a vontade de cuidar de crianças em situações tão delicadas. Acolhida por um familiar durante a infância, ela viu a oportunidade de retribuir o cuidado recebido. Depois de conversar com o marido, entrou em contato com o Aconchego e os dois começaram a se preparar para que o lar fosse um lugar de cuidado para além da própria família. A coordenadora do Programa Família Acolhedora, Julia Salvagni, explica ter à disposição 65 vagas, sendo que 30 crianças foram acolhidas por uma família “Foi coisa do destino. Fizemos a entrevista e perguntaram qual era o perfil das crianças que queríamos receber. Na mesma noite, nos ligaram”, conta sobre a chegada de Luiza*, que tinha apenas 20 dias de nascida e havia sido entregue para adoção. “Ficamos muito ansiosos. O primeiro encontro foi emocionante. Não julgo [a mãe] porque não sei da situação da entrega [para adoção]”, ressalta. Toda a família se envolveu com os cuidados de Luiza. A mãe de Sara fez questão de dar o primeiro banho em casa, e o filho mais velho se mantinha sempre atento aos cuidados que envolveram idas ao pediatra e vacinas. Tudo corria muito bem até 10 de abril, quando Sara percebeu que a bebê apresentava dificuldade para respirar. Foi o tempo de deixar os filhos com a sogra e seguir para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). “O médico do Hmib é um amor de pessoa. Ele me explicou que ela teria que ser internada porque estava com bronquiolite. Foi um desespero, eu chorei muito. No primeiro dia, ela ficou na bombinha, depois foi para o oxigênio e acabou sendo entubada”, lembra Sara. A internação de Luiza causou uma grande mobilização. Integrantes do Aconchego se revezaram com Sara durante a internação. “Mas, antes de sair do hospital, eu sempre conversava com ela e explicava que a ‘tia’ iria em casa e voltaria”, conta, emocionada. Foram quase três semanas no Hmib, e, nesse meio tempo, apareceu uma família para adoção. “Agora, estou preparando meu coração para a partida dela e vou passar todas as informações para eles”, diz. Assim como Beatriz, Sara pretende manter o contato e acompanhar o crescimento da criança, desde que os futuros responsáveis também concordem. “A família acolhedora vai muito além de cuidar da criança. Acaba sendo uma rede”, conclui. A coordenadora do Programa Família Acolhedora, Julia Salvagni, explica ter à disposição 65 vagas e que 30 crianças foram acolhidas por uma família. Então, novas famílias em suas mais diversas configurações são sempre bem-vindas. Para participar, basta entrar em contato com o grupo Aconchego, fazer o curso e a entrevista. O primeiro passo para se cadastrar é enviar um e-mail para familiaacolhedora.aconchego@gmail.com. Já foram acolhidas 191 crianças e adolescentes desde o início do programa. “Aceitamos todas as configurações familiares e não temos um recorte financeiro. O que a gente avalia é se a pessoa tem condições psicoafetivas de exercer o cuidado e se ela tem com quem contar”, explica a coordenadora. *Os nomes foram trocados para proteger a identidade das crianças
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Conheça mais sobre o programa Família Acolhedora
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A bebê que Bruna Tavares carrega nos braços não é sua filha, mas ganha toda a atenção e afeto que a mulher de 26 anos pode dar. É na casa de Bruna que Sara, de 10 meses, mora. É Bruna que troca suas fraldas e faz sua comida. Cabe a Bruna prover todo o amor que Sara tem recebido nos últimos meses, e é também seu dever se despedir da menininha em breve, quando ela voltar para sua família de origem. Bruna é uma das participantes do Família Acolhedora, serviço de abrigo temporário que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. O programa é uma das apostas do Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir uma acolhida mais personalizada e rica em amor para os pequenos que precisaram ser afastados de seus lares originais. “Eu e meu marido enxergamos no programa uma oportunidade de fazer a diferença na sociedade”, comenta Bruna. “No momento em que a criança passa por uma ruptura, que é tirada da família por algum motivo, é muito importante que ela vá para um lar, para uma família que tem uma rotina, que tem pessoas que vão olhar para ela como um indivíduo.” Atualmente, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes) tem dois termos de colaboração assinados com o Grupo Aconchego, responsável pela gestão do Família Acolhedora. O primeiro, válido até outubro de 2024, prevê o atendimento de até 20 crianças com idade até 6 anos. Já o segundo, em vigor até 2028, oferece 45 vagas para a faixa que vai até 18 anos. O programa é uma das apostas do GDF para garantir uma acolhida mais personalizada e rica em amor para os pequenos que precisaram ser afastados de seus lares originais | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília O governador Ibaneis Rocha participou de uma cerimônia, nesta quinta-feira (19), para promover o programa. “O Família Acolhedora presta um serviço inigualável à sociedade”, afirmou. “A ideia é levar mais conforto a essas crianças, para que, no momento em que retornem aos seus lares, ou que precisarem ser encaminhadas para adoção, elas já tenham esse convívio familiar, esse amor no princípio das suas vidas”. O encontro reuniu representantes do Judiciário e do Executivo, como o juiz titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude do DF, Evandro Neiva de Amorim, e a senadora Damares Alves. De acordo com a parlamentar, dos 5.669 municípios brasileiros, apenas 500 oferecem o Família Acolhedora. “Como ministra, implorei aos prefeitos para que instituíssem o programa em suas cidades. Agora, o sucesso do projeto no DF pode ser um piloto para todo o país”, ressaltou Damares. “Vamos trazer o Legislativo nacional para mostrar que isso dá certo e pode ser replicado no Brasil inteiro, inclusive com previsão orçamentária.” Sobre o programa Lançado em 2019 no DF, o serviço Família Acolhedora incentiva o abrigo temporário de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, com direitos violados ou ameaçados. A ideia é permitir que os pequenos encontrem proteção, afeto e cuidado em um local sólido, muitas vezes afastado do lar de origem por medida judicial. Daniela do Nascimento participa do programa e já recebeu quatro crianças em seu lar O tempo de acolhimento varia de caso a caso, mas a previsão legal é que não supere 18 meses. Nesse modelo, o vínculo é temporário e, diferentemente da adoção, tem caráter provisório e excepcional. Isso porque o objetivo final é a reintegração familiar ou, caso não seja possível, o encaminhamento a uma família substituta. “Os participantes do programa recebem treinamento e são fiscalizados durante todo o acolhimento”, explicou a primeira-dama Mayara Noronha Rocha. “A família precisa estar preparada não só para dar suporte, para ser um colo, mas também trabalhar os potenciais daquela criança, para que ela esteja preparada para voltar ao seu lar de origem ou para um processo de adoção.” Quem quiser participar do projeto deve morar no Distrito Federal, ser maior de 18 anos e não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção. Além disso, é preciso ter disponibilidade afetiva, habilidade para ser cuidador e não ter antecedentes criminais. Todas as configurações familiares podem participar do projeto. “Esse programa vem para inovar, para dar o aconchego de uma casa, o afeto de uma família para essas crianças que precisam tanto”, comentou a titular da Sedes, Ana Paula Marra. “Estamos hoje aqui para promover uma mudança de cultura. Queremos divulgar o serviço para que mais e mais famílias se inscrevam.” Bruna é uma das participantes do Família Acolhedora, serviço de abrigo temporário que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade Multiplicando o amor Dar afeto para aqueles que passam por um momento de vida difícil. É esse o sentimento que inspira Daniela do Nascimento, 55, a participar do programa Família Acolhedora. A professora, mãe de cinco filhos, já recebeu quatro crianças em seu lar. E garante que a casa toda participa ativamente dos cuidados com os pequenos. “A gente forma uma verdadeira rede de apoio, todo mundo da família abraçou essa causa com muito amor”, contou Daniela, com o pequeno Bernardo no colo. “Agora, estamos cuidando desse bebê de 7 meses, que nasceu muito debilitado, em uma família sem condições financeiras para cuidar dele. Damos todo o carinho e atenção para que, depois, ele possa seguir em frente.” Já experiente em passar por despedidas, Daniela revelou que vivencia uma espécie de luto quando a criança acolhida vai embora. “É natural, muitas ficam com a gente por seis, oito meses”, afirmou. “Mas eu, como mulher madura, tenho condições de criar minhas próprias ferramentas para lidar com essa separação. O sentimento de gratidão que fica é maior.” As inscrições no programa podem ser feitas no site do grupo Aconchego, pelos telefones (61) 3963-5049 e 3964-5048, pelo e-mail familiaacolhedora.aconchego@gmail.com ou pessoalmente pelo endereço SHIGS Quadra 709, Bloco M, Casa 4, Asa Sul. As famílias selecionadas são capacitadas e acompanhadas por uma equipe técnica.
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Programa Família Acolhedora é ampliado
Programa de acolhimento familiar temporário da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), o Família Acolhedora foi ampliado. A partir de agora, em vez de 20 crianças, a meta é atender 60. O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (18) publicou a escolha das entidades sociais que vão executar a iniciativa. [Olho texto=”Desde que o Família Acolhedora foi lançado em 2019, 107 crianças foram atendidas e mais de 50 retornaram à família de origem. Atualmente, 46 famílias estão habilitadas e outras dez em processo de capacitação para oferecerem o acolhimento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O Grupo Aconchego já atua como parceiro da secretaria neste programa. A partir de agora, o Lar de São José passa a ofertar o serviço também. “O Família Acolhedora existe como uma alternativa fundamental ao acolhimento institucional. Acreditamos que o desenvolvimento da criança em situação de vulnerabilidade ocorre muito melhor quando ela está inserida em um contexto familiar”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. De acordo com o estabelecido para o programa, famílias acolhem temporariamente crianças de até 6 anos que se encontrem em alguma situação vulnerável que necessita o afastamento da família de origem por um período de tempo. O acolhimento familiar é uma das medidas de proteção previstas em caso de direitos violados ou ameaçados – seja por ação, seja por omissão do Estado, dos pais ou responsáveis ou pela própria conduta. A disposição está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e difere da adoção, por ser temporária. O objetivo é a reintegração familiar ou o encaminhamento para família substituta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Desde que o Família Acolhedora foi lançado em 2019, 107 crianças foram atendidas e mais de 50 retornaram à família de origem. Atualmente, 46 famílias estão habilitadas e outras dez em processo de capacitação para oferecerem o acolhimento. O tempo de acolhimento varia de caso a caso, mas a previsão legal estipula que não deve superar 18 meses. Quase 30 crianças foram adotadas, apesar de esse não ser o foco do programa. “É importante deixar claro que trata-se de uma situação temporária”, frisa a secretária. Nesta semana, começou uma série de reuniões com famílias que pretendem fazer o acolhimento temporário. Julia Salvagni, mestre em Direitos Humanos e Cidadania e coordenadora técnica do Família Acolhedora, destaca que, durante a capacitação, são apresentadas as diretrizes do programa e situações cotidianas. “Geralmente, convidamos famílias que tenham participado para dividir suas experiências”, comenta. Para mais informações sobre como participar do Família Acolhedora, basta enviar um e-mail para familiacolhedora.aconchego@gmail.com *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Mães da assistência social: quando amar supera todos os limites
“Nossas mãos ainda encaixam certo. Peço um anjo que me acompanhe. Em tudo eu via a voz de minha mãe. Em tudo eu via nóis (sic)”. Esse é um trecho da música Mãe, na qual o cantor Emicida narra momentos com Dona Jacira, sua própria mãe. A canção poderia relatar facilmente o cotidiano na vida de muitas mulheres acompanhadas pela Política de Assistência Social no Distrito Federal. Um dos programas que caracteriza isso é o Mãe Social. Elas atuam profissionalmente fazendo o papel de mãe para crianças e adolescentes, incluindo o aleitamento materno, quando é o caso de crianças recém-nascidas. “É difícil considerar isso como um trabalho. Eu moro aqui e vivo cada minuto aqui. Não sinto qualquer diferença entre os filhos sociais e os biológicos. O amor é o mesmo”, conta emocionada Maria Aurise, uma das mães sociais que atua na Casa de Acolhimento Lar de Eurípedes, em Brazlândia. A Política de Assistência Social é voltada para o fortalecimento de laços da família e o empoderamento e autonomia feminina | Imagem: Divulgação/Sedes No Lar de Eurípedes, há três residências, comandadas por mulheres à frente, onde são atendidas até dez crianças em cada uma. Em todo o DF, são mais de 100 trabalhadoras que atuam em alguma das 27 unidades ofertantes desse serviço. [Olho texto=”“É a capacidade de amar para cuidar e, maior ainda, para saber que a partida vai ser boa para eles” ” assinatura=”Vânia Campos, participante do programa Família Acolhedora” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Partida com alegria Outra iniciativa muito importante é a Família Acolhedora. Nesse caso, por alguma necessidade de resguardar e preservar os laços afetivos, o menor passa a ficar em um lar temporário. “É a capacidade de amar para cuidar e, maior ainda, para saber que a partida vai ser boa para eles”, destaca Vânia Campos, participante do programa com cinco crianças já acolhidas desde o ano passado. “Tive um casal de filhos, e um deles faleceu há alguns anos. Faço isso por ele. Ele quem me dá forças para continuar”, complementa a moradora de Vicente Pires ao projetar um sexto acolhimento. No Família Acolhedora, as famílias voluntárias são selecionadas, capacitadas, cadastradas e acompanhadas pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com o Instituto Aconchego. Elas vão oferecer e garantir, temporariamente, cuidados individualizados em ambiente familiar e afetuoso para crianças de 0 a 6 anos de idade que estão afastados do convívio familiar, por conta de medida protetiva. Ao todo, 57 crianças passaram por alguma das 37 famílias aptas no DF. Nove foram adotadas. [Olho texto=”As mulheres são o ponto focal da Política de Assistência Social, pois são as chefes de famílias e as responsáveis por declararem as informações para o Cadastro Único” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Em busca de autonomia As casas de passagem de Brasília, vinculadas ao programa Acolhimento Institucional, também promovem a autonomia de mães que, por algum motivo, atravessam um período complicado da vida. “Quero arrumar um emprego para poder seguir minha vida com meus filhos. Um dia, eles vão olhar para mim e dizer: ‘Tenho muito orgulho da minha mãe’. É só o que eu quero”, sonha Madalena Almeida, acolhida na unidade para família do Guará II, juntamente com o filho mais novo. Os outros três estão em locais destinados a sua faixa etária ou em outras famílias acolhedoras. São 13 residências com 520 vagas. Trata-se de um lar temporário e transitório para pessoas em situações de rua ou de vulnerabilidade, onde são atendidas por equipe multidisciplinar, com assistentes sociais, pedagogos, psicólogos e educadores, por exemplo. Para a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, são programas voltados para o fortalecimento de laços da família e para o empoderamento e autonomia feminina. De acordo com a dirigente da pasta, as mulheres são o ponto focal da Política de Assistência Social, pois são as chefes de famílias e as responsáveis por declararem as informações para o Cadastro Único. Gestora pública e mãe, Mayara se sensibiliza com todas essas mulheres que precisam ir além para dar o melhor aos filhos. “Eu poderia estar acompanhando todo o desenvolvimento do meu Mateus: os primeiros passos e as primeiras palavras. Mas decidi lutar de forma que outras mães alcancem a autonomia necessária para dar as mesmas oportunidades a seus filhos”, destaca a secretária. Exemplo de superação Marisângela Melo, moradora de Águas Claras, é mãe do estudante Gustavo. Ela nunca precisou da assistência social, mas há oito anos se viu em uma situação em que precisou se reinventar como mãe e mulher. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Era um fim de semana quando o marido, Rafael, foi vítima de um trágico acidente na via que segue para Brazlândia. “Semanas antes do Rafilds [apelido de Rafael] partir, eu só cuidava da casa. Quando me vi sozinha com um filho pequeno e várias contas chegando, percebi que não podia parar”, conta a hoje microempresária, dona de uma lanchonete especializada em cachorros-quentes na cidade, que leva o apelido do marido, e da qual ela tira o sustento da família. Pela Política de Assistência Social, mesmo com todas essas diferentes formas da maternidade, o ser mãe é único. É quem entrega o coração para dar carinho, amor, orientação, passar valores e princípios para seus filhos. É quem acompanha e apoia o desenvolvimento deles para que se tornem adultos independentes e responsáveis no futuro. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Abertas as inscrições para participar do Família Acolhedora
Famílias podem “adotar temporariamente” crianças de zero a seis anos para evitar que sigam para abrigos | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília Estão abertas as inscrições para os interessados em participar do Família Acolhedora. O serviço foi criado para evitar que crianças de zero a seis anos de idade, que tiveram direitos violados quando estavam com as famílias de origem, sejam encaminhadas para abrigos e percam o convívio familiar. São crianças que estão em medida protetiva de afastamento familiar. A ação é uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com a Promotoria de Justiça do Distrito Federal, a Vara de Proteção da Infância e da Juventude e o Grupo Aconchego, organização da sociedade civil responsável pela execução do serviço no DF. Os interessados devem fazer a inscrição aqui. A próxima reunião inicial do curso de capacitação para os inscritos, promovida pelo Grupo Aconchego, está marcada para a próxima terça-feira (6). São seis encontros on-line de duas horas, às terças feiras, das 19h30 às 21h30. O link de acesso é enviado para o celular das famílias cadastradas. [Olho texto=”“Neste primeiro encontro, vamos explicar o funcionamento do serviço, apresentar a proposta de curso de capacitação e tirar as principais dúvidas”, ” assinatura=”Julia Salvani, coordenadora técnica do Família Acolhedora no DF” esquerda_direita_centro=”centro”] Segundo ela, para participar da Família Acolhedora, o representante do grupo familiar deve apresentar os seguintes pré-requisitos: “Ser maior de idade, não ter antecedente criminal, residir no DF há pelo menos dois anos, não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção, apresentar comprovante de renda, não ter condição de saúde mental que impacte no cuidado com a criança, e ter disponibilidade afetiva. Além disso, todos os integrantes da família tem que estar de acordo com a participação no programa”, reforça Julia Salvani. A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, reitera que os futuros pais acolhedores terão que proporcionar um lar temporário a crianças em situação de vulnerabilidade, onde elas possam ser cuidadas com afeto e segurança até terem condições de voltar a morar com a família de origem. “Todas as configurações familiares são aceitas: podem participar, por exemplo, casais héteros e homoafetivos, com ou sem filhos e até mesmo pessoas solteiras. O importante é ter disponibilidade emocional e uma rede de apoio para cuidar da criança, sem a intenção de adotar. Porque o objetivo do serviço é que a criança tenha condições de ser reintegrada à família de origem, que também é acompanhada nesse período”, ressalta a gestora. O serviço garante uma ajuda de custo aos pais acolhedores, pago pelo Governo do Distrito Federal, para arcar com as despesas do acolhido. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Família acolhedora Após a inscrição, as famílias entregam as documentações, passam por entrevista e por um curso de capacitação. As famílias acolhedoras são selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento, que vão assegurar a integridade da criança. Também é realizado um estudo psicossocial feito pelo Grupo Aconchego. As etapas vão avaliar as motivações, disposição, desejo e habilidades do núcleo familiar para acolher. Durante o período em que durar a medida, a família biológica do acolhido vai ser acompanhada por especialistas que darão o aval para o retorno da criança ao lar de origem. Atualmente, 36 famílias estão habilitadas a dar a meninos e meninas na primeira infância a oportunidade de se manterem em um núcleo familiar até a reintegração à família de origem. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Lei fortalece política de acolhimento familiar no Distrito Federal
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionou nesta terça-feira (26) a lei que institui a política de acolhimento em família acolhedora como parte integrante da política de atendimento de assistência social do Distrito Federal. A nova legislação fortalece e traz segurança jurídica ao serviço que vem sendo executado no DF desde 2019 para dar um lar provisório a crianças afastadas do convívio com a família de origem como medida protetiva após sofrerem violência ou violação de direitos, por determinação judicial. A ação é uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com a Promotoria de Justiça do Distrito Federal, a Vara de Proteção da Infância e da Juventude e o Grupo Aconchego, Organização da Sociedade Civil responsável pela execução do serviço no DF. Os pais acolhedores recebem uma ajuda de custo paga pelo Governo do Distrito Federal no valor de R$ 465,55 para proporcionar a essas crianças de zero a seis anos de idade em situação de vulnerabilidade um lar temporário, onde elas possam ser cuidadas com afeto e segurança até terem condições de voltar a morar com a sua família de origem. “As pessoas que desejam participar têm que ter em mente que não podem estar inscritas em programas de adoção. Pelo contrário, a família tem que ter em mente que ela deve trabalhar o retorno da criança para a família de origem. É um processo que envolve estado e sociedade civil nessa missão de valorizar a família, a família biológica que, por um momento, pode estar passando por um momento de violação de direito passível de tratamento”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. [Olho texto=”A legislação nos traz maior segurança jurídica, uma vez que o DF reconhece o serviço de família acolhedora por meio de uma lei” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”centro”] Segundo a gestora, a sanção da lei aumenta a visibilidade e incentiva ainda a ampliação da política de acolhimento familiar no DF. “O foco, neste primeiro momento, são crianças da primeira infância de zero a seis anos, que foram afastadas do seu convívio familiar uma vez constatada que elas sofriam violência ou violação de direitos. A legislação nos traz maior segurança jurídica, uma vez que o DF reconhece o serviço de família acolhedora por meio de uma lei”. Serviço As famílias acolhedoras são selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento, que vai assegurar a integridade da criança. Atualmente, 35 famílias são habilitadas a dar a meninos e meninas na primeira infância a oportunidade de se manterem em um núcleo familiar até a reintegração à família de origem. São 20 crianças acolhidas atualmente. Vice-presidente do Grupo Aconchego e coordenadora técnica do Família Acolhedora no DF, Julia Salvani ressalta que todas as configurações familiares são aceitas: podem participar, por exemplo, casais héteros e homoafetivos, com ou sem filhos e até mesmo pessoas solteiras. O importante é a família ter disponibilidade afetiva e uma rede de apoio. O acolhimento familiar pode durar até, no máximo, dois anos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Além de estar com os documentos em dia, a pessoa tem que ter disponibilidade afetiva e de tempo e ter uma rede de apoio. Às vezes, uma pessoa sozinha tem uma rede de apoio maior que um casal, por exemplo. Tem que ter uma rede que auxilie a cuidar dessa criança”, pontua Julia. O serviço Família Acolhedora foi criado para evitar que crianças que tiveram direitos violados sejam encaminhadas para abrigos e percam, assim, o convívio familiar. As duas famílias – acolhedora e a de origem – são acompanhadas frequentemente para que os profissionais avaliem se a criança tem condição de voltar a morar com os pais. Mayara Rocha reitera que a criança acolhida não ficará desamparada. “Caso essa família biológica não tenha condição de se reestabelecer para receber a criança, a família acolhedora terá a responsabilidade de trabalhar juntamente com toda a equipe técnica de acolhimento a ida dessa criança para um processo tradicional de adoção”. Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social, desde 2019, das 50 crianças que foram acolhidas, 25 já foram reintegradas e cinco foram encaminhadas para adoção. “O serviço é bem sucedido e tem apresentado bons números, que estão de acordo com as diretrizes de execução estabelecidas. Agora não estamos mais respaldados por uma portaria (que criou a política de família acolhedora), e que podia ser revogada a qualquer momento. Agora, com a lei, teremos segurança jurídica para a execução e o GDF assume o acolhimento familiar como uma política. Isso dá segurança até para outras Organizações da Sociedade Civil (OSCs), além do Aconchego, se interessarem em executar o serviço”, enfatiza a vice-presidente do Grupo Aconchego. *Com informações da Sedes
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Pais temporários, amor eterno: participe do Família Acolhedora
Estão abertas até o dia 20 de agosto as inscrições para os interessados em participar do Família Acolhedora. O serviço foi criado para evitar que crianças, que tiveram direitos violados quando estavam com suas famílias de origem, sejam encaminhadas para abrigos e percam, assim, o convívio familiar. A ação é uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com a Promotoria de Justiça do DIstrito Federal, a Vara de Proteção da Infância e da Juventude e o Grupo Aconchego, organização da sociedade civil responsável pela execução do serviço no DF. Foto: Agência Brasília/Arquivo Os interessados devem realizar as inscrições por este e-mail. Os futuros pais acolhedores terão que proporcionar um lar temporário a crianças de zero a seis anos de idade em situação de vulnerabilidade, onde elas possam ser cuidadas com afeto e segurança até terem condições de voltar a morar com a sua família de origem. Vice-presidente do Grupo Aconchego e coordenadora técnica do Família Acolhedora no DF, Julia Salvani explica que todas as configurações familiares são aceitas: podem participar, por exemplo, casais héteros e homoafetivos, com ou sem filhos e até mesmo pessoas solteiras. “É uma família que tenha disponibilidade afetiva e uma rede de apoio. Nós trabalhamos com a perspectiva de que não é possível cuidar sozinho de uma criança. Temos família acolhedora, por exemplo, que é constituída por uma pessoa, mas ela tem uma rede de apoio, como mãe, irmã”, destaca. A coordenadora lembra, porém, que quem faz parte do programa de acolhimento familiar não pode estar inscrito para a adoção. Após a inscrição, as famílias entregam as documentações, passam por entrevista e por um curso de capacitação, previsto para iniciar no próximo dia 25 de agosto. Depois são realizadas visitas domiciliares e é feito um acompanhamento periódico com as famílias. Julia Salvani reitera que o serviço não pode ser usado como facilitador para uma futura adoção. “A prioridade é viabilizar o retorno da criança ao convívio com a sua família de origem. Ou, se não for possível, o encaminhamento para a adoção para uma família substituta”, diz ela. Afinal, ressalta a vice-presidente do Grupo Aconchego, são crianças que estão em medida protetiva de afastamento familiar, foram afastadas da sua família por estarem vivendo uma situação de violação de direitos. As famílias acolhedoras são selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento, que vão assegurar a integridade da criança. O serviço garante uma ajuda de custo aos pais acolhedores, pago pelo Governo do Distrito Federal, para arcar com as despesas do acolhido. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Atualmente, 17 famílias estão habilitadas a dar a meninos e meninas na primeira infância a oportunidade de se manterem em um núcleo familiar até a reintegração à família de origem. Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, no Distrito Federal, o Família Acolhedora é importante para evitar o abrigamento institucional. “É fato que a institucionalização, principalmente na primeira infância, gera prejuízos no desenvolvimento dessas crianças, que já passaram por uma situação de violação de direito ou violência. Então, esses pais acolhedores ficam responsáveis por proporcionar um ambiente seguro e aconchegante, que estimule as potencialidades dessas crianças“, enfatiza. Requisitos para a inscrição Para se cadastrar no serviço, as famílias voluntárias precisam atender alguns pré-requisitos como: ? residir no DF; ? ter disponibilidade afetiva e emocional; ? haver concordância de todos os membros do núcleo familiar; ? não estar cadastrado no Cadastro Nacional de Adoção; ? não ter antecedentes criminais; ? comprovação de renda ? habilidade em ser cuidador Curso de capacitação As famílias voluntárias inscritas no serviço têm que passar por uma capacitação de seis semanas com encontros de duas horas, uma vez por semana. O curso está previsto para iniciar no próximo dia 25 de agosto. Também é realizado um estudo psicossocial feito pelo Grupo Aconchego. As etapas vão avaliar as motivações, disposição, desejo e habilidades do núcleo familiar para acolher. Durante o período em que durar a medida, a família biológica do acolhido vai ser acompanhada por especialistas que darão o aval para o retorno da criança ao lar de origem. * Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes)
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Como acolher uma criança em um lar provisório
Há treinamentos e cursos, atualmente por sistema remoto, para quem se habilita a acolher | Foto: Divulgação Oficializada em 2018, a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com o Grupo Aconchego, por meio do qual se desenvolve o programa Família Acolhedora, começou a dar frutos em 2019, quando a instituição passou a oferecer palestras de capacitação às famílias interessadas em acolher uma criança. A procura é grande, mas nem todos se sentem capazes de atender os critérios determinados e chegar ao final do processo. “Já recebemos 50 pessoas interessadas em participar do projeto, mas esse número foi caindo ao longo da formação até que chegássemos a sete famílias aptas e habilitadas a atender o que se pede”, explica a psicóloga Júlia Salvagni, e coordenadora técnica de acolhimento familiar. A instituição estuda a intenção de cada família inscrita, que passa por um curso de formação de seis etapas. Na última fase, recebem uma visita técnica em casa, que avalia as condições de estrutura e espaço que servirá de lar temporário para a criança. Todos os meninos e meninas que precisam se afastar dos pais ou responsáveis temporariamente são encaminhados à Sedes pelo Conselho Tutelar, por meio de uma determinação emergencial da Vara de Proteção da Infância e da Juventude do DF. Qualidade de vida O Brasil é signatário da Organização das Nações Unidas (ONU) de promover o acolhimento familiar com atenção à primeira infância. O Distrito Federal conta, hoje, com 18 famílias aptas a participar dessa roda de proteção criada pelo Estado. Dessas, 14 já receberam meninos e meninas – algumas, mais de uma vez –, sendo que quatro famílias se capacitaram recentemente. Atualmente, oito menores estão em processo de acolhimento. Secretária de Desenvolvimento Social do DF, Mayara Noronha Rocha ressalta que o cuidado e a atenção que as famílias acolhedoras dão para às crianças vão fazer a diferença na história de vida delas quando crescerem. Ela antevê “qualidade de vida e um futuro melhor” para essas crianças. Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília Acompanhamento e ajuda Além do monitoramento de todas as ações realizadas pelo Grupo Aconchego, o GD), por meio da Sedes, dá uma ajuda de custo proporcional ao tempo de acolhimento e à necessidade de cada criança. Enquanto isso, a Vara da Infância recebe relatórios trimestrais de todos os atendimentos e acompanhamentos. A partir desses dados, são trabalhados os casos para desfecho. Atualmente, o programa atende somente crianças de zero a seis anos, mas os planos são de ir além. “Nossa intenção é fazer o programa crescer, recebendo mais pessoas interessadas e capacitadas em ajudar, ampliando essas idades até a adolescência”, adianta a diretora do serviço de acolhimento da Sedes, Daura Carolina de Campos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Interessados em se candidatar ao programa Família Solidária podem obter mais informações no perfil do Grupo Aconchego no Instagram (@aconchegodf) ou enviando um e-mail para familiaacolhedora.aconchego@gmail.com. Por imposições da pandemia do novo coronavírus, as seis reuniões de formação ocorrem virtualmente, com média de duas horas de duração cada uma. Arte: Agência Brasília
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Transmissão ao vivo explica programa de acolhimento temporário para crianças
Família Acolhedora foi instituído há cerca de um ano por meio de parceria entre a Sedes e o Grupo Aconchego | Foto: Secretaria de Desenvolvimento Social / Divulgação Já pensou que, muitas vezes, para superar um período complicado, uma criança precisa somente de um lar com amor, carinho, proteção e segurança? É exatamente esse o local que o programa Família Acolhedora tenta promover por meio do acolhimento temporário. Sobre o tema, a psicóloga Julia Salvagni vai apresentar uma live (transmissão ao vivo), nesta segunda-feira (13), a partir das 19h. A especialista vai explicar como ocorre o processo e vai responder questões do público. Julia é mestre em Direitos Humanos e Cidadania e trabalha há oito anos com acolhimento familiar no Distrito Federal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita “] Instituído há cerca de um ano por meio de parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e o Grupo Aconchego, o programa já conta com dez crianças acolhidas, das quais duas são irmãs que estão em uma mesma família. O Família Acolhedora possibilita que casais cuidem temporariamente de crianças de zero a seis anos que estejam em situação vulnerável. Pioneiro no Distrito Federal, o projeto busca pessoas que tenham interesse em abraçar essa missão. Nova família O acolhimento familiar é uma das medidas de proteção previstas em caso de direitos violados ou ameaçados – seja por ação, seja por omissão do Estado, dos pais ou responsáveis ou pela própria conduta. A medida está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e difere da adoção por ser temporária. O objetivo é a reintegração familiar ou o encaminhamento para família substituta. Após a apresentação, as famílias interessadas em receber os pequenos serão submetidas à avaliação de uma equipe técnica. As famílias acolhedoras selecionadas passam a receber uma bolsa no valor de R$ 456,50, para ajudar nos custos com alimentação e outras despesas. SERVIÇO: Live conhecendo o Família Acolhedora: compromisso social a partir do afeto Data: 13/4 (segunda-feira) Horário: 19h @aconchegodf * Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Família acolhedora: aqui sempre cabe mais um
Roberto e Camila Pojo com a pequena Fernanda*: bebê passa uma temporada com o casal enquanto seu processo de adoção por uma tia corre na Justiça | Fotos: Renato Alves / Agência Brasília Roberto, 46 anos, e Camila Pojo, 32, são casados há seis anos. Moradores de Águas Claras, eles planejam aumentar a família em breve. Camila diz que pretende ter dois filhos. Roberto assente com a cabeça e acrescenta: “Vamos adotar mais dois”. Ao que a mulher responde com um sorriso. O sonho de serem pai e mãe teve de esperar um pouco porque Camila quer tomar posse do cargo público para o qual foi aprovada em um concurso. Enquanto essa combinação não ocorre, o casal de Águas Claras faz uma espécie de intensivão. Os dois recebem e cuidam de crianças em processo de adoção ou de reintegração à família de origem – termo que a diretora do Programa Família Acolhedora, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Daura Carolina Meneses, considera inapropriado. “Família substituta é melhor”, corrige ela. O Família Acolhedora possibilita aos casais cuidarem temporariamente de crianças de zero a seis anos que se encontrem em situação vulnerável. Pioneiro no Distrito Federal, o projeto busca pessoas que tenham interesse em se candidatar a essa missão. Reintegração familiar O acolhimento familiar é uma das medidas de proteção previstas em caso de direitos violados ou ameaçados – seja por ação, seja por omissão do Estado, dos pais ou responsáveis ou pela própria conduta. A medida está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e difere da adoção por ser temporária. O objetivo é a reintegração familiar ou o encaminhamento para família substituta. O programa já existe há um ano no Distrito Federal e conta com a adesão de 11 famílias acolhedoras. Quem quiser cuidar dessas crianças durante a transição para um lar definitivo deve participar da palestra sobre o Serviço de Acolhimento Familiar que ocorrerá neste sábado (14), na Universidade Paulista (Unip), das 9h30 às 12h. O tema é “Família Acolhedora: cuidado e afeto promovendo os direitos das crianças”. Após a apresentação, as famílias interessadas em receber esses pequeninos serão submetidas a uma avaliação por técnicos da Aconchego, uma Organização da Sociedade Civil (OSC), que tem parceria com a Sedes. “Os especialistas fazem uma triagem das famílias interessadas”, explica Daura. “Eles visitam a casa delas para saber se têm condição de cuidar das crianças”. [Olho texto=”“Essas famílias são um espaço importante para as crianças que aguardam uma solução definitiva, pois, por algum motivo, não podem retornar à família de origem” ” assinatura=”Daura Carolina Meneses, diretora do programa Família Acolhedora, da Sedes” esquerda_direita_centro=”direita”] As famílias acolhedoras selecionadas passam a receber uma bolsa no valor de R$ 456,50, para ajudar nos custos com alimentação e outras despesas. “Essas famílias são um espaço importante para as crianças que aguardam uma solução definitiva, pois, por algum motivo, não podem retornar à família de origem”, relata a diretora. Acolhimento temporário Roberto e Camila acolheram dois bebês. O primeiro tinha cinco dias e ficou três meses na casa deles. Saiu de lá direto para a casa de outra família que também reside em Águas Claras. Foi um desejo da mãe biológica. “Bom que é aqui perto, dá até para a gente visitar”, resigna-se Camila. Desde janeiro, o casal está com a pequena Fernanda*, que passou a fazer parte da família por meio da guarda temporária. O bebê chegou ao lar provisório com oito dias de nascido e ficará por pouco tempo na nova casa. Falta somente concluir os trâmites burocráticos para Fernanda* se mudar em definitivo para Ceilândia, onde vai morar com uma tia que manifestou interesse em obter a guarda definitiva da pequena. A tarefa de desapego dos pequenos não é nada fácil. Mesmo com pouco tempo de convívio, o afeto é estabelecido imediatamente. Ainda assim, Roberto e Camila não desistem de viver o que classificam como uma experiência inexplicável. “Sabemos que o nosso papel é transitório, de fazer com que essa criança tenha amor e carinho enquanto estiver conosco”, descreve Roberto. Assim que puder adotar os bebês que pretende integrar à sua família, ele sabe que não mais precisará vê-los indo embora. *Nome fictício para preservar a identidade Palestra pública: Cuidado e afeto promovendo os direitos das crianças Data: Dia 14 (sábado). Horário: das 9h30 às 12h. Local: Unip – 913 Sul.
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Família Acolhedora
Dar carinho e amor são os principais requisitos para quem quer se tornar uma Família Acolhedora – projeto pioneiro no Distrito Federal que busca pessoas que tenham interesse em se candidatar para acolher crianças em situação vulnerável. O acolhimento familiar é uma das medidas de proteção previstas em caso de direitos violados ou ameaçados seja por ação ou omissão do Estado, dos pais ou responsáveis ou pela própria conduta. A medida está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e é diferente da adoção porque é temporária. A intenção é a reintegração familiar ou o encaminhamento para família substituta. A ação é voltada para crianças de zero a seis anos. Atualmente há 20 na espera. [Olho texto=”O serviço é importante porque possibilita o direito à convivência familiar” assinatura=”Júlia Salvagni” esquerda_direita_centro=”coordenadora do grupo aconchego e psicóloga”] A professora Suzana Prado Rodrigues, 46 anos, é mãe de dois filhos adultos (24 e 29 anos) e está disposta a acolher uma criança em sua casa. “Trabalho com essa faixa etária e sempre gostei do voluntariado. Uma amiga me falou da proposta e achei que essa pode ser uma experiência enriquecedora tanto para mim quanto para quem está precisando. Será um presente se eu for selecionada”, disse. A biolóloga Mariana Tenedini, 35 anos, e o marido, o médico Cláudio Costa, 38 anos, também estão dispostos a passar pela experiência. “Já faço parte do programa de apadrinhamento e agora queremos contribuir com esse momento em que elas estão precisando de um apoio familiar”. Os empresários Thaís Melo, 38 anos, e Guillaume Petitgas, 37, estão animados com a possibilidade de acolhimento temporário. “É um momento em que ela [a criança] está em uma situação vulnerável e podemos evitar que tenha um trauma maior. Toda criança precisa de afetividade para crescer saudável”. Convivência familiar A coordenadora do grupo aconchego e psicóloga Júlia Salvagni ressalta que o projeto é importante porque possibilita o direito à convivência familiar. “As instituições são importantes, mas o cuidado individualizado faz uma diferença grande na vida da criança. Ela precisa se sentir acolhida e ter uma base emocional”, frisa a psicóloga. Ela esclarece que todas as configurações familiares são aceitas e não é preciso ser casado para participar da ação. O serviço O serviço Família Acolhedora é resultado de um de Termo de Colaboração feito entre o Grupo Aconchego e o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES). Para estar apto a participar, é preciso atender a alguns critérios, como: residir no Distrito Federal; ter maioridade civil; não ter como projeto a adoção; ter disponibilidade afetiva e emocional; não ter antecedentes criminais e habilidade em ser cuidador. Larissa Rabelo, gestora da parceria, explica que as famílias que demonstrarem interesse irão passar por uma capacitação prévia e irão receber as crianças de acordo com o perfil de cada uma [família]. “Permanecendo ali até o retorno às famílias irá contribuir muito para o bem-estar delas”. As famílias terão acompanhamento quinzenal da equipe técnica, por meio de visitas. O acolhimento pode durar até dois anos. A equipe do serviço é composta por assistentes sociais, psicólogos, além de pessoal administrativo e de suporte. No momento da inserção temporária no ambiente familiar, a criança recebe um enxoval básico para seus primeiros dias no novo lar. Inscrições No dia 16 de fevereiro está programada palestra às 10h, no Centro Educacional Leonardo da Vinci – Taguatinga Sul (próximo à estação do metro Taguatinga Sul e do supermercado Carrefour), com o tema “O Serviço Família Acolhedora”. Quem tiver interesse em conhecer o funcionamento do programa deve fazer a inscrição pelo: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeTjpWp5EBg5dpgiBajD_llJIAIjTo4_1xtXgKlN_vNsFIulQ/viewform.
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Família Acolhedora está com inscrições abertas
Acolher, oferecer carinho, afeto e o convívio familiar a crianças. Essas são algumas das prerrogativas do Família Acolhedora. O serviço, previsto pela Política Pública de Assistência Social, está com inscrições abertas no Distrito Federal. As famílias selecionadas serão capacitadas para receber crianças até seis anos de idade que estejam em medida protetiva, ou seja, afastada de sua família de origem por medida judicial. Serão 20 ao todo, entre meninos e meninas. No DF, a execução do serviço está a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Social em parceria com o Grupo Aconchego, uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativo. Na visão da secretaria, o Família Acolhedora pode evitar o abrigamento institucional da criança. Além disso, proporcionará o ambiente familiar necessário para o seu desenvolvimento como cidadão. [Numeralha titulo_grande=”As famílias selecionadas” texto=”serão encaminhadas e inseridas em projetos de apoio sóciofamiliar disponíveis na rede de atendimento socioassistencial” esquerda_direita_centro=”direita”] Selecionadas, as famílias serão encaminhadas e inseridas em projetos de apoio sóciofamiliar disponíveis na rede de atendimento socioassistencial, com acompanhamento quinzenal da equipe técnica, por meio de visitas. A equipe do serviço é composta por assistentes sociais, psicólogos, além de pessoal administrativo e de suporte. No momento da inserção temporária no ambiente familiar, a criança recebe um enxoval básico para seus primeiros dias no novo lar. Não se trata de uma adoção. Durante o período em que durar a medida, a família biológica do acolhido vai ser acompanhada por especialistas que darão o aval para o retorno da criança a seu lar. “Mesmo sem se tornar ‘filho’ daquele núcleo familiar, vai receber afeto e apoio material, moral e educacional como se fosse, enquanto aguarda ter condições de ser reintegrada à sua casa de origem”, ressalta a equipe da secretaria. Critérios para ser uma Família Acolhedora: – Residir no DF; – Ter maioridade civil; – Não ter como projeto a adoção; – Ter disponibilidade afetiva e emocional; – Acompanhar cada processo de reintegração ou encaminhamento à adoção; – Possibilitar a convivência comunitária; – Diminuir o tempo de acolhimento; – Contribuir para uma política de desinstitucionalização do DF; – Gerar visibilidade para a situação do acolhimento no DF. – Não ter antecedentes criminais; – Habilidade em ser cuidador. Durante a execução do programa, haverá um prazo de referência e uma ajuda de custo para a família de forma a garantir o caráter provisório e excepcional do acolhimento. O investimento total no serviço é de R$ 3.709.944 para um período de 60 meses. Nos dias 6 e 16 de fevereiro, estão programadas palestras com o tema “O Serviço Família Acolhedora”. A primeira ocorre às 19h, no Centro Educacional Leonardo da Vinci – Asa sul (703/903). A segunda está agendada para as 10h, no Centro Educacional Leonardo da Vinci – Taguatinga Sul (próximo à estação do metrô Taguatinga Sul e do supermercado Carrefour). Quem tiver interesse em conhecer o funcionamento do programa deve fazer a inscrição pelo: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeTjpWp5EBg5dpgiBajD_llJIAIjTo4_1xtXgKlN_vNsFIulQ/viewform.
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