Economia com nova usina fotovoltaica ampliará investimentos do Hospital da Criança em equipamentos e insumos
Nesta quarta-feira (12), o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou a usina fotovoltaica do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). O empreendimento instalado para abastecer a maior parte da demanda energética da unidade, produz energia limpa, ao mesmo tempo que contribui para a diversificação da matriz energética. Com investimento do GDF na ordem de R$ 13,6 milhões, a instalação proporcionará uma economia anual de R$ 3,7 milhões aos cofres públicos. Segundo a primeira-dama e madrinha do Hospital da Criança de Brasília, Mayara Noronha Rocha, a inauguração da usina fotovoltaica representa um grande avanço para a saúde e reforça o compromisso do governo com a solidariedade e a sustentabilidade. “A iniciativa alia a preocupação ambiental à responsabilidade econômica, permitindo que a economia gerada seja revertida em investimentos no próprio hospital, como aquisição de novos equipamentos, medicamentos e melhorias nos espaços voltados às crianças”, afirma. Mayara ressaltou que essa é uma entrega que vai muito além do presente, pois significa pensar no futuro e garantir benefícios duradouros para os pacientes da unidade. “No dia 5 de novembro, o Ministério da Saúde reconheceu o HCB como uma das três unidades do país habilitadas a realizar terapia gênica, consolidando a instituição como referência nacional em tecnologia, inovação e medicina de ponta.” Segundo a primeira-dama e madrinha do Hospital da Criança de Brasília, Mayara Noronha Rocha, a inauguração da usina fotovoltaica representa um grande avanço para a saúde e reforça o compromisso do governo com a solidariedade e a sustentabilidade | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Sem o aporte da energia solar, os gastos com energia elétrica no HCB variam de R$ 380 mil a R$ 450 mil reais mensais para manter a estrutura de cuidado hospitalar ambulatorial e de internação especializado para as crianças e adolescentes com doenças raras, crônicas e complexas; a partir da implementação da usina, a expectativa é que haja economia de até 80% na fatura de energia elétrica. O secretário de Saúde (SES-DF), Juracy Lacerda, destacou que a instalação de mais de 5 mil placas solares representa um investimento com retorno previsto em menos de cinco anos, já que o custo será compensado pela redução nas despesas com energia elétrica. Ele afirmou que a economia gerada, superior a 80%, será revertida diretamente em melhorias para o hospital, com aplicação dos recursos em infraestrutura, equipamentos e insumos, o que refletirá de forma direta na qualidade do atendimento à população. Ao assumir a pasta, segundo Juracy, uma das orientações do governador Ibaneis Rocha foi cuidar prioritariamente da oncologia. “O HCB tem se destacado nessa área, com um trabalho de excelência no cuidado oncológico infantil. A partir dessa diretriz, lançamos o projeto Câncer Não Espera. O GDF Também Não, que reduziu o tempo médio entre o encaminhamento e a primeira consulta oncológica de mais de 80 dias para cerca de 14”, ressaltou. O secretário acrescentou ainda que o GDF tem um planejamento mais amplo para a instalação de usinas fotovoltaicas em outros equipamentos públicos, inclusive em outras unidades de saúde, alinhando a política de gestão à sustentabilidade e à eficiência energética. Usina fotovoltaica A usina fotovoltaica do HCB é conectada à rede de distribuição da concessionária local e possui 5.300 unidades de placas instaladas em uma localização estratégica para a captação solar: os estacionamentos e os telhados do hospital. As placas estão dispostas sobre estruturas metálicas, os carpots, e cobrem 584 vagas de estacionamento e parte do telhado do HCB, totalizando 7.616 m² de cobertura. A localização das placas solares possibilitou maior conforto térmico ao abrigar os veículos de funcionários, que ficarão debaixo das estruturas. Segundo a diretora executiva do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), Valdenize Tiziane, essa usina foi pensada dentro da agenda de sustentabilidade e também da redução de custos para a operação do hospital. Ela ressaltou que a unidade se antecipou e elaborou um projeto bem estruturado para que a instalação pudesse ser feita sem interferir no funcionamento do hospital, que é um organismo vivo e não pode ter impactos na assistência. Além disso, Valdenize destacou que o projeto foi pensado para aproveitar melhor o espaço físico do estacionamento, beneficiando pacientes, famílias e colaboradores. Com investimento do GDF na ordem de R$ 13,6 milhões, a instalação proporcionará uma economia anual de R$ 3,7 milhões aos cofres públicos Essa economia secundária considera a cobertura das áreas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Bloco 2, uma vez que o sombreamento nesses espaços possibilita a captação de ar “mais frio” para refrigeramento dos espaços internos do HCB. “Temos 1.800 funcionários e cerca de 60 mil atendimentos mensais no ambulatório. O espaço do estacionamento é essencial para acolher toda essa população. As estruturas instaladas ali geram energia e, ao mesmo tempo, proporcionam sombreamento, protegendo do sol. Foi um ótimo aproveitamento do espaço”, afirmou a diretora. O HCB é referência no atendimento a crianças e adolescentes com doenças raras e crônicas. A presidente do Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe), Ilda Peliz, destacou que a usina representa um ganho ambiental e assistencial. “É um benefício tanto para o meio ambiente quanto para o hospital e, principalmente, para os pacientes, que continuarão recebendo atendimento especializado com ainda mais segurança. É muito importante termos uma energia sobre a qual temos controle, que não vai faltar, porque o sol não falta”, acrescentou. A presidente também fez questão de agradecer o apoio do Governo do Distrito Federal. “O hospital foi construído pela sociedade, mas o GDF abraçou esse projeto. O governo tem um olhar cuidadoso e atende todas as demandas que levamos, o que nos permitiu crescer. Nesse governo, conseguimos iniciar o transplante de medula óssea e temos hoje vários projetos de grande porte que fazem diferença no tratamento das crianças. Posso dizer que o GDF está nos ajudando a salvar mais vidas.” HCB Neste mês de novembro, o Hospital da Criança de Brasília celebra 14 anos de funcionamento, dedicados ao diagnóstico e tratamento de crianças com doenças raras, graves e complexas, o que o tornou referência nacional em diversas especialidades. Atualmente, realiza mais de 200 novos atendimentos de câncer infantil por ano e cerca de 60 mil atendimentos ambulatoriais por mês. A unidade conta com 212 leitos, sendo 58 de UTI de alta complexidade. Nesta semana, o HCB foi habilitado como uma das três unidades do país a oferecer terapia gênica para crianças, um avanço significativo, garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Proteção de dados para segurança na saúde é assunto de palestra
No mês em que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) completa sete anos, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) reuniu seu grupo de gestores para uma palestra sobre a importância dessa norma. Diretores, gerentes, coordenadores e supervisores de todas as áreas do HCB participaram do momento conduzido pelo advogado João Gonçalves, que reforçou orientações quanto à aplicação da LGPD no contexto hospitalar. Profissional de Privacidade de Dados e responsável pela ferramenta Protegon, Gonçalves ressalta que “a saúde, por natureza, trabalha com dados muito sensíveis e que têm um potencial de levar prejuízo, em qualquer cenário, para seu titular”. Além disso, explica que a área começou a se informatizar na década de 1990, mas que a velocidade desse processo desperta cuidados com a segurança. “A LGPD vem porque estamos nos digitalizando; quanto mais digitalizados, mais vulneráveis. É impossível fazer saúde sem compartilhar dados, mas é preciso saber com quem está compartilhando”, afirma. Segundo o advogado, é preciso que a proteção dos dados seja vista pela instituição como uma forma de manter a segurança. “Quando falamos de assistência, de cuidar de pessoas, falamos de riscos. Quando olho para a segurança do paciente e começo a enxergar a proteção de dados lá, começo a enxergar dados como valor”, disse João Gonçalves, após verificar que esse é o caso do Núcleo de Segurança do Paciente do HCB. Diretores, gerentes, coordenadores e supervisores de todas as áreas do HCB participaram do momento conduzido pelo advogado João Gonçalves, que reforçou orientações quanto à aplicação da LGPD no contexto hospitalar | Fotos: Sckarleth Martins/HCB A palestra não foi a primeira medida do Hospital da Criança de Brasília referente à proteção de dados. Em 2021, o HCB deu início ao registro de tratamento de dados, com o levantamento das informações coletadas por cada diretoria e a definição de alterações necessárias para se adequar à legislação. Foram desenvolvidos normativos internos, como as políticas institucionais de segurança da informação e de privacidade e segurança de dados. Embora esses normativos possam ser acessados por todas as equipes, o hospital realiza ações para informar os funcionários de forma mais direta. “Temos a Cartilha de Segurança da Informação, que colocamos na intranet; também fizemos uma campanha em que, toda semana, divulgamos cards com orientações”, conta a gerente de Compliance e Riscos, Cinthia Tufaile. Diariamente, os computadores de trabalho também apresentam pop-ups com alertas e dicas sobre segurança da informação. Ao desdobrar as políticas institucionais em ações, o Hospital transforma cada profissional em aliado, fazendo com que todos entendam a importância de cumprir a LGPD: ao identificar incidentes relacionados à proteção dos dados, os funcionários contam com canais internos para acionar, simultaneamente, a Gerência de Compliance e Riscos e a Gerência de Tecnologia da Informação; o trabalho em parceria entre os dois setores agiliza as medidas que precisem ser tomadas. O envolvimento da equipe é consequência tanto do trabalho frequente de conscientização quanto do ataque cibernético que a instituição sofreu em 2024; para proteger as bases de dados, os sistemas do HCB foram indisponibilizados até que a segurança fosse garantida – após longo período de varredura, não foi identificado vazamento de dados. “Já vínhamos aplicando várias medidas antes, mas hoje as pessoas têm um cuidado maior; elas entenderam a dimensão e vemos uma preocupação maior, hoje, de reportarem incidentes”, relata Tufaile. Cinthia Tufaile ressalta que a atenção à segurança da informação não se encerra nas ações que já foram realizadas; como o HCB busca se manter na fronteira do conhecimento, é preciso estar atualizado com as novas tecnologias A gerente explica, ainda, que as orientações quanto à proteção de dados pela equipe começam assim que os profissionais iniciam seu trabalho no hospital, com um módulo específico sobre o tema durante o treinamento feito após a contratação. Além dessa formação inicial, todos os funcionários são convocados a fazer o curso “LGPD – do Conhecimento à Prática”, desenvolvido pelo próprio HCB e voltado à realidade da instituição. Além das ações internas – que incluem a adaptação de documentos de todas as áreas, como contratos, recursos humanos, ensino e pesquisa –, o hospital também tomou providências no que se refere a seu público externo. O site ganhou uma seção relacionada à LGPD, permitindo que os titulares dos dados possam fazer requisições e que tenham fácil acesso às informações sobre a encarregada pelo Tratamento de Dados Pessoais. O site também fala diretamente aos adolescentes, que frequentemente têm acesso a celulares e compartilham suas próprias informações nas redes sociais, por exemplo, sobre o uso de seus dados pelo HCB. “Na época, fomos o primeiro hospital que fez um aviso de privacidade voltado para o jovem paciente. Da mesma forma que os pacientes são envolvidos no tratamento, também quisemos estender esse cuidado à proteção de dados. A intenção é trazer para eles, também, essa ideia do nosso compromisso, que é integral”, explica a gerente de Compliance e Riscos do Hospital. Ela reforça que “a criança merece o melhor em todos os aspectos; proteger os dados dela está dentro do nosso escopo”. Cinthia Tufaile ressalta que a atenção à segurança da informação não se encerra nas ações que já foram realizadas; como o HCB busca se manter na fronteira do conhecimento, é preciso estar atualizado com as novas tecnologias. Um exemplo é o uso da inteligência artificial: “Há muitas ferramentas de mercado que já agregam, mas estamos falando de saúde: qual é a confiabilidade que essa IA nos dá? Ela é um caminho sem volta, mas temos que ter responsabilidade com isso”. Outras ações relacionadas à LGPD estão previstas. “É um programa constante, não tem começo, meio e fim. Vamos ter outras ações, porque temos que ir evoluindo nessa maturidade”, garante a gerente. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Hospital da Criança de Brasília celebra um ano do medicamento Trikafta no SUS
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realiza, nesta quarta-feira (30), cerimônia comemorativa pelo primeiro ano da integração do Trikafta (elexacaftor/tezacaftor/ivacaftor) ao Sistema Único de Saúde (SUS). A medicação é utilizada no tratamento de pacientes com fibrose cística e promove a redução dos sintomas da doença, trazendo grande melhoria na qualidade de vida. O HCB comemora, nesta quarta (30), o primeiro ano da integração do medicamento Trikafta SUS | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A fibrose cística é uma doença genética grave, caracterizada por uma disfunção no canal de cloro das células, que leva à produção de muco espesso e afeta o funcionamento de diversos órgãos – em especial, o pulmão. Os sintomas incluem sinusite crônica, pneumonia de repetição, problemas no pâncreas e produção de suor salgado, além de levar a quadros de desnutrição e diabetes, entre outras complicações de saúde. Pacientes com mais de 6 anos de idade e que tenham a mutação genética F508del (uma das que causam a doença) podem fazer uso do Trikafta, que age nas células para melhorar os sintomas clínicos. Não se trata de uma cura, mas de um tratamento que controla a doença. Entre os pontos positivos para a criança, estão a melhora nutricional e dos sintomas respiratórios. Além disso, observa-se que o uso da medicação levou a uma redução no número de pacientes que precisam de transplante pulmonar. [LEIA_TAMBEM]O Trikafta, composto pelas moléculas elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor, foi incorporado ao SUS por meio da Portaria Nº 47, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, do Ministério da Saúde. A decisão foi publicada em 2023, mas estabelecia março do ano seguinte como prazo final para que as áreas técnicas efetivassem a oferta da medicação. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) é referência na rede pública do Distrito Federal no tratamento de crianças e adolescentes com fibrose cística. Diagnosticados por meio da triagem neonatal, os jovens são encaminhados ao HCB para que iniciem o tratamento o mais cedo possível. O Hospital oferece acompanhamento interdisciplinar e humanizado, além de realizar os exames de confirmação do diagnóstico e ofertar a medicação. 1 ano do Trikafta no SUS Data: Quarta-feira (30) Horário: 8h30 às 11h30 Local: Hospital da Criança de Brasília – Auditório Dr. Oscar Moren Endereço: AENW 3, Lote A – Setor Noroeste *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Pacientes do HCB participam de evento cívico-militar na Base Aérea de Brasília
Crianças atendidas pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participaram, na quarta-feira (16), de um evento especial: a convite da Força Aérea Brasileira (FAB), elas compareceram a uma formatura cívico-militar na Base Aérea de Brasília. O evento celebrou os 80 anos do regresso dos militares brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial, além de comemorar o aniversário de Santos Dumont. Nove crianças atendidas pelo HCB participaram de uma formatura cívico-militar na Base Aérea de Brasília | Fotos: Maria Clara Oliveira/HCB Nove pacientes participaram de um desfile que evocava o retorno dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutaram e venceram a batalha de Monte Castelo contra os alemães. Acompanhados de seus pais e cuidados pela equipe assistencial do HCB, eles seguiram os oficiais da FAB pela passarela, enquanto eram aplaudidos pelo público. “Retratamos aquilo que aconteceu 80 anos atrás, quando as tropas brasileiras chegaram ao Brasil. Lá no Rio de Janeiro, foi feito um grande desfile cívico-militar; militares que voltaram da guerra, crianças das escolas privadas e públicas, hospitais, se juntaram em um momento cívico”, explicou o brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica. [LEIA_TAMBEM]O momento mais aguardado pelas crianças veio após o desfile, quando puderam conhecer as aeronaves da FAB. Geovanny Gonçalves, 6 anos, é fã de aviões e já sabia qual queria ver de pertinho. “Eu quero ver o F39. Ele acabou de chegar, passou 20 dias vindo pelo Oceano Atlântico. Eu fiz uma pesquisa quando soube do passeio”, contou. As crianças também tiveram a oportunidade de entrar na aeronave KC-390 Millennium. “Eu achava que era de outro jeito, igual o avião que a gente viaja”, disse Mel Aragão, 7 anos. O grupo de pacientes se surpreendeu com o tamanho da aeronave, que é usada para tarefas como transporte, lançamento de cargas e combate a incêndios. Os pacientes do HCB também puderam conversar com os pilotos das aeronaves, conhecer os carros usados no desfile e acompanhar uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça, que impressionou crianças e acompanhantes. “É a primeira vez de nós dois. Está muito legal, muito diferente do dia a dia, e ele está gostando muito”, contou Marcus Vinicius Vilar, pai de João Pedro Vilar. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Especialistas do HCB compartilham conhecimentos em congresso de pediatria
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participou, de quinta-feira a sábado (26 a 28/6), do Congresso de Atualização em Pediatria do Centro-Oeste (Capco 2025), promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O evento foi presidido pela gastroenterologista do HCB Renata Seixas e contou com especialistas do Hospital em simpósios e mesas redondas ao longo da programação. “Essa é a sexta edição desse congresso, discutindo temas relevantes sobre doenças complexas. Contamos com a participação, colaboração e apoio do Hospital da Criança de Brasília que, além dos palestrantes, trouxe trabalhos científicos. Pretendemos manter essa educação continuada, atualizando os pediatras”, afirmou Seixas. Na abertura do evento, ela proferiu uma palestra sobre os desafios da pediatria moderna, estimulando a reflexão sobre o papel do pediatra frente a questões como mudanças climáticas, avanços tecnológicos e o contexto pós-pandemia. Durante três dias, os profissionais do HCB abordaram temas relativos a suas respectivas especialidades pediátricas, levando informação aos colegas que atuam em outras áreas | Foto: Sckarleth Martins/HCB Reunindo pediatras de diversas instituições, o congresso foi uma oportunidade de compartilhar conhecimentos entre as especialidades. “Se as doenças são muitas, a criança é uma só. Todas as especialidades têm que estar unidas para dar assistência não apenas com a técnica, mas com ética e, acima de tudo, com humanização, vendo a integralidade da criança”, ressaltou a diretora clínica do HCB, Elisa de Carvalho – que também foi presidente de honra do Capco 2025. Durante os três dias, os profissionais do HCB abordaram temas relativos a suas respectivas especialidades pediátricas, levando informação aos colegas que atuam em outras áreas. A nefrologista Kallyne Morato orientou o público quanto às diferenças entre nefrite e nefrose e a forma correta de tratamento de cada uma. A oncologista Flávia Delgado alertou os pediatras da atenção primária quanto à importância de considerar que o paciente possa estar com câncer, garantindo o encaminhamento ágil aos centros especializados e o diagnóstico precoce. [LEIA_TAMBEM]A experiência do Hospital da Criança de Brasília no tratamento de pacientes com doenças crônicas e complexas também foi exposta durante discussões de casos clínicos. A equipe de pneumologia do HCB estimulou os participantes a sugerirem condutas a serem adotadas nos casos apresentados. Já o oncologista José Carlos Córdoba partiu de um caso atendido pela equipe de cuidados paliativos do HCB para demonstrar situações que vão além de uma única especialidade: “Muitas abordagens não vão ser feitas pelo pediatra geral, mas muita coisa, sim – como a dor e a comunicação (de notícias difíceis), a conversa sobre o cuidado desse paciente”. As equipes de gastroenterologia, alergia e cuidados intensivos do Hospital também integraram a programação científica. Os participantes do Capco 2025 que desejavam conhecer o Hospital da Criança de Brasília fizeram visitas “à distância”, por meio de óculos de realidade virtual disponibilizados no stand do HCB. Já o presidente da SBP, Edson Liberal, foi até o Hospital para conferir o atendimento oferecido às crianças. Acompanhado pelos presidentes das Sociedades de Pediatria afiliadas à SBP no Centro-Oeste – Paula Bumlai (Mato Grosso), Valéria Granieri (Goiás), Luciana Monte (Distrito Federal) e Ivan Akuzevikiu (Mato Grosso do Sul) –, ele visitou a ala de internação, a UTI e a área de exames de imagem do HCB. “Estou realmente muito encantado e impressionado com a qualidade do trabalho, a humanização, a investigação. É fantástico!”, elogiou Liberal ao final da visita. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Hospital da Criança de Brasília é referência nacional no tratamento e cuidado a pacientes com doenças raras
O mundo da agente de saúde Geane Ilha, 40 anos, virou de ponta-cabeça quando ela descobriu, por meio do teste do pezinho, que o filho recém-nascido tinha fibrose cística. “Deu uma alteração, nos chamaram para repetir o exame dias depois, e aí começou a angústia”, lembra. “Fizeram o teste visual, que comprova a doença, e, quando Pedro Henrique estava com um mês e meio de vida, recebemos o diagnóstico e iniciamos o acompanhamento”. Hospital tem instalações completas e equipamentos com capacidade de tratar doenças raras de crianças | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Sem nenhum conhecimento sobre a enfermidade rara, Geane foi encaminhada ao Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, logo na primeira consulta, teve certeza de que a saúde do filho seria garantida: “A equipe me acolheu de um jeito que até falo que são meus anjos. Me explicaram que, embora seja um problema raro, tem avanços no tratamento. No início, tínhamos que vir para as consultas todo mês, mas hoje é de três em três meses. E ele tem a vida de uma criança saudável”. Pedro Henrique, hoje com 4 anos, é um dos 72 pacientes com fibrose cística acompanhados pelo HCB atualmente. Referência nacional no tratamento e cuidado de doenças raras, a unidade hospitalar oferece uma série de programas específicos, que promovem atendimento humanizado, integral e multiprofissional de média e alta complexidade, a partir da confirmação do diagnóstico, com fornecimento de medicamentos, exames e consultas. Doenças complexas Lúcio Ilha, pai de Pedro (atrás, no colo da mãe, Geane), que faz tratamento no HCB: “Agradecemos a Deus todos os dias por ter esse hospital, é maravilhoso” Desde a inauguração, em novembro de 2011, até o final de abril deste ano, o HCB prestou mais de 8,2 milhões de atendimentos. Desses, destacam-se mais de 5,1 milhões de exames laboratoriais e mais de 1,2 milhão de consultas. Em cerca de 14 anos de história, foram mais de 587 mil diárias, 82 mil sessões de quimioterapia, 58 mil transfusões, 12 mil cirurgias ambulatoriais, 41 mil ecocardiogramas, 138 mil procedimentos de raios-X, 63 mil tomografias e 84 mil ultrassons, entre outros. “O Hospital da Criança é especializado em doenças raras e complexas da infância”, explica a diretora-executiva do HCB, Valdenize Tiziani. “Quanto mais atendemos, maior é a curva de aprendizagem da nossa equipe, que conta com pessoas especializadas em todas as áreas da medicina e que podem oferecer a melhor evidência científica no atendimento, tanto no diagnóstico como no tratamento.” Segundo Tiziani, a unidade fornece terapias individualizadas e dispõem de equipamentos de última geração, utilizados para promover o bem-estar dos pacientes. “Fazemos questão de que a criança seja realmente tratada como criança, e falamos, inclusive, que aqui brincar é coisa séria”, detalha a médica. “Então, conseguimos adotar as melhores e mais avançadas tecnologias para o tratamento e para a cura, ao mesmo tempo que entregamos humanização e compaixão”. Cuidado que faz a diferença Enfermidade de origem genética, a fibrose cística causa alteração nas glândulas exócrinas, que liberam o suor, lágrimas e saliva. Devido a isso, as secreções ficam mais densas e começam a obstruir principalmente pulmões, pâncreas e sistema digestivo, causando problemas progressivos. Quanto mais cedo é descoberta, melhor é a qualidade de vida do paciente. Valdenize Tiziani, diretora-executiva do HCB: “Quanto mais atendemos, maior é a curva de aprendizagem da nossa equipe, que conta com pessoas especializadas em todas as áreas da medicina e que podem oferecer a melhor evidência científica no atendimento, tanto no diagnóstico como no tratamento” No caso de Pedro, a agilidade no diagnóstico é decorrente do teste do pezinho, exame oferecido em toda a rede pública de saúde do DF e capaz de identificar até 62 doenças. “Se nós não tivéssemos descoberto logo no início, talvez ele teria tido algum problema e não ia dar tempo de tratar”, pontua Geane. “Hoje ele corre, brinca, não sente cansaço, faz tudo como uma criança saudável. Sou eternamente grata ao HCB”. Assim como as demais doenças raras, o tratamento da fibrose cística inclui atendimento multidisciplinar, exames de controle, medicamentos para uso domiciliar, consultas médicas, a depender da necessidade da criança e adolescente. “Agradecemos a Deus todos os dias por ter esse hospital, é maravilhoso”, comemora o pai de Pedro, o empresário Lúcio Daniel Ilha, 44. “Já pensamos em nos mudar daqui, mas a dúvida que fica é: ‘será que lá terá um lugar assim?’. Aqui tem tudo: psicólogo, assistente social, dentista, fisioterapeutas”. Especialidades [LEIA_TAMBEM]Reconhecido como 11º melhor hospital público do Brasil em 2022, o HCB também foi o primeiro hospital pediátrico do Centro-Oeste a conquistar a certificação de Acreditado com Excelência (Nível 3) da Organização Nacional de Acreditação (ONA), o mais alto nível de qualidade hospitalar. A unidade foi criada a partir de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Destinada a atender exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de encaminhamento pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde (SES-DF), a instituição é gerida pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe). Entre as iniciativas, destacam-se o Programa de Reabilitação Intestinal Pediátrica (Prip) para pacientes com falência intestinal. São contemplados crianças e adolescentes que dependem do uso de nutrição parenteral total para sobreviver, devido à falta de capacidade do intestino de absorver os nutrientes da alimentação oral. Graças ao Prip, os pequenos podem seguir com o tratamento em casa e têm a chance de viver uma vida com mais normalidade. Atualmente, há sete pacientes internados com a condição e outros seis pacientes foram desospitalizados, com acesso completo ao tratamento domiciliar. Também há a oferta de transporte para pacientes com doença renal crônica em dias de hemodiálise. A ação evita faltas e atrasos, melhora a adesão ao tratamento, impedindo complicações decorrentes da ausência de terapia, além de otimizar a rotina do paciente e cuidadores. Há, ainda, a hemodiálise feita em casa, no período noturno, com todos os equipamentos e insumos custeados pelo HCB, com o objetivo de promover bem-estar e conforto ao paciente. Outro diferencial da unidade é a infraestrutura de ponta para diagnóstico e pesquisa de doenças raras, como o Biobanco, que armazena mais de 500 mil amostras biológicas, e a Unidade de Sequenciamento de Nova Geração, que permite avançar no mapeamento genético e na investigação de enfermidades complexas.
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Pesquisa realizada no Hospital da Criança de Brasília apresenta nova mutação genética em criança com baixa estatura
Uma pesquisa realizada no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) resultou na descoberta de uma nova mutação genética na endocrinologia pediátrica. A médica residente Danielle Barboza apresentou, no seu trabalho de conclusão de curso (TCC), o caso de uma criança com baixa estatura causada pela falta de produção do hormônio de crescimento. A criança não havia respondido ao tratamento tradicional de suplementação do hormônio, realizado anteriormente, e foi encaminhada para o HCB, onde a equipe de endocrinologia deu continuidade ao acompanhamento. Médica residente do HCB, Danielle Barboza apresentou estudo sobre mutação identificada na proteína GLI2 A mutação ocorre quando há interrupção na via de sinalização Sonic Hedgehog (SHH), um processo que controla o desenvolvimento de organismos multicelulares. A interrupção gera uma menor produção da proteína GLI2, que impacta na formação do córtex cerebral. Esse caso tem associação com alterações em deficiências hormonais, baixa estatura, hipotireoidismo e no atraso do desenvolvimento fetal e cognitivo. [LEIA_TAMBEM]A falta de resposta ao tratamento com hormônio chamou a atenção da médica residente, que decidiu fazer seu TCC sobre o caso na tentativa de desenvolver novas pesquisas que permitissem compreendê-lo melhor: “Já temos algumas mutações associadas a esse gênero; são parecidas, mas, quando buscamos na literatura, não tem nada específico sobre como foi a resposta dessas crianças ao uso do hormônio de crescimento: se elas usaram, se não usaram, se tiveram boa resposta ou não”, conta Barboza. Durante a produção de seu trabalho, Barboza foi orientada pela endocrinologista pediátrica do HCB Ana Cristina Bezerra. “Esperamos que esse trabalho vá para a literatura, para que outros médicos e pacientes que tenham um quadro semelhante possam se beneficiar com essa descrição. Quem sabe no futuro, se tiver algum tratamento para ela, nós possamos oferecer”, diz a orientadora. A criança segue em tratamento com a equipe de endocrinologia do HCB e recebe acompanhamento multiprofissional, que atua para levar mais qualidade de vida aos pacientes. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)
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HCB recebe a sétima turma de médicos residentes em diversas especialidades pediátricas
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) recebeu novos residentes em março. Ao todo, 18 médicos iniciaram seu período de residência em áreas de atuação pediátrica e passarão dois ou três anos no HCB, a depender da área de formação. O início das atividades foi marcado por uma semana de acolhimento, em que eles receberam orientações acerca dessa nova etapa de sua formação profissional e conheceram um pouco mais da história e do funcionamento do hospital. Dedicado tanto à assistência quanto ao ensino e à pesquisa, o HCB tem 11 programas credenciados à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e vinculados à Escola de Saúde Pública do DF (ESP/DF) da Fundação de Ensino e Pesquisa do Distrito Federal (Fepecs). Segundo a gastroenterologista Renata Seixas, coordenadora da Comissão de Residência Médica (Coreme) do Hospital, esses programas colaboram com a qualidade do serviço oferecido pelo HCB. “A residência médica de excelência é um fator importante para contribuir com a qualidade na assistência das crianças e adolescentes que fazem uso do Hospital para tratar doenças complexas e raras”, afirma. O início das atividades foi marcado por uma semana de acolhimento, em que os residentes receberam orientações acerca dessa nova etapa de sua formação profissional e conheceram um pouco mais da história e do funcionamento do hospital | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB Antes de iniciarem sua atuação no HCB, os novos residentes já passaram pela residência em pediatria geral – tanto em hospitais do Distrito Federal quanto de outros estados. É o caso de Ana Letícia Azevedo, residente de gastroenterologia pediátrica: “Eu sou daqui, mas fiz minha residência em Pelotas, no Rio Grande do Sul, e tinha muita vontade de voltar. O Hospital da Criança de Brasília é muito reconhecido, importante na cidade; minha expectativa é a melhor possível”. Para Pedro Henrique Junqueira, residente de cirurgia pediátrica, a nova etapa profissional traz novos desafios, já que sua residência inicial foi em cirurgia geral, com pacientes adultos. “O HCB traz uma visão diferente da realidade em que eu fiz a minha residência de cirurgia geral, é um outro contexto. Sempre quis fazer cirurgia pediátrica, desde a faculdade tive contato com professores que são funcionários daqui – fui para a área da cirurgia geral já pensando nesse lado”, conta. Alguns residentes são de fora do Distrito Federal e, para Renata Seixas, participar da formação desses profissionais também é importante para o HCB. “Muitos estados não têm especialistas na área de atualização em pediatria; com a formação deles, mudam a vida dos pacientes nesses outros estados. É um trabalho de excelência e está junto do objetivo de ensino do HCB”, explica a coordenadora do Coreme-HCB. Durante o período em que estiverem no Hospital da Criança de Brasília, os novos residentes irão atender os pacientes tanto no ambulatório quanto na internação, sob orientação de médicos funcionários do HCB. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Carnaval de muita música no Hospital da Criança de Brasília
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) entrou no clima do Carnaval com várias atrações culturais, que trouxeram diversão, música e alegria ao hall central do ambulatório. Na segunda-feira (24), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) marcou presença no HCB com o Circo Teatro do Trânsito. Os visitantes despertaram o riso das crianças ao abordar, de forma leve, as regras que precisam ser seguidas na hora de andar de bicicleta ou atravessar a rua. “Sei que tem que dar sinal de vida e dar a mão pra mamãe na hora de atravessar e eu também olho para os dois lados antes de ir”, garantiu Esther Medeiros, 5 anos. Acompanhada do irmão, Carlos Arthur Medeiros, ela se divertiu com os fantoches utilizados durante a apresentação. As crianças se divertiram ao som de muita música e outras manifestações culturais | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB No mesmo dia, o Hospital recebeu as percussionistas do Grupo Batalá Brasília, que trouxeram seus surdos, dobras, caixas e repiques para alegrar a tarde do ambulatório. Luiz Miguel Ribeiro, 5 anos, dançou durante a apresentação e, depois, surpreendeu as artistas ao demonstrar talento na percussão. A mãe do menino, Lays Ribeiro, conta que ele se interessou pela música durante uma internação no HCB: “Ele estava intubado e a única coisa que o acalmava era o som do xilofone; ele ouvia e começava a batucar com o dedinho. Hoje, ele já toca bateria no culto infantil da nossa igreja”. “É uma honra trazer alegria e sorrisos para as pessoas, principalmente para as crianças. Com certeza, esses momentos ajudam a despertar a vocação musical nas crianças”, disse a percussionista Cecília Braz, que integra a diretoria do grupo. Na terça-feira (25), foi a vez da música erudita: a violinista Valentina de Magalhães, 11 anos, se apresentou no ambulatório, acompanhada pela pianista russa Galina Besner. A jovem musicista encantou o público com a interpretação de canções como Somewhere Over The Rainbow, de Harold Arlen. Antônia Araújo é mãe de Joana Araújo, 8 anos, e aprova os eventos culturais de que participa quando leva a filha para consultas e exames: “Ter momentos assim no Hospital é empolgante. A Joana vem, todo mês, perguntando se vai ter alguma coisa acontecendo no dia, nem reclama mais do tratamento”. Músicas tradicionais do Carnaval brasileiro formaram o repertório do grupo Patubatê, na quarta-feira (26). Na entrada do Hospital, eles recebiam as famílias que chegavam para o atendimento – e surpreenderam um paciente em especial. Pietro Reis, 10 anos, vai comemorar seu 11º aniversário na terça-feira de Carnaval. “Toda a nossa família gosta muito do Carnaval, mas nunca levamos ele para bloquinhos porque achávamos que ele ainda era muito novo. Agora que vai completar 11 anos, já queremos levar”, contou a mãe de Pietro, Renata Reis. Enquanto o filho acompanhava as cores e a animação do Patubatê, ela garantia que a apresentação muda o dia de quem assiste: “Às vezes, a gente chega ao Hospital meio triste, preocupado. Ser recebido com uma música dessas traz mais alegria, deixa a gente mais disposto até para o que precisa fazer depois de sair daqui”. Ao longo da semana, a diversão continuou com a presença dos grupos de voluntariado Na Pontinha dos Pés, que ensina passos de balé clássico para as crianças, e Sinfonia da Saúde, que trouxe mais música aos corredores do Hospital. As crianças internadas também se divertiram, passeando em carrinhos elétricos. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Profissionais de saúde do DF são capacitados para atender crianças com doenças respiratórias graves
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) deu início ao seu Curso de Emergências Pediátricas, voltado para profissionais da rede pública de saúde do Distrito Federal. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas participam da capacitação, que conta com módulos de ensino a distância e aulas práticas realizadas no HCB. O curso tem o objetivo de preparar os profissionais de saúde da atenção primária e secundária para atender crianças que evoluam para estado crítico e precisem ser estabilizadas até a transferência para a terapia intensiva. Profissionais da rede pública de saúde do Distrito Federal participam do Curso de Emergências Pediátricas, promovido pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar | Fotos: Maria Clara Oliveira/HCB Os profissionais que participam da capacitação atuam em emergências e prontos-socorros do DF. Segundo a médica coordenadora do Serviço de Terapia Intensiva do HCB, Selma Kawahara, o curso não é voltado para o atendimento de crianças levadas a esses serviços no dia a dia, mas daquelas que correm risco, por exemplo, de uma parada cardiorrespiratória. “O objetivo é que o paciente, tendo o primeiro atendimento no pronto-socorro, consiga aguardar a chegada à UTI em uma condição mais estável”, afirma Kawahara. O conteúdo do curso foi preparado pela equipe do Hospital da Criança de Brasília, seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria em relação a esse perfil de paciente. A parte teórica é composta por videoaulas, disponíveis na plataforma de ensino a distância do HCB, sobre quatro situações críticas: insuficiência respiratória aguda, intubação orotraqueal com sequência rápida, choque e ressuscitação cardiopulmonar. A seção prática da capacitação é realizada presencialmente no Hospital, integrando a atuação de diferentes profissionais no atendimento. “A capacitação dos profissionais, de forma multidisciplinar, é uma ação estratégica que nos prepara para o período de maior incidência de doenças respiratórias no DF” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde “O enfermeiro tem sua função, com medicação e acessos; o fisioterapeuta cuida da parte respiratória; os médicos atuam na coordenação de condutas e na tomada de decisões, realizando procedimentos mais invasivos, como a intubação e o acesso intraósseo”, relata Kawahara. “Acredito que a grande questão do atendimento hospitalar é visar a capacitação da equipe multidisciplinar; cada um tem sua função e importância no atendimento.” O fisioterapeuta Guilherme Pacheco, do Hospital Regional de Ceilândia, aprova a abordagem: “Somos porta de entrada de emergências; atendemos classificação vermelha, laranja e amarela; temos box de emergência e leitos de observação, e fazemos a estabilização e avaliação do paciente. É importante manter o treinamento multidisciplinar”. A metodologia escolhida para a parte presencial do Curso de Emergências Pediátricas foi a simulação realística. Quatro médicos intensivistas e uma fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do HCB, apoiados pela equipe de ensino do hospital, acompanham e orientam os alunos. “Sabemos que o treinamento apenas com aulas não tem o mesmo grau de retenção que uma parte prática, com simulação. Já existem estudos que comprovam isso”, diz Selma Kawahara. O conteúdo do curso foi preparado pela equipe do HCB, seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria em relação a esse perfil de paciente Além dos atendimentos em equipe, os participantes – independentemente da profissão – simulam procedimentos de intubação, massagem cardíaca, acesso intraósseo e ventilação, assim como a avaliação sistematizada do paciente. Preparação para sazonalidade “A capacitação dos profissionais, de forma multidisciplinar, é uma ação estratégica que nos prepara para o período de maior incidência de doenças respiratórias no DF. Esse curso é extremamente importante para que as crianças em estado crítico sejam transferidas da melhor forma possível para uma UTI”, destaca a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. O curso é realizado no início do ano como forma de preparar a saúde do Distrito Federal para o período de sazonalidade das doenças respiratórias, que pode trazer um aumento nos casos graves. “Temos previsões de um pico, como tivemos no ano passado, mas não sabemos se será maior ou menor. Queremos que esses pacientes sejam atendidos por uma equipe que se sinta não apenas capacitada, mas também segura para realizar esse atendimento”, afirma Kawahara. Em 2024, o Hospital da Criança de Brasília, a pedido da Secretaria de Saúde, inaugurou mais 10 leitos de terapia intensiva para atender à demanda gerada pela sazonalidade. Para a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, o Curso de Emergências Pediátricas é mais uma medida na busca pela qualidade do atendimento de crianças com quadros respiratórios críticos. “Queremos que a criança seja bem atendida desde o primeiro momento, para que chegue à UTI correndo menos riscos e tenha os melhores desfechos clínicos. O HCB, como parte do Sistema Único de Saúde, entende que compartilhar a expertise no atendimento de pacientes críticos com outros hospitais é uma forma de zelar pela saúde das crianças do Distrito Federal em um período tão desafiador quanto o da sazonalidade – é um desdobramento da nossa missão”, explica Tiziani. A enfermeira Joyce Souza, do Hospital Regional de Sobradinho, se interessou pela capacitação justamente pela proximidade da época em que há um aumento dos quadros respiratórios. “Trabalho no pronto-socorro desde agosto; como está chegando o período da sazonalidade, precisamos estar preparados. O conteúdo do curso é excelente, porque é bem pontual; é exatamente o que vivenciamos na prática”, garante Souza. A enfermeira Joyce Souza elogia a capacitação: “O conteúdo do curso é excelente, porque é bem pontual; é exatamente o que vivenciamos na prática” Essa não é a primeira vez que a equipe de terapia intensiva do Hospital da Criança de Brasília realiza ações para apoiar outras unidades da rede. Em 2023, médicas intensivistas que estavam gestantes e não podiam desempenhar suas atividades na UTI participaram de uma mentoria com outros hospitais por meio de chamadas de vídeo. Elas recebiam informações sobre os casos de cada local, ficavam online para dar orientações sobre a condução e tiravam dúvidas. Durante a mentoria, o perfil do HCB de oferecer cuidado integral e multidisciplinar também foi importante. “Inicialmente, focamos na equipe médica. Depois, de forma espontânea, outros profissionais da equipe – fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem – passaram a participar das discussões de forma muito positiva, com um retorno excelente”, finaliza Kawahara. O HCB receberá as próximas turmas do Curso de Emergências Pediátricas entre os dias 10 e 13 de fevereiro (segunda a quinta-feira), dando continuidade à capacitação dos profissionais de saúde pública do DF. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)
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Papai Noel, urso polar e cantores dão o clima do Natal do HCB
Crianças em tratamento no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) receberam, na segunda-feira (16), a visita do Papai Noel, de um urso polar e de simpáticos cantores. Era a Caravana de Natal, que todo ano passa pelo HCB para levar o clima das festas de fim de ano aos pacientes do HCB. Eloah de Jesus não conteve a alegria com a chegada do Papai Noel. Assim que viu a caravana, a menina correu para abraçar o visitante e contar que já escreveu a cartinha dela. “Eu me comportei o ano inteiro. Até passei de ano na escola e já vou estudar no terceiro ano”, contou Eloah. Papai Noel foi uma das atrações em visita ao HCB | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB Para algumas crianças, o ponto alto da tarde foi o urso polar, mascote da Brasal (empresa responsável pela caravana) e acompanhante do Papai Noel. Foi o caso de Erike Santana, cinco anos: “Eu gosto muito dele! Esse ano, pedi um ursinho de pelúcia para o Papai Noel. Eu tenho outros bichinhos de pelúcia, mas quero um urso de verdade, igual a esse”. Em 2024, os visitantes foram acompanhados pelo grupo Broadway Show, que encantou o público com repertório natalino. As crianças tiraram fotos, dançaram e cantaram com os artistas, pedindo até para dividir o microfone. “Eu gostei muito das músicas, até porque eu também canto. Eles não desafinaram”, garantiu Erike Santana, cinco anos. A passagem da Caravana de Natal pelo HCB faz parte da programação cultural planejada especialmente para o final do ano. Ao longo do mês de dezembro, tanto as crianças em atendimento ambulatorial quanto as que estão internadas contam com apresentações de dança, música e outras visitas do Papai Noel. O coral BSB Musical já divertiu as crianças com seu repertório animado e suas coreografias, e o Coro IBLN apresentou uma versão de sua Cantata de Natal. Até o final do mês, o Hospital da Criança de Brasília recebe outras atrações – como a ação “Policiais Contra o Câncer Infantil”, campanha anual da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em solidariedade a crianças e adolescentes diagnosticados com câncer. Um ex-paciente do Hospital também retorna ao HCB, acompanhado de sua família, para uma apresentação musical. Um recital de balé e uma apresentação de teatro completam a programação do HCB, encerrando as festividades de 2024. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Campanha Vem Brincar Comigo promove dia de solidariedade no Hospital da Criança e na Estrutural
Esta terça-feira (8) foi um Dia das Crianças adiantado para mais de mil meninas e meninos moradores da Estrutural e do bairro Santa Luzia atendidos por instituições e também jovens internados no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A campanha Vem Brincar Comigo, coordenada pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais do Governo do Distrito Federal (GDF), promoveu uma tarde especial e solidária com entrega de brinquedos e atividades recreativas para os pequenos. A primeira-dama Mayara Noronha Rocha, idealizadora da campanha Vem Brincar Comigo, participou da entrega de brinquedos no Hospital da Criança de Brasília | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Idealizadora da campanha Vem Brincar Comigo, a primeira-dama Mayara Noronha Rocha defendeu que entregar os itens e promover um dia de atividades lúdicas garante o bem-estar das crianças, além do desenvolvimento. “Essa é a fase mais importante. É na fase infantil que a gente capacita e prepara um adulto. É através de uma brincadeira que a gente trabalha as emoções, a parte cognitiva e intelectual, a fala e as emoções”, comentou. Os itens distribuídos nesta tarde foram arrecadados pela campanha, que recebeu a doação de mais de 20 mil brinquedos este ano só no dia do drive-thru no Palácio do Buriti, quando autoridades e população puderam levar os itens. Essa é a quinta edição do projeto que integra o calendário oficial do GDF, com o objetivo de oferecer lazer e diversão a crianças em situação de vulnerabilidade. “Falo que é uma das campanhas que eu mais gosto e que mais movimenta o Distrito Federal. Tenho muito orgulho de ver o DF sendo referência também na ação de brinquedos perante o Brasil todo”, afirmou a primeira-dama do DF. Para ela, a campanha consegue ser completa por unir arrecadação, distribuição e solidariedade. “A gente envolve a sociedade na arrecadação, ensinando dentro de casa porque é importante ter essa participação popular. Ao mesmo tempo que a gente faz a sociedade movimentar a sua área privada”, comentou. Dose de alento Ao lado da madrasta, Ana Maria Dias Ferreira, Giovani da Silva Pereira disse que vai usar o tablet que ganhou para assistir desenhos e se distrair com jogos No Hospital da Criança, a entrega foi ainda mais especial. Sessenta e três crianças internadas ou em tratamentos de longa duração foram presenteadas com os brinquedos que pediram em cartinhas aos padrinhos e madrinhas solidários. Já outras 137 crianças das demais unidades de internação receberam os itens arrecadados na campanha. Ao todo, 200 brinquedos foram distribuídos no HCB. A pequena Lana Rocha Teixeira, 3 anos, não tirou os olhos da boneca Minnie que recebeu das mãos da primeira-dama. O presente foi exatamente o que ela pediu na carta. O sorriso ao ganhar a personagem demonstrou o papel do brinquedo de trazer leveza em meio ao tratamento oncológico da menina. “Com certeza foi um dia bem especial. Nem sei o que dizer… Ela ficou muito feliz. Já chegou aqui e brincou com a boneca no chão. Isso ajuda muito”, declarou a mãe, a dona de casa Lucimara Viana Rocha, 36 anos. A diretora executiva do Hospital da Criança de Brasília, Valdenize Tiziani, falou sobre a importância da ação: “Muitas vezes esses presentes são um pontinho de luz, um carinho, que vai transformar a jornada do tratamento, que é tão difícil” Já o pequeno Giovani da Silva Pereira, 8 anos, ganhou um tablet. “Fiquei muito animado”, contou. O menino vai usar o aparelho para assistir desenhos e se distrair com jogos, enquanto precisa ficar internado para dar continuidade ao tratamento oncológico. “Achei muito bom, porque aqui dentro do quarto ele fica muito preso e sem ter o que fazer. Então foi maravilhoso, porque ele vai poder se divertir, se distrair, jogar, fazer o que quiser… E o tempo vai passar mais rápido”, avaliou a madrasta dele, a dona de casa Ana Maria Dias Ferreira, 61 anos. A diretora executiva do Hospital da Criança de Brasília, Valdenize Tiziani, destacou que a ação garante um momento de alento e ajuda a amenizar o período de internação das crianças na unidade hospitalar. “Hoje é um dia muito feliz, estamos aqui comemorando o Dia da Criança, e o Hospital da Criança, como todos sabem, prima pela humanização do atendimento. Muitas vezes esses presentes são um pontinho de luz, um carinho, que vai transformar a jornada do tratamento, que é tão difícil”, definiu. “Nem sei o que dizer… Ela ficou muito feliz”, diz Lucimara Viana Rocha, mãe de Lana Rocha Teixeira, 3 anos, que ganhou uma boneca Minnie Para a presidente do Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe), Ilda Peliz, o brinquedo recebido pelos pequenos atuará como uma espécie de remédio. “Com certeza é uma dose de medicamento e cura para a criança, porque o brinquedo vai ficar no leito ali com ela”, comentou. Passeata lúdica A iniciativa também esteve na Estrutural, onde a criançada teve a oportunidade de conhecer de perto a Caravana Solidária com os personagens Fofão, Chaves, Chiquinha e Homem Aranha percorrendo as ruas da cidade para entregar cerca de 2 mil brinquedos. O ponto de partida foi no Centro Olímpico e Paralímpico (COP) da Estrutural. Por lá, meninas e meninos acolhidos por 11 instituições assistiram apresentações teatrais, com muita pipoca e picolé. “Quanto mais a população participar, quanto mais doações acontecerem, mais crianças aqui no Distrito Federal receberão brinquedos neste mês de outubro, que é o mês da criança”, diz a primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, que entregou, na Estrutural, brinquedos arrecadados pela campanha Vem Brincar Comigo | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Uma das instituições selecionadas para a ação foi a Creche Nova Esperança, localizada no Santa Luzia. A responsável pelo estabelecimento, Marleane Cordeiro, 43 anos, destacou a iniciativa do GDF em levar momentos como esse a crianças em vulnerabilidade. “Hoje é um dia diferente e de muita alegria para todos os alunos. Vivemos em uma realidade em que nem todo pai ou mãe tem condição de dar um brinquedo em uma data comemorativa. Uma festa dessa para várias crianças faz toda a diferença. Às vezes não só pelo brinquedo, mas pelo amor e carinho que ganham das pessoas que participam da ação”, defendeu Marleane Cordeiro. Ana Clara Souza foi uma das crianças que ganharam presente na ação da campanha Vem Brincar Comigo desta terça-feira (8) A pequena Ana Clara Souza, 8, não conseguia conter a emoção. “Quando a tia falou ‘hoje vai ter festinha e vocês vão ganhar presente’ eu fiquei muito animada e ansiosa. Eu vim para brincar muito. Se eu pudesse escolher, pediria uma bicicleta”, disse a garotinha. Participe A campanha segue com doações até 10 de outubro em pontos de coleta distribuídos em diversos órgãos do GDF e nos batalhões do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), para facilitar a participação da população. Nas quatro edições anteriores, foram arrecadados e distribuídos 95 mil itens. “Quanto mais a população participar, quanto mais doações acontecerem, mais crianças aqui no Distrito Federal receberão brinquedos neste mês de outubro, que é o mês da criança”, destacou a primeira-dama Mayara Noronha Rocha. Podem ser doados brinquedos novos ou usados em bom estado. Os usados devem ser higienizados com álcool 70% e colocados em sacos transparentes. Já os novos podem ser mantidos em suas caixas originais.
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Hospital da Criança de Brasília oferece o serviço de reabilitação multidisciplinar
Um piano no hall do Hospital da Criança de Brasília evidencia a importância da música no cotidiano do hospital e, frequentemente, pianistas voluntários oferecem concertos durante os atendimentos. O piano e demais instrumentos de corda e percussão são os recursos que o ambulatório de musicoterapia oferece aos pacientes no HCB, de forma conjunta com terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas e agregam, às condutas terapêuticas de doenças raras, graves e complexas, o som dos instrumentos como recurso nos tratamentos. Os profissionais dessa equipe estão em todas as linhas de cuidados do hospital, clínicas cirúrgicas, na linha de cuidado onco-hematológica incluindo o tratamento paliativo dos pacientes. A música, enquanto terapia, é aplicada nos atendimentos ambulatoriais e até nas UTIs. As conquistas são inúmeras com a terapia que tem os instrumentos musicais como aliados | Foto: Divulgação/HCB A musicoterapeuta e violoncelista Ângela Fajardo, integrante da Associação de Musicoterapia do Distrito Federal, nos seis anos em que atua no HCB, já perdeu as contas de quantos pacientes passaram pelo ambulatório de musicoterapia, mas as histórias contadas pelos familiares ressaltam os contornos das conquistas diante das demandas trazidas pelos pacientes. Semanalmente, passam cerca de 30 crianças pelo Ambulatório. “Crianças com transtornos do neurodesenvolvimento e do comportamento têm, na música, uma janela de comunicação com o mundo e em volta delas. Para algumas crianças, pode ser a única forma de comunicação pelas experiências sonoras que acumulam. Trabalhamos a demanda de cada um, especificamente”, diz Fajardo. “Eu digo que a música salvou a vida do meu filho, trouxe alegria, colocou a música, a voz, a vida de uma criança que não suportava nenhum ruído. Trouxe vida para a vida, dele e a nossa” Solange Sousa, mãe de Marco, de 4 anos, atendido no HCB Rúbia Ferreira de Souza, mãe de Flavia Carolina, conta que a música foi apresentada para a filha aos 10 anos, em um momento de baixa autoestima e muitas dores. Ela buscou o tratamento no HCB por conta de uma doença degenerativa. “Flávia foi despertada para a música aqui no ambulatório. Ela quis aprender a tocar instrumentos, ler e escrever partituras musicais, melhorou a escrita e a leitura e se interessou em aprender idiomas. A musicoterapeuta, profissional, atenciosa e carinhosa, soube conduzir minha filha e ajudá-la”, diz a mãe, satisfeita com os resultados. Flávia, hoje com 20 anos, cursa licenciatura em espanhol no Instituto Federal de Brasília (IFB) e está tentando uma vaga na Escola de Música. As conquistas são inúmeras com a terapia que tem os instrumentos musicais como aliados. Foi o caso de Marco Albano de Sousa Althaus, de 4 anos, que, ao nascer, ficou 17 dias na UTI. Ele apresentava múltiplas deficiências, comprometimento cognitivo e diagnóstico de autismo. A mãe, Solange Sousa, lembra que, ainda bebê, ele precisou ser socorrido com várias paradas cardíacas e convulsões; superou o período crítico e foi transferido ao HCB com dois meses. O início do tratamento marcou a família. A música Leãozinho, de Caetano Veloso, que a mãe cantava no leito e que emocionava o bebê, foi a cantiga que a terapeuta executou no violoncelo para envolver o paciente na admissão. Uma coincidência que gerou empatia proporcionou uma surpreendente evolução no paciente. O menino irritado, que não suportava barulho, até vozes mais altas, se apaixonou pela música e já foi até a um espetáculo de rock, no qual ele aplaudia no compasso da bateria. Emocionada, Solange comemora: “Eu digo que a música salvou a vida do meu filho, trouxe alegria, colocou a música, a voz, a vida de uma criança que não suportava nenhum ruído. Trouxe vida para a vida, dele e a nossa”, diz a mãe do menino, que comemora a evolução até nos movimentos do corpo. A dinâmica de musicoterapia utilizada no HCB é eficiente no tratamento de diferentes perfis de pacientes e demandas que requerem uma avaliação diagnóstica qualitativa Sabrina Diniz, 9 anos, é outra criança que mudou muito depois das inúmeras sessões que faz nas quintas-feiras no Hospital da Criança. Com diagnóstico de autismo, déficit de aprendizagem, manifestava-se agressiva, diz a mãe Elizabete Vieira Diniz. “Ela foi acolhida, criou vínculos de amizade, adora a musicoterapeuta, melhorou a interação com as outras crianças e tornou-se mais calma neste 1 ano de tratamento”, comemora a mãe. A dinâmica de musicoterapia utilizada no HCB é eficiente no tratamento de diferentes perfis de pacientes e demandas que requerem uma avaliação diagnóstica qualitativa. Se aplica em pacientes que não conseguem verbalizar sentimentos, palavras e viabiliza a comunicação gestual. A interação com a música funciona como uma analogia de domínio e auxilia nos processos de tratamentos emocionais. A improvisação musical permite a interação do paciente com a realidade e começa com a escolha do instrumento. É o que constata o pai da menina Gabriela Villefort, que possui uma cardiopatia e apresentava dificuldades para se alimentar. O trabalho diário, segundo Bruno Dias, foi transformador. A filha apresentou um desenvolvimento importante. Hoje, até aceita melhor os alimentos. “Todos os encaminhamentos que recebemos aqui, no apoio interdisciplinar, foram muito bons, a minha filha ama vir para os atendimentos, ganhou sociabilidade, e é importante essa atenção que recebe para o equilíbrio e a motricidade que vêm progredindo muito”, diz o pai, que acompanha a filha nas sessões de musicoterapia. Gabriela Villefort, com pouco mais de 2 anos, precisava estimular a motricidade, equilíbrio e a atenção compartilhada. Do início do ano até hoje, teve uma grande evolução e passou a se comunicar melhor, constata o pai da menina. A musicoterapia foi regulamentada no Brasil, no início deste ano. O musicoterapeuta é um profissional graduado ou pós-graduado em musicoterapia e só pode atuar caso tenha essas habilitações. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Campanha De Olho nos Olhinhos alerta para casos de retinoblastoma
A terceira edição da campanha De Olho nos Olhinhos começou nesse sábado (21) com o objetivo de conscientizar a população sobre os sintomas do retinoblastoma, o tipo mais comum de câncer ocular em crianças de 0 a 5 anos. Com alcance nacional, a mobilização teve início em um shopping no centro de Brasília, contando também com a participação de outras 30 cidades brasileiras. A campanha nacional De Olho nos Olhinhos visa conscientizar a população sobre os sintomas do retinoblastoma, o tipo mais comum de câncer ocular em crianças de 0 a 5 anos | Fotos: Divulgação/ Agência Saúde-DF “Ainda há um desconhecimento generalizado sobre a doença”, explica a oftalmologista pediátrica do Hospital da Criança, Isabela Porto. “Por isso, reforçamos a importância dos exames oftalmológicos de rotina, mesmo em crianças assintomáticas, pois o retinoblastoma muitas vezes é silencioso.” “A leucocoria, um reflexo branco no olho da criança, é um indicativo comum de retinoblastoma e muitas vezes é perceptível em fotos tiradas com flash” Isabela Porto, oftalmologista pediátrica do Hospital da Criança A campanha é promovida pela Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças com Câncer e Hemopatias (Abrace), em parceria com o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). O grupo de voluntários Doutores do Riso animou a ação, atraindo as famílias que circulavam pelo local. Um dos destaques do evento foi a introdução do mascote Flash, um gato que simboliza um dos sintomas da doença: o reflexo ocular conhecido como “olho de gato” – o mascote aparece nas cartilhas e materiais distribuídos ao público e à comunidade médica. O diagnóstico precoce do retinoblastoma é fundamental por diversas razões. Em estágios iniciais, as chances de cura aumentam significativamente, e os tratamentos são menos invasivos, com a quimioterapia focal, por exemplo, que visa preservar o olho e a visão. “Os próprios familiares podem identificar possíveis sinais. A leucocoria, um reflexo branco no olho da criança, é um indicativo comum de retinoblastoma e muitas vezes é perceptível em fotos tiradas com flash”, explica a médica. “Reforçamos a importância dos exames oftalmológicos de rotina, mesmo em crianças assintomáticas, pois o retinoblastoma muitas vezes é silencioso”, alerta a oftalmologista pediátrica do Hospital da Criança, Isabela Porto A oncopediatra e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, ressalta que o prognóstico é mais favorável quando o tumor é diagnosticado enquanto ainda está confinado ao globo ocular. No entanto, em casos de diagnóstico tardio, com comprometimento de estruturas extraoculares, o tratamento envolve quimioterapia sistêmica intensiva, e o prognóstico se torna mais reservado. “Vale destacar que alguns casos de retinoblastoma estão relacionados à síndrome de predisposição genética ao câncer. O acompanhamento regular pode ser essencial para a detecção precoce de tumores secundários. É importante também realizar exames oftalmológicos em irmãos menores de 5 anos”, acrescenta Isis. O HCB, referência no tratamento de câncer em crianças pequenas, registra cerca de 200 novos casos de câncer por ano, dos quais entre 4 a 6 são de retinoblastoma. A campanha “De Olho nos Olhinhos” foi idealizada pelos jornalistas Daiana Garbin e Tiago Leifert, após a filha do casal, Lua, então com apenas 11 meses, ser diagnosticada com a doença. A ação visa alertar os pais e profissionais de saúde para ajudar na identificação dos sintomas da doença.
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Ação neste sábado (21) alerta sobre câncer raro na região ocular
O retinoblastoma é um tumor maligno que se origina nas células da retina, sendo o câncer ocular mais comum na infância. Embora seja raro, sua detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz e a preservação da visão e da vida da criança. De acordo com o Ministério da Saúde, esse tipo de câncer representa cerca de 3% dos casos infantis no Brasil. No Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), onde são registrados 200 novos casos de câncer por ano, são notificados de quatro a seis casos de retinoblastoma. No ano passado, a campanha De Olho nos Olhinhos também passou pelo Conjunto Nacional para alertar a população sobre o retinoblastoma | Foto: Divulgação/ HCB Neste sábado (21), a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças com Câncer e Hemopatias (Abrace) e o HCB realizarão a campanha De Olho nos Olhinhos, uma ação de conscientização sobre a doença, no Shopping Conjunto Nacional, a partir das 11h. Médicos e alunos de medicina das Ligas Acadêmicas de Oncologia Pediátrica participarão distribuindo material informativo e conversando com o público sobre o câncer ocular. Também haverá atividades para as crianças. O diagnóstico precoce da doença é crucial por várias razões. Quando identificada em estágios iniciais, as chances de cura são significativamente maiores. Nesses casos, é possível utilizar tratamentos menos invasivos, como a quimioterapia ou a terapia focal, que visam preservar o olho e a visão. Em estágios mais avançados, pode ser necessário recorrer à enucleação (remoção do olho afetado), e as chances de metástase e complicações aumentam consideravelmente, como esclarece a oncopediatra e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães. Arte: Divulgação/ HCB “Esse tumor acomete as crianças na primeira infância, com menos de 2 anos. O prognóstico é bom quando o tumor é detectado no desenvolvimento, ainda dentro do globo ocular. No entanto, se o diagnóstico é tardio e ocorre o acometimento de estruturas extraoculares, o prognóstico é mais sombrio e os tratamentos precisam do uso de quimioterapia sistêmica intensiva. Por isso, é importante alertar para os possíveis sinais de retinoblastoma. A Sociedade Brasileira de Pediatria preconiza que toda criança faça um exame oftalmológico até os 6 meses de vida”, ressalta a pediatra. A leucocoria, condição ocular que se caracteriza por um reflexo branco nas pupilas, também conhecida como “olho de gato”, é o sinal mais comum do retinoblastoma. Outros sinais e sintomas menos comuns da doença incluem estrabismo, diminuição da visão, movimentos irregulares dos olhos, dor nos olhos, vermelhidão da parte branca do olho, abaulamento dos olhos e cor diferente de cada íris. O presidente da Abrace, Alexandre Alarcão, reforça a importância do diagnóstico precoce para minimizar os danos à saúde da criança e o impacto do tratamento. “Identificar o tumor em uma fase inicial pode reduzir o estresse associado ao tratamento da doença, principalmente nos estágios mais agressivos, e as incertezas quanto ao prognóstico. Descobrir cedo possibilita que a criança tenha uma melhor qualidade de vida, com menor risco de complicações a longo prazo”, finaliza. A campanha De Olho nos Olhinhos foi idealizada pelos jornalistas Daiana Garbin e Tiago Leifert, após a filha do casal, Lua, de apenas 11 meses, ser diagnosticada com a doença. A ação visa alertar os pais e profissionais de saúde para ajudar na identificação dos sintomas da doença. De Olho nos Olhinhos • Data – Sábado (21) • Hora – Das 11h às 17h • Local – Shopping Conjunto Nacional *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar
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Fibrose cística: Hospital da Criança oferece atenção no acompanhamento a pacientes
Centro de Referência para o tratamento da fibrose cística, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) adotou uma iluminação roxa em respeito ao Dia Mundial da Fibrose Cística, lembrado em 8 de setembro, e à campanha Setembro Roxo – mês de conscientização acerca da doença. A instituição conta com tratamentos humanizados e holísticos realizados por equipe multidisciplinar que busca oferecer maior qualidade de vida aos pacientes. A fibrose cística é uma enfermidade que atinge diferentes órgãos, principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. Considerada a doença genética grave mais comum da infância, ela causa a produção de secreções mais espessas e o acúmulo de bactérias nas vias respiratórias, propiciando infecções como pneumonia e bronquite, por exemplo; a condição também pode causar danos ao trato digestório e pâncreas. Os sintomas variam de acordo com a mutação que cada paciente desenvolve, totalizando mais de duas mil variações. A fim de adequar os cuidados às particularidades de cada criança, o HCB pratica um modelo de atenção ambulatorial individualizada para melhor atender as necessidades específicas de cada pessoa tratada na instituição. Luciana Monte, coordenadora da equipe de pneumologia do HCB: “Nosso cuidado é interdisciplinar, onde o paciente é acompanhado por cerca de oito especialidades, incluindo gastroenterologia, pneumologia, fisioterapia, psicologia, nutrição, farmácia, enfermagem e assistência social” | Foto: Divulgação/HCB “Nosso cuidado é interdisciplinar, onde o paciente é acompanhado por cerca de oito especialidades, incluindo gastroenterologia, pneumologia, fisioterapia, psicologia, nutrição, farmácia, enfermagem e assistência social”, detalha Luciana Monte, coordenadora da equipe de pneumologia do HCB. Monte – que também é presidente da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF) – explica que, embora não seja uma doença contagiosa, pacientes com fibrose cística devem ser separados entre si para evitar o risco de contaminação cruzada por bactérias contidas nas secreções, que podem piorar o prognóstico. Para garantir a integridade dessas crianças, as equipes do Hospital da Criança adotam um protocolo diferente durante o atendimento desses casos: ao invés de o paciente ir até cada especialista, os profissionais fazem um rodízio entre as salas, o que reduz as chances de contato entre fibrocísticos. “São vários profissionais que atuam juntos, indo de porta em porta para que os pacientes não se aglomerem em uma sala de espera, por exemplo; existe todo um mecanismo para garantirmos a segurança do paciente”, pontua a pneumologista. Para garantir a integridade dessas crianças, as equipes do Hospital da Criança adotam um protocolo diferente durante o atendimento desses casos: ao invés do paciente ir até cada especialista, os profissionais fazem um rodízio entre as salas, o que reduz as chances de contato entre fibrocísticos Por conta da complexidade dos quadros, as equipes assistenciais desenvolveram materiais lúdicos para tirar dúvidas das crianças e responsáveis sobre a doença. “Quando a pessoa entende o que tem e o que a doença causa no organismo, ela compreende todo o tratamento e passa a saber que há benefícios, por mais difícil que o processo seja; então a gente também foca muito nessa questão educacional”, reitera Luciana Monte. Exemplo da importância dessa conscientização, Guilherme Sales, 12 anos, impressionou os profissionais presentes ao demonstrar os conhecimentos que adquiriu sobre seu quadro durante o acompanhamento. Segundo Jhessyka Morais, mãe de Guilherme, o começo do tratamento foi complicado, entretanto, podia dizer com alívio que o quadro atualmente é estável. “No começo é difícil, um baque muito grande, mas com o tempo você vai aprendendo a lidar; mas seguindo o tratamento corretamente, ele já não interna mais, nem perde peso facilmente”, conta Morais. O menino celebra, em novembro, dez anos da última internação, podendo correr atrás do sonho de se tornar jogador de futebol e continuar estudando. Iniciativas como o Dia Mundial da Fibrose Cística desempenham um papel crucial na conscientização sobre a doença. Além de campanhas de sensibilização, é importante o diagnóstico precoce e manter-se sempre atento aos sintomas que podem surgir. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar oferece acompanhamento para pacientes entre 28 dias e 18 anos de idade; após esse período, o paciente é transferido para o Hospital de Base, Centro de Referência no DF para pacientes fibrocísticos adultos. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Dia Nacional do Voluntariado é celebrado no Hospital da Criança de Brasília
“Um voluntário é quem pratica o bem e nós podemos fazer a diferença no dia a dia”, disse Leonardo Muylaert, também voluntário, que foi ao Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) como o Superman. Em sua visita para celebrar o Dia Nacional do Voluntariado, ele chegou primeiramente trajado como Clark Kent, o jornalista que faz as coberturas durante as aparições do Superman nas histórias reproduzidas em filmes e histórias em quadrinho. Em seguida, surgiu como Superman com a trilha sonora característica do filme. Leonardo, 35 anos, é um advogado de Brasília que, em eventos e nos fins de semana, “torna-se” super-homem; desta vez, apresentou-se no hall do Hospital da Criança de Brasília. Leonardo, 35 anos, é um advogado de Brasília que, em eventos e nos fins de semana, “torna-se” super-homem | Foto: Divulgação/HCB Os pediatras que acompanhavam os pacientes estavam entusiasmados com o evento e diziam estar impressionados com a semelhança de Leonardo com o personagem dos filmes. “Foi uma presença ilustre que alegrou as crianças, e nós também ficamos bem; a gente que é pediatra já tem um pezinho ali nesse universo”, brincou Miguel Nieto, residente do hospital, que acompanhava a pediatra Mariana Ribeiro. “Foi uma surpresa. É muito legal essa parte lúdica do hospital, ajuda muito as crianças. Me sinto feliz por fazer parte desse momento, alegre”, comemorou a médica. Pai da paciente Valentina, de 4 anos, Bruno Sousa disse que o evento foi muito emocionante para as crianças. “Valentina vem a este hospital desde os 6 meses de idade; ela gosta de vir, e essa interatividade faz a diferença. Eu havia comentado com minha filha sobre a casinha, o trenzinho, e chego aqui hoje e encontro essa surpresa”, comentou. Cassiane Dias, mãe do menino Lorenzo, 5, comentou: “Isso foi muito bom para ele, agora vai ficar o dia todo falando desse encontro com o Superman”. O irmão, Brayan, teve a mesma alegria, aproximou-se e foi levantado para “dar um voo” com o Super-Herói. Eloá dos Santos, 4, representou a ala das meninas e teve direito a ver de cima a plateia, ao “voar” junto do supervisitante. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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Inteligência artificial agiliza processos da farmácia clínica do Hospital da Criança de Brasília
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) adotou um sistema que utiliza inteligência artificial para trazer mais rapidez e segurança nos processos da farmácia clínica. Utilizada de forma gratuita, a ferramenta NoHarm auxilia na avaliação dos pacientes internados e otimiza o trabalho dos farmacêuticos, permitindo que se dediquem, também, a ações voltadas à eficiência do atendimento. A adoção do sistema se alinha aos objetivos de impulsionar a saúde digital e tratamentos de ainda mais qualidade. Kalina Ribeiro (D) com Tamyris Borges: “O NoHarm faz tudo automático e já fala se o paciente é de alto, médio ou baixo risco” | Foto: Divulgação/HCB A equipe de farmácia clínica do HCB é responsável pela avaliação de todas as prescrições de medicamentos feitas às crianças internadas. “Eles avaliam dose, peso, a indicação, se a via é a mais adequada, se não tem nenhum problema renal ou hepático, se a dose está dentro do permitido, do calculado para aquela idade, e também o tempo de tratamento”, explica o gerente de Suprimentos e Logística do HCB, Leandro Machado. No processo manual, os farmacêuticos precisam avaliar os pacientes com base na evolução que cada profissional da equipe registrou – o que leva bastante tempo, já que o hospital tem mais de 200 leitos. A adoção do NoHarm facilitou esse trabalho. Integrado a outros programas utilizados pelo HCB, o sistema acessa o prontuário dos pacientes e reúne as informações registradas pela equipe multiprofissional. Interpretação rápida O HCB é o primeiro hospital de Brasília e o terceiro do Centro-Oeste a adotar o NoHarm de forma completa. “Esse sistema faz um screening de leitura de todas as evoluções e, com a inteligência artificial, faz uma avaliação em massa”, detalha o gerente. “Ele busca palavras-chave, como neurotoxicidade, alergia, insuficiência renal aguda e traz de uma maneira muito mais rápida; consegue ler e falar”. Criado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o programa é disponibilizado gratuitamente a instituições do SUS. O processo de implantação começou em janeiro e incluiu tanto avaliações do setor de tecnologia da informação, para verificar questões de segurança, quanto treinamento dos farmacêuticos. Já com 100% de validação, o programa também é importante por atualizar constantemente o escore das crianças internadas. “O score é a ferramenta que utilizamos para classificar o risco do paciente; dependendo do risco, temos uma conduta diferente em relação ao acompanhamento clínico”, explica a supervisora de Farmácia do HCB, Kalina Ribeiro. “O NoHarm tem o score dentro do próprio programa, faz tudo automático e já fala se o paciente é de alto, médio ou baixo risco.” Coleta de dados “O sistema viabilizou uma celeridade na avaliação, abrangendo maior número de pacientes” Tamyris Borges, farmacêutica do HRB O risco verificado pelos farmacêuticos está relacionado aos medicamentos prescritos, de forma que a equipe precisa de acesso rápido ao score para intervir quando necessário. Com atualização automática e frequente, o NoHarm também coleta dados como a temperatura das crianças, exames e alertas de incompatibilidade medicamentosa, e leva essas informações em consideração para definir o score de cada uma. A farmacêutica do HCB Tamyris Borges lembra a importância dessa atualização constante: “Um paciente que está em baixo risco pode mudar o quadro clínico e se tornar um alto risco. Quando fazemos isso manualmente, levamos tempo e podemos perder essa avaliação em tempo real. O NoHarm faz isso e avalia mais parâmetros, por causa do know how que abrange no sentido da inteligência artificial”. Além de auxiliar os farmacêuticos a agir em prol da segurança das crianças atendidas, o programa com inteligência artificial permite que os profissionais se dediquem mais a seu papel de buscar a eficiência no uso dos medicamentos. Dedicação “Ele viabilizou uma celeridade na avaliação, abrangendo maior número de pacientes”, pontua Tamyris. “Tenho mais tempo de interação na ponta, olhar a bomba de infusão, olhar o paciente, ter o contato com a enfermagem, com os médicos. Às vezes, podemos ficar muito tempo nessa parte do computador e nos afastar do assistencial; o sistema facilita muito com esse tempo que ganhamos.” Leandro Machado ressalta que outras responsabilidades dos farmacêuticos podem ser fortalecidas: “A equipe já tem um número grande de atividades, mas 60% de seu tempo estava dedicado a avaliar prescrições. A inteligência artificial facilita para acompanhar a periodicidade de avaliação, o histórico de antimicrobianos, tudo que antes, era visto na mão, fazendo tabelas em que era fácil se perder”. Com a agilidade e segurança promovidas pelo NoHarm, os farmacêuticos têm mais tempo para atuar desde a internação das crianças até a alta, garantindo o atendimento eficaz e seguro para cada paciente. *Com informações do HCB
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Hospital da Criança de Brasília conscientiza pacientes sobre os riscos de queda
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou, ao longo deste mês, a campanha de comunicação para prevenir quedas. A ação incluiu ações de conscientização para sensibilizar os usuários acerca do risco e prevenção de quedas. Acompanhadas pela equipe pedagógica do HCB, as crianças contaram com múltiplas atividades lúdicas, como quadrilhas, pinturas de rosto, desenhos para colorir e muita música. As atividades serviram para divertir meninos e meninas que estavam no hospital, além de conscientizar as famílias sobre os riscos que o ato de cair oferece à integridade física das crianças. A campanha ensina maneiras de prevenir quedas para garantir a segurança das crianças | Fotos: Divulgação/ HCB Realizada anualmente, essa campanha possui um papel importante de conscientizar pacientes e famílias acerca de maneiras de prevenir lesões para garantir a segurança das crianças. “O nosso maior desafio é a compreensão dos acompanhantes sobre os riscos e as medidas de prevenção – por isso, trabalhamos todos os anos esse tema de forma lúdica, para termos maior alcance”, explica a gerente da Linha de Cuidado do Paciente Clínico no HCB, Anna Karolina Barsanulfo. O público pediátrico é um grupo demográfico com risco de queda naturalmente mais alto. O HCB adota múltiplas medidas de prevenção, como o uso de pulseiras amarelas para identificação de pacientes passíveis de queda, adequação dos leitos e adaptação das medidas de intervenção para maior segurança do paciente – por meio do programa Fall TIPS, que visa acabar com o problema persistente das quedas de pacientes. Graças à utilização dessas e de outras ferramentas, o HCB mantém um histórico com poucas ocorrências de quedas entre pacientes e acompanhantes. Elka Bonfim redobrou os cuidados após sustos com os filhos Carlos Maurício e Laura Thawany “Um dia eu estava brincando com uns amigos na escola, quando esbarrei em um deles e caí; na hora, doeu, mas agora só tem esse roxo aqui”, comentou Carlos Maurício, 6 anos. Segundo Elka Bonfim, mãe do garoto, tanto ele quanto a irmã, Laura Thawany, 8, sofreram quedas em casa que levaram a lesões sérias quando eram mais novos. “Lá em casa, quando estou limpando, eles só ficam em cima do sofá até eu terminar para evitar acidentes” revelou Elka, relembrando os cuidados adotados após os sustos que passou junto de seus filhos. Luana da Silva contou sobre como a filha Lara Eloá, 5, sofreu uma queda durante o período de recuperação de uma cirurgia. “Tem que ficar de olho sempre; a gente até tenta segurar a criança, mas, assim que elas aprendem a caminhar, a gente precisa respeitar a liberdade delas também”, relatou. “É muito importante que a criança tenha esse espaço para correr e se divertir; entretanto, os pais precisam estar sempre atentos para adverti-la quando estiver em um local de risco, por exemplo, para evitar que ela se machuque”, explicou a pedagoga do HCB Bárbara Lima, que acompanhou as ações. A programação da campanha de prevenção de quedas também contou com atividades voltadas aos funcionários do hospital. Os profissionais debateram a importância de ensinar os cuidados necessários ao público do HCB e de manter um ambiente seguro e confortável para as crianças. As conversas serviram como uma plataforma para o esclarecimento de dúvidas da equipe, assim como ressaltaram o esforço coletivo necessário para a prevenção desse tipo de ocorrência. *Com informações do HCB
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HCB alcança índices de até 80% de cura no serviço de oncologia
Inaugurado em 2011, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) nasceu do sonho de voluntários da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace) em parceria com os médicos oncologistas que atendiam as crianças no Hospital de Base. Hoje, o HCB é habilitado pelo Ministério da Saúde como unidade de assistência de alta complexidade em oncologia pediátrica e referência em transplantes de medula óssea, entre outras habilitações. “Temos que ensinar nossos pediatras a estarem sempre abertos. Se eles tiverem dúvidas, não tem problema, nós vemos o diagnóstico juntos”, diz a oncologista Ísis Magalhães | Fotos: Divulgação/HCB Nesta quarta (17) é celebrado o Dia Nacional do Cirurgião Oncológico. A equipe de oncologia do HCB é responsável pelo atendimento de crianças e adolescentes com diferentes tipos de câncer – doença em que uma alteração genética faz com que as células deixem de seguir as regras normais do crescimento. O diagnóstico precoce também é importante porque, ao contrário do que acontece com os adultos, o câncer infantil não tem prevenção. Por isso, mesmo que sintomas como manchas roxas e febre possam ser confundidos com pancadas ou doenças comuns na infância, é preciso que os médicos da atenção primária estejam alertas para a possibilidade de algo mais grave A onco-hematologista pediátrica Isis Magalhães, diretora técnica do Hospital, explica: “Os cânceres mais comuns da infância são os que se iniciam no sistema formador do sangue, que a gente chama ‘sistema hematopoiético’; são as leucemias. Na medula óssea, que é a fábrica do sangue, um grupo de células se modifica geneticamente. Ela não sabe mais amadurecer e dar origem às células normais do sangue, mas continua com a capacidade de se dividir em outras iguais a ela”. Segundo Magalhães, cerca de 190 a 200 novos casos de câncer são identificados pela equipe do HCB a cada ano; uma equipe multiprofissional realiza cerca de 1.200 consultas por mês e cuida, em média de 40 crianças internadas. O trabalho dos profissionais, somado ao diagnóstico preciso e precoce, pesquisa científica e avanços tecnológicos, permitiu ao hospital alcançar índices de até 80% de cura e sobrevida. Diagnóstico precoce é importante O caminho para um desfecho positivo no tratamento oncológico começa na atenção primária: nas consultas de rotina, se o pediatra ou a equipe de saúde de família identificar sintomas que indiquem a possibilidade de um câncer, a criança é encaminhada a centros de referência no tratamento. É o caso do Hospital da Criança de Brasília, que realiza os testes para um diagnóstico preciso e, em caso de confirmação da doença, já inicia o tratamento com agilidade. A oncologista Flávia Delgado participa de eventos médicos internacionais para troca de experiências e estudos para reforçar o atendimento no hospital Essa conduta é importante para determinar o curso do atendimento. “Em um retinoblastoma, é a diferença entre perder o olhinho ou a vida – ou manter a visão dos dois olhos. No caso de um tumor ósseo, é a chance de manter um membro com boa funcionalidade – ou perder o membro e, quem sabe, a vida”, afirma a médica oncologista do HCB Flávia Delgado. O diagnóstico precoce também é importante porque, ao contrário do que acontece com os adultos, o câncer infantil não tem prevenção. Por isso, mesmo que sintomas como manchas roxas e febre possam ser confundidos com pancadas ou doenças comuns na infância, é preciso que os médicos da atenção primária estejam alertas para a possibilidade de algo mais grave. O câncer mais comum na infância é a leucemia linfoide aguda (LLA), mas a equipe de oncologia do Hospital também tem experiência no tratamento de outras leucemias, neuroblastoma, retinoblastoma, tumores do sistema nervoso central, tumores ósseos e outras manifestações da doença “Temos que ensinar nossos pediatras a estarem sempre abertos. Se eles tiverem dúvidas, não tem problema, nós vemos o diagnóstico juntos. Se não for câncer, muito bem, mas, se for, começamos o tratamento com a criança em um estado clínico melhor. Quanto mais rápido conseguirmos fazer isso, maiores as chances de cura”, reforça Isis Magalhães. Ao receber crianças com suspeita de câncer, o HCB realiza exames citológicos e de imunofenotipagem para confirmar a doença e, com análises em nível molecular, identifica o tipo de mutação celular que levou ao quadro. Com profissionais especializados, o hospital oferece o protocolo de tratamento específico para cada paciente. Dedicação à pesquisa e parcerias internacionais O câncer mais comum na infância é a leucemia linfoide aguda (LLA), mas a equipe de oncologia do hospital também tem experiência no tratamento de outras leucemias, neuroblastoma, retinoblastoma, tumores do sistema nervoso central, tumores ósseos e outras manifestações da doença. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia e transplante de medula óssea, dependendo das especificidades de cada caso. Também é necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar, contando com profissionais de enfermagem, fisioterapia e nutrição, entre outros. Para oferecer atendimento de qualidade às crianças e adolescentes, os oncologistas do HCB – assim como os outros profissionais envolvidos no tratamento – passam por constante aprimoramento, participando de eventos científicos internacionais e de grupos de estudos multicêntricos. A dedicação ao ensino e à pesquisa, pilares do Hospital da Criança de Brasília, também se relaciona com o trabalho dos oncologistas. “No Programa de Cancerologia Pediátrica, o residente tem a oportunidade ampla de aprender em um serviço de referência integrado no hospital com especialistas em doenças pediátricas complexas”, diz o supervisor do programa, José Carlos Córdoba Inseridos em linhas de pesquisa, eles apresentam seus estudos em eventos científicos internacionais e aqueles promovidos pelo HCB (como o Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde, realizado em parceria com o Hospital Sant Joan de Déu, de Barcelona). Divulgam trabalhos em periódicos de renome: em 2022, pesquisa sobre particularidades no diagnóstico de leucemia mieloide aguda em crianças com síndrome de Down foi publicada nos periódicos especializados Leukemia (Nature) e Pediatric Blood and Cancer. A equipe representa o hospital, também, em eventos de relevância nacional e internacional que promovem a atualização de conhecimentos em oncologia. Em julho de 2024, as oncologistas Flávia Delgado e Isabella de Araújo participaram do 21º Simpósio Internacional de Neuro-Oncologia Pediátrica, nos Estados Unidos, e da Reunião Anual do Grupo de Tumores Cerebrais da Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (Siop) da Europa. As profissionais atraíram atenções ao HCB com estudo que otimiza a identificação dos subtipos moleculares do meduloblastoma. “Todos ficaram bastante interessados, e vamos expandir esse trabalho, fazendo uma avaliação genética muito mais importante”, relata Delgado. O acompanhamento oferecido pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar aos pacientes com câncer infantil levou a parcerias importantes. O HCB participa, desde 2018, da St. Jude’s Global Alliance, colaboração internacional que busca aumentar a sobrevida de câncer infantil por meio do acesso ao cuidado, qualidade da assistência e integração em políticas públicas. Com a aliança, o hospital participa da discussão de casos com outras instituições e tem acesso a ferramentas de melhoria contínua dos tratamentos oncológicos. O HCB integra, também, a Aliança Apoio Maior Aumentando Recursos e Treinamento Especializado (Amarte), que concentra hospitais brasileiros na discussão de casos clínicos. Parcerias com o Hospital Sírio-Libanês de Brasília e com o Hospital DF Star também permitem às crianças do HCB passar por radioterapia durante o tratamento. Futuros oncologistas Ao mesmo tempo que se mobiliza para oferecer o melhor cuidado às crianças e se volta à pesquisa para trazer evoluções à oncologia, o HCB ajuda a preparar os oncologistas do futuro. Um dos 11 programas de residência médica do hospital é dedicado à especialidade, e o processo de aprendizagem inclui interação com outras áreas, como cirurgia e patologia. “No programa de cancerologia pediátrica, o residente tem a oportunidade ampla de aprender em um serviço de referência integrado no hospital com especialistas em doenças pediátricas complexas. Com grande número de casos novos, tem oportunidade de aprender com especialistas experientes as neoplasias pediátricas mais comuns e as mais raras. O programa oferece aprendizagem no cenário clínico e laboratorial, com ampla interação com cirurgia, radiologia e patologia, integrando o aprendizado integral”, pontua o médico José Carlos Martins Córdoba, coordenador de Cuidados Paliativos e supervisor do programa de residência médica. Além disso, o HCB oferece um programa de fellowship para formação de cirurgiões oncológicos. *Com informações do HCB
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