DF lidera acesso à internet no país e amplia rede pública de wi-fi gratuito
O Distrito Federal lidera, com folga, os indicadores de acesso à internet, posse de dispositivos e consumo de mídia digital. Os dados são de uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no fim de julho. Segundo levantamento, 95,9% da população local, o equivalente a 2,7 milhões de pessoas, está conectada. Para ampliar e democratizar esse acesso, o Governo do Distrito Federal (GDF) mantém o programa Wi-Fi Social DF, que oferece conexão pública e gratuita em locais de grande circulação. Atualmente, 135 pontos estão ativos, operados por empresas credenciadas. Com presença maciça no DF, programa Wi-Fi Social garante conexão gratuita à internet ao público | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O programa, lançado em fevereiro de 2019, registrou mais de 150 milhões de acessos em 2024. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) lançou o novo ciclo do Wi-Fi Social 2025 por meio da Portaria nº 34/2025, com o objetivo de expandir a cobertura e aprimorar a qualidade do serviço. As inovações incluem a ampliação da cobertura, o aperfeiçoamento das exigências técnicas e o reforço das garantias de proteção de dados pessoais. Conexão amplificada “Com o alcance de 150 milhões de acessos no último ano, seguimos ampliando o programa com mais pontos ativos, exigências técnicas aprimoradas e um compromisso firme com a proteção dos dados dos usuário” Marco Antônio Costa Júnior, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF Segundo o titular da Secti-DF, Marco Antônio Costa Júnior, o Distrito Federal alcançou um marco histórico. “Somos a unidade da Federação com o maior número de casas conectadas à internet”, reforça. “Esse resultado é reflexo direto de políticas públicas, que democratizam o acesso à informação e à tecnologia, especialmente nas regiões que mais precisam. Com o alcance de 150 milhões de acessos no último ano, seguimos ampliando o programa com mais pontos ativos, exigências técnicas aprimoradas e um compromisso firme com a proteção dos dados dos usuários. Conectar o DF é promover cidadania digital”. O Wi-Fi Social DF funciona sem custos para o poder público ou para os usuários. Toda a estrutura necessária, como equipamentos, manutenção, energia elétrica e demais insumos, é financiada pelas empresas credenciadas. Em troca, elas podem exibir publicidade digital nos pontos de acesso. A parceria com o GDF é formalizada por meio de um termo de autorização precário e não exclusivo, ou seja, não se trata de um contrato oneroso. Esse tipo de autorização pode ser revogado a qualquer momento, por interesse público, sem gerar obrigações financeiras para o Estado. Como funciona Uma das empresas credenciadas e responsável pelo ponto de Wi-Fi Social na estação de metrô Furnas e na Feira do Núcleo Bandeirante, a I-Digitais instalou três antenas na Feira: uma na praça de alimentação e duas nas extremidades. O acesso é simples e gratuito, mas exige um breve cadastro inicial. “Aparece a rede Wi-Fi Social, de acesso livre”, orienta o técnico de tecnologia da informação Tiago de Farias, da I-Digitais. “Ao se conectar, a pessoa precisa colocar o número de celular e visualizar uma campanha vinculada ao aparelho. Depois, é só clicar em ‘navegar grátis’. A partir daí, já está conectada”. “Algumas pessoas ainda têm receio por não conhecerem a rede, mas a gente tem uma equipe técnica que faz todo o gerenciamento” Tiago de Farias, da I-Digitais De acordo com ele, o público que mais utiliza o serviço são os trabalhadores da região e os clientes. “Pessoas que trabalham aqui usam muito, inclusive para pagamentos via maquininha”, conta. “Durante a hora do almoço também tem bastante acesso. Tem vendedor, tem cliente, gente sem internet no celular que se conecta rapidinho para pagar via Pix”. O Wi-Fi Social, classifica Tiago, é útil para todos os perfis, “do celular mais simples ao mais caro”. Quanto à segurança dos dados, ele garante que o sistema é protegido. “Algumas pessoas ainda têm receio por não conhecerem a rede, mas a gente tem uma equipe técnica que faz todo o gerenciamento”, explica. “Usamos proteção de dados conforme a LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados]. As informações são armazenadas em um banco de dados criptografado, e os dispositivos conectados não conseguem se ver entre si. É tudo separado, com firewalls garantindo a segurança da rede”. Impacto Conexão pública e gratuita a locais estratégicos de grande circulação de pessoas é o que garante o Wi-Fi Social DF, serviço que já ajudou a enfermeira Ana Carolina Araújo, 29, em diversas ocasiões. “Usei várias vezes na rodoviária, em momentos em que minha internet não estava funcionando”, lembra. “Precisava me comunicar pelo WhatsApp, avisar onde eu estava, se já estava chegando ou não, e também para consultar os horários dos ônibus, que dependem de acesso à internet”. “Acho superimportante ter esse acesso disponível. Tem gente que precisa ainda mais e pode usufruir disso” Ana Carolina Araújo, enfermeira Ela destaca a importância do serviço em locais públicos, especialmente para quem não tem plano de dados ou enfrenta dificuldades de conexão: “Acho superimportante ter esse acesso disponível. Tem gente que precisa ainda mais e pode usufruir disso”. A experiência, garante, foi bastante positiva. “Para mim, foi muito satisfatório e de fácil acesso. Bem simples, diferente de outros lugares onde é preciso preencher um monte de informações para usar o Wi-Fi gratuito, como nos shoppings”. No metrô do Park Shopping, a comerciante Paula Lanes, 23, reforça a utilidade do programa, especialmente para quem está em busca de oportunidades de trabalho ou precisa se comunicar em momentos de urgência. “Nem todo mundo tem internet”, aponta. “Às vezes, a pessoa está passando por aqui e precisa falar com alguém ou está procurando vaga de emprego, e não consegue acessar porque está sem internet. Já pediram para rotear a internet do nosso celular. Por isso, acho importante ter esse tipo de serviço disponível em espaços públicos”. Marcos Menezes trabalha na Feira do Núcleo Bandeirante e elogia o programa: “Vários colegas usam, e alguns clientes também já precisaram da internet” A comerciante Lorrany Nascimento, 19, já utilizou o Wi-Fi Social em diversas ocasiões e reconhece a importância do serviço para quem trabalha ou circula em locais públicos. “Ajuda muita gente”, afirma. “Às vezes a gente está sem internet, e o sinal funciona muito bem aqui. Muitas pessoas precisam de internet e fazem uso do Wi-Fi Social porque é uma utilidade muito grande”. Paula cita o exemplo de uma colega de trabalho que depende do serviço diariamente. “Ela não tem internet no celular e usa todos os dias para acessar redes sociais, mandar mensagens, fazer tudo”, conta. [LEIA_TAMBEM]Mesmo em dias de movimento fraco, o comerciante Marcos Paulo Quaresma de Menezes, 51, que trabalha na Feira do Núcleo Bandeirante, percebe a influência do Wi-Fi Social no cotidiano dos feirantes e dos clientes: “Vários colegas usam, e alguns clientes também já precisaram da internet. Às vezes, a gente tenta rotear do próprio celular, mas quando não dá certo, a pessoa consegue se conectar pela rede pública”. Marcos vê a iniciativa como essencial para facilitar o acesso à informação e à comunicação em locais de grande circulação: “Sendo algo que favorece a população, é lógico que precisa. Às vezes, a gente está num local com sinal ruim, e essas redes ajudam”.
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Blitz educativa chama atenção para prevenção de incêndios durante a seca
Nesta sexta-feira (6), uma operação conjunta de conscientização sobre a prevenção aos incêndios florestais movimentou a entrada principal do Jardim Botânico de Brasília (JBB). Corpo de Bombeiros do DF marcou presença na blitz, que teve como foco orientações ambientais ao público | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e outros dez órgãos distritais, a blitz educativa teve como objetivo alertar motoristas e passageiros sobre os riscos da queima de lixo e restos de poda, que são os principais causadores de incêndios florestais no Distrito Federal. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, além de atuar diretamente na proteção ambiental, a pasta é responsável por mapear as áreas de maior índice de risco e promover conscientização. “Fazemos uma ambientação com os alunos por meio de palestras sobre a proibição da queima de poda ou de lixo nas áreas rurais, porque estamos entrando em um período mais crítico que esquenta mais, o vento fica mais forte e qualquer fagulha propicia um incêndio florestal”, pontua. Na terceira edição do ano, a atividade faz parte do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), coordenado pela Sema-DF, que reúne mais de 20 instituições. Entre os presentes, estiveram agentes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF), do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), do Instituto Brasília Ambiental, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Força Aérea Brasileira (FAB), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), além do apoio da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Pequenos multiplicadores Crianças também participaram da ação, ajudando a estimular a consciência sobre riscos de queima de lixo Crianças do 5º ano do ensino fundamental I da Escola Classe Alto Interlagos, do Paranoá, também estavam empenhadas na blitz, repassando os conhecimentos aprendidos aos condutores abordados. A estudante Anna Carolina Rodrigues tomou gosto pela iniciativa: “Estamos falando sobre o Cerrado e a importância de cuidar dele, porque ele nos dá vida, água de nascentes e várias coisas” Com o auxílio dos colegas que seguravam cartazes sobre educação ambiental, a estudante de 10 anos Anna Carollina Vieira Rodrigues já deixava o recado claro: “Estamos falando sobre o Cerrado e a importância de cuidar dele, porque ele nos dá vida, água de nascentes e várias coisas. Se jogar uma bituca de cigarro ou acender uma fogueira, pode dar um fogo alto nas árvores, na grama e queimar a natureza, além de matar os bichinhos e poluir o ar”. A participação dos estudantes teve o papel estratégico de sensibilizar quem passava pelo local, além de formar jovens multiplicadores da cultura de preservação ambiental, especialmente nas comunidades rurais onde muitos deles vivem. O representante técnico Vicente Andrade gostou das atividades: “É importante essa educação ambiental aqui no DF, principalmente neste período muito seco” Para os condutores, a estratégia surtiu efeito: após ter sido abordado e receber o material educativo na blitz, o representante técnico comercial Vicente Andrade, 62, disse que a atividade é necessária para muitas pessoas que não têm consciência dos riscos da queimada ilegal. “Foi bacana, principalmente com a participação das crianças, que estão em um período de assimilar esses detalhes”, afirmou. “Uma boa iniciativa dos órgãos competentes, é importante essa educação ambiental aqui no DF, principalmente neste período muito seco.” Também parado na blitz, o armador Carlos Roberto, 48, concordou: “É bom porque o pessoal fica mais consciente das coisas. O lixo deve ser recolhido pelos caminhões, temos que cuidar do que é nosso”. Coleta garantida Durante a operação, os veículos foram abordados primeiramente pelo DER-DF e depois pelos representantes das instituições participantes. Entre as orientações passadas aos ocupantes sobre como evitar práticas que podem gerar incêndios florestais, está a destinação correta dos resíduos - papel cumprido pelo SLU com a coleta diária e os equipamentos de captação de inservíveis espalhados pela cidade, serviços que a população pode consultar gratuitamente por meio do aplicativo SLU Coleta DF. “O papel do SLU é justamente no combate do descarte regular, frisando a proibição de queima desses materiais”, ressaltou a diretora técnica do SLU, Andréa Almeida. “É um trabalho que precisa ser feito o ano todo, porque na época de chuva, o mesmo material que é foco de incêndio causa entupimento de bueiros e proliferação de vetores, em especial da dengue. A gestão de resíduos sólidos é papel de todos, e a população precisa fazer sua parte e colaborar. Realmente, o que a gente precisa é de consciência.” Área de preservação Allan Freire, diretor-presidente do Jardim Botânico: “Nossa equipe faz um trabalho incrível, mas sabemos que tem um alcance limitado. Ao levar isso para mais pessoas, começa uma conscientização de verdade” [LEIA_TAMBEM]Com foco na proteção do Jardim Botânico de Brasília, a blitz busca reduzir os focos de incêndio e as áreas queimadas na região, que integra a Área de Proteção Ambiental (APA) das bacias do Gama e Cabeça de Veado. O espaço de 5 mil hectares abriga 1,8 mil espécies de plantas e 500 de animais, além de três captações de água dentro da estação ecológica. O diretor-presidente do Jardim Botânico, Allan Freire, afirmou que o alcance promovido pela união dos órgãos governamentais no espaço vai ao encontro da missão do Jardim Botânico, que visa a uma educação ambiental com o lazer orientado à biodiversidade, pesquisa e conservação do Cerrado. “Nossa equipe faz um trabalho incrível, mas sabemos que tem um alcance limitado”, ponderou o gestor. “Ao levar isso para mais pessoas, com as crianças falando com a família, começa uma conscientização de verdade. O Jardim Botânico é uma das unidades de conservação mais importantes do DF, garante um ar mais puro, abastecimento de água e uma qualidade de vida melhor. Cuidar do meio ambiente e preservar o Cerrado faz com que tudo isso chegue para a população.” O diretor de Biodiversidade do Jardim Botânico, Estevão Souza, reforçou que a região tem crescido nos últimos anos, com novos condomínios e vias de trânsito, o que aumenta cada vez mais a necessidade de compreensão ecológica. “Os incêndios florestais que acontecem nesse período de seca são sempre não naturais: 95% são criminosos causados pela ação humana, voluntária ou não”, apontou. “Todos vimos o que aconteceu no ano passado com as queimadas, aquela fumaceira e os problemas de saúde atrelados. É importante conscientizar, porque infelizmente a gente está em um período de mudança climática em que a tendência é piorar, impactando na nossa biodiversidade.”
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Desde 2022, GDF ampliou em 90% o acesso da população em situação de rua à saúde
Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF) apontou um aumento de quase 90% no acesso de pessoas em situação de rua aos serviços públicos de saúde do Distrito Federal. O estudo também registra uma redução nos relatos sobre problemas de saúde em comparação ao Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações constam na Pesquisa Pop Rua, divulgada pelo Governo do DF (GDF) em abril deste ano. Equipe do Consultório na Rua em ação: de 2024 até março deste ano, foram quase 16,5 mil atendimentos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo o estudo, entre os avanços observados, a proporção de pessoas em situação de rua que utilizaram as unidades básicas de saúde (UBSs) saltou de 36,7% para 51,7%. Já o atendimento em unidades de pronto atendimento (UPAs) e em hospitais passou de 20,7% para 36,9%. O levantamento mostra, ainda, maior acesso desse público às unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), responsáveis também pela oferta de suporte em saúde mental. Segundo a pesquisa, a procura subiu de 18,6% para 28,7%. Já nos centros Pop, que prestam apoio social a essa população, foi registrado um aumento de 2,1% no atendimento. “Cada atendimento registrado representa uma vida que foi acolhida, escutada e cuidada”, afirma o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. “Estamos falando de pessoas que, por muito tempo, estiveram invisíveis ao poder público. Esses avanços mostram que estamos no caminho certo ao levar saúde, alimentação e dignidade a quem mais precisa. O trabalho das equipes do Consultório na Rua e a oferta de refeições nos restaurantes comunitários são exemplos de uma política pública que enxerga o ser humano antes da sua condição social.” Consultório na Rua Entre as ações integradas deste GDF que contribuíram para ampliar o acesso desta população à saúde pública, está o trabalho das equipes do Consultório na Rua, que prestaram mais de 10 mil atendimentos em 2024 e quase 16,5 mil entre o ano passado e março deste ano. “Todo o DF está coberto pela ação dessas equipes, e está no nosso planejamento continuar ampliando o número de profissionais que atuam nesses grupos”, reforça o diretor das Áreas Estratégicas da Atenção Primária, Afonso Abreu Mendes Junior. Na avaliação do gestor, a ampliação da cobertura das equipes foi determinante para melhorar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde: “Além das equipes da Estratégia em Saúde da Família, esse novo dispositivo veio como um reforço essencial. Acreditamos que o aumento da cobertura das equipes do Consultório na Rua foi um fator primordial para garantir esse acesso”. As equipes tiveram acesso a uma nota técnica elaborada para orientações detalhadas sobre o atendimento a ser ofertado. “Também ofertamos um curso voltado a gestores e profissionais de todas as regiões para uma atuação focada em acesso e equidade”, informa Mendes Junior. “Precisamos lembrar que a pessoa em situação de rua é usuária do SUS como eu, como você. Ela precisa – e deve – ser atendida”. Acolhimento e cuidado A médica de família Samanta Hosokawa lembra que o Consultório de Rua faz acompanhamento integral: “Sempre vamos em grupo, com equipe multiprofissional para oferecer o máximo de suporte possível para cada paciente naquele momento” Uma das ações mais recentes do programa ocorreu na quarta-feira (14), em Águas Claras e em Arniqueira. “Atendemos em vários pontos da Região Sudoeste de Saúde”, relata a médica de família Samanta Hosokawa. “Sempre vamos em grupo, com equipe multiprofissional – enfermeiro, técnicas de enfermagem, dentista, assistente social, psicólogo – para oferecer o máximo de suporte possível para cada paciente naquele momento”. Segundo a profissional de saúde, o trabalho das equipes do Consultório na Rua vai além do atendimento inicial: elas garantem o acompanhamento integral dos pacientes, mesmo diante dos desafios impostos pela vulnerabilidade social. “Levamos testagens rápidas para ISTs, teste de gravidez, vacinas, medicamentos e fazemos encaminhamentos via Sisreg [Sistema Nacional de Regulação] para a atenção secundária, quando necessário”, detalha. “Muitos precisam de exames de imagem ou atendimento com especialistas, e nós regulamos e acompanhamos tudo isso. Como muitos não têm telefone, ficamos atentos ao sistema; e, assim que a vaga sai, voltamos até eles para entregar as chaves do atendimento.” Atendimento acolhedor Ronaldo Nascimento já foi atendido pelas equipes do Consultório na Rua: . “Acho que foi o melhor atendimento que já recebi, até melhor que em hospital. Eles fazem encaminhamento, acompanham” Para quem está nas ruas, o acolhimento e o cuidado das equipes de saúde fazem toda a diferença. Aos 50 anos, Ronaldo Nascimento vive em situação de rua desde 2006 e, com a ajuda da Secretaria de Saúde (SES-DF) foi internado para tratar uma tuberculose. “Para mim, foi importante demais”, conta. “Acho que foi o melhor atendimento que já recebi, até melhor que em hospital. Me trataram superbem, nunca imaginei que teria esse atendimento morando na rua. Eles fazem encaminhamento, acompanham. Agora estou em busca de tratamento para dependência química”. Alexandre Soares: “Se não fossem eles, ir para um posto de saúde seria bem mais complicado. Rapidinho consegui um exame, já recebi até o resultado” Outro que reconhece a importância dos serviços é Alexandre Soares, 51. “Tem me ajudado bastante. Se não fossem eles, ir para um posto de saúde seria bem mais complicado. Aqui sou atendido com carinho e muito mais rápido. Rapidinho consegui um exame, já recebi até o resultado”, explica. Assistência social Ampliar o acesso ao diagnóstico também significa aumentar as chances de tratamento e recuperação. É o que revela a pesquisa: embora os relatos de ansiedade e depressão ainda representem 28,6% das queixas entre a população em situação de rua, houve uma queda de 9,1% em relação a 2022. Já problemas de saúde bucal diminuíram 27,6%, e as dores crônicas tiveram redução de 19,8%. Outro avanço importante apontado pela pesquisa foi o aumento da oferta de refeições gratuitas para pessoas em situação de rua em todos os restaurantes comunitários do DF. O acesso a esse serviço subiu de 35,6% em 2022 para 54,7% em 2025. Entre janeiro de 2024 e março deste ano, foram servidas 1.607.493 refeições.
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IPCA do Distrito Federal desacelera e mostra índices abaixo da média nacional
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Distrito Federal, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), indica que a inflação de novembro desacelerou em relação a outubro. Com uma variação mensal de 0,30%, o resultado posiciona o DF com a quinta menor inflação entre as 16 capitais analisadas, abaixo da média nacional de 0,39%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA local ficou em 4,47%, também inferior ao índice nacional de 4,87%. A energia elétrica residencial apresentou uma queda significativa de 9,30% nos preços, o que reduziu 0,30 ponto percentual (p.p.) do índice geral | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A energia elétrica residencial foi a grande aliada das famílias brasilienses no período, com uma queda significativa de 9,30% nos preços, o que reduziu 0,30 ponto percentual (p.p.) do índice geral. Essa redução foi essencial para conter o impacto da inflação e aliviar o orçamento doméstico. O maior impacto foi observado nos preços do grupo Transportes, que variou 1,37% e gerou impacto de 0,31 ponto percentual (p.p.) no índice geral do mês. Esse resultado foi impulsionado pelo aumento de 15,34% nos preços das passagens aéreas, que sozinhas contribuíram com 0,22 p.p. para o IPCA. O grupo Alimentação e Bebidas também apresentou alta de 1,20%, com contribuição de 0,21 p.p., destacando-se os aumentos nos preços dos itens carnes (7,26%, com impacto de 0,10 p.p.) e alimentação fora do domicílio (0,66%, com impacto de 0,04 p.p.). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete o impacto nos orçamentos de famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, também registrou um cenário positivo no DF. A variação mensal foi de apenas 0,15%, abaixo da média nacional de 0,33%, evidenciando uma inflação mais controlada. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF)
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Projeto com recursos do FAC oferece oficina de Libras a produtores culturais
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Distrito Federal conta com uma população de 104.825 pessoas surdas. Com o objetivo de ampliar o número de cidadãos fluentes na Língua Brasileira dos Sinais (Libras), o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), destinou recursos para a iniciativa Libras em Cena, que oferece oficinas na língua destinadas a produtores culturais do DF para que eles possam levar mais inclusão e acessibilidade aos eventos que promovem. Aulas serão ministradas no Backstage Dance Center, na Asa Sul | Foto: Divulgação “Estamos em um momento em que a acessibilidade está deixando de ser apenas prestação de contas para algo efetivo; é importante criarmos essas pontes” Ana Júlia, intérprete cultural Os encontros serão entre os dias 5 e 26 deste mês no Backstage Dance Center, na 506 Sul, das 10h às 12h. As inscrições são gratuitas e podem ser abertas mediante preenchimento de formulário online. O curso será ministrado pela intérprete cultural Ana Júlia, mais conhecida como Nega Ju, que é filha de mãe surda e tem a Língua Brasileira dos Sinais como idioma materno. “Estamos em um momento em que a acessibilidade está deixando de ser apenas prestação de contas para algo efetivo; é importante criarmos essas pontes”, afirma ela. Acessibilidade “É preciso que se contrate ou que haja concursos para profissionais fluentes em Libras” Amarildo João, professor do Instituto de Letras da UnB À frente da residência artística do projeto Libras em Cena, o professor surdo do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) Amarildo João ressalta que o projeto é um caminho para a realização de um sonho: tornar a arte cada vez mais acessível, para que todas as pessoas possam usufruir desse direito básico. Além disso, ele vê a iniciativa como uma forma de tornar a inclusão mais profissional. “É preciso capacitação das pessoas em Libras e na cultura surda, a fim de aproximar o mundo ouvinte do mundo surdo”, reforça o professor. “Também é preciso que se contrate ou que haja concursos para profissionais fluentes em Libras, como tradutores e intérpretes, professores, advogados, médicos, secretários, recepcionistas, porteiros, entre outros.” Ações deste GDF Reconhecida pela Lei nº 10.436, de 2022, como meio de comunicação legal em território brasileiro, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) vem se tornando a cada dia mais presente no DF. A capital federal conta com a Central de Interpretação em Libras (CIL) – disponível para atendimento à comunidade surda, na Estação de Metrô da 112 Sul – e um sistema online para a assistência 24 horas, por meio de aplicativo batizado de DF Libras Cil Online. Além disso, o GDF tem projetos educacionais implementados na rede pública de ensino, como a Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga.
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DF poderá ser unidade federativa mais envelhecida do Brasil nos próximos 50 anos
As projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a população do Distrito Federal crescerá até 2042, atingindo 3.118.159 habitantes, antes de entrar em declínio. Em 2070, 40,4% da população será composta por idosos, um aumento significativo comparado aos 13,5% de 2024. Com essa mudança, o DF está a caminho de se tornar a unidade federativa mais envelhecida do Brasil. Políticas de saúde voltadas para esse público poderão garantir um envelhecimento saudável, focado na prevenção de doenças e no acesso contínuo a tratamentos de qualidade O aumento da expectativa de vida também é notável. Em 2070, espera-se que os habitantes do DF vivam, em média, 84,6 anos, com as mulheres alcançando 86,6 anos e os homens, 82,4 anos. O envelhecimento acelerado trará desafios, mas também oportunidades para políticas públicas que possam garantir qualidade de vida a essa população crescente. Impactos positivos na saúde e na inclusão digital Com a população idosa crescendo, o Distrito Federal precisará ampliar os serviços de saúde, especialmente o SUS, já que 56,5% dos idosos dependem dele atualmente. Políticas de saúde voltadas para esse público poderão garantir um envelhecimento saudável, focado na prevenção de doenças e no acesso contínuo a tratamentos de qualidade. Além disso, o avanço no acesso digital entre idosos será crucial para evitar o isolamento social e permitir uma maior integração com a sociedade. Em 2021, 66% dos idosos já utilizavam a internet no DF, e a inclusão digital pode se tornar ainda mais ampla, facilitando o acesso a serviços públicos e fortalecendo vínculos e laços sociais. O envelhecimento populacional também terá impactos no mercado de trabalho. Em 2070, projeta-se que haverá 106 dependentes para cada 100 pessoas em idade potencialmente ativa. No entanto, essa situação pode ser vista como uma oportunidade para repensar as dinâmicas de trabalho e criar formas de reintegrar os idosos ao mercado, garantindo-lhes uma vida mais ativa e produtiva. Com a maior longevidade, surgem novas chances de engajar essa população em atividades que valorizem sua experiência e os saberes acumulados ao longo da vida. *Com informações do IPEDF
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Blitz educativa comemora Semana do Meio Ambiente no Jardim Botânico
Nesta quarta-feira (5), como parte da programação da Semana do Meio Ambiente 2024, organizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) promoveu uma blitz educativa, com apoio do Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER). Diferentemente do que ocorre nas blitze de fiscalização da Polícia Militar e do Detran, na blitz educativa os veículos são abordados para um bate-papo com os motoristas. Abordagens tiveram como foco informar e alertar sobre as principais causas de incêndios florestais no DF | Foto: Divulgação/JBB Parte do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio Florestais do DF (Ppcif-DF), a blitz teve como objetivo alertar a população sobre os perigos da queima de lixo e de restos de poda, principais causas de incêndios florestais no DF. São riscos que ameaçam a biodiversidade do Cerrado e a saúde humana. “A gente precisa pensar nessa conscientização, visto que essa missão de cuidar do meio ambiente não é só dos órgãos ambientais, mas de toda a população” Allan Freire, diretor-presidente do JBB “A blitz tem fundamental importância para evitar a ocorrência de incêndio florestal não apenas na região do Jardim Botânico, mas também de toda a APA [Área de Proteção Ambiental] Gama e Cabeça de Veado”, reforçou a coordenadora do Ppcif, Carolina Schubart. Conscientização “A ação é importante porque gera uma sensibilidade ambiental e faz com que as pessoas evitem o uso do fogo próximo a esses locais, haja vista que 95% dos incêndios são de causa antrópica [decorrente de ação humana]; e, com esse tipo de ação, a gente diminui recorrentemente o número de incêndios”, resumiu o gerente de Preservação do JBB, Diego Miranda. “É muito legal essa ação que estamos realizando aqui junto à Sema; tem uma recepção grande da população, até por envolver crianças e pela importância do tema”, lembrou o diretor-presidente do JBB, Allan Freire. “A gente precisa pensar nessa conscientização, visto que essa missão de cuidar do meio ambiente não é só dos órgãos ambientais, mas de toda a população. Não podemos terceirizar essa responsabilidade, porque os danos causados afetam a todos nós.” Participaram da ação estudantes da Escola Classe do Jardim Botânico e representantes da Sema, Instituto Brasília Ambiental, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marinha, Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), Aeronáutica, Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e DER. *Com informações do Jardim Botânico de Brasília
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Brasília registra inflação abaixo da média nacional em fevereiro
Brasília registrou inflação de 0,75% em fevereiro, puxada pelos grupos de educação e transportes, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora a alta em relação a janeiro, a capital foi apenas a 10ª região com maior índice entre as 16 verificadas. “Educação e transportes, vale ressaltar, são preços administrados. Eles não oscilam de acordo com oferta e demanda de mercado, são regulamentados e têm um período para reajuste, no caso da educação, e em transportes, que é o item responsável pelos combustíveis, é também um preço de certa forma administrado, pois segue o valor do barril do petróleo” Dea Fioravante, diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF O IPCA é a inflação oficial do país. O índice é divulgado de diferentes formas, podendo ser mensal, quando é comparada entre o mês vigente e o anterior, e também com a variação acumulada do ano. Em relação a fevereiro, os dois grupos que mais contribuíram para a inflação foram educação e transportes. Segundo o IBGE e o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), o mês é caracterizado pelo reajuste escolar. A educação, inclusive, liderou o aumento dos preços com 0,21 ponto percentual, seguido por transportes, aqui relacionado aos combustíveis, com crescimento de 0,20 ponto percentual. “Educação e transportes, vale ressaltar, são preços administrados. Eles não oscilam de acordo com oferta e demanda de mercado, são regulamentados e têm um período para reajuste, no caso da educação, e em transportes, que é o item responsável pelos combustíveis, é também um preço de certa forma administrado, pois segue o valor do barril do petróleo”, explica a diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, Dea Fioravante. Para março, a tendência é que o aumento na educação não se repita, segundo a gestora. “Não esperamos essa alta de preços desses grupos para o próximo mês. Educação isso é certo porque passa o período de reajustes. Em transportes, se o responsável continuar sendo o combustível, é possível que tenha um aumento por conta da redução do subsídio relacionado aos combustíveis”, acrescentou a diretora. No quesito combustível, a gasolina foi o item que mais contribuiu entre todos os pesquisados pelo IBGE para essa inflação de 0,75% no DF. Já na educação, os preços do ensino fundamental alavancaram o índice. No entanto, a inflação de fevereiro para a educação foi de 3,54%, menor que os 8,54% registrados neste mesmo mês em 2023. “Esse é o mês em que acontece o reajuste na educação, mas a inflação foi menor. No ano passado, esse índice foi de 8,54%, e agora tivemos 3,54%, abaixo da média dos últimos 10 anos”, apontou o assessor especial da Coordenação de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF, Pedro Borges, responsável pela apresentação da análise dos resultados da inflação no DF. Mensalmente, o IPEDF divulga uma análise, focada no Distrito Federal, dos principais índices de preços do país, o IPCA e INPC. Os resultados são divulgados no Blog da Conjuntura e em apresentações transmitidas pelo YouTube que podem ser assistidas ao vivo, às 14h30, nos dias da divulgação dos índices pelo IBGE, por meio do canal do IPEDF.
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Educação e força de trabalho colocam o DF como a maior renda per capita do país
O Distrito Federal desponta no país como a unidade da Federação com maior renda per capita. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, em 2023, o rendimento mensal por pessoa no DF foi de R$ 3.357, enquanto a média do Brasil é de R$ 1.893. Esse rendimento domiciliar per capita é calculado a partir da divisão do total de rendimentos de um domicílio pelo total de moradores. No cálculo, são considerados os vencimentos e também outras fontes, como benefícios e aposentadorias. O funcionalismo público – federal e distrital – representa 18% das pessoas com ocupação e 40% da massa salarial do DF | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília A grande força motriz desse resultado é o funcionalismo público – federal e distrital –, que responde por 18% das pessoas com ocupação no DF, mas representa mais de 40% da massa salarial. O número de servidores públicos na capital só perde para o de pessoas com carteira assinada, na ordem de 41% do total. Essas proporções têm se mantido constantes nos últimos três anos. “O funcionalismo público se destaca com 75% dos trabalhadores do setor ganhando mais de R$ 5 mil e 25% ganhando mais de R$ 13 mil em 2023. Essas estatísticas, que constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), contribuem com a hipótese de o funcionalismo público elevar as médias de rendimentos do DF, dado que o setor possui um montante de trabalhadores expressivo e recebe salários relativamente maiores. É evidente que dentro do grupo do funcionalismo público existem dinâmicas mais complexas que exigem análises mais aprofundadas”, explica a diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, Dea Fioravante. Capacitação O GDF oferece capacitação profissional no âmbito dos programas RenovaDF, Qualifica DF e de outras frentes e parcerias | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília Além do serviço público, outros fatores contribuem para que a renda mensal per capita do DF se mantenha elevada. Um deles é a qualificação profissional, que contribui efetivamente para a menor rotatividade no mercado de trabalho, uma vez que pessoas com maior escolaridade e capacitadas tendem a permanecer nos empregos de forma perene. Nesta esteira, o Governo do Distrito Federal oferece capacitação profissional no âmbito dos programas RenovaDF, Qualifica DF e outras frentes e parcerias. Eles são uma forma de a população estar adequada às demandas do mercado de trabalho. Ao longo de 2023, o Qualifica DF capacitou cerca de 24 mil pessoas, e mais de 12 mil vagas foram abertas em 2024 para 50 cursos. Já o RenovaDF reuniu 15 mil participantes, com a possibilidade de mais 10 mil alunos passarem pelo programa neste ano. Iniciativas que são, de fato, um impulso para o DF. “O emprego no DF cresce mais na periferia metropolitana do que em Brasília, e o público elegível para os programas de qualificação do GDF está nessa região fora de Brasília” Dea Fioravante, diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas “As qualificações funcionam como um motor produtivo além do serviço público e são importantes para a inclusão de diferentes grupos no mercado de trabalho. O emprego no DF cresce mais na periferia metropolitana do que em Brasília, e o público elegível para os programas de qualificação do GDF está nessa região fora de Brasília. Se esses programas não existissem, é bem provável que teríamos dados piores de mercado de trabalho na periferia metropolitana”, observa Dea Fioravante. O campo educacional também corrobora para os bons números de renda per capita. O DF é a unidade da Federação na qual, proporcionalmente, mais pessoas concluíram pelo menos a educação básica obrigatória – ou seja, estudantes formados no ensino médio. Aqui, esse percentual em 2022 era de 71,3%, o maior do país, assim como o tempo médio de estudo da população, que é de 11,5 anos, e a taxa de alfabetização, que supera os 98% dos residentes no DF. A capital também concentra a maior proporção da população com curso superior, percentual que subiu de 33,9%, em 2019, para 37%, em 2022. Os dados são do IBGE. “Essa notícia de que Brasília tem a maior renda per capita do Brasil traz uma série de oportunidades. Em primeiro estão as empresas de tecnologia. Brasília é um celeiro de lançamento de produtos, até por conta desse perfil que nós temos hoje. As pessoas têm poder aquisitivo para adquirir produtos novos, novas tecnologias. Outro fator interessante é que Brasília passa a ter uma matriz econômica um pouco diferente, além da matriz econômica voltada ao serviço público. Então, isso é um atrativo de fato”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), Thales Mendes. Programas assistenciais “É preciso entender essa proteção social como um processo em cadeia que, além de reduzir desigualdades, fomenta as economias locais” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social Em outra frente, o GDF ampara as famílias com programas assistenciais e de transferência de renda, a exemplo do Prato Cheio e do Cartão Gás, que atendem milhares de famílias dentro da rede de proteção social do governo. Na visão da secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, eles também colaboram na dinâmica da renda dos brasilienses. “É preciso entender essa proteção social como um processo em cadeia que, além de reduzir desigualdades, fomenta as economias locais. Uma família vulnerável que recebe nossos benefícios, como o Cartão Prato Cheio e o DF Social e tem o Cartão Material Escolar, aumenta não somente a própria renda, mas também a de outros atores porque mais pessoas frequentam os estabelecimentos e os pequenos comerciantes passam a vender mais. Tenho a convicção de que os programas sociais do GDF contribuem para esse resultado”, ressalta.
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Distrito Federal registra inflação de 0,40%
O Distrito Federal registrou inflação de 0,40% em novembro, conforme mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) na tarde desta terça-feira (12). [Olho texto=”A análise por faixa de renda, realizada pelo IPEDF, mostrou que o aumento nos preços do grupo Transporte teve um impacto mais expressivo para as famílias de renda alta, devido ao maior peso do grupo na composição do orçamento familiar em comparação com as demais faixas de renda” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Dos nove grupos mensurados pelo IPCA, seis apresentaram aumento de preços. O grupo Habitação teve a maior elevação, com 0,86%, contribuindo com 0,11 ponto percentual (p.p.) para o índice geral. Assim como os grupos de Despesas pessoais (0,71%), Transportes (0,64%), Saúde e cuidados pessoais (0,40%), Alimentação e bebidas (0,24%) e Educação (0,03%). Por outro lado, o grupo Comunicação teve a maior queda, com variação negativa de 0,70%, seguido por Vestuário (-0,29%) e Artigos de residência (-0,09%). Dos subitens de cada grupo, a pressão inflacionária do mês foi puxada pela subida de preços das passagens aéreas, que registrou variação de 13,47%, e pelo reajuste na tarifa de energia elétrica residencial, com 4,03%. A alta de preços em novembro foi puxada pelo aumento das passagens aéreas e energia elétrica | Foto: Arquivo/Agência Brasília A análise por faixa de renda, realizada pelo IPEDF, mostrou que o aumento nos preços do grupo Transporte teve um impacto mais expressivo para as famílias de renda alta, devido ao maior peso do grupo na composição do orçamento familiar em comparação com as demais faixas de renda, resultando em uma inflação de 0,79%. As famílias de renda média-baixa e média-alta observaram um aumento nos preços de 0,40% e 0,41%, respectivamente. Já para as famílias de baixa renda, a inflação de 0,55% foi impulsionada, principalmente, pelo grupo Habitação, dado o reajuste na tarifa de energia elétrica residencial. Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) A inflação mensal medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), registrou, no DF, alta de 0,15% nos preços dos bens e serviços para famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. O grupo que mais influenciou o resultado mensal foi Habitação, com uma variação de 0,85% e contribuição de 0,16 p.p. para o índice geral, enquanto o grupo Comunicação registrou a menor variação, de -0,70%, retirando -0,04 p.p. do índice. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)
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DF tem desaceleração na inflação de setembro
O Distrito Federal registrou inflação de 0,29% em setembro, o que representa uma desaceleração importante em relação a agosto (0,68%), conforme indicam os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF). Em termos de contribuição, a deflação registrada no grupo Alimentação e bebidas (-0,53%) retirou 0,09 ponto percentual (p.p.) do índice geral, puxada pela queda nos preços da alimentação fora do domicílio (-0,97%). Já a maior deflação foi registrada no grupo Artigos de residência, com variação negativa de 0,84%. O resultado foi puxado pela queda nos preços da alimentação fora do domicílio | Foto: Divulgação/IPEDF A variação positiva de preços foi puxada por cinco dos nove grupos que compõem o IPCA. A inflação foi impulsionada pelo aumento de 1,21% no grupo Transportes, que contribuiu com 0,28 p.p. para o índice geral, devido à elevação do preço da gasolina (1,79%), passagem aérea (5,01%) e óleo diesel (14,77%). Outros grupos que tiveram variações positivas foram Habitação (0,91%), Vestuário (0,21%), Despesas pessoais (0,06%) e Educação (0,07%). A análise por faixa de renda, elaborada pelo IPEDF, indica que alta dos preços foi percebida por famílias de alta renda, seguida pelas de renda média. Em relação a agosto, esses grupos se defrontaram com aumentos inflacionários de 0,52% e 0,26%, respectivamente. Para as famílias de baixa renda, foi registrada uma inflação de 0,08%, influenciada por contribuições negativas dos grupos Alimentação e bebidas e Saúde e cuidados pessoais. Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) Na capital, a inflação mensal entre as famílias com renda de um a cinco salários mínimos medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,22%, superando o índice nacional de 0,11%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o INPC atingiu 5,12% no DF, e 4,51%, no Brasil. As maiores variações e contribuições foram registradas nos grupos Transportes (0,94% e 0,22 p.p.) e Habitação (0,84% e 0,16 p.p.), enquanto a menor ficou a cargo do grupo Alimentação e bebidas (-0,34% e -0,07 p.p.), comportamento semelhante ao do IPCA. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF)
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DF lidera percentual de estudantes que concluíram o ensino médio
O Distrito Federal é a Unidade da Federação na qual, proporcionalmente, mais pessoas concluíram, no mínimo, a educação básica obrigatória – ou seja, estudantes formados no ensino médio. Na capital, esse percentual atingiu 71,3% em 2022, sendo o maior do país. Especialmente do ensino infantil ao ensino médio, trabalho do GDF na educação tem garantido números positivos no desempenho dos estudantes da rede pública | Foto: Arquivo/Agência Brasília Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também revelam um aumento do número de pessoas com ensino superior no DF: 33,9%, em 2019, para 37%, em 2022. [Olho texto=”“A nossa porta para os estudantes é descentralizada; então, diferentemente de outros estados que têm uma ou outra escola polo, aqui temos 95 unidades escolares nas 14 regionais de ensino que atendem as diversas regiões administrativas do DF” ” assinatura=”Lilian Sena, diretora da EJA no DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No DF, mais mulheres têm o ensino médio completo do que homens: 72,2% contra 70,1%. Houve também redução na diferença entre cor ou raça. Em 2022, cerca de 80,1% das pessoas de cor branca haviam completado pelo menos o ciclo educacional básico, contra 65,5% das pessoas autodeclaradas pretas ou pardas. Essa diferença, ainda alta, diminuiu de 2016 para 2022, passando de 17,1% para 14,6%. Os números refletem parte do trabalho que o Governo do Distrito Federal (GDF) executa em todo o ciclo escolar, do ensino infantil até o médio. Um desses braços é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), destinada a alunos de 15 anos ou mais para alfabetização e ensino fundamental e, a partir dos 18 anos, para o ensino médio. É onde a Secretaria de Educação (SEE) atua para que todos tenham oportunidade de concluir os estudos, ofertando acolhimento e alguns diferenciais. “A nossa porta para os estudantes é descentralizada; então, diferentemente de outros estados que têm uma ou outra escola polo, aqui temos 95 unidades escolares nas 14 regionais de ensino que atendem as diversas regiões administrativas do DF”, explica a diretora da EJA no DF, Lilian Sena. “Temos oferta nos três turnos, majoritariamente no noturno, mas temos escolas específicas, como o Cesas, o CED II de Taguatinga, o CED I de Brasília – que atende exclusivamente o sistema prisional –, e temos o Cejaep-EAD, que é da modalidade a distância.” Acolhimento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A EJA conta com cerca de 33 mil estudantes e 95 unidades. Deste grupo, quase 30 mil assistem às aulas presencialmente. Tanto no sistema presencial quanto no combinado ou a distância, a EJA oferece oportunidade para quem nunca estudou ou para quem não concluiu o ensino fundamental ou médio e deseja retomar os estudos. “Trabalhamos muito na perspectiva de acolhimento; não adianta ter muitas matrículas, mas as pessoas não permanecerem”, pontua a diretora da EJA. “Temos essa perspectiva no atendimento desde o momento em que o aluno chega à escola. Avançamos também na busca ativa do público da EJA. No final de 2022 para 2023, trabalhamos com panfletagem, distribuímos 100 mil panfletos, 10 mil cartazes e 120 banners em locais como restaurantes comunitários, agências do trabalhador e outros de grande circulação. Assim, conseguimos aumentar o número de matrículas.”
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DF tem menor taxa de analfabetismo do país
O Distrito Federal é a Unidade da Federação com o menor percentual de pessoas analfabetas de 15 anos ou mais. É o que revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta semana. ?Em 2022, o DF tinha 47 mil pessoas dessa faixa etária iletradas, o que equivale a uma taxa de 1,9% de analfabetos – bem abaixo da registrada no Brasil, de 5,6%, e de estados em que esse percentual está próximo a 15%. ?Ensino público no DF também apresenta um trabalho robusto no segmento de Educação de Jovens e Adultos (EJA) | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília ?Assim como no restante do país, o analfabetismo está associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Das 47 mil pessoas nessa condição, 27 mil tinham 60 anos ou mais no momento da pesquisa, o que representa uma taxa de 7,6% para esse grupo etário. Ainda assim, registrou-se uma queda de 1,4% para esse grupo entre 2019 e 2022, mesmo enfrentando uma pandemia a partir de 2020. ?Desde 2018, tem sido observada uma redução nesses índices em todos os grupos etários, de 15 anos ou mais até 60 anos ou mais. Parte dessa queda pode ser compreendida pelo trabalho do Governo do Distrito Federal (GDF) na educação. Políticas de ensino ?Levando em conta o ensino fundamental, para crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, três políticas educacionais são consideradas essenciais. Uma delas é o programa Tempo de Aprender, do Ministério da Educação, ao qual a Secretaria de Educação (SEE) aderiu, em 123 escolas de educação infantil e de ensino fundamental. [Olho texto=”“As pessoas analfabetas têm, na maioria, a partir dos 45 anos. Precisamos de professores que saibam trabalhar com adultos” ” assinatura=”Lilian Sena, diretora da Educação de Jovens e Adultos” esquerda_direita_centro=”direita”] As unidades de ensino recebem verba via Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para custear auxiliares de alfabetização – profissionais que atuam diretamente com estudantes – ou material pedagógico de apoio à alfabetização. O PDDE também oferece formação continuada aos profissionais da educação. ?A pasta ainda faz o acompanhamento pedagógico das aprendizagens nas 14 regionais de ensino do DF. “Todo semestre, recebemos informações que nos permitem conhecer o quantitativo de crianças alfabetizadas ou não dentro de cada regional de ensino, baseado em avaliação feita pelas escolas”, explica a diretora de Ensino Fundamental (Dief) da SEE, Ana Carolina Tavares. “Em nível central, a secretaria propõe projetos e políticas para garantir a consolidação dessa alfabetização.” ? Trabalho pedagógico O terceiro trabalho desse pilar no ensino fundamental é o programa SuperAção. A iniciativa atende 6 mil estudantes entre 10 e 15 anos que apresentam dois ou mais anos de atraso escolar. O objetivo é recuperar a aprendizagem e garantir que esse estudante tenha trajetória escolar de sucesso. “O programa atende as 14 regionais de ensino para os estudantes que, por algum motivo, não tiveram a aprendizagem na idade certa, e assim possam garantir o sucesso deste estudo e corrigir as distorções”, detalha a diretora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Na outra ponta, entre jovens e adultos, público que o analfabetismo afeta em maior número, o trabalho também é forte. Segundo a diretora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da SEE, Lilian Sena, a oferta descentralizada de vagas e a formação de professores para atuar com esse público são pontos que levam o DF a estar em melhores condições do que outras Unidades da Federação. ?“O segmento tem esse trabalho humanizado, um trabalho pedagógico”, afirma Lilian. “As pessoas analfabetas têm, na maioria, a partir dos 45 anos. Precisamos de professores que saibam trabalhar com adultos. Não podemos trabalhar com atividades infantilizadas, é necessário toda uma adaptação dos temas. Além de trabalharmos muito na formação dos professores, o aluno da EJA é o único que pode indicar duas escolas para estudar, próximo de casa ou do trabalho. Esse estudante é trabalhador; não estudou porque precisou trabalhar, somar na renda familiar, e agora tem essa oportunidade de concluir os estudos.”
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Inflação no DF em maio cai em relação a abril
No Distrito Federal, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,19% em maio, uma queda de 0,37% em relação ao mês anterior. Entre as 16 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação mensal dos preços na capital federal ficou na sétima menor posição, abaixo do resultado nacional (0,23%). Em comparação aos meses anteriores, a inflação apresentou uma forte desaceleração. [Olho texto=”A variação mensal foi equilibrada pela redução nos preços da gasolina (-2,37%) e das passagens aéreas (-5,10%), influenciando a queda observada no grupo de Transportes (-0,51%), a maior entre os grupos. Os grupos de Artigos de residência (-0,66%) e Alimentação e bebidas (-0,11%) também apresentaram deflação” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre os subitens que contribuíram para esse comportamento inflacionário, destacam-se o aumento nos preços dos planos de saúde (1,22%), puxando a alta observada no grupo de Saúde e cuidados pessoais (1,01%), a maior entre os grupos de bens e serviços do índice. Outro destaque foi a energia elétrica residencial (2,04%), contribuindo para a alta no grupo de Habitação (0,68%). Os grupos de Despesas pessoais (0,55%) e Vestuário (1,17%) também influenciaram o índice. A variação mensal foi equilibrada pela redução nos preços da gasolina (-2,37%) e das passagens aéreas (-5,10%), influenciando a queda observada no grupo de Transportes (-0,51%), a maior entre os grupos. Os grupos de Artigos de residência (-0,66%) e Alimentação e bebidas (-0,11%) também apresentaram deflação. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou inflação de 0,11% em maio no Distrito Federal, redução de 0,35% em comparação com abril. A variação mensal ficou na terceira menor posição entre as 16 regiões analisadas pelo IBGE e, assim como o IPCA, abaixo do resultado nacional (0,36%). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No INPC, a alta no grupo de Habitação (0,76%) pesou mais do que no de Saúde e cuidados pessoais (0,90%) para o resultado do índice em maio, enquanto a queda nos Transportes (-0,66%) teve contribuição similar a observada no IPCA. Cabe ressaltar que o IPCA incide sobre as famílias com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos e o INPC entre um e cinco salários mínimos. IPCA por faixa de renda Realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), o cálculo indica que a inflação de maio foi sentida de diferentes formas em cada uma das faixas de renda no DF. Os grupos de baixa e média-baixa renda sentiram uma inflação de 0,23%, enquanto os grupos de alta e média-alta renda de 0,11% e 0,16%, respectivamente. Isso se deve aos diferentes pesos que cada item considerado no cálculo do índice possui na cesta de consumo de cada faixa de renda: a queda dos Transportes foi sentida em maior grau pelas famílias de média a alta renda e em, enquanto a alta da Habitação foi sentida em maior grau pelas famílias com rendas mais baixas. *Com informações do IPEDF
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Pesquisa do IBGE aponta queda na taxa de desemprego no DF
Brasília, 12 de agosto de 2022 – O desemprego está em queda no Distrito Federal. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADCT), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a taxa de desocupação na capital federal caiu de 12,6% no primeiro trimestre de 2022 para 11,5% no segundo trimestre, período referente aos meses de abril, maio e junho. [Olho texto=”“Se compararmos o período do auge da pandemia da covid-19, em julho de 2020, com os dados atuais, foram geradas 80 mil novas ocupações, em todos os segmentos da economia – serviços, comércio, indústria e construção civil”” assinatura=”Jean Charles, presidente do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Ainda segundo os dados do IBGE, a população desocupada – que é composta por pessoas temporariamente sem trabalho e em busca de ocupação – estimada do DF é de 205 mil pessoas. O número diminuiu 5,5% em relação ao trimestre anterior e 12,8% comparativamente ao mesmo período do ano passado. “Os dados da PNADCT sobre o índice de desemprego no segundo trimestre de 2022, divulgados hoje pelo IBGE, corroboram com o que temos observado na Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED), realizada pelo IPEDF em parceria com o Dieese. O índice de desemprego é o menor dos últimos seis anos, ou seja, desde 2016”, destaca o diretor presidente do Instituto de Pesquisa e Estatísticas do DF (IPEDF), Jean Charles. “Se compararmos o período do auge da pandemia da covid-19, em julho de 2020, com os dados atuais, foram geradas 80 mil novas ocupações, em todos os segmentos da economia – serviços, comércio, indústria e construção civil”, complementa. A PNADT também fundamenta a informação antecipada na PED ao revelar o aumento no número de pessoas empregadas no Distrito Federal. Das 2,52 milhões de pessoas com idade para trabalhar (de 14 anos ou mais), 70,6% estão inseridas na força de trabalho. Houve um aumento de 4,5 pontos percentuais. [Olho texto=”O setor de indústria geral teve a maior alta no número de empregos no segundo trimestre de 2022, com aumento de 47,9% em relação ao mesmo período de 2021 e de 31,5% em comparação com o primeiro trimestre do mesmo ano” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na estimativa da pesquisa do IBGE, o DF conta com uma população ocupada estimada em 1,57 milhão de pessoas no segundo trimestre. Ou seja, inclusão de 60 mil pessoas em relação ao trimestre anterior e de 166 mil se comparado com o mesmo período de 2021. Já o nível da ocupação (proporção de ocupados entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade) foi estimado em 62,4%, tendo aumentado em 5,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021 e 2,1% com relação ao primeiro trimestre de 2022. Os setores de indústria geral, comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas impulsionaram o crescimento dos empregos no DF. A indústria geral corresponde à maior alta, com aumento de 47,9% em relação ao mesmo período de 2021 e de 31,5% em comparação com o primeiro trimestre do mesmo ano. Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas cresceram 26,6% em um ano. O setor que mais emprega os moradores do DF é o da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 442 mil pessoas no segundo trimestre de 2022. A pesquisa ainda revela que o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no Distrito Federal foi estimado em R$ 4.446, tendo apresentado um pequeno aumento em relação ao trimestre anterior, quando era de R$ 4.373.
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Distrito Federal garante 100% de acessibilidade no transporte público
Sabe o que os 2.815 ônibus do transporte coletivo do Distrito Federal têm em comum? Acessibilidade. É o que revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao divulgar a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2020. Um direito previsto em lei e que o DF cumpre para os 76.986 usuários com cartões ativos para Pessoas com Deficiência. A plataforma elevatória é considerada o principal item de acessibilidade nos ônibus | Foto: Lúcio Bernardo Jr Embora o requisito de acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida seja previsto em lei, apenas 20,7% dos municípios do país consultados pelo IBGE cumprem a medida. O Distrito Federal é um deles. [Olho texto=”“Brasília optou por determinar que 100% da frota fosse adaptada para poder permitir que essas pessoas tenham mobilidade mais eficiente”” assinatura=”Valter Casimiro, secretário de Transporte e Mobilidade” esquerda_direita_centro=”direita”] Popularmente chamado de “elevador”, a plataforma elevatória é considerada o principal item de acessibilidade nos ônibus, mas há outros meios de transposição de barreiras. E, quando não há elevador, os ônibus dispõem de rebatimento, uma espécie de rampa. Além destes, os ônibus contam com adesivos de identificação do local onde os cadeirantes devem se acomodar, assento do acompanhante, cinto de segurança, dispositivo de solicitação de desembarque próximo ao assento do cadeirante e dispositivos táteis para deficientes visuais. Os requisitos de acessibilidade a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida estão previstos na Lei nº 10.098/2020 e também pelo Decreto nº 5.296/2004, que determinou que as frotas de transporte coletivo rodoviário deveriam ser totalmente adaptadas até 2014. No entanto, quase 80% dos municípios avaliados pelo IBGE descumprem a medida. [Olho texto=”“A acessibilidade nos meios de transporte público permite que pessoas com deficiência tenham mais qualidade de vida ao se locomoverem com mais independência e autonomia”” assinatura=”Flávio Pereira dos Santos, secretário da Pessoa com Deficiência” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Hoje você não tem mais justificativas para não ter equipamento público sem uma adaptação para quem tem necessidades especiais. Brasília optou por determinar que 100% da frota fosse adaptada para poder permitir que essas pessoas tenham mobilidade mais eficiente. Aqui, as empresas hoje são obrigadas a colocar equipamentos com esse dispositivo”, explica o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro. “A acessibilidade nos meios de transporte público é de suma importância, pois permite que pessoas com deficiência tenham mais qualidade de vida ao se locomoverem com mais independência e autonomia”, afirma o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos. Fiscalização Ter os equipamentos instalados e a frota adaptada não basta. O governo também fiscaliza e pune as empresas que eventualmente descumprem a medida ou não mantêm esses dispositivos em funcionamento. Inclusive, o cidadão que verificar uma empresa descumprindo a medida pode denunciar na Ouvidoria (162) ou no site da Secretaria Transporte e Mobilidade. “Nós fiscalizamos para garantir que as empresas cumpram com essa obrigação. E fazemos a conscientização de quem trabalha no sistema de transporte e dos usuários para que possam ver isso como uma atitude que deve ser respeitada”, reforça Valter Casimiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo o subsecretário de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa) da Secretaria de Transporte e Mobilidade, Ricardo Leite de Assis, a fiscalização abrange as cinco empresas responsáveis pela circulação dos ônibus. “Visitamos todas as garagens e fazemos a vistoria. Garantir a acessibilidade é uma preocupação constante do governo”, afirma.
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Lançada pesquisa sobre infecção por covid-19 no país
Na manhã desta quarta-feira (5), o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, representando o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), participou do lançamento da Pesquisa de Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil (PrevCov), na sede do Ministério da Saúde. [Olho texto=”“Vamos nos unir para enfrentar o nosso único inimigo, que é o vírus” ” assinatura=”Marcelo Queiroga, ministro da Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] O estudo lançado pelo órgão federal tem por objetivo identificar o perfil por infecção de covid-19 na população utilizando dados da Pesquisa Populacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Lançamento reuniu autoridades do setor na sede do Ministério da Saúde | Foto: Myke Sena/Ministério da Saúde A nova pesquisa vai permitir entender o comportamento do vírus no Brasil e descrever as características socioeconômicas, demográficas e epidemiológicas dos participantes do estudo. “É um arrojado estudo epidemiológico que trará respostas fundamentais para que possamos acertar o alvo”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “Vamos nos unir para enfrentar o nosso único inimigo, que é o vírus”. Abrangência A pesquisa prevê a testagem sorológica de um público-alvo de 211.129 indivíduos, em 274 municípios brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, esse é um dos maiores inquéritos sorológicos sobre covid-19 registrados no mundo, até o momento. [Olho texto=”“Será um trabalho de muita expressividade para o país” ” assinatura=”Osnei Okumoto, secretário de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As amostras sorológicas coletadas serão analisadas nas unidades de apoio ao diagnóstico de covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O material deve permitir a detecção da resposta à infecção e à vacina. Okumoto parabenizou a iniciativa e ressaltou que os resultados vão auxiliar no enfrentamento à pandemia no país e no Distrito Federal. “Será realmente um trabalho de muita expressividade para o país”, declarou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Participaram também do lançamento o secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Arnaldo Medeiros; o secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira; o presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto; a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima, e a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Socorro Gross. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Porta a porta: Censo 2020 ouvirá todos os moradores do Distrito Federal
Porta a porta, funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vão colher informações de todos os moradores do Distrito Federal entre 1º de agosto a 31 de outubro. Trata-se da produção do Censo Demográfico 2020, a maior operação de recenseamento já realizada no país. A capital, que tem características diferenciadas, foi dividida em setores para melhor abrangência do trabalho. Os dados podem municiar políticas públicas focalizadas. “Por meio da entrevista e do recebimento do recenseador pela população, conseguimos retratar a realidade; por isso é importante que os moradores recebam os profissionais, ainda que estejam em áreas irregulares”, destaca a coordenadora operacional do Censo 2020 no DF, Monica de Oliveira Lima. A pesquisa universal vai apurar qual é a população, como vive e se distribui e quais as condições de educação, emprego e renda. No DF, a projeção é de três milhões de habitantes e 920 mil domicílios. Todos serão visitados. A coleta será completamente digital, elaborada em um dispositivo móvel semelhante a um celular em forma de questionário, com mapeamento georreferenciado. Divisão por áreas Para facilitar, o DF foi dividido em quarto grandes áreas que respeitam as delimitações de regiões administrativas. Serão 2.571 recenseadores e 354 supervisores contratados, gerenciados por 16 coordenadores de áreas do IBGE. O coordenador da área Brasília, Rafael Gomes Pereira, explica que o DF tem algumas regiões administrativas consideradas tipicamente dormitórios, outras com população mais jovem e outras com características de cidades comuns. A área que ele coordenará engloba 16 regiões administrativas: Plano Piloto, Lagos Norte e Sul, Sudoeste/Octogonal, Cruzeiro, Guará, SIA, SCIA/Estrutural, Park Way, Jardim Botânico, Riacho Fundo e Riacho Fundo II, Núcleo Bandeirante, Paranoá, São Sebastião e Varjão. “Precisamos da intermediação de porteiros e síndicos para termos acessos aos condomínios horizontais e verticais, e que os moradores sejam receptivos”, alerta. Os horários Horários diferenciados devem ser estabelecidos para as visitas na região oeste do DF. O coordenador da a área Taguatinga, Danilo Borges Nogueira, lembra que há características diferentes na região. Além de Taguatinga, essa seccional compreende Ceilândia, Samambaia, Brazlândia, Vicente Pires, Águas Claras, Arniqueira e Sol Nascente. “Grande parte dos moradores não está em casa em horário comercial, então teremos cronograma alternativo, antes das 9h e depois das 17h, por exemplo, e nos fins de semana”, diz. Ele esclarece que a pesquisa não tem caráter fiscalizador. “Residências improvisadas e irregulares também são alvo de entrevista para gerar índices sociais, ninguém precisa ter receio de receber as equipes”, observa. As outras duas subáreas são Sobradinho (que inclui Sobradinho e Sobradinho II, Fercal, Planaltina e Itapoã) e Gama (com Gama, Santa Maria e Recanto das Emas). Processo seletivo O IBGE está com processo seletivo em andamento para contratação dos 2.571 recenseadores (nível fundamental) e 354 supervisores (nível médio). As inscrições abriram em 5 de março e seguem até o dia 23. As inscrições serão via internet, pelo site da organizadora do Processo Seletivo, o Cebraspe. A taxa de inscrição para as funções de nível médio é de R$ 35,80 e para recenseador, de R$ 23,61. Os valores podem ser pagos em qualquer banco, casa lotérica ou pela internet. Identifique um recenseador Toda a equipe do IBGE poderá ser identificada por qualquer morador. Além da identidade visual do instituto, os recenseadores que farão as coletas de informação terão de portar um crachá com nome e matrícula visíveis no canto superior do colete. Pelo telefone 0800-721-8181 e pelo site, a pessoa poderá confirmar se o profissional faz parte do quadro. Censo nacional Em todo o país, são mais de 210 milhões de habitantes, 71 milhões de domicílios em 5.570 municípios. A operação será completamente informatizada, com uso de formulários on-line e equipamentos para coleta de dados. A previsão é que os resultados definitivos sejam disponibilizados entre o segundo semestre de 2021 e o início de 2023. A prestação de informações é obrigatória, mas confidencial.
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