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Memorial dos Povos Indígenas

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Curta ‘O Futuro é Indígena’ celebra a força e sensibilidade da infância ancestral

O Memorial dos Povos Indígenas apresenta neste sábado (25), às 10h, o curta-metragem O Futuro é Indígena, obra que retrata a infância como força política e poética no contexto da luta dos povos originários. O filme acompanha Xiwariru, uma menina de sete anos da etnia javaé, durante o 20º Acampamento Terra Livre (ATL) de 2024 — o maior encontro de povos indígenas do país. O cotidiano de uma criança indígena em meio a rituais do Acampamento Terra Livre é o foco do filme | Foto: Divulgação Com narrativa sensível, o documentário revela o cotidiano da criança em meio às marchas, rituais e encontros que compõem o ATL. A partir de sua perspectiva, o curta apresenta uma nova forma de ver o mundo indígena, em que o futuro se desenha na continuidade das tradições e na presença ativa das novas gerações. Financiado pela Lei Paulo Gustavo, o filme apresenta uma equipe composta exclusivamente por mulheres — entre elas, mulheres indígenas, negras e com deficiência —, reafirmando o compromisso com a diversidade e a representatividade no audiovisual. Afetividade A diretora Julia Pá é conhecida por mergulhar nas comunidades que retrata, construindo relações de afeto e confiança com seus personagens. Em O Futuro é Indígena, ela amplia essas conexões para o público, promovendo empatia e reflexão sobre o papel das mulheres e das infâncias na resistência cultural. “Essa produção é um exemplo do poder transformador da cultura quando ela nasce do território e da vivência real”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. “A Lei Paulo Gustavo tem possibilitado que vozes historicamente silenciadas encontrem espaço e reconhecimento. O Futuro é Indígena traduz isso com beleza e verdade, reafirmando o compromisso do Distrito Federal com a diversidade e o protagonismo dos povos originários.” A exibição integra a programação cultural do Memorial dos Povos Indígenas, espaço dedicado à valorização das culturas ancestrais e à promoção de diálogos entre diferentes tradições. A entrada é gratuita. Serviço O Futuro é Indígena → Sábado (25), às 10h, no Memorial dos Povos Indígenas, com com interpretação em Libras. Exibição gratuita e aberta ao público, mediada pelo Educativo do Memorial. → 25 a 31: Exibição mediada pelo Educativo do Memorial em horários exclusivos para estudantes. Agendamento de visitas de escolas: arandueducativo@gmail.com / 61 99882-7400.   *Com informações da Secec-DF

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Cinema itinerante, capital da moto e festival de animes fazem parte das atrações deste fim de semana no DF

Do ronco dos motores a sessões de cinema sob as estrelas e apresentações culturais para toda a família, o fim de semana no Distrito Federal oferece experiências para todos os gostos. Com o tradicional Capital Moto Week, festivais geek, cinema inflável e outros eventos culturais, a cidade se transforma em um grande palco de lazer e diversidade, com boa parte da programação gratuita e integralmente incentivada pelas secretarias de Turismo (Setur), Esporte e Lazer (SEL) e Cultura e Economia Criativa (Secec). Os brasilienses contam, ainda, com os programas Lazer para Todos e Vai de Graça para facilitar o deslocamento e garantir o acesso gratuito às atrações. Neste final de semana, o Zoológico também está oferecendo entrada gratuita no sábado, além do domingo. Confira a agenda cultural e não fique de fora! Cinema O projeto Cinema Inflável exibirá filmes como Pantera Negra em Brazlândia | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com uma tela de 10 m x 6 m, o cinema ao ar livre chega a Brazlândia nesta sexta-feira (25). No projeto Cinema Inflável, a exibição de filmes é gratuita e beneficia sete regiões administrativas do DF e cinco cidades de Goiás, com sessões, bate-papos, saraus e atividades recreativas. Com apoio institucional do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Governo (Segov), a iniciativa gratuita já recebeu aproximadamente 6 mil pessoas e conta com distribuição de pipoca, refrigerante e atividades promovidas por pontos de cultura locais. A programação é de sexta a domingo, sempre a partir das 18h, com término das atividades às 21h30. Entre as obras exibidas neste fim de semana estão Pantera Negra, na sexta-feira (25); Elementos, no sábado (26); e O Auto da Compadecida, no domingo (27). Mais informações podem ser encontradas no Instagram do projeto. Não é necessário retirar ingresso e a classificação indicativa é livre, mas é importante observar a orientação de cada filme. Os lugares não são marcados e podem ser ocupados por ordem de chegada. É permitido levar lanches para consumir no local, banheiros serão disponibilizados pela organização do evento e não é permitida a comercialização de alimentos e bebidas. A programação do Cine Brasília tem títulos para todos os gostos | Foto: Divulgação Há também a programação do Cine Brasília para preencher o fim de semana de quem curte a telona, exibindo o clássico Taxi Driver, de Martin Scorsese, e a estreia de F1 - O Filme, protagonizado por Brad Pitt. O espaço exibe, ainda, uma sessão inclusiva neste sábado (26), às 14h, com o filme Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar. A programação completa pode ser consultada pelo site do equipamento público. Capital do rock Entre os eventos de rock que ocuparão Brasília neste fim de semana, está um dos favoritos de quem curte um passeio em duas rodas: a 22ª edição do Capital Moto Week começa nesta quinta-feira (24) e transforma Brasília na maior Cidade da Moto da América Latina pelos próximos 10 dias, até 2 de agosto. O festival deve atrair cerca de 800 mil pessoas de 22 países e movimentar R$ 60 milhões na economia local, gerando 17 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além de exposições, o Capital Moto Week terá shows de nomes como Samuel Rosa e Angra Mais de 1.800 motoclubes de todo o Brasil e do mundo já confirmaram presença no Parque de Exposições da Granja do Torto, onde o evento reúne 107 shows distribuídos em cinco palcos temáticos, com headliners como Paralamas do Sucesso, Biquíni, Capital Inicial, Samuel Rosa, Angra e a banda canadense Magic!. “O Capital Moto Week é fundamental para nossa cadeia produtiva de turismo, especialmente quando falamos do passeio motociclístico, que se tornou um dos nossos produtos turísticos mais atrativos”, destaca o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. "É um festival que valoriza a cultura, fomenta a economia e o turismo, gera emprego e renda. O Capital Moto Week é o coroamento dessa vocação natural de Brasília para o rock", observa o secretário. O festival oferece entrada gratuita para pessoas com deficiência (PCD), tradução simultânea em Libras, kits sensoriais para neurodivergentes e a Vila do Bem, que oferece atendimentos gratuitos de saúde e serviços profissionais. "O Capital Moto Week é fundamental para nossa cadeia produtiva de turismo, especialmente quando falamos do passeio motociclístico, que se tornou um dos nossos produtos turísticos mais atrativos" Cristiano Araújo, secretário de Turismo Os ingressos estão disponíveis na plataforma parceira do evento (bilheteriadigital.com/capital-moto-week). A programação deste final de semana e outras informações estão disponíveis no site oficial do evento. Mais uma opção para os fãs de rock estará em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo, no domingo (27), com uma programação gratuita que mistura música, arte, inclusão e a história de Brasília. O Rock Cultural – 1ª Edição terá shows, exibição de documentários, exposições, feiras de artistas locais e bate-papos para a população, das 14h às 19h30. Entre as atrações está Philippe Seabra, da banda Plebe Rude, além da Banda Fuzo e DJ Maraskin. Moda e teatro O Espaço Cultural Renato Russo, localizado na 508 Sul, também recebe entre os dias 26 e 27 mais uma edição da Varanda It's Time Brechó, que une moda sustentável e consumo consciente. Com peças a partir de R$ 10, o evento reunirá diversos expositores oferecendo peças únicas e cheias de história em um ambiente acolhedor com música. Ressaltando a cultura indígena, o Memorial dos Povos Indígenas promove neste sábado (26), às 15h, a contação da história O Guerreiro Celeste. Inspirada na tradição oral do povo Tapuia, a história aborda temas como espiritualidade, resistência, natureza e renascimento. Ao final da contação, será realizada uma oficina de confecção de peças com sementes brasileiras (colares, pulseiras ou amuletos), simbolizando a continuidade dos saberes, a conexão com a terra e a força espiritual da natureza. O Memorial dos Povos Índigenas recebe a contação de história O Guerreiro Celeste | Foto: Divulgação E-sports e animes A segunda etapa do Cerrado Cup chega ao JK Shopping neste fim de semana. O circuito itinerante de e-sports do DF já teve mais de 300 inscrições e ocorre até 27 de julho, com classificatórias de sexta a domingo. O projeto oferece competições de alto nível, ações interativas e estrutura acessível para jogadores de todas as idades e perfis — incluindo crianças, amadores, profissionais e pessoas com deficiência (PCD). O circuito itinerante de e-sports do DF já teve mais de 300 inscrições | Foto: Divulgação As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo site oficial do evento, em que também estão disponíveis os regulamentos de cada jogo. Além das disputas, o público poderá participar das arenas livres, das 10h às 22h — como a Arena Just Dance, a Arena Corrida com simuladores realistas, a nostálgica Arena Fliperama e o Museu do Videogame Retrô, com consoles clássicos dos anos 1980 até os anos 2010. Já para os fãs da cultura pop japonesa, o Anime Summit 2025 reúne a maior convenção de animes no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade entre os dias 25 e 27 de julho. A programação é diversificada e inclui a final da segunda edição da Liga Brasileira de Cosplay (LBC). Os visitantes poderão desfrutar de atrações como o Artist’s Alley, concursos de Cosplay, uma praça de alimentação variada e a presença de artistas como Ayumi Miyazaki, Feh Dubs, JILUKA e Kaya. Além disso, diversas lojas e expositores estarão presentes, oferecendo produtos dessa expressiva cultura japonesa e experiências para os fãs. O evento oferece recursos de acessibilidade como audiodescrição, plataformas elevadas, rampas, intérpretes de Libras e fones abafadores, além de meia-entrada social mediante a doação de 1kg de alimento não perecível ou um mangá em bom estado. Os ingressos estão disponíveis na plataforma parceira do evento. Lazer Para Todos Os domingos e feriados ganharam um novo significado para as famílias brasilienses, com a implementação do programa Lazer Para Todos, do GDF. A iniciativa garante entrada gratuita ao Jardim Botânico de Brasília e ao Zoológico de Brasília, espaços importantes de entretenimento da capital. Neste final de semana, o Zoo também está oferecendo entrada gratuita no sábado, além do domingo. E, durante o mês de julho, que coincide com as férias escolares, o espaço também vai funcionar todas as segundas-feiras. Atualmente, a entrada para o Jardim Botânico de Brasília (JBB) custa R$ 5 por pessoa. O local funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Já no Zoológico de Brasília, o ingresso varia entre R$ 5 (meia-entrada) e R$ 10 (inteira). O local fica aberto de terça-feira a domingo e nos feriados, das 8h30 às 17h. Vai de Graça Lançado no final de fevereiro, o benefício do GDF permite a gratuidade nos ônibus e no metrô aos domingos e feriados. Linhas que atendem o Jardim Botânico de Brasília aos domingos → 0.147: São Sebastião (Residencial do Bosque)/L2 Sul/Rodoviária do Plano Piloto; → 0.181: São Sebastião (Residencial do Bosque)/Paranoá/Itapoã/Lago Sul (QI 23); → 0.186: São Sebastião/Lago Sul (Ponte das Garças)/Rodoviária do Plano Piloto; → 181.2: São Sebastião (Residencial do Bosque)/Lago Sul (Gilberto Salomão); → 183.2: São Sebastião (Vila do Boa)/Condomínios (Esaf-Big Box); → 183.6: São Sebastião (Residencial do Bosque)/Morro da Cruz/São Francisco/Mangueiral; → 183.7: São Sebastião (Capão Comprido — João Cândido — Itaipu — Condomínio Estrada do Sol); → 197.3: São Sebastião (Bairro São Francisco Qd. 09 — QI 23)/Rodoviária do Plano Piloto (Ponte JK). Linhas que atendem o Zoológico de Brasília aos domingos → 0.089: Ceilândia (M2 Norte e Sul)/Taguatinga (Avenida Comercial Norte/Avenida Centro)/Guará/Faculdade Euroamericana/Samdu Norte → 0.160: Núcleo Bandeirante (Zoológico)/Rodoviária do Plano Piloto (Eixo) → 0.172: Riacho Fundo I (EPNB)/Rodoviária do Plano Piloto (Zoológico – Eixo) → 0.373: Samambaia Norte (2ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB-Eixo) → 0.809: Recanto das Emas/Rodoviária do Plano Piloto (Eixo) → 0.821: Samambaia Sul (1ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB) → 0.825: Samambaia Sul (2ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB) → 154.2: Guará e Guará II/Rodoviária do Plano Piloto → 336.1: Setor P Sul/Rodoviária do Plano Piloto → 373.2: Samambaia Norte (1ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB) → 813.2: Recanto das Emas (EPNB – Epia)/W3 Sul – Norte → 870.1: Riacho Fundo II (QS 18 — Caub II)/Rodoviária do Plano Piloto (Eixo) → 870.7: Recanto das Emas (Qd. 800)/Rodoviária do Plano Piloto – via Eixo

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Memorial dos Povos Indígenas promove contação da história 'O Guerreiro Celeste'

O Memorial dos Povos Indígenas, por meio do projeto Educativo Arandu: Ouvir o Tempo, realiza uma atividade de contação de história, seguida de oficina, com entrada gratuita e aberta a todos os públicos, em 26 de julho, às 15h. A narrativa escolhida é O Guerreiro Celeste, conduzida por MuritiTapuia, arte-educadora indígena que une oralidade, ancestralidade e práticas artísticas como ferramentas de fortalecimento cultural. Inspirada na tradição oral do povo Tapuia, a história aborda temas como espiritualidade, resistência, natureza e renascimento. Por meio da jornada do guerreiro Viatã, que enfrenta forças sombrias nos céus para libertar seu povo e permitir seu renascimento sob a luz de Kwarasy (o sol), a narrativa convida o público a refletir sobre os ciclos da vida e os saberes indígenas. Inspirada na tradição oral do povo Tapuia, a história aborda temas como espiritualidade, resistência, natureza e renascimento | Foto: Divulgação/Secec-DF Ao final da contação, será realizada uma oficina de confecção de peças com sementes brasileiras (colares, pulseiras ou amuletos), simbolizando a continuidade dos saberes, a conexão com a terra e a força espiritual da natureza. O projeto Arandu: Ouvir o Tempo é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC). Serviço Contação de história: “O Guerreiro Celeste” e oficina de confecção de peças com sementes brasileiras. Data: 26 de julho (sábado) Horário: 15h Local: Memorial dos Povos Indígenas Entrada gratuita Público-alvo: Crianças, jovens e adultos interessados em cultura indígena, oralidade e arte-educação *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)

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Projeto propõe uma jornada pelos espaços de patrimônio do DF

No Dia Internacional dos Museus, comemorado neste 18 de maio, um projeto desenvolvido por professores e estudantes da Universidade Católica de Brasília (UCB) ganha destaque ao lançar luz sobre histórias pouco conhecidas e ampliar o acesso aos espaços de herança cultural do Distrito Federal. Intitulado Museus, Patrimônio e Direito à Memória, o trabalho é coordenado pelo professor Gustavo Menon e financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do edital de Demanda Espontânea 2022, com o fomento de R$ 177 mil. Alunos de diversos cursos da Universidade Católica participaram da visita guiada | Foto: Divulgação/FAPDF A iniciativa integra ensino, pesquisa e extensão, reunindo estudantes de diferentes cursos da UCB em visitas técnicas a museus e instituições culturais da capital. O objetivo é refletir criticamente sobre o papel dos acervos museológicos e sua relação com o direito à cidade, à cidadania e à memória coletiva. “Muitos dos nossos alunos, sobretudo os que moram em regiões como Ceilândia e Taguatinga, nunca haviam entrado no Congresso Nacional ou em museus centrais de Brasília”, afirma Menon. “O projeto rompe essas barreiras geográficas e simbólicas, tornando o acesso à cultura um direito real.” Patrimônio acessível e memória plural Os participantes visitaram espaços como o Museu Nacional da República, o Memorial dos Povos Indígenas, o Museu do Voto (TSE), o Palácio Itamaraty e  o Memorial JK. Durante os percursos, acompanhados pelas equipes educativas, os estudantes participaram de dinâmicas de leitura crítica dos acervos e debateram temas como diversidade, democracia, relações étnico-raciais e direitos humanos. A análise documental envolveu fichas de exposição e questionários aplicados durante as visitas. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, com os próprios pesquisadores atuando de forma participativa e reflexiva nos encontros.  “Este projeto está profundamente alinhado à missão da FAPDF de promover a ciência como instrumento de transformação social. Ao incentivar a reflexão crítica sobre a memória e o patrimônio cultural, contribuímos para uma sociedade mais consciente, plural e democrática — em que o conhecimento gerado nas universidades chega efetivamente às pessoas e aos territórios”, enfatiza o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior. Olhar para além do Plano Piloto Na segunda fase do projeto, os organizadores pretendem expandir o roteiro formativo para regiões fora do Plano Piloto, incluindo locais simbólicos como o Catetinho — primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek — e o Museu Vivo da Memória Candanga, que homenageia os trabalhadores que ergueram Brasília. Além disso, há planos para ampliar as parcerias com universidades como a UnB, a UnDF, e órgãos como o Iphan e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secom-DF), com foco na formulação de políticas públicas que valorizem o patrimônio cultural e promovam a inclusão. Contra o silêncio e a exclusão O projeto também assume uma postura crítica frente aos processos de patrimonialização que, historicamente, excluíram memórias de povos indígenas, comunidades negras, quilombolas e trabalhadores migrantes — como os candangos. “É preciso questionar a história oficial e abrir espaço para outras narrativas, muitas vezes silenciadas pelos discursos dominantes”, pontua Gustavo Menon. [LEIA_TAMBEM]  A proposta está em sintonia com os princípios da nova museologia, que propõe práticas mais participativas, plurais e engajadas socialmente. “O museu não é apenas um lugar de conservação de objetos, mas um espaço vivo de debate, pertencimento e transformação social”, acrescenta Menon. Resultados e legado O projeto já resultou em um repositório digital, onde estão disponíveis os registros das visitas, reflexões e materiais didáticos produzidos. O site funciona como um espaço de memória coletiva e também como instrumento de ensino para futuras turmas.  Acesse o projeto.     

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Memorial dos Povos Indígenas recebe exposição Território da Diversidade

O Memorial dos Povos Indígenas, em parceria com a Aldeia Multiétnica, traz a Brasília, até o fim do ano, a exposição Território da Diversidade, um conjunto de objetos, artefatos, fotografias e painéis informativos sobre os povos Krahô, Mebengokre, Fulni-ô, Mehinako, Waurá, Kamaiurá, Yawalapiti, Mbya Guarani, Xavante e Kariri-Xocó. A mostra leva o público a explorar essa riqueza, oferecendo um olhar atento para a sociodiversidade dos povos indígenas que habitam nosso território muito antes da formação do Estado brasileiro. Cada um desses povos carrega uma história singular de resistência, conhecimento e relação com a terra, manifestadas em suas práticas culturais, línguas, rituais e modos de vida. Na exposição ‘Território da Diversidade’, o público poderá aprender mais sobre a cultura dos povos Krahô, Mebengokre, Fulni-ô, Mehinako, Waurá, Kamaiurá, Yawalapiti, Mbya Guarani, Xavante e Kariri-Xocó | Fotos: Divulgação/Secec Mais do que uma exposição de objetos e imagens, Território da Diversidade é um convite à reflexão. A mostra propõe um encontro com os saberes tradicionais e os desafios contemporâneos enfrentados pelos povos indígenas, destacando sua luta pelo reconhecimento de direitos, pela preservação de seus territórios e pelo respeito à sua autonomia. Ao percorrer o Memorial, o visitante é convidado a perceber a presença indígena para além do passado, compreendendo-a como parte fundamental da construção do presente e do futuro do Brasil. Entre cores, formas, sons e narrativas, a exposição celebra a diversidade linguística, os saberes e fazeres que enriquecem nossa identidade coletiva. “A exposição oferece à opinião pública uma verdade e uma referência para formarem suas conclusões” Davi Terena, gerente do Memorial dos Povos Indígenas Para Davi Terena, gerente do museu e indígena da etnia Terena do Mato Grosso do Sul, o principal objetivo da exposição é informar sobre a diversidade dos povos. “A exposição é para informar sobre a cultura e história, mostrando a realidade dos indígenas. Oferece à opinião pública uma verdade e uma referência para formarem suas conclusões, em que passado e presente são recursos para a melhor compreensão do momento atual, e mostrando uma grande quantidade de conjunto de bens que integram o patrimônio brasileiro e mundial”, explicou. [LEIA_TAMBEM]  O subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, destacou que “trazer essa mostra é uma forma de reconhecer que a diversidade cultural é um patrimônio vivo, essencial para a construção de uma sociedade mais justa e plural”. Serviço Exposição Território da Diversidade Memorial dos Povos Indígenas (em frente ao Memorial JK) Terça a domingo, das 9h às 17h Livre para todos os públicos Entrada gratuita *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Fim de semana em Brasília tem programação cultural gratuita e despedida do Carnaval

Brasilienses e turistas terão diversas opções de cultura e lazer neste fim de semana. Com programações que incluem exposições artísticas, sessões de cinema acessíveis e a famosa ressaca de Carnaval, o que não falta é atração para quem não quer ficar em casa. Espiritualidade e relação territorial são inspirações da mostra Sarã, ãbakoháy ~ug hãhãw: Raízes, Memórias e Território, no Memorial dos Povos Indígenas | Fotos: Divulgação No Memorial dos Povos Indígenas, a exposição Imenu: Arte Visual Kaxuyana e Tiriyó, idealizada pela artista indígena Bárbara Rehkayie Kaxuyana, traz 30 pinturas que retratam grafismos e desenhos tradicionais dos povos kaxuyana e tiriyó. As obras foram criadas em oficinas realizadas na aldeia Santo Antônio, onde jovens e anciãos compartilharam histórias e técnicas ancestrais. Pinturas da exposição Imenu: Arte Visual Kaxuyana e Tiriyó também integram a programação do Memorial dos Povos Indígenas Tendo como base as tintas sobre tecidos de algodão cru, as pinturas conectam passado e presente, ressaltando a cultura desses povos originários. A mostra fica em cartaz até o dia 23 deste mês, podendo ser visitada de terça a domingo, das 9h às 17h. Também no Memorial dos Povos Indígenas, a exposição Sarã, ãbakoháy ~ug hãhãw: Raízes, Memórias e Território, da artista Uakyrê Pankararu Braz, reúne 20 obras que exploram a espiritualidade e a relação dos povos pankararu e pataxó com seus territórios. Criadas com lápis de cor, giz de cera, canetinhas e tinta guache, as ilustrações destacam a importância das mulheres indígenas como guardiãs da tradição. Assim como Imenu, essa mostra faz parte do edital de incentivo às exposições temporárias do Memorial, com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). Baby é a atração do Cine Brasília neste sábado, em sessão gratuita com audiodescrição e tradução para Libras Para os amantes da sétima arte, o Cine Brasília promove sessão acessível neste sábado (8), às 14h, com o filme Baby. A sessão contará com audiodescrição no sistema de som, tradução para Libras e legendas descritivas projetadas na tela, garantindo inclusão para pessoas com deficiência auditiva e visual. O longa-metragem narra a trajetória de Wellington, um jovem recém-saído de um centro de detenção juvenil que encontra novas formas de sobrevivência em São Paulo ao lado de Ronaldo, em uma história de amor e conflitos. A entrada é gratuita, por ordem de chegada. Para a criançada, o CarnaPati é diversão garantida em São Sebastião, no domingo E, para se despedir oficialmente das festividades carnavalescas, o bloco Carnapati organiza uma ressaca de Carnaval especial também no sábado, das 8h às 13h, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-americano, antiga Funarte. O evento gratuito contará com um espaço dedicado para receber e adotar animais de estimação. Na programação cultural, o destaque vai para o espetáculo Saltimbancos Músicos de Bremen, com sessões às 9h e 11h, e a apresentação do jovem DJ Rei, que animará o público infantil com um repertório especial. Outras atrações não deixarão o folião esquecer o Carnaval durante este final de semana. Veja abaixo aonde ir para aproveitar a saideira da festa. Sábado (8) ⇒ Bloco Vamos Fullgil: 15h às 22h, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-Americano, Plano Piloto ⇒ Vai com as Profanas: 14h às 22h, na Galeria dos Estados, Plano Piloto Domingo (9) ⇒ CarnaFamília: 16h às 23h, em São Sebastião (Rua 1, Quadra 7, Lote 20, Residencial do Bosque) ⇒ Bloco Carnaval Delas: 15h às 22h, na Praça São Sebastião, Setor Tradicional de Planaltina ⇒ Bloco Manga Botânica: 14h às 22h , no Parque Vivencial Jardim Botânico, Jardim Botânico.

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Mostra de cinema japonês, exposição indígena e tour em vinícola agitam o final de semana

O Distrito Federal terá um fim de semana repleto de atrações culturais. Mostras de cinema, exposições, visitas guiadas a vinícolas e oficinas prometem movimentar o sábado e o domingo no Quadradinho. A Agência Brasília destaca eventos promovidos pelo Governo do DF (GDF) e atividades em equipamentos públicos da capital. Cinema O cinema japonês é tema de mostra no Cine Brasília | Foto: Divulgação Uma das dicas para este final de semana é a Mostra de Cinema Japonês Contemporâneo, em cartaz no Cine Brasília até domingo (9). O cinema mais tradicional de Brasília prepara uma seleção de filmes do Japão, com ingressos a apenas R$ 5. A mostra é promovida pela Embaixada do Japão no Brasil e pela Fundação Japão, com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e da Box Cultural. A programação reúne quatro títulos exibidos no idioma original, com legendas em português: I Am What I Am (2022); What Did You Eat Yesterday? (2021); The Nighthawk’s First Love (2022); e Hit Me Anyone One More Time (2019). Exposição O Memorial dos Povos Indígenas é um dos locais que oferecem programação cultural neste fim de semana | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília A cultura oriental também é destaque da exposição Luzes da Coreia – Festival de Lanternas Coreanas, que ocupará o primeiro piso do Shopping Pátio Brasil até 24 de abril. Sucesso de público no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, a mostra apresenta uma das mais tradicionais celebrações culturais da Coreia, com 1.200 lanternas de seda vindas da cidade de Jinju. Túneis iluminados, uma lua em 3D e instalações interativas levam os visitantes a uma imersão na cultura coreana, unindo tradição e modernidade. Além das lanternas, o público poderá experimentar os hanboks, trajes típicos coreanos, e conhecer a lontra Hamo, mascote de Jinju, em uma escultura de três metros. A visitação é de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 20h. Os ingressos custam R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia), disponíveis no local e no Sympla. A exposição As Mulheres Cabaças mostra a força das indígenas, passada de geração para geração | Foto: Divulgação/Denize Potyguara Outra pedida é visitar a exposição As Mulheres Cabaças, que celebra a força feminina indígena, no Memorial dos Povos Indígenas. Essa é a primeira mostra temporária deste ano, cuja idealização é da artista indígena Kessia Daline Krahô. A mostra faz parte do edital de incentivo às exposições temporárias do memorial, promovido pela gestão do projeto educativo da ONG Amigos da Vida, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secec. O acesso é gratuito e o espaço está aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Na ocasião, os visitantes poderão ver de perto um conjunto de 30 cabaças que narram histórias fundamentais para a formação e a identidade de seu povo, homenageando a luta e a força das mulheres indígenas. As peças destacam a força matriarcal e a sabedoria ancestral que atravessa gerações. Além disso, a mostra resgata a simbologia das cabaças como representação do feminino, da fertilidade e da conexão com a terra. Visitas guiadas O passeio tem duração de 1h30 e percorre as principais áreas da Vinícola Brasília, incluindo a sala de tanques e barricas de carvalho | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para os enófilos de plantão, a recomendação é a visita guiada à Vinícola Brasília. O tour oferece uma oportunidade de explorar todo o processo de produção de vinhos e conhecer de perto a tradição vinícola da região do Quadradinho. A Vinícola Brasília surgiu a partir da união de dez vinhedos de famílias que chegaram ao DF no final da década de 1970 e início da de 1980. Vindos da Região Sul e com tradição agrícola, os empresários decidiram se unir em torno de algo que sempre tiveram em comum: a paixão por vinhos. O passeio tem duração de 1h30 e percorre as principais áreas da vinícola, incluindo a sala de tanques e barricas de carvalho, oferecendo uma imersão completa no universo dos vinhos. Além disso, a visita inclui degustação de 4 vinhos, acompanhados de pães, azeite, queijo e salame artesanal, além de uma taça personalizada da vinícola de presente. As visitas guiadas são às sextas-feiras (10h, 14h e 16h30); aos sábados (10h, 14h e 16h30); e aos domingos (10h e 14h).

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Políticas públicas do GDF visam proteção dos direitos da população indígena

Mais de 5,8 mil indígenas vivem no Distrito Federal, o equivalente a 0,21% do total de residentes. A população é considerada a segunda menor do país, conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e está incluída no leque de políticas públicas governamentais. Além disso, são desenvolvidas ações específicas para valorizar os originários, no âmbito de saúde, assistência social, cultura e mais. ?Nesta quarta-feira (9), é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1994. Nacionalmente, há também o Dia do Indígena, em 19 de abril, que visa contribuir com a preservação da cultura e da história das etnias brasileiras. A homenagem surgiu em 1943 com o nome de Dia do Índio e, em 2020, trocou de nomenclatura. A SES-DF dispõe de quatro equipes de referência para a saúde indígena, instaladas nas UBS 2 da Asa Norte, na UBS 1 e na UBS 3 do Morro Azul, ambas em São Sebastião e na UBS Cariru, na área rural do Paranoá | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil ?Conforme o censo do IBGE, os indígenas do DF são classificados como residentes fora de terras indígenas, tendo em vista a inexistência de terra indígena declarada ou legalmente instituída. De acordo com a professora do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora do programa de pós-graduação em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais, Cristiane Portela, grande parte da população originária que reside na capital federal é oriunda do Nordeste. ?“O DF, historicamente, é um lugar de passagem de diversos povos. Tivemos populações que ocuparam o Planalto muito antes de nós”, explica. “Durante a construção de Brasília, trabalhadores de todo o país vieram para a capital e indígenas também atenderam a esse chamado, vindos principalmente do Nordeste. Hoje, temos uma população estimada em seis mil indígenas que vivem principalmente nas periferias”, afirma. ?O GDF está atento às demandas da população. A Secretaria de Saúde (SES-DF) dispõe de quatro equipes de referência para a saúde indígena, instaladas na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte, na UBS 1 de São Sebastião, na UBS Cariru da região do Café Sem Troco, na área rural do Paranoá, e na UBS 3 do Morro Azul, em São Sebastião. As equipes atendem regularmente 230 indígenas Warao, 50 Kariri-Xokó e 130 Guajajara. ?A SES-DF observa que as populações “são muito itinerantes e nem sempre há esse contingente nas comunidades”. Além disso, cabe ressaltar que o número é inferior ao total de indígenas mapeados pelo censo do IBGE, tendo em vista que a maioria da população não reside em aldeias. ?As equipes promovem a assistência à saúde respeitando as especificidades culturais da população indígena, o rastreio e acompanhamento de doenças infectocontagiosas, a análise da situação vacinal, a atualização do calendário vacinal, entre outros pontos. Os serviços são oferecidos a outras etnias, caso haja solicitação. ?Além disso, a Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP) faz visitas regulares a essas comunidades com o intuito de realizar diagnóstico situacional para minimizar os riscos de saúde a que são submetidas as populações indígenas. Há ainda programas e linha de cuidados regulares, como saúde da criança, idoso, adolescente, mulher, homem, rastreio de hipertensão e diabetes, saúde bucal, vacina, conforme a carteira de serviços da atenção primária. ?Cuidado A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) também estabelece medidas afirmativas para os cidadãos originários. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social Diversidade (Creas) Diversidade, na Asa Sul, é específico para públicos indígenas, quilombolas, membros da comunidade LGBTQIA+ e afins. O atendimento é voltado a situações de discriminação, por orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religiosidade. ?Por sua vez, a Equipe Imigrantes faz a oferta dos serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais a pessoas vindas de outros países, por exemplo os membros da etnia Warao, indígenas provenientes da Venezuela. O Cras Móvel também atua junto às etnias no DF, levando atendimento socioassistencial a comunidades mais afastadas em ações concentradas. ?No âmbito da geração de emprego e renda, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) oferece vagas para indígenas refugiados e migrantes venezuelanos nos programas de qualificação profissional. O 1º Ciclo de 2023 do RenovaDF, por exemplo, tem a participação de 33 indígenas Warao. ?Abrigo da ancestralidade ?”O memorial é considerado uma instituição educacional, intelectual, científica e política indígena”, afirma o gerente do Memorial dos Povos Indígenas, David Terena | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O Memorial dos Povos Indígenas é considerado um reduto da ancestralidade originária. Criado em 1987, o equipamento público é mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e fica no Eixo Monumental, próximo ao Memorial JK. O visitante pode conhecer uma série de artefatos valiosos de etnias de todo o Brasil em uma exposição permanente. ?“O memorial é considerado uma instituição educacional, intelectual, científica e política indígena. É o lugar de discutir os problemas indígenas, em que podem apresentar a sua cultura”, afirma o gerente do equipamento público, David Terena. ?Neste ano, a Secec abriu linhas de investimentos em projetos sobre a cultura indígena dentro do Edital FAC (Fundo de Apoio à Cultura) Multicultural 2, cujas inscrições chegaram ao fim no dia 10 do mês passado. O destaque é uma vaga para projeto educativo no Memorial dos Povos Indígenas com aporte de R$ 350 mil, dentro da categoria Cultura de Todo Jeito. O proponente precisa garantir a realização de atividades educativas com o público geral e escolas públicas e privadas, além de cumprir uma série de critérios, para ser selecionado. ?Além disso, neste ano, foi criada uma linha específica para ações de formação para a Cultura Indígena e/ou Afrobrasileira. São duas vagas, sendo que cada uma oferece aporte de R$ 60 mil. O resultado do edital será divulgado em meados de dezembro. Aqueles que conseguirem os recursos terão até 12 meses para informar o período de execução e mais 24 meses para pôr a ideia em prática. ?Comemoração Os organizadores do Dia Internacional dos Povos Indígenas: Aptsi Juruna Xavante e Mirim Ju Yan Guarani | Foto: Arquivo Pessoal Uma celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas está marcada para este sábado (12). O evento foi organizado por três voluntários – os indígenas Aptsi Juruna Xavante, Jehn Karipuna e Mirim Ju Yan Guarani -, junto à administração do memorial. A partir das 14h30, haverá a contação de histórias para crianças, com contos e brincadeiras tradicionais. Às 15h30, ocorrerá um bate-papo com adultos, em que serão tratados momentos importantes para a cultura. ?O indígena Mirim Ju Yan Guarani, um dos organizadores, afirma que a ideia é honrar a sabedoria e resistência que permanecem vivas nos povos indígenas. “Para nós, esse espaço é muito sagrado”, afirma. Em abril, considerado um mês importante para a cultura, o grupo de voluntários também organizou uma série de eventos. ?“Queremos mostrar um pouco da diversidade das culturas, com vídeos sobre os nossos povos e atividades culturais, ao mesmo tempo em que falamos sobre as nossas diferenças e sobre o cuidado que temos com a natureza, um trabalho superimportante para o equilíbrio da vida”, ressalta. Arte: Secec ?Serviço Celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas Horário: a partir das 14h30 Programação: contação de histórias e bate-papo Endereço: Eixo Monumental Oeste, Zona Cívico-Administrativa, Praça do Buriti – em frente ao Memorial JK ? Memorial dos Povos Indígenas Horário de funcionamento: de terça a domingo e feriados, das 9h às 17h Telefones: (61) 3344-1155 e 3344-1154, para dúvidas gerais, solicitação de visita guiada ou pauta espontânea E-mail: mpi@cultura.df.gov.br Agendamento de visitas escolares: educativo.mpi@cultura.df.gov.br

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Eventos celebram as culturas indígena e afrodescendente

Dois eventos no Memorial dos Povos Indígenas (MPI) desta sexta-feira (27) a sábado próximo colocam os temas “memória, história e ancestralidade” no topo da agenda do patrimônio material e imaterial do Distrito Federal. O espaço da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) abriga nesses três dias o Festival Agô – Música e Ancestralidade e o Seminário Fealha, que receberam aporte do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Os eventos combinam apresentações musicais, debates e feiras, reverenciam a presença indígena no DF e prestam homenagens à cultura de comunidades quilombolas e práticas de terreiro ligadas ao Candomblé e à Umbanda. A entrada é gratuita. Os recursos do FAC, de editais de 2021, somam R$ 160 mil, gerando 135 empregos diretos e 370 indiretos. Os eventos combinam apresentações musicais, debates e feiras |Foto: Fred Jordão/Divulgação “A presença indígena no Distrito Federal é negligenciada. Porém, hoje sabemos que é parte fundamental do processo construtivo da identidade do nosso quadradinho. Não somos apenas o centro do poder político, onde os indígenas vêm pleitear seus direitos, somos a morada ancestral de diversas populações”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. O gerente do MPI, David de Oliveira Terena, que traz no nome a etnia do seu povo, festeja a realização: “Essa iniciativa mostra que, além de memória, o MPI se movimenta para discutir as heranças indígenas como coisas vivas. É também um local de pesquisa e ciência”. O Memorial recebe média de 4 mil visitantes por mês. Outras Brasílias Os eventos no MPI darão ao público a oportunidade de pensar a história de Brasília fora da narrativa hegemônica construída em torno de grandes personagens e grandes efeitos, um dos problemas da historiografia oficial, que imprime em livros didáticos simplificações e apagamentos. A professora de História da Universidade de Brasília (UnB) Cristiane Portela coordena o projeto Outras Brasílias, em cooperação com a Faculdade de Educação. A pesquisa busca jogar luz sobre aspectos da história da capital que foram negligenciados no esforço de construção da cidade. Ela vai falar nesta sexta-feira (28) sobre a pesquisa que encabeça. “Minha fala contemplará a necessidade de pensar narrativas sobre o DF a partir da noção de sujeitos coletivos, que nos indicam outras maneiras de pensar a história do capital”, explica ela. A docente trabalha conceitos como “território luta” e “território útero”, que operam na contramão da historiografia hegemônica, buscando outros sentidos para a ideia de ocupações, sejam as originais, sejam as que se formaram a partir de processos históricos. A indígena Potyra Terena, de etnia presente no Mato Grosso, é professora da Secretaria de Educação do DF e representante dos povos originários em vários coletivos. Ela destaca que o Festival Agô (“licença”, em Yorubá) serve para levar música e promover o debate sobre ancestralidade e presença indígena em Brasília. Explica que Fealha, título do seminário, significa “terra sagrada” no idioma do povo Fulni-ô, de Pernambuco. Os povos indígenas estarão presentes no Festival Agô por meio do canto do povo Fulni-ô e das mulheres indígenas do Alto Xingu | Foto: Secec/Divulgação “Para os indígenas, as memórias ancestrais têm muita importância, pois toda a existência é a resistência feita por memórias de lutas territoriais. Conhecer ‘Outras Brasílias’ é reconhecer que esse território sempre teve a presença indígena em trajetórias de lutas e conquistas”, afirma. “As músicas cantadas pelas comunidades tradicionais são vividas de forma muito completa e complexa. A música vem com a língua, a dança e carrega a identidade de cada povo. Nosso compromisso é mostrar esse conjunto complexo que a música carrega”, ressalta a diretora do Festival Agô, Tâmara Jacinto. Destaques Entre as atrações do Festival Agô, está o coletivo Ponto Br, que traz alguns dos chamados guardiões de culturas tradicionais brasileiras: Mestre Walter (Raízes da África – PE), Mestra Zezé de Iemanjá (Casa Fanti Ashanti – MA) e Ribinha de Maracanã (Bumba Boi de São Luís – MA). Eles dialogam com artistas conhecidos da cena contemporânea, como a paulistana Renata Amaral, o pernambucano Eder O Rocha, o suíço Thomas Rohrer e o maranhense Henrique Menezes. O grupo Orí (cabeça, em Yorubá), de Pernambuco, apresenta músicas tradicionais de religiões de matrizes africanas e afro-brasileiras das nações Xambá e Nagô. Por meio de instrumentos melódicos, harmônicos e componentes eletrônicos, os músicos revelam a ancestralidade dos cantos e toques sagrados do Xangô Pernambucano, realizados principalmente para equilibrar e alimentar o Orí. Apadrinhado pelo maestro Letieres Leite (educador, compositor e arranjador baiano, falecido em 2021), o grupo é formado por Beto da Xambá (violão), Memé da Xambá (voz), Thulio Xambá (cavaquinho), Nino da Xambá (flauta) e Tayna Hirlley (piano). No palco do Festival Agô, eles recebem a cantora Cris Pereira, uma potente voz do samba de Brasília. Os povos indígenas estarão presentes no Festival Agô por meio do canto do povo Fulni-ô e das mulheres indígenas do Alto Xingu. A principal aldeia Fulni-ô do Brasil fica pro?xima à cidade de A?guas Belas (PE) e ha? tambe?m um territo?rio no noroeste de Brasi?lia (DF): a Terra Indi?gena Santua?rio dos Paje?s, um símbolo da luta contra a especulação imobiliária na capital federal. Os recursos do FAC, de editais de 2021, somam R$ 160 mil, gerando 135 empregos diretos e 370 indiretos | Foto: Renan Peixe/Divulgação As mulheres indígenas do Alto Xingu vêm do Mato Grosso para compartilhar parte do que é a Yamurikuma?, uma festa ritual realizada por mulheres indígenas pertencentes às nove etnias do Alto Xingu. Durante todo o período da festa, as mulheres dominam o poder da aldeia, se adornam, cantam versos de canções tradicionais, lutam Huka Huka e realizam atividades que, em outros contextos, seriam permitidas apenas aos homens. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Serviço Festival Agô – Música e Ancestralidade / Seminário Fealha – Presença Indígena no DF De 27 a 29 de julho (quinta a sábado) Memorial dos Povos Indígenas Mais informações, clique aqui. Ingressos para o show Festival Agô (entrada gratuita) aqui. Inscrição para o seminário Fealha aqui. Programação Geral – Festival Agô + Fealha Quinta – 27/07 18h15: Cantos com povo Fulni-ô e mulheres do Alto Xingu 18h30: Seminário Fealha: Memórias do Memorial dos Povos Indígenas 19h30: Seminário Fealha: Viver o presente, olhar o futuro Sexta – 28/07 14h30: Seminário Fealha: Ancestralidade cerratense 16h30: Seminário Fealha: Trajetórias, povos e territórios 19h: Roda aberta de Capoeira Angola com Mestra Elma (MA) e grupo nZambi 20h30: Ori (PE) part. Cris Pereira (DF) 21h30: Cantos das Mulheres do Alto Xingu (MT) 22h: Cafurnas Fulni-ô (PE/DF) 22h30: Ponto BR (MA/PE/SP) Sábado – 29/07 10h às 12h: Oficina de Capoeira Angola com Mestra Elma (nZambi) 15h às 16h: Seminário Fealha: Histórias e conquistas do Acampamento Terra Livre (ATL) *Com informações de Secretaria da Cultura e Economia Criativa (Secec)

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Plantio de árvores no DF será tema de encontro no Guará neste sábado (17)

?Aumentar o índice de arborização das regiões administrativas (RAs) e construir uma cultura de regeneração ambiental na população. Esses são alguns dos temas que serão debatidos no 2º Encontro dos Comitês de Plantio e Associações dos Parques Ecológicos do Distrito Federal, marcado para este sábado (17). O evento é aberto ao público e será realizado das 9h às 12h, no salão da Administração Regional do Guará, na QE 5. Entre as metas para o DF, este ano deverão ser plantadas um milhão de árvores, prioritariamente espécies do Cerrado | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília ?Estarão presentes representantes do Instituto Brasília Ambiental, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), do Instituto Regenerativo Tempo de Plantar e dos 27 comitês de plantio das RAs – que são geridos por uma rede de voluntários. O primeiro encontro sobre o tema ocorreu em 2019, no Memorial dos Povos Indígenas. ?“Estimular a população a plantar árvores, especialmente as nativas da região, é um dos caminhos para fortalecer a importância do bioma Cerrado e toda sua biodiversidade, afinal sua vegetação é atrativa para diferentes animais silvestres típicos”, salienta o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutenberg Gomes. “A sociedade se beneficia de muitas formas quando a população participa de ações de plantio e de manutenção da vegetação do cerrado”. ?Em maio deste ano, o governador Ibaneis Rocha instituiu o primeiro domingo do mês de dezembro como o Dia Oficial de Plantio de Mudas de Árvores. Por ser o início do período chuvoso, a data é considerada uma das melhores para se plantar diversas espécies. ?O presidente do Instituto Regenerativo Tempo de Plantar, Paulo César Araújo, afirma que, neste ano, a meta é plantar um milhão de árvores. Segundo ele, o plantio será regulado pelo Ibram a partir de um grupo de trabalho e vai priorizar espécies nativas do cerrado. A ação deve ocorrer, principalmente, nos parques ecológicos. “Queremos aumentar o índice de arborização nas regiões, para levar mais qualidade de vida aos moradores”, completa ele. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?“Ao longo de toda nossa vida, sempre estivemos voltados a experiências de consumo da terra. A gente não vive para recuperar o que já foi destruído”, pontua. “Queremos criar a cultura de regeneração no DF, estimulando a população a plantar árvores, estar atento a áreas degradadas.” ?O administrador regional do Guará, Artur Nogueira, afirma que a cidade está animada em receber o evento e destaca que o cuidado com a natureza é uma prioridade. “O Guará é referência em cuidado com o meio ambiente e apoio ao desenvolvimento sustentável. O plantio de mudas pelos parques, quadras e praças tem sido um diferencial da nossa cidade. A administração está de portas abertas para receber e incentivar encontros como esse”, diz.

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Confira a programação cultural para este fim de semana

Após o Corpus Christi marcado pelo feriado de quinta-feira (8) e o ponto facultativo da sexta (9), os brasilienses ainda têm muitas opções culturais para preencher o fim de semana, com eventos apoiados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e patrocinados pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Confira abaixo a programação para este sábado (10) e domingo (11) nos diversos espaços públicos da capital. O Memorial dos Povos Indígenas receberá o Ateliê Aberto Gustavo Caboco, com uma exposição interativa com o público que utilizará os materiais disponíveis para compor as obras | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Memorial dos Povos Indígenas Nos dias de 7 a 14 o Memorial dos Povos Indígenas receberá o Ateliê Aberto Gustavo Caboco, com uma exposição interativa com o público que utilizará os materiais disponíveis para compor as obras. Os eventos ocorrerão entre as 9h e 17h. O objetivo do ateliê é aproximar o público de práticas do artista e o campo criativo, através de pinturas e desenhos em telas. O tema trabalhado será “Que tipo de ateliê é possível criar dentro de um espaço museológico?”, para quem quiser participar. Complexo Cultural de Planaltina No Complexo Cultural de Planaltina (CCP) haverá oficinas envolvendo música, teatro e dança no fim de semana. Confira o cronograma: O Complexo Cultural de Planaltina vai oferecer oficinas envolvendo música, teatro e dança | Foto: Arquivo/Agência Brasília ?Sábado (10) – 9h às 13h: Aulas de teatro/circo: projeto Teatro e circo – Caminhos para o desenvolvimento social Sala: Cineteatro | Responsável: Iasmim Kali e Nickolas Campos. (vagas esgotadas) – 13h às 17h30: Montagem III Festival Rock Toskeira Sala: Cineteatro e Teatro de Arena | Responsável: João Bosco – 15h às 17h: Aulas de música, projeto Produção, música e teatro – Inclusão e formação artística Sala: Multiuso | Responsável: Gabriel Alexandre e Luciano Czar – 18h às 1h: III Festival de Rock Toskeira + Desmontagem Sala: Cineteatro e Teatro de Arena | Responsável: João Bosco ?Domingo (11) – 10h às 12h: Aulas de música, projeto Produção, música e teatro – Inclusão e formação artística Sala: Sala Multiuso | Responsáveis: Gabriel Alexandre e Luciano Czar – 13h às 20h: Sessão de fotos e gravação de vídeo Duo Cia de Dança Sala: Cineteatro | Responsável: Lehandro Lira – 16h às 18h: Oficina Capoeira Angola (sem instrumento) Sala: Multiuso | Responsável: Raigner Rezende O Espetáculo “2 Mundos” será apresentado no Espaço Cultural Renato Russo neste sábado, às 19h | Foto: Divulgação Espaço Cultural Renato Russo A Cia Lumiato completa 15 anos e está se apresentando no Espaço Cultural Renato Russo, que fica na 508 Sul, até o dia 18. Os eventos ocorrerão aos sábados e domingos para o público em geral. A ideia é apresentar ao público brasiliense a criação do teatro de sombras contemporâneo, através da “Ocupação Sombra Expandida” – uma proposta que traz o repertório da companhia em diferentes linguagens. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Durante os três fins de semana, o público poderá conhecer mais sobre esta modalidade pouco desenvolvida no Brasil, com espetáculos, exposições interativas, oficinas e projeções de curtas-metragens. A programação é gratuita e contará com intérprete de libras. Os ingressos poderão ser retirados pelo Sympla ou 1h antes no local. Ficha técnica Espetáculo “2 Mundos” – Data: Sábado (10), às 19h, com intérprete de Libras – Classificação Indicativa: 12 anos – Local: Teatro Galpão Hugo Rodas – 508 Sul *A programação completa você confere por meio deste link.

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Dia dos Povos Indígenas tem programação especial para todas as idades

Em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado nesta terça-feira (19), a equipe do Memorial dos Povos Indígenas preparou uma programação especial até o dia 25. Brasilienses e turistas terão a oportunidade de participar de oficinas, contação de histórias e feiras de artesanato. Memorial dos Povos Indígenas é aberto à população e conta a história das etnias do Brasil | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília A programação do Abril Indígena é gratuita e livre para todas as idades. Além disso, o visitante tem à disposição mais de dez mil artefatos no Memorial que traz detalhes da história dos indígenas no país. David Terena: “O objetivo desse espaço é defender os direitos dos índios” O espaço também é o destino de visitas de várias escolas do DF. Somente no mês de março, 840 turmas estiveram no Memorial. A expectativa é que abril supere este número por se tratar do mês dedicado aos povos indígenas. “O Memorial tem uma variedade de acervos, colares, cocares e fotografias que remetem a toda a trajetória dos povos indígenas”, explica o gerente do local, David Terena. “O objetivo desse espaço é defender os direitos dos índios.” Programação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ? Quarta-feira (19) 10h – Cânticos e contos de histórias tradicionais 14h30 – Debate: Diversidade cultural indígena ? Sexta (21) 10h30 – Contação de histórias para crianças e corrida de Kròwete (sapo) ? Sábado (22) 9h – Roda animal de poder com defumação 10h30 – Contação de histórias para crianças e oficina de grafismos 14h30 – Roda de debate: Descobrimento ou invasão? ? Domingo (23) 10h – Debate: Línguas indígenas – saberes únicos 14h – Bate-papo sobre o livro Oboré: quando a terra fala ? Terça (25) 15h – Bate-papo sobre o livro Oboré: quando a terra fala.

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Memorial dos Povos Indígenas inaugura sala para atender estudantes

O Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental, tem um novo espaço. É a Sala do Saber Mário Juruna, que foi inaugurada em solenidade nesta terça-feira (21). Montado com apoio financeiro da Embaixada do Canadá, o local será usado por alunos das redes pública e privada que visitam o museu em ações educativas e debates. O mobiliário do novo espaço, composto por mesas, cadeiras e estantes, todas feitas em madeira ecológica e em formato montável, foi todo cedido pela Embaixada do Canadá | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A criação da sala foi uma ideia do gerente do memorial, David Oliveira Terena, que buscou a Embaixada do Canadá para ter meios de realizar o projeto. “Como não se faz nada sozinho, procuramos parcerias e conseguimos esse apoio junto à Embaixada do Canadá, que nos ajudou a criar essa sala para o atendimento das crianças”, conta. De acordo com ele, o museu recebe de 100 a 400 estudantes por dia. [Olho texto=”“Queremos fazer alguns eventos para promover essa conexão entre os povos indígenas. Já temos conversas com o governo e os ministérios. Queremos que os povos possam falar nesse espaço”” assinatura=” Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá” esquerda_direita_centro=”direita”] O espaço conta com mesas, cadeiras e estantes todas feitas em madeira ecológica e em formato montável. O mobiliário foi todo cedido pela embaixada. “Quando começamos a falar com o Terena e a equipe dele em como poderíamos ajudar, eles falaram da sala. Foi uma ideia do memorial e nós estávamos abertos à proposta. O memorial escolheu os móveis e fizemos esse financiamento. Foi muito importante que fossem móveis ecológicos, porque refletem as prioridades do memorial”, avalia o embaixador do Canadá, Emmanuel Kamarianakis. Além do apoio na concepção do espaço, a embaixada pretende unir a memória dos povos indígenas brasileiros e canadenses com uma programação especial no local. “Queremos fazer alguns eventos para promover essa conexão entre os povos indígenas. Já temos conversas com o governo e os ministérios. Queremos que os povos possam falar nesse espaço”, acrescenta o embaixador. Sob a gerência da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, a Sala Mário Juruna é um passo para tornar o memorial referência internacional da memória dos povos indígenas brasileiros, como defende o secretário Bartolomeu Rodrigues Valorização Equipamento sob gerência da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Memorial dos Povos Indígenas é um espaço público que vem recebendo uma atenção especial do Governo do Distrito Federal (GDF). Para o titular da pasta, a inauguração da Sala Mário Juruna é mais um exemplo de como o espaço tem sido valorizado. “A gente quer que o memorial seja uma referência internacional da memória dos povos indígenas brasileiros. Já fizemos grandes progressos. O governador Ibaneis Rocha nos tem dado muito apoio e a gente vem reconstruindo o memorial, que estava um pouco esquecido e agora está cada vez mais presente na vida das pessoas aqui em Brasília”, defende o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Em busca de resgatar esse cunho educativo, a pasta tem trabalhado em conjunto com a Secretaria de Educação, as escolas da rede particular e agora com as embaixadas para realizar ações para que os estudantes aprendam sobre a cultura dos povos originários, além de promover o intercâmbio entre os países. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nome do espaço A sala foi batizada de Mário Juruna em homenagem ao líder indígena e político brasileiro. Nascido na aldeia xavante Namunkurá, ele foi o primeiro deputado federal indígena no Brasil. Em seu mandato na casa, criou a Comissão Permanente do Índio, que se tornaria a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Morreu em 2002, aos 58 anos, vítima de complicações de diabetes crônica.

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Veja onde pular pré-Carnaval nesta sexta-feira (17)

A sexta-feira (17) de Carnaval terá festividade na Asa Norte e também no Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental. Esses blocos vão sair com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, o FAC. Com um investimento de cerca de R$ 12 milhões entre recursos do FAC, emendas parlamentares e publicidade oficial, a expectativa para o Carnaval 2023 é levar 1,5 milhão de pessoas para festejar nas ruas do DF | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Na Praça dos Prazeres, localizada atrás da 201 Norte, a folia fica por conta do Bloco do Prazer, programado para das 18h à 0h. Já o Eixo Monumental recebe a 4ª edição do CarnaMuseu, das 18h à 1h, no Memorial dos Povos Indígenas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Vale lembrar que a programação das festas é de responsabilidade dos blocos e está sujeita a alterações. Carnaval da Paz Entre recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF, o FAC, emendas parlamentares e publicidade oficial, o Carnaval do DF vai receber cerca de R$ 12 milhões de investimento. O valor é um dos maiores entre as unidades da Federação. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas vão às ruas do DF para festejar. Confira a programação desta sexta-feira – 17/2 (18h a 0h): Bloco do Prazer (Praça dos Prazeres – 201 Norte) – 17/2 (18h a 1h): CarnaMuseu 4ª Edição (Memorial dos Povos Indígenas – Eixo Monumental)

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Mais de 10 mil pessoas aproveitam a programação do ‘Sorria, Brasília’

[Olho texto=”“Este é o aniversário do renascimento, da volta à vida presencial, da festa, e nada melhor que celebrá-lo com todos os equipamentos culturais de portas abertas”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília amanheceu ensolarada e repleta de atividades culturais, que atravessaram o dia em comemoração ao seu aniversário de 62 anos, na quinta-feira (21), dentro da programação do projeto Sorria, Brasília, realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Os equipamentos culturais do DF receberam um público de 10 mil pessoas nos eventos e iniciativas que representaram toda a diversidade de linguagem das expressões artísticas da cultura local. O destaque ficou para a reabertura de dois desses espaços que estavam fechados para reforma: o Museu do Catetinho e a Gibiteca TT Catalão, no Espaço Cultural Renato Russo. Com piquenique no gramado, homenagens no Catetinho, contação de histórias, feiras, shows, concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, teatro, balé e exibição de filmes, a programação colocou um sorriso no rosto dos brasilienses, que aproveitaram o feriado com as muitas opções culturais. “Este é o aniversário do renascimento, da volta à vida presencial, da festa, e nada melhor que celebrá-lo com todos os equipamentos culturais de portas abertas”, comemora o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. O Catetinho foi reaberto depois de dois anos fechado para receber melhorias necessárias | Foto: Renato Alves/ Agência Brasília Reabertura do Catetinho Completamente reformado, o Museu do Catetinho amanheceu pronto para receber o público para visitação depois de dois anos fechado. Ao som do Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, o “Palácio de Tábuas” reabriu as portas para homenagear personalidades da cultura da cidade. Na ocasião, 30 pessoas e organizações engajadas na cultura do DF receberam a Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro pela contribuição ao fortalecimento identitário e difusão da arte e da cultura local. Estiveram presentes o governador Ibaneis Rocha, o vice-governador Paco Britto e a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha, que foram recebidos pelo secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. O secretário fez um emocionado discurso. “Esse lugar respira memórias. O Catetinho evoca memórias daqueles que o visitam. Aqui, é um desafio da epopeia de construção que ainda está de pé”. O governador falou do sonho de recuperar o espaço, fechado desde o início da pandemia. “A ideia da construção de Brasília é de superação. Aos 62 anos, seguimos nesse renascimento. Brasília nasce novamente para o Brasil neste 21 de abril.” Feriado ao ar livre A brasiliense Ellen Oléria foi uma das atrações do Eixo Cultural Ibero-americano | Foto: Nityama Macrini/Secec A programação do Sorria, Brasília no feriado teve seu ponto mais alto nas atividades do Eixo Cultural Ibero-americano, onde reuniu um público de 6 mil pessoas. Pela manhã, teve diversão para as crianças, com contadores de história, fabulistas, artistas e performers com um toque de inclusão. Além de uma feira colaborativa, o gramado do Eixo Monumental também recebeu a banda de samba Coisa Nossa, o espetáculo Ballet Dança by Juan Carlos Veja, do Grupo Bailarinos de Brasília, e concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Contadora de histórias, Adma Oliveira apresentou às crianças um conto adaptado sobre as seis décadas da capital. Por ser portadora de necessidades especiais, ela faz um trabalho com narrativas inclusivas, mas é com o público que ela também acaba aprendendo muito. “Ao contar histórias para as crianças, eu gravo, memorizo e dou vida para os personagens”, destaca a fabulista, como gosta de ser chamada. Quando viu o convite pelas redes sociais da Secretaria de Cultura sobre a programação do Eixo Cultural, a manicure Erika Carolina, 28 anos, levou a família toda para curtir um feriado ao ar livre. “Espaços abertos e com atrações para toda a família são a melhor forma de comemorar neste feriado”, disse a brasiliense. No final da tarde, no gramado, o Eixo Cultural recebeu o show da brasiliense Ellen Oléria. A cantora e compositora abrilhantou a celebração com sua voz potente e a força dos ritmos brasileiros. “Parabéns, Brasília, jovem senhora, por esse povo lindo que é teu!”, comemorou. Completamente renovada, a Gibiteca TT Catalão tem 23 mil itens no catálogo | Foto: Marina Gadelha/Secec Gibiteca em ação A Gibiteca TT Catalão abriu as portas completamente renovada, depois de nove anos fechada. Com investimento de R$ 80 mil e 23 mil itens no catálogo, ressurgiu como umas das maiores do país, exibindo estantes inteiras para heróis como Batman, Superman e Mulher-Maravilha. Uma das mais cobiçadas é da coleção X-Men e Novos Titãs. Uma das preciosidades da Gibiteca é o espaço infantil, com forte presença de A Turma da Mônica e a galera de Patópolis. Marmenha Rosário, gerente do espaço, que comandou a reabertura, se emocionou ao falar do poder da Gibiteca. “É uma viagem fantástica pelo mundo da fantasia e da pesquisa”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os quadrinistas Duarte e Jô Oliveira apareceram com um exemplar raro de Risco, primeira HQ do DF, de 1979.  Doaram para a Gibiteca e prometeram voltar a frequentar o espaço. Enquanto as portas não se abriam, a banda Marefreboi transformou o Espaço Renato Russo numa pista de dança. Rolaram dos frevos de Pernambuco a clássicos como a Feira de Mangaio. Maíra Oliveira, atriz e diretora, deu boas vindas ao público e saudou a memória de TT Catalão, que deu nome ao grupo de teatro que integra, fundado por seu pai, Ary Pára-raios: O Esquadrão da Vida. Aproveitou a ocasião para também homenagear o diretor teatral Hugo Rodas, que faleceu recentemente. Também esteve presente na cerimônia de abertura do espaço Nanan Catalão, filha de TT Catalão. Ela relembrou o tempo em que TT comandava o Espaço Cultural Renato Russo. “Aqui, sempre foi um território de cultura, de grande intensidade”, disse. Povos originários Apresentação no Memorial dos Povos Indígenas: cultura compartilhada | Foto: Caio Marins/Secec Um encontro de tribos no coração do Planalto Central. Assim vem sendo as festividades em comemoração ao Dia do Índio e aos 62 anos de Brasília no Memorial dos Povos Indígenas (MPI). Além das exposições, a novidade este ano é a Feira dos Produtos Indígenas com artefatos de tribos de várias partes do país, além de comidas típicas como a lua de milho e o vinagre de frutas vermelhas. Descendente da etnia Apinajé, oriunda do Tocantins, a artista Natasha Barros Cardoso, 35 anos, apresentou o ritmo do catimbó e o ritmo do boi-bumbá com o grupo Impacto da Amazônia. Ela acha importante compartilhar sua cultura milenar com os visitantes. “Não nasci na minha aldeia. Sou enraizada, mas aprendi desde cedo a valorizar nossa cultura”, destaca. “Fico feliz quando as pessoas se interessam pela nossa cultura”, festeja. Reaberto há um ano, o Museu de Arte de Brasília tem exposições permanentes e mostras provisórias | Foto: Marina Gadelha/Secec Joia da arquitetura Sediado às margens do Lago Paranoá, com uma vista belíssima e uma arquitetura exuberante, o Museu de Arte de Brasília (MAB) celebra um ano de reabertura e os 62 anos da cidade como parte da programação do Sorria, Brasília. Além das exposições permanentes, dentro e fora do espaço, e de mostras provisórias, como uma organizada pela Embaixada da China – Atrás da Grande Muralha -, o público este ano pode conferir, até domingo (24), a Feira Colaborativa de Artes e Gastronomia no espaço. Rock na Concha Acústica Digão, dos Raimundos, embalou a festa dos 62 anos de Brasília na Concha Acústica | Foto: Marina Gadelha/Secec Um dos primeiros palcos da capital, inaugurado oficialmente em 1969, a Concha Acústica recebeu, na quinta-feira (21), o guitarrista dos Raimundos, Digão, que embalou a festa dos 62 anos de Brasília no local. “Brasília é minha terra. Amo essa cidade. Esse céu e a Concha me representam”, comentou o cantor, antes da apresentação. “É uma honra ter sido chamado para esse show do aniversário de 62 anos dessa cidade que me faz sonhar até hoje”, disse, animadíssimo. Sucessos do rei do reggae Bob Marley e de bandas como Charlie Brown Jr., Paralamas do Sucesso, Alice in Chains e Red Hot Chili Peppers não foram esquecidos. Mas os fãs queriam ouvir mesmo eram os hits dos Raimundos, causando histeria na plateia. No dia do aniversário da capital, Os Melhores do Mundo celebraram os 27 anos da trupe | Foto: Caio Marins/Secec Ria, Brasília A Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo foi a atração do Cine Brasília na noite de celebração dos 62 anos de Brasília. Na ocasião, os comediantes também comemoraram os 27 anos da trupe. “O nosso público foi aumentando ao longo do tempo por conta do boca a boca”, ressaltou Jovane Nunes, um dos atores do grupo. Em cena, o grupo misturou trechos de peças consagradas com esquetes inéditos. Após longo período de restrições por conta da pandemia, a plateia chegou empolgada e fez fila ao redor do Cine. Com a sala de cinema lotada e tomada pelo cheiro de pipoca, a peça começou. Diante dos olhos atentos e ansiosos do público, a gargalhada voltou a dar o tom das noites de arte e cultura no Cine Brasília. Sinfonia brasiliense A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro também se apresentou no Eixo Cultural Ibero-americano | Foto: Nityama Macrini/Secec A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro também fez um espetáculo para presentear a cidade em concerto no Eixo Cultural Ibero-americano. No repertório, sob a batuta do maestro Cláudio Cohen, a orquestra executou números que encantam o público por onde passa, reunindo música clássica, trilhas de cinema, rock sinfônico e música brasileira. O concerto começou com Aquarela do Brasil, caminhou por um pot-pourri da banda Queen e seguiu caminho com inesquecíveis músicas da sétima arte, fazendo vibrar o público de todas as idades que prestigiou o evento. E, claro, não podia ficar de fora uma homenagem ao clássico brasiliense Eduardo e Mônica. No Panteão da Pátria, o público apreciou o projeto Brasília, Museu Aberto, com projeção mapeada de artes visuais | Foto: Caio Marins/Secec Panteão iluminado No encerramento das atividades, a noite do Sorria, Brasília levou ao Centro Cultural Três Poderes uma atividade alternativa. O Panteão da Pátria, que fica na Praça dos Três Poderes, também fez parte da comemoração do aniversário da cidade. Além da exposição permanente, o local recebeu o projeto Brasília, Museu Aberto com projeção mapeada de artes visuais de artistas, como Orlando Brito, exibindo fotografias históricas.

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‘Sorria, Brasília’ começa com oração, poesia e música

[Olho texto=”“É emocionante testemunhar o poder da cultura de mobilizar pessoas e transformar mentes. Esse é um delicado presente que o GDF dá à população na volta aos espaços públicos”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] O dia 19 de abril de 2022 raiou com uma oração à Lua, entoada por Nívea Tupinambá, no chão sagrado do Memorial dos Povos Indígenas (MPI) e terminou ao som instrumental de 50 músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) no Complexo Cultural Samambaia (CCS). Entre um e outro tempo, a poesia virou placa de identificação estilo superquadra na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Essa costura cultural marcou a abertura do projeto Sorria, Brasília, que, até o domingo (24), vai unir 17 equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) numa espécie de malha artística delicadamente interligada por diversas linguagens. Tudo para comemorar os 62 anos da capital federal. “É emocionante testemunhar o poder da cultura de mobilizar pessoas e transformar mentes. Esse é um delicado presente que o GDF dá à população na volta aos espaços públicos”, observou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Nívea Tupinambá pediu proteção para os povos originários do Brasil | Foto: Hugo Lira/Secec Dia dos povos originários O olhar de respeito e de orgulho estava estampado no rosto de Nívea Tubinambá, que se vestiu para agradecer e pedir proteção aos povos originários do Brasil. Ela ocupou a arena externa de rituais para fazer a Oração da Lua. “Estou feliz em entoar esse cântico nesse espaço de representatividade de todos os povos originários do Brasil. Aqui, no Memorial dos Povos Indígenas, estão representadas todas as etnias, as línguas e as tradições”. Nívea fez sua prece-dança circundada por estudantes que vieram de ônibus de São Sebastião, visitantes e representantes do Governo do Distrito Federal, a exemplo do secretário Bartolomeu Rodrigues. Depois, discursou sobre a importância de o 19 de abril deixar de ser denominado Dia do Índio e passar a ser chamado Dia dos Povos Originários Brasileiros, quebrando estigmas e estereótipos trazidos pela palavra ‘índio’. Mostra Poemas em Cartaz, no segundo andar da Biblioteca Nacional de Brasília: placas de identificação da cidade viraram suporte para os versos | Foto: Hugo Lira/Secec Atenção, poesia à vista As famosas placas de identificação de Brasília viraram suporte para versos na mostra Poemas em Cartaz, localizada no segundo andar da Biblioteca Nacional de Brasília. Quem andava entre elas, toda orgulhosa, era a poeta Nilva Souza. “Depois de um tempo pandêmico, a gente encontrar as nossas obras estampadas na Biblioteca Nacional é uma forma de dimensionar a importância da arte nesse momento. A arte foi quem salvou e a poesia entrou na casa das pessoas”, afirmou a artista. Nilva conta que escolheu Brasília para criar seus filhos. A escritora goiana homenageou a cor dos ipês, barrigudas e dos jardins do paisagista Burle Marx. “Brasília é esse canteiro, florido e com o cerrado que a gente ama”, destacou. Com dois poemas expostos da mostra, Nara Fontes emocionou-se por estar nessa exposição. “Fazer parte dessa história e em um espaço tão emblemático é uma honra. Em meus poemas, falo da importância da natureza e das árvores nas quadras de Brasília. Falo do fruto, do processo de crescimento, do tempo e da paisagem bucólica”, afirmou. Com curadoria de Newton Lima, a seleção poética é fruto de levantamento dos trabalhos que dialogam com a capital. “Acho que a pesquisa ficou interessante e com o jeito da cidade”, afirmou o curador. Entre os selecionados, estava o premiado poeta Nicolas Behr. O Complexo Cultural de Samambaia ficou repleto de espectadores para a apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro | Foto: Marina Gadelha/Secec Samambaia clássica Não teve poltrona para quem quis. O Complexo Cultural Samambaia lotou de gente para apreciar a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, uma das mais importantes do país. Enquanto os músicos afinavam os instrumentos no palco, as 256 cadeiras lotaram. O complexo recebeu um público de cerca de 370 pessoas, parte das quais foi acomodada em cadeiras avulsas ou ficou em pé. Quem gostou foi o pipoqueiro Vinicius Viana Souza, feliz por voltar para as portas dos teatros. Ele descobriu o evento no site da Secec, que sempre acessa para mapear o que ocorre de bom na cidade. Trabalha como ambulante com a companheira, Vanessa. “Espero vender 50 saquinhos”, comemorou. Vanúbia Ribeiro, 42 anos, moradora de Taguatinga, dirigiu 15 minutos para levar as filhas Anne, 14, e Hannah, 13, ao CCS. “Meu filho veio na semana passada e me alertou. Queria muito que minhas filhas conhecessem a orquestra, que tivessem acesso a uma apresentação musical com essa qualidade”, declarou. Entusiasmado com a recepção, o maestro Cláudio Cohen preparou um passeio entre o clássico e o popular. Executou a Suíte de Star Wars, em que John Williams, indicado para mais de 50 estatuetas do Oscar, explora temas musicais para os personagens do filme. O clássico foi representado pela Sinfonia do Novo Mundo, de Antonín Dvo?ák. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Boa noite, Samambaia! Esta é a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, equipamento da Secec. É pública, de vocês. É muito bom estar aqui”, agradeceu o maestro. Quem seguiu feliz foi Maria Dasdória de Freitas. Ela encabeçou a divulgação do evento junto com o Conselho Regional de Ensino e a Administração Regional de Samambaia. “Eu disse que ia lotar”, exultava a presidente do Conselho de Cultura da cidade. Fãs de primeira fila da orquestra também compareceram. A assistente social Helen Alves acompanha a sinfônica há 20 anos. Quando viveu sua gravidez, não perdia os concertos. “Acredito que a música melhore o vínculo entre a mãe e o bebê”. Hoje, ela trabalha com mulheres gestantes sob custódia protetiva. Levou três gestantes para assistir ao concerto. “Não tenho como fazer isso quando se apresenta no Plano Piloto. Aqui, não ia perder a oportunidade”. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Projeto aproxima estudantes de espaços culturais no DF

O projeto Territórios Culturais anuncia a temporada 2022. A iniciativa oferece uma dimensão pedagógica alternativa, que amplia as possibilidades de ensino e aprendizagem visando a integração entre as unidades escolares e os territórios culturais do Distrito Federal. Por meio do projeto, estudantes da rede pública participam de ações em seis espaços da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com orientações de professores da Secretaria de Educação (SEE) sobre vários assuntos, como artes, história, sociologia e geografia. Programa educativo no Museu Nacional da República (MUN) estimula a reflexão sobre conceitos fundamentais na educação patrimonial – identidade, pertencimento, cidadania e cuidado | Fotos: Divulgação/Secec [Olho texto=”“Vivemos na capital do país, patrimônio da humanidade. É importante que os estudantes compreendam não só a magnitude desse título, mas, sobretudo, o que é ser cidadão numa cidade-patrimônio” – Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Vivemos na capital do país, patrimônio da humanidade. É importante que os estudantes compreendam não só a magnitude desse título, mas, sobretudo, o que é ser cidadão numa cidade-patrimônio”, observa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Territórios Culturais têm a missão de promover, por meio do processo de imersão patrimonial e reflexão crítica, uma educação inclusiva que desperte nos nossos estudantes a identificação com os bens culturais, artísticos e históricos do DF”, reforça o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner. Aquiles lembra que a iniciativa fomenta aprendizagem sobre o patrimônio cultural de forma “dinâmica e participativa, em que as temáticas trabalhadas refletem as questões e peculiaridades de cada equipamento envolvido”. Os espaços que fazem parte do projeto são Museu Nacional da República, Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga, Conjunto Cultural Três Poderes, Memorial dos Povos Indígenas e Cine Brasília. Pedagoga e analista de atividades culturais da Secec, Alessandra Lucena Bittencourt, que atua na coordenação técnica e acompanhamento do projeto, elogia o perfil dos docentes selecionados. Os candidatos passam por prova de títulos e entrevista. “Há professor de história, pedagogia, sociologia, artes e outras áreas, alguns com duas formações, mestrado, doutorado. São profissionais que têm interesse por pesquisa.” Catetinho virtual No segundo semestre do ano passado, o professor Ramón Ribeiro Barroncas realizou atendimentos online sobre o Catetinho Atuante no Catetinho, o professor de história e mestre na disciplina, Ramón Ribeiro Barroncas, trabalhou em atendimentos online, de uma hora de duração, no segundo semestre do ano passado. “A visitação virtual era projetada em tempo real no espaço da unidade escolar que havia agendado o atendimento. Os estudantes tinham a oportunidade de conhecer a história do Catetinho e fazer um passeio tridimensional ao território com a ajuda de ferramentas digitais”, relata. [Olho texto=”“Sinto-me orgulhoso de trabalhar nesse projeto que concilia cultura e educação. Entrei no Territórios Culturais no ano passado e, aos poucos, crio o programa educativo desse espaço, templo do cinema brasileiro” – Ronivan de Sousa Vieira, professor lotado no Cine Brasília” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre estudantes do ensino fundamental e do médio, o projeto recebeu 1.238 estudantes em 2021, divididos pelas 10 regionais de ensino que participaram da visitação virtual. “Eles se mostraram bastante participativos, com muitos questionamentos e demonstrando muita vontade de conhecer presencialmente o espaço”, informa. O Catetinho está passando por manutenção e reforma e continua fechado até a segunda quinzena de abril. Mobiliário, utensílios, livros e objetos que fazem parte da mostra permanente no local, num total de 466 itens, foram guardados temporariamente no Centro de Dança. O equipamento, pelo fato de ser de madeira e não poder ser sanitizado adequadamente a fim de evitar a transmissão da covid-19, foi mantido fechado até o surgimento de novos protocolos que já permitem sua liberação após a reforma. Lotado no Cine Brasília, o professor e artista multimídia Ronivan de Sousa Vieira é mestre em artes cênicas, pela Universidade Nova de Lisboa, de Portugal, e especialista em videografia pela francesa Université Bordeaux Montaigne. “É uma realização como artista e professor. Sinto-me orgulhoso de trabalhar nesse projeto que concilia cultura e educação. Entrei no Territórios Culturais no ano passado e, aos poucos, crio o programa educativo desse espaço, templo do cinema brasileiro”, diz. No início de março, o professor Ronivan de Sousa Vieira exibiu o filme Eduardo e Mônica com legendas e intérprete de Libras Durante a pandemia, Ronivan conta que experimentou levar o objeto do Cine Brasília até as escolas. Numa espécie de “cinema na mochila”, como ele diz, o professor visitava as unidades agendadas e exibia filmes brasileiros, realizava debates ao final e desenvolvia projetos de cinema-educação com alunos e professores. “Apesar das restrições da covid-19, conseguimos atender a muitas unidades escolares”, comemora. Ronivan, em sua prática pedagógica, discute com os estudantes a importância do Cine Brasília como patrimônio cultural, estabelece a relação do espaço com a criação da capital e das quadras-modelo lá existentes (SQS 107, 108, 307 e 308), e discorre sobre o papel do cinema na história da cidade. “Percebo que a maioria dos alunos nunca havia ido ao Cine Brasília ou mesmo ao Plano Piloto, e por isso tenho tentado, por meio de dinâmicas pedagógicas, fomentar a aproximação e a identificação dos alunos com esse território que, para muitos deles, é estranho e distante”, elabora. No início de março, Ronivan exibiu o filme Eduardo e Mônica com legendas e intérprete de Libras. “Foi maravilhoso. Pudermos incluir os alunos surdos que são, muitas vezes, excluídos das atividades culturais”. O docente atendeu cerca de 400 alunos dos Centros de Ensino Médio (CEM) 2 e 4 de Sobradinho e CEM 2 do Guará. ‘Museu voador’ Doutora e mestra em arte pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Gestão Escolar, Leísa Sasso é responsável pelo programa educativo no Museu Nacional da República (MUN). Ela usa uma metodologia que media o processo de aprendizagem com o uso criativo de impressões e informações. Leísa provoca os visitantes no Museu Nacional com questões que estimulam a reflexão sobre conceitos fundamentais na educação patrimonial – identidade, pertencimento, cidadania e cuidado. Leísa Sasso, doutora e mestra em arte pela UnB e especialista em Gestão Escolar, é responsável pelo programa educativo no Museu Nacional da República Olhar para o céu de Brasília com o objetivo de reproduzi-lo a partir de um estudo de cores; pensar na estrutura do museu como a de uma oca, cujas janelas para o mundo são os quadros; ou a de um disco voador que pode transportar os jovens usuários para outros lugares estão entre as vivências pedagógicas sugeridas pela professora. Docente de arte-educação e servidora da Educação desde 1991, Renata Azambuja frisa que projetos culturais constituem um eixo transversal (um recorte combinando conhecimentos de várias áreas), que usa o patrimônio – material e imaterial, tombado ou não – para produzir vínculos de identidade, memória e pertencimento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Renata destaca ainda que o termo “território” também é especial. Significa espaço vivenciado, em que sujeitos se reconhecem, se localizam e pensam sobre o lugar onde moram. Ela festeja a parceria entre Cultura e Educação. “É importantíssima! Fazemos um trabalho em rede que gera vínculos institucionais mais fortes”. Territórios Culturais Para solicitar o agendamento, é necessário preencher o formulário disponível online – clique aqui – e aguardar o retorno dos professores do projeto. – Museu Nacional da República: 3325-5220 / museu@cultura.df.gov.br – Museu do Catetinho: 3338-8803 / educativo.catetinho@cultura.df.gov.br – Memorial dos Povos Indígenas: 3306-2874 / 3344-1155 / educativo.mpi@cultura.df.gov.br – Cine Brasília: 3325-7777 / cinebrasiliaeducativo@cultura.df.gov.br – Conjunto Cultural Três Poderes: 3322-7025 / agendamento.cc3p@cultura.df.gov.br – Museu Vivo da Memória Candanga: 3327-2145 / mvmc@cultura.df.gov.br *Com informações da Secretaria de Cultura  

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Museu dos Povos Indígenas recebe doação histórica e rara

O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), recebe nesta quarta-feira (3), às 14h30, mais de 8 mil artefatos de diferentes nações indígenas, apreendidos na Operação Pindorama, de combate ao contrabando, empreendida pela da Polícia Federal. Havia 18 anos que esse material estava guardado em depósito da PF. Fotos: Divulgação/Secec Uma equipe da Secec vai embalar e transportar o acervo para o MPI. No museu, haverá um recebimento simbólico dos objetos. Indígenas da nação Guajajara, habitantes da capital federal, farão um ritual para celebrar a proteção desse material que poderia ter sido incinerado se não fosse o pedido de salvaguarda da pasta. O gerente do MPI, David Terena, visitou a Superintendência da Polícia Federal em Brasília e emocionou-se ao testemunhar o material apreendido que passa a ser custódia do museu: “Fiquei muito feliz. Essa doação é inédita”. Com essa doação, autorizada pelo Ministério Público Federal em pleito da Secec, o MPI, hoje com cerca de 700 itens, torna-se detentor da segunda maior coleção de objetos dos povos originários do Brasil, atrás apenas do Museu do Índio, que fica no Rio de Janeiro e é administrado pela Fundação Nacional do Índio (Funai). “A doação acentua o caráter de preservação da memória e dos fazeres dos povos originários, vocação primeira do Memorial dos Povos Indígenas. Acolhemos cada peça, que, infelizmente, teve esse destino do contrabando”, destaca o titular em exercício da Secec, Carlos Alberto Jr. Objetos raros A equipe da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac) avaliou o recebimento das peças. O coordenador das diretorias da Supac, Felipe Ramón, informa que o lote de milhares de objetos, alguns raríssimos, reúne trabalhos de diversos povos indígenas. “Podemos citar, por exemplo, pentes confeccionados pelos karajás e cocares feitos pelos kayapós, adereços corporais raros e objetos com penas de animais em risco de extinção”, ilustra. A gerente de acervos da Supac, Aline Ferrari, reforça a importância desse acervo: “Apesar do tempo, tem peças muito bem-conservadas. Estavam em caixas de isopor lacradas, assim não sofreram com a ação do sol e da poeira. Teremos material para restaurar peças danificadas que já estão em nosso acervo. Esse material todo é de origem animal e vegetal, muito sensível, então ter um banco de peças de reposição é fundamental”. Assim que os objetos chegarem ao MPI, esse lote passa por processo de seleção e higienização para indicação de possíveis restauros. No momento, o museu está em fase final de reforma, com novo sistema de proteção de incêndio, troca de piso e pintura. A previsão de reabertura é para este mês. “O valor monetário desse acervo é incalculável, mas o valor monetário não é a única riqueza: ali estão representações de saberes tradicionais e modos de vida de vários povos. O valor cultural, artístico e histórico também é enorme”, aponta Felipe Ramón. Operação Pindorama [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Pindorama – denominação dada ao Brasil por povos dos Andes e que remete à cosmogonia dos tupis-guaranis sobre uma terra de bem-aventurança – foi deflagrada em vários estados em 15 de maio de 2003 para evitar que os artefatos indígenas fossem embarcados para os Estados Unidos e países da Europa, onde alcançam alto valor para colecionadores e organizações criminosas de biopirataria. “Havia sementes embaladas a vácuo para plantio fora do Brasil”, relata Felipe Ramón. Processo judicial ao qual a Secec teve acesso registra que “o líder da quadrilha encomendava artefatos aos demais membros, localizados nos diversos estados da Federação; e, quando recebia os produtos, realizava depósitos em dinheiro a servidores públicos federais dos quadros da Funai”. Os crimes prescreveram sem condenações. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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MPI abre exposição sobre cura em tempos de pandemia

A arte de Aislan Pankararu traz sentimentos daquilo que seu povo quer para este ano: mudança e cura| Foto: Marina Gadelha/Secec O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), espaço da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do DF, abre nesta sexta-feira (05) exposição que invoca a limpeza do corpo e da alma em favor da vida. Na língua dos Pankararus, povo que conta 6.500 pessoas, nos municípios de Jatobá, Petrolândia e Tacaratu, em Pernambuco, isso se resume numa palavra: “Yeposanóng”. O mesmo termo dá nome à mostra de dez quadros de Aislan Pankararu, artista indígena e estudante de medicina na Universidade de Brasília (UnB), que se forma este ano. A exibição coincide com a corrida do imbu (ou umbu), celebrada em fevereiro por esse tronco dos povos originários que se mira na resiliência da árvore do cerrado. O imbu dá uma batata com valor alimentício e é capaz de segurar suprimentos de água em suas raízes – uma metáfora para a força que marca os Pankararus, vítimas de agressões de colonizadores de ontem e hoje. Cartas da parente Elisa Urbano Ramos também integram a exposição e ressaltam o lado feminino, responsável pela harmonia de forças na cosmogonia (teoria que pretende explicar a origem do universo) desse povo. | Foto: Marina Gadelha/Secec Desejo da cura Aislan atendeu a reportagem da Secec em meio à rotina atribulada que enfrenta como residente do Hospital Universitário de Brasília (HUB). O que ele espera com a exposição? “Eu quero mostrar um pouco de mim, um pouco do que produzo e a relação da minha arte com meu povo”, afirma. No texto de parede que ajudou a compor, há outras pistas do que a obra do autor, plena de referências ao barro branco usado em pinturas corporais que dão identidade aos Pankararus, representa: “’Yeposanóng’ significa curar-se, é o que desejamos para este ano. Os povos indígenas irão sobreviver a mais uma epidemia, que agora é global”. Arte e energia A curadora da mostra, Rafaela Campos Alves, registra que a arte de Aislan Pankararu traz sentimentos daquilo que seu povo quer para este ano: mudança e cura. “O artista renova e amplia sua pesquisa junto ao seu povo e isso transforma sua arte e energia. Como base sempre presente estão cosmovisão, música, dança e resistência Pankararu”. Rafaela cursou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio. Ela enxerga nos grafismos e gravuras do artista indígena “uma mensagem do espírito Pankararu de amor e cuidado com o planeta e seus habitantes”. Carioca que mora na Ilha do Governador, Rafaela explica que a Corrida do Imbu, com o fechamento da fruta, as danças do toré (de comunicação com entidades, como caboclos e encantados) e os ritos de cansanção (uma erva) celebram a existência e a vida, algo que a Covid-19 colocou no alto da agenda. O texto de parede reforça a ideia de que “’Yeposanóng’ é um chamado para que todos renovem esperanças e força em nossa ancestralidade. É a procura pelo diálogo e entendimento de que todos vivemos no mesmo planeta e precisamos buscar mais o orgânico que o artificial, pois a cura está em nós e na natureza de forma interdependente”. “Ser indígena e estar na universidade é muito desafiador e hoje Aislan está empoderado. Ele enfrentou preconceitos e resistiu. Quer mostrar que os indígenas podem ocupar todos os espaços que quiserem. Para essa exposição, trouxemos esse desafio que está sendo enfrentar as perdas de vida na pandemia. A resistência nessa exposição vem através da energia, força e ancestralidade que os povos indígenas sempre tiveram e carregam consigo”, elabora a curadora. | Foto: Marina Gadelha/Secec Rafaela comemora o fato de a iniciativa acontecer no MPI, criado com a intenção de dar voz e visibilidade aos povos originários, empurrados para as margens pela historiografia oficial e a ideologia hegemônica, fatos que Darcy Ribeiro, idealizador do espaço, não se cansou de denunciar e combater. “Nada melhor que uma mulher para falar sobre a vida”, afirma Aislan. “Eu não sei o que é ser uma mulher Pankararu, mas sei que são de fundamental importância para manter nossa tradição e rituais específicos”, ensina. Elisa Ramos é uma das “moças do cansanção”, um ritual conduzido pelas mulheres, no qual essa nação indígena renova a crença em forças e sabedoria milenares femininas. Ela mostrou o caminho para jovens como Aislan, de apenas 30 anos. É professora com mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Sua tese no programa de pós-graduação traz o título “Mulheres como lideranças indígenas em Pernambuco, espaço de poder onde acontece a equidade de gênero”. Engana-se quem acha que entre os Pankararus, homens e mulheres digladiam pelo comando. Elas são figuras de destaque que garantem a harmonia entre diferentes sistemas, dentro dos quais também aos homens cabem papeis fundamentais. Nesses espaços, ensina Elisa, circulam seres viventes, visíveis e invisíveis, e tudo importa – pedras e rios, matas, o ar e as pessoas. Elisa critica a visão estreita “dos colonizadores”, que veem na terra apenas o seu valor como fator de acumulação de capital, que deixa para traz a ligação com ancestralidade e modos sustentáveis de vida e relações humanas em harmonia com o todo. Na exposição, cartas da professora indígena deixam fragmentos sobre o lugar da mulher na cultura de seu povo. “A figura feminina é vista como mãe da criação, a mãe natureza, que protege os espaços onde há vida. Guardiãs da saúde, da educação, do bem-estar social e espiritual”. Em tempos de pandemia, o mundo tem muito a aprender com os Pankararus. A exposição no MPI é uma oportunidade para isso. Serviço “Yeposanóng” Exposição de quadros de Aislan Pankararu 5 de fevereiro a 2 de março Sexta a domingo e feriados, de 9h às 15h Memorial dos Povos Indígenas (MPI) *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Memorial dos Povos Indígenas reabre nesta sexta (23)

Panelas, potes e jarros da etnia Suruí Paiter: acervo rico da cultura indígena | Fotos: Marina Gadelha/Secec O Memorial dos Povos Indígenas (MPI) reabre nesta sexta-feira (23) para visitação pública com uma seleção de 220 artigos da coletânea de 380 peças reunidas pelo casal de antropólogos Berta Gleizer Ribeiro (1924-1987) e Darcy Ribeiro (1922 – 1997) –fundador da Universidade de Brasília (UnB).  Eles foram os idealizadores do espaço que, projetado por Oscar Niemeyer, teve a construção concluída em 1987. A exposição, com nome Yúrakapu, faz uso de expressão da língua terena que expressa boas-vindas e hospitalidade. A visitação está aberta de sexta a domingo, das 9h às 15h, e segue regras de higiene e segurança, como uso de máscaras, medição de temperatura, com limite de lotação do salão de 20 pessoas por vez. O MPI, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), volta a funcionar de acordo com protocolos de segurança estabelecidos para evitar o contágio com a Covid-19, seguindo rígidas prescrições definidas na Portaria 179, publicada em 16 de setembro pela pasta. [Olho texto=”“O MPI é um equipamento especialíssimo, pois preserva a memória e os costumes dos nossos povos originários”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] “O MPI é um equipamento especialíssimo, pois preserva a memória e os costumes dos nossos povos originários”, ressalta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Essa reabertura é especialmente um momento de deleite para turistas e brasilienses.” Cultura indígena Colar de palha da etnia Cariri-Xocó O público poderá apreciar adornos, plumagens, cordões e tecidos, instrumentos musicais, armas e artefatos de caça, objetos rituais e lúdicos, cerâmicas e utensílios. A mostra reúne arte de cerca de 20 etnias, das pouco mais de duas centenas de povos originários existentes hoje. O conjunto da exposição é marcado pelo negro das tinturas de jenipapo e babaçu, o vermelho do urucum e o branco da tabatinga, criando a ambiência cromática dos povos originários. O MPI abriga ainda uma instalação, O Bosque das Línguas, que poderá ser apreciada a distância, por trás de um vidro. “A exposição está dividida por tipos de objetos, com recorte em criatividade”, explica a gerente de acervo da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac), Aline Ferrari. “Baseia-se no argumento de Darcy Ribeiro de que essa era uma das principais características do indígena brasileiro, ao lado do culto da diversidade, das capacidades de criar e transformar.” Consultoria especial O trabalho de identificação das peças exibidas contou com o auxílio de estudiosos indígenas, como Elaíde Bento da Silva Guajajara, que ajudou a descrever o saiote utilizado por seu povo. “É um adorno usado cotidianamente e em eventos especiais, como a Festa da Menina Moça e a Festa dos Rapazes, dois dos rituais mais importantes para nós”, relata. Saiote utilizado em rituais dos guajajaras: homens colhem o material; mulheres cuidam da confecção Ela explica que o saiote é trançado com fio de algodão cru e ornamentado com sementes e taboquinhas finas – material também conhecido como canajuba. A taboquinha é colhida pelos homens, e a confecção da vestimenta fica a cargo das mulheres. “Ter podido ajudar a descrever a peça artesanal foi muito gratificante, porque sou neta e filha de artesãos e tecelãs”, conta Elaíde, que é artesã e formada em terapia ocupacional pela Universidade Federal do Pará (UFP). “Nós trabalhamos a vida toda com matérias-primas fornecidas pela natureza. Saber que uma peça que pode ter sido confeccionada pelas mãos de meus avós está exposta no MPI é muito importante para mim.” História valorizada Outro represente dos povos originários que ajudou a aprimorar as descrições de peças da exposição é o engenheiro ambiental Oyexiener Paiter Suruí, nativo da etnia Paiter Suruí, de Rondônia. “No meu ponto de vista, a exposição valoriza a nossa história. Relembrar esses acontecimentos ajuda a entender o que é um povo, uma cultura, seus costumes e tantas histórias perdidas”, avalia ele, cujo nome completo significa “homem de poder” em seu idioma, pertencente ao tronco linguístico tupi mondé. “Fico feliz em saber que existe um museu dos povos indígenas [em Brasília]; ao mesmo tempo, fico triste, porque gostaria que todas as cidades tivessem um local para homenagear os povos indígenas que viveram naquela região”, diz o engenheiro ambiental. “Espero que o MPI traga boas reflexões para quem visitar a exposição. Yeteh iter! [“obrigado”’, na língua original].” O subsecretário do Patrimônio Cultural, Demétrio Carneiro, destaca: “Trazer à luz o acervo doado por Berta Ribeiro cumpre o papel de recuperar a função do MPI como repositório de trabalhos importantes dos povos originários”. Higienização e funcionamento A equipe da Gerência de Conservação e Restauro da Supac trabalhou na higienização dos objetos que compõem a mostra. “Por ser um acervo etnográfico, as peças foram higienizadas com metodologias específicas, mantendo a autenticidade, conservando e buscando melhorias para a fruição pelo público durante a exposição”, explica o gerente e analista em  conservação e restauro da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Mariah Boelsums. A Portaria nº 179 regulamenta o funcionamento dos museus de sexta a domingo, por um período de seis horas. O dispositivo legal também especifica que quem faz parte de grupo de risco de infecção pela Covid-19 (pessoas com 60 anos ou mais, cardiopatas, pneumopatas, imunodeprimidos e gestantes de alto risco entre outras condições particulares) pode solicitar por e-mail agendamentos de visita em horários especiais. Exposição:  Yúrakapu * Local: Memorial dos Povos Indígenas (MPI) – Eixo Monumental Oeste, em frente ao Memorial JK. * Abertura: sexta-feira (23). * Visitação: de sexta a domingo, das 9h às 15h. Lotação do salão: 20 pessoas. Completada essa marca, será formada uma fila de espera.  Uso obrigatório uso de máscara, com medição de temperatura, higienização de álcool gel e utilização de propé em salão acarpetado. * Agendamento especial: mpi@cultura.df.gov.br * Com informações da Secec

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